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INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

APONTAMENTOS RETIRADOS DE
ECONOMIA DA EDUCAÇÃO

Prof. Dr. Pedro Telhado Pereira


Dr. Paulo Oliveira

Economia da Educação – Educação e Desenvolvimento - Aula III


A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

Aula II – Percurso
• Caracterizar a evolução da população mundial
• Conhecer a distribuição da população mundial em função dos
rendimentos

• Conhecer as razões explicativas do crescimento populacional

• Avaliar as consequências do crescimento populacional

• A perspectiva ética da ajuda aos PBR


O Crescimento Económico
• A quantidade produzida depende dos
factores e da tecnologia empregue.
• Factores:
– Capital
– Recursos Naturais
– Trabalho (Mão de Obra)
– Capital Humano
• Tecnologia
– Progresso Tecnológico
A produção
• Y = Y(K,R,L,H,t)

K – capital
R – recursos naturais
L – trabalho
H – capital humano
t - tecnologia
• A evolução da produção depende da
evolução dos factores e da evolução da
sua produtividade.

• Interessa-nos saber a evolução do


produto per capita ou do rendimento per
capita.
O PAPEL DO HOMEM NA QUESTÃO AMBIENTAL
• O aquecimento global
• O aumento do lixo
• A rarefacção da água doce
• A destruição das florestas
• A degradação dos solos
• A crise de energia
• A explosão demográfica
• A extinção da vida selvagem
• O declínio da biodiversidade
• A poluição
CARACTERIZAÇÃO E EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

2002
população mundial 6 211,1 milhões de habitantes

África 831,9 milhões de hab 13,39%

Ásia 3 768, 6 milhões de hab 60,68%

Europa 725,1 milhões de hab 11,67%

América do 498,4 milhões de hab 8,02%


Norte e Central

América do Sul 355,7 milhões de hab 5,73%

Oceânia 31,3 milhões de hab 0,5%

Fonte: UNFPA – Fundo das Nações Unidas para a População


Vivem 1 196 milhões de pessoas nas regiões mais
desenvolvidas
América do Norte, o Japão, a Europa e a Austrália-Nova Zelândia

19, 26% da população mundial

5 015,1 milhões de pessoas vivem nas menos desenvolvidas

África, a América Latina e Caraíbas, a Ásia (excluindo o Japão), bem


como a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia.

80,74% da população mundial


População Mundial - 2000
Fonte: FAO

milhares hab % Pop. mundial


Mundo 6 056 710
África 793 626 13, 10%
Ásia 3 672 338 60,63%
Europa 727 334 12,01%
Am. Norte 487 183 8,04%
e Central
Am. Sul 345 739 5,71%
Oceânia 30 520 0,50%
Distribuição da População Mundial em função do Rendimento Médio
Fonte: Banco Mundial

O Banco Mundial classifica os países pelo rendimento nacional


bruto per capita agrupando-os em:
• PBR, rendimento médio em 2001 menor que $ 745 ;
•PMR , rendimento médio entre $ 746 e $2 975;
• PAR , rendimento médio superior a $2 976.
Assim, a população distribui-se por:
PBR- 2 460 milhões de hab. (41% da pop. mundial)
36,9% idade < 14 anos,
58,7% idade entre os 15 e os 64 anos
4,4% > de 65 anos
PMR- 2 695 milhões de hab. (44%)
27,4 % idade < 14 anos,
66% idade entre os 15 e os 64 anos
6,6% > 65 anos
PAR- 903 milhões de hab (15%)
18,5% idade < 14 anos,
66,9% idade entre os 15 e os 64 anos
14,7% >de 65 anos.
Isto significa que:
30% da população mundial tem menos de 14 anos,
63,1% tem entre 15 e 64 anos
apenas 6,9 % tem mais de 65 anos

um ratio de dependência de jovens = 0,47


é a população de 0 aos 14 anos a dividir pela população em idade
de trabalhar e que vai dos 15 aos 64 anos.

ratio de dependência de pessoas de idade de 0,11


é a população de mais de 65 anos a dividir pela população em
idade de trabalhar e que vai dos 15 aos 64 anos.

dependência total de 0.58


Por Grupos de Países:

dependência de jovens
PBR- (0,6) o dobro da dos PAR (0,3)
dependência das pessoas de idade
PBR – (0,1); PAR - (0,2)

No total o grau de dependência é superior nos PBR (0,7)


do que nos PAR (0,5)

Estas diferenciações compreendem-se:

alta taxa de natalidade bruta:


PBR - 29 por mil hab.
PAR – 12 por mil hab. (ultrapassa a taxa mundial=22 por mil hab.
• maior esperança de vida à nascença:
PAR ( 77,81 anos)
PBR (58,89 anos, menor que a esperança de vida mundial =
66,48 anos)

As previsões das Nações Unidas de 1995 segundo as quais a


população mundial ultrapassaria os 6 mil milhões de habitantes em
2000, o que significava que em 25 anos (desde 1975) a população
aumentava mais de 50%, verificaram-se.
COMO EVOLUIU A POPULAÇÃO MUNDIAL?

• 1 500 anos para passar de 150 para 300 milhões, ou


seja para se duplicar
• 90 anos para passar de mil milhões (em 1840) para
dois mil milhões (em 1930)
• 42 anos para novamente se duplicar e atingir os 4 mil milhões
em 1975

crescimento foi exponencial - duplicações em períodos


de tempo cada vez mais reduzidos

“explosão” da população mundial


Jacques Dupâquier:

3º quartel do Séc. XX a população mundial passou de


2,5 mil milhões (em 1950) para 4 mil milhões (em 1975)
e com taxas de crescimento anual elevadas em todo o
mundo: América Central 3%; Ásia Ocidental 2,9% e a
África Oriental 2%.

No último quartel do Séc. XX, apesar de no Terceiro


Mundo haver já um controlo da natalidade e esta
descer, os níveis de crescimento são elevados devido
à simples reprodução das jovens gerações, o que
eleva os níveis de população em cerca de 20% a 30%.
Repartição da
população mundial
em 1900, 1950 e
2000
A evolução da População Mundial nos últimos trinta anos

multiplicou-se por 1,6 entre 1970 e 2000


Evolução da População 1970-2000

250,0

200,0
World Population-Estimates Total 1000

Africa Population-Estimates Total 1000


1970=base 100

150,0 Asia Population-Estimates Total 1000

Europe (-former URSS) Population-Estimates


Total 1000
North and Central America Population-Estimates
100,0 Total 1000
Oceania Population-Estimates Total 1000

South America Population-Estimates Total 1000

50,0

0,0
1970 1980 1990 2000
Anos
Conclui-se:

África- população mais do que dobrou


Em todas as outras regiões, com excepção da Europa
(não incluindo a ex- URSS) o crescimento apresenta-se
linear

A Europa (não incluindo a ex- URSS)- abrandamento no


crescimento ao longo deste período, sendo que a
população pouco mais aumentou que 10% em trinta anos.
Taxas de Crescimento Demográfico – 1980 - 2000
Mundo África Ási América América do Norte Europa* Oceania PBR PMR PAR
a do Sul e Central

Taxa média anual 1,6 2,7 1,8 1,8 1,3 0,3 1,5 2,1** 1,4 0,7
de crescimento
populacional em
%

Fonte: BANCO MUNDIAL


* Não Incluindo a ex-URSS
** Valor não coincidente com os dados da FAO que é de 2,46%
Conclui-se:

países mais desenvolvidos cresceram menos em


população que os países de baixo rendimento que
atingem mais do dobro dos primeiros.

Caso se mantenham as taxas de crescimento


populacional, a população duplicará ao fim de 34
anos nos PBR, de 50 nos PMR e de 100 anos nos
PAR.
A QUE SE FICOU A DEVER O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
MUNDIAL?

Séc. XVIII-XIX, Revolução Industrial - avanços na indústria,


agricultura e transportes

progressos da medicina e melhores condições e higiene

diminuição da mortalidade, apesar da natalidade ainda ser elevada

De 1800 a 1900 -Europa um acréscimo de população, de 180 para


390 milhões, ou seja, 24% da população mundial devido:

à rápida diminuição da mortalidade

Nos outros continentes apesar da elevada taxa de


natalidade o crescimento era lento por causa de uma
elevada mortalidade, sobretudo, infantil.
De 1900 a 1940 - Europa - crescimento abrandou
- resto do mundo aumentou devido à queda das taxas de
mortalidade

Antes da II Guerra Mundial começou o baby-boom –


prolongou-se até 1965 - devido:
razões económicas
mudança de valores –valorização da constituição
de família
retrocesso da mortalidade infantil
aumento da natalidade.

De 1946 a 1965 nasceram no mundo 16 700 000


crianças, das quais 15 900 000 escaparam à morte
(Dupâquier, 2002).
A partir de 1945 o aumento exponencial deveu-se:

à redução da taxa de mortalidade


desequilíbrio entre nascimentos e óbitos
maior capacidade de produção de alimentos
aumento da esperança de vida na maior parte
dos países de todo o mundo

Em 25 anos, passou de 48,8 anos de idade para 60,7


anos de idade.
de 1950 a 1975 -retrocesso da mortalidade

TAXAS ANUAIS DE CRESCIMENTO NATURAL (em %)

  América Ásia África Mundo


Latina
1950-1955 26,6 18,8 22,4 17,6

1970-1975 24,2 22,5 27,3 19,2

Extraído de Dupâquier, 2002


Conclui-se:
Na América Latina, na Ásia e em África o crescimento duplicou.

Por volta de 1965 - Europa o baby-crash , que também afectou


os Estados Unidos (a partir de 1958) e o Canadá (em 1960) devido:
descida da fertilidade
uma alteração nos valores e mentalidade

Por volta de 1995 - taxas de natalidade decresceram nos


Países desenvolvidos, mas continuavam altas nos Países do
Terceiro Mundo porque:
•pobres desejam ter muitos filhos

•falta de dispositivos de controlo da natalidade


Distribuição populacional nas regiões mais e menos desenvolvidas,
em função da idade e  do sexo.

Diferença entre as populações das nações mais e menos desenvolvidas


entre 1975 e 2000
O crescimento foi maior nos países mais pobres do mundo, pois contam
com uma população jovem e em expansão.
CONSEQUÊNCIAS DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

+ de 400 milhões de pessoas carecem das calorias,


proteínas e minerais necessários para manter o corpo e o
espírito saudáveis
Milhões de seres humanos padecem de fome permanente

Milhares sofrem de deficiências por carências e infecções a


que poderiam resistir se tivessem uma alimentação melhor

Por ano morrem 14 milhões de crianças com menos de 5


anos devido: Subnutrição e infecções

Em algumas regiões, metade das crianças tem ao


nascer uma esperança de vida inferior a 5 anos.
Distinção entre POBREZA ABSOLUTA e POBREZA
RELATIVA
POBREZA ABSOLUTA = Vida nos limites da existência;
luta pela sobrevivência em circunstâncias miseráveis
Pobreza absoluta é definida a partir de um nível mínimo
de nutrição.

“...uma condição de vida caracterizada pela subnutrição,


analfabetismo, doença, ambiente degradado, elevada
mortalidade infantil e baixa esperança de vida”

23% (1200 milhões de pessoas) da população mundial


vive em estado de pobreza absoluta.
Ausência de rendimento suficiente (dinheiro ou
espécie) para satisfazer as necessidades básicas =
alimentação, vestuário, alimentação
RIQUEZA ABSOLUTA

Os que vivem na “absoluta abundância”

Têm mais rendimento do que o que necessitam para


satisfazer as necessidades básicas suas e da sua família:
comida, vestuário, casa

Europa Ocidental, América do Norte, Japão, Austrália,


Nova Zelândia, Alguns Estados do Médio Oriente
POBREZA RELATIVA = limiar de pobreza que é particular
para cada país dadas as arbitrariedade que pode
comportar a definição de pobreza relativa que tem a ver
com o nível de desenvolvimento atingido
Países Pobres VS Países Ricos
• Países Ricos consomem produtos de origem animal em
excesso => maior consumo de cereais
Países Pobres: 180 Kg Cereais/ano
Países Ricos:900 Kg Cereais/ano
Resulta que: Os Países Pobres passam fome
Não têm meios nem para comprar os cereais aos Países
Ricos nem para inovar
Como Solucionar o Problema?
• Melhorar a distribuição alimentar, de modo mais
equitativo
• Países pobres – podem produzir mais se usarem
outras técnicas agrícolas
• Transferir riqueza dos países ricos para os
países pobres
Actualmente, transfere-se muito pouco:

Objectivo das Nações Unidas – 0,7% do PNB


Na realidade:
• Grã-Bretanha – 0,31% (cerca de 600 escudos/mês/pessoa)
• Alemanha – 0,41%
• Japão – 0,32%
• Estados Unidos – 0,15%
Que Países cumpriram o objectivo das UN?
Suécia, Holanda, Noruega e alguns Países Árabes

Na perspectiva ética (Peter Singer):

Ao não contribuir (individualmente ou colectivamente)


os Países Ricos estão a permitir que:

• Os habitantes dos Países Pobres sofram de pobreza


absoluta
• Subnutrição, problemas de saúde e morte
Não existe diferença intrínseca entre matar e deixar
morrer

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