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Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


UFCD 0415 - Prevenção de quebra das mercadorias
CONTEÚDO
Tema (opcional) PROGRAMÁTICOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


QUEBRAS - CAUSAS E PREVENÇÃO
Origem das quebras
Quebras com causas extraordinárias
Quebras com causas operacionais
Procedimentos para a diminuição das quebras
Relacionamento com os fornecedores
Controlo ao pessoal e às operações
Implementação de sistemas de avaliação e de melhoria
Implementação de sistemas de segurança
Arrumação das mercadorias e métodos de previsão
Manuseamento e o embalamento da mercadoria
Sistemas de segurança
Quebras – tratamento e recuperação 2
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Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Tema (opcional)
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


TIPOS DE PERDA

Perda conhecida: é o que não está fisicamente no inventário, porém


sabemos o motivo de não estar.

Perda desconhecida: é aquilo que está fisicamente em falta


no
inventário e não se sabe a causa dessa falta do produto.

O comércio em Portugal perdeu, entre Julho de 2010 e Junho de 2011,


372 milhões de euros, devido sobretudo a roubos.
Este valor representa um aumento de 7,3% face ao período de
2009/2010, segundo o estudo «Barómetro Global do Furto no
Retalho».
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Estes dados demonstram a necessidade e a importância de conhecer


com rigor as perdas desconhecidas.
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


O QUE SÃO QUEBRAS?
São diminuições que não decorrem da venda ou uso.

A QUEBRA de MERCADORIAS e a PERDA DESCONHECIDA =


PERDA DE LUCRO E COMPETITIVIDADE.
As quebras de mercadorias estão na origem de menos lucros
para as empresas do que os esperados, face ao stock em
inventário.

OCORREM DEVIDO A:
•Furtos (interno e/ou externo)
•Abates de produtos deteriorados ou obsoletos.

As quebras inferiores a 10% do stock = NORMAIS 5


Quebras superiores a 10% = EXTRAORDINÁRIAS
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Saídas de produtos (vendas, devoluções de provedores, taras, ruturas
stock) + entradas de produto (compras, devoluções de clientes).

Avaliado no
momento do 6
inventário
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Para evitar a quebra de mercadorias e a perda
desconhecida , é necessário tomar medidas de
prevenção:

A localização da empresa e o respetivo layout, que deve


ser considerado em projeto;
A conferência de mercadorias deve ocorrer num local
separado do armazenamento;
Devem realizar-se inventários para identificar a origem e
a natureza das perdas;
O stock teórico deve ser comparado com o stock físico;
A área de stock deve ser limpa, organizada e bem
iluminada, como medida para evitar os roubos e os erros 7
de gestão.
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Algumas ORIENTAÇÕES para GARANTIR A QUALIDADE DA
IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO DE UM SISTEMA DE
INVENTÁRIO PERMANENTE:
1.Todas as compras devem ser precedidas do registo da
respetiva nota de encomenda ao fornecedor;
2. A nota de encomenda deve estar devidamente
valorizada
(preferencialmente com os preços de compra exatos);
3.A entrada da mercadoria deve respeitar um processo de
‘receção e conferência’, selecionando na nota de encomenda os
produtos que foram entregues e confirmando as suas quantidades
(em caso de entregas parciais);
4.Garantir que todos os produtos estão etiquetados, de forma
a: 8
Facilitar a sua leitura automática, reduzindo o erro humano e
acelerar o processo de faturação ou inventário;
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Algumas ORIENTAÇÕES para GARANTIR A QUALIDADE DA
IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO DE UM SISTEMA DE
INVENTÁRIO PERMANENTE:
5.Para acelerar o processo de inventariação, a empresa pode
ainda optar por dispositivos portáteis de conferência (por
exemplo, PDA, tablets, etc.) com softwares específico de
inventariação;
6.Garantir procedimentos de controlo de quebras, sobras e
furtos, bem como a realização periódica de contagens físicas
de inventariação;
7.Apesar de as sobras não levantarem questões fiscais, as
quebras ou furtos devem respeitar alguns requisitos
( registos, denúncias), pelo que um processo de inventariação
descuidado pode incorrer numa penalização fiscal para 9a
empresa.
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Conforme o artigo 86.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (CIVA 2), “salvo prova em contrário, presumem-se:
ADQUIRIDOS os bens que se encontrem em qualquer
dos locais em que o sujeito passivo exerce a sua atividade e
TRANSMITIDOS os bens adquiridos, importados
ou produzidos que não se encontrem em nenhum desses
locais”. Assim, a NÃO EXISTÊNCIA DA MERCADORIA EM
STOCK pode conduzir à presunção de que o produto
foi vendido de forma não documentada, pelo que
esta ausência deve ser controlada e registada pela empresa,
com os respetivos documentos de quebras e
regularização de existências no sistema (por
exemplo, certidão de furto comunicada à Polícia Judiciária): “não
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existe obrigação legal de proceder a qualquer prévia diligência ou
participação junto dos serviços da administração fiscal. “
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Os sujeitos passivos terão vantagem em ter na sua posse
elementos justificativos das faltas nas suas existências dos bens
destruídos ou inutilizados, como forma mais segura de elidir a
presunção no citado artigo 86”.
Em suma, com o aumento das obrigações legais de reporte
(como são exemplos o ficheiro SAF-T (PT) ou a comunicação
obrigatória de inventários), o investimento num ERP (software
de gestão) é cada vez mais uma necessidade.
ACABA POR SER UMA FERRAMENTA:
 Na otimização interna,
 Com impactos positivos na gestão de stocks,
 Otimização da cadeia de abastecimento e logística de compras,
 Permitindo às empresas ter inventários com valores cada vez
mais baixos,
 Aumentando a rotatividade dos produtos e 11

 Diminuindo o risco de obsolescência técnica ou financeira.


QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


TIPOS DE QUEBRAS
Existem, essencialmente, três tipos de “perdas” que podem
afetar os armazéns:

1.Uma interrupção no negócio que interfere no


funcionamento normal do armazém; inclui todas as
situações que tornam impossível expedir mercadorias,
receber ou movimentar as mercadorias no armazém;

2.Algumas causas extraordinárias, que afetam tanto


o
edifício como o seu conteúdo;
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3.Outras causas que afetam apenas a estrutura


do armazém.
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


AS QUEBRAS PODEM SER:

1. QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS são as de verificação


imprevisível e resultantes de factos alheios ao exercício da
atividade:

 Incêndios e danos por água;


 Derrocadas, falhas estruturais, tempestades;
 Roubos* (assaltos)
 Vandalismo.

As QUEBRAS OPERACIONAIS merecem destaque devido ao seu


impacto no volume das perdas.
Tratam-se de “avarias” causadas nas mercadorias por
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movimentação e acondicionamentos inadequados que
REDUZEM o seu VALOR COMERCIAL, parcial ou total.
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


AS QUEBRAS PODEM SER:

2. QUEBRAS OPERACIONAIS - são verificadas com alguma


regularidade e resultam da atividade e/ou manuseamento
de certos bens:

 Validade dos produtos ultrapassada;


 Quebras acidentais de mercadorias;
 Mau acondicionamento (embalagem);
 Falta/ mau controlo das datas de validade dos produtos;
 Deficiente registo da localização da mercadoria;
 Furtos* e erros na expedição/receção de mercadorias;
 Devoluções de clientes.
 Deterioração dos perecíveis; 14
 Degustação de produtos na sua embalagem original;
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


ROUBOS - Quando o autor se apropria de 1 objeto ou
valor no qual não possui nem a posse ( não comprou )
nem o direito ( não é o dono). Existe emprego de violência
ou ameaça.
É a modalidade violenta do furto.

ASSALTO – É a forma não jurídica de designar o roubo.

FURTOS - Quando o autor se apropria furtivamente

ou
fraudulentamente, de 1 objeto ou valor no qual não possui
15
nem a posse ( não comprou ) nem o direito ( não é o
dono).
QUEBRAS –
CONCEITOS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


QUAIS SÃO OS CINCO PILARES DA PREVENÇÃO DE
PERDA?

1.Colaboradores (seleção de funcionários,


consciencialização de um trabalho coletivo, trabalhos
motivacionais, comportamentos em grupo, treinos);
2.Procedimentos (padrão uniforme operacional, normas,
programas e planificação de Prevenção de Perdas);
3.Controlo (mapear, monitorar, observar e avaliar a inspeção
e supervisão operacional);
4.Informações após, ou antes, um evento (estatística e
análise dos incidentes);
5.Tecnologia (CFTV- Circuito fechado ou circuito interno 16de
televisão, alarmes, sensores, etc.).
Tema (opcional)

QUEBRAS OPERACIONAIS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Mau acondicionamento

17
Tema (opcional)

QUEBRAS OPERACIONAIS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Quebras acidentais das mercadorias

18
Tema (opcional)

QUEBRAS OPERACIONAIS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Validade das mercadorias (produtos perecíveis)

19
Tema (opcional)

QUEBRAS OPERACIONAIS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Mau acondicionamento das mercadorias

20
Tema (opcional)

QUEBRAS OPERACIONAIS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Devolução da mercadoria pelos clientes

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QUEBRAS
Tema (opcional) OPERACIONAIS

TIPOS DE DEVOLUÇÃO

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Basicamente EXISTEM DOIS TIPOS DE DEVOLUÇÕES:
 Devoluções em vendas directas ao consumidor final e
 Devoluções por erro de expedição.

DEVOLUÇÕES EM VENDAS DIRECTAS AO CONSUMIDOR FINAL:


É a devolução do produto vendido ao consumidor final.
Na generalidade dos países existem legislações que regulamentam o
prazo máximo de devolução do produto à empresa que o adquiriu, seja
por meio físico, por catálogo, Internet, etc., caso o consumidor fique
insatisfeito.
Insatisfação essa que pode ser porque o produto chegou ao cliente em
mau estado, por não funcionamento de funcionalidades do
equipamento, ou até a não satisfação das expectativas do cliente.
No entanto constata-se cada vez mais a
flexibilidade 22
das empresas nesta matéria independentemente da legislação.
Algumas empresas Norte-Americanas já recebem as
QUEBRAS
Tema (opcional) OPERACIONAIS

TIPOS DE DEVOLUÇÃO

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


NOTA: O processo de devolução de um produto vendido pelo
grossista é normalmente, o inverso da venda, ou seja, o
consumidor devolve ao distribuidor e este consequentemente ao
grossista.
Desta maneira, os produtos devolvidos seguirão o caminho
contrário ao das entregas, mas este processo torna-se mais difícil
quanto maior for o número de distribuidores.

DEVOLUÇÕES POR ERRO DE EXPEDIÇÃO:


É a devolução do produto vendido ao cliente (que neste caso
pode ser uma empresa) por erro de envio.
Esse tipo de devolução está muito relacionado com as
transacções entre as empresas e nas vendas directas ao
cliente, este último pode acontecer quando a compra 23é
efectuada por catálogo ou por Internet.
QUEBRAS
Tema (opcional) OPERACIONAIS

TIPOS DE DEVOLUÇÃO

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Normalmente as empresas recebem a mercadoria
que
conseguem verificar logo o erro de expedição e esta é
devolvida de imediato ao fornecedor pelo mesmo
transporte de entrega ou por outro num prazo
relativamente curto.
Apesar do erro as empresas podem entrar em acordo e a
empresa que recebeu o produto pode ficar com o mesmo.

Para reduzir cada vez mais o erro de expedição as


empresas recorrem aos processos de gestão da
qualidade total e informatização logística, como por
exemplo, a informatização de sistemas de expedição e
recepção de armazéns. 24
Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias
25
QUEBRAS OPERACIONAIS
Tema (opcional)

Furtos
QUEBRAS
Tema (opcional) OPERACIONAIS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Para fazer face a estas quebras, é importante a adoção de várias
práticas para a gestão das perdas, principalmente para o seu
controlo.
A prática mais comum, que permite um melhor controlo das causas das
perdas, é SEPARAR AS PERDAS EM DOIS GRANDES GRUPOS:
1. Perda identificada
2. Perda não identificada.

A perda identificada refere-se a todas as quebras operacionais que,


através da constatação do produto danificado, degustado e com prazo
de validade expirado, permite identificar a perda e classificá-la.
As trocas não são classificadas como perdas identificadas pela
natureza de devolução das mercadorias aos fornecedores, desde que
tratadas previamente num acordo comercial.
Perda não identificada refere-se às perdas obtidas através 26 da
diferença entre o stock físico e o stock teórico, isto é, a perda de stock
cuja causa não é possível identificar.
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


AS TRÊS CAUSAS DE PERDA DESCONHECIDA SÃO:

1. FURTO EXTERNO – pessoas alheias à empresa;


Exemplos: Furto de bens ou dinheiro por parte de clientes; Fraudes com
cheques e cartões na aquisição de bens ou serviços;

2.FURTO INTERNO – empregados da própria empresa ou pessoas com


atividades ligadas à empresa;
Exemplos: Furto de bens ou dinheiro por parte dos funcionários em
qualquer parte do circuito de pós-produção (transporte, armazenagem ou
loja);

3.ERROS DE GESTÃO – resultado de falhas de gestão


não
intencionadas, 27
Exemplos: registo de vendas com preços errados, a não contabilização de
quebras por obsolescência, mau controlo de inventário, erros
contabilísticos, etc..
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


A DIFERENÇA DE INVENTÁRIO
O 1º passo para reduzir e combater o impacto da quebra desconhecida
na nossa organização é conhecer e reunir informação sobre este
problema.
Para o fazer temos que calcular a diferença de inventário.

A DIFERENÇA DE INVENTÁRIO é a diferença entre o inventário


teórico e o inventário real ou físico; ou seja, a diferença entre o que
deveríamos ter de acordo com a nossa atividade empresarial e o que
realmente temos.

Para DETERMINAR O NÍVEL DE QUEBRA DESCONHECIDA numa


organização podem ser UTILIZADOS VÁRIOS ÍNDICES:
•Como % do custo das quebras relativamente ao número
de vendas, valorizando as quebras de produto a preços de custo 28
médio.
• Como % de unidades que faltam no total das unidades vendidas.
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


PODEMOS REALIZAR DOIS TIPOS DE INVENTÁRIOS :
 O inventário geral e
 O inventário rotativo.

O INVENTÁRIO GERAL, tem 1 carácter vinculativo dos dados


apurados, os quais se tornam oficiais não só para a empresa,
como perante todos os organismos público-fiscais.

Os INVENTÁRIOS ROTATIVOS são apenas instrumentos de


controlo ao longo da temporada, para apurar desvios em
determinadas famílias de mercadorias.
29
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


ESTA MEDIÇÃO DEVE SER FEITA PARA :
 Ter consciência do problema, e
 Ser a base das potenciais decisões correctivas.

AS DIFERENÇAS DE INVENTÁRIO PODEM SERVIR PARA :


•Rever ou estabelecer novos procedimentos internos
(logística, segurança, encomendas, etc.).
•Adoção de medidas de segurança pontuais sobre
determinados produtos, zonas, lojas, etc.
•Ações comerciais para expôr o produto em locais mais
seguros da loja:
As medidas corretivas que podem ser tomadas serão mais
eficientes quanto maior for a qualidade da informação. 30
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO SERÁ DETERMINADA
POR:

 A que nível da organização se realiza: ou seja, se é feita


ao nível da loja, secção, categoria, referência, etc.
 Frequência temporal do cálculo.
 O cálculo da diferença de inventário permite corrigir os
desvios que possam existir no inventário teórico
relativamente à atividade real.
Este facto é importantr, uma vez que o inventário teórico
constitui a base para a tomada de muitas decisões que
transcendem o âmbito da quebra desconhecida.
31
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


UM INVENTÁRIO TEÓRICO DEFICIENTE PODE LEVAR A:
•Roturas de stock. Ex: os sistemas de informação refletem que existe produto
na loja quando na realidade não há.
•Implantações deficientes. Ex: O espaço que um produto ocupa no linear
deveria estar em consonância, entre outras questões, com a rotação do
produto, e esta é calculada a partir do inventário teórico.
•Cadeias de abastecimento ineficientes. Ex: as políticas de abastecimento
são estabelecidas a partir dos dados do inventário teórico. Dados erróneos de
inventário conduzem a um abastecimento ineficiente.

ERROS E PONTOS DE RISCO A TER EM CONTA NA DIFERENÇA DE


INVENTÁRIO:
•Haver engano na seleção do corte dos últimos movimentos que vão ser
considerados no cálculo do inventário teórico.
Exemplo: se foram feitas vendas enquanto o inventário físico é realizado e
estes movimentos não forem incluídos no cálculo do inventário teórico que
utilizaremos para calcular a diferença, o resultado revelará que “faltam”
32
unidades quando na realidades elas foram vendidas, mas não incluídas no
cálculo.
QUEBRAS OPERACIONAIS - PERDA
DESCONHECIDA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


• Manusear informação errónea ou incompleta.
São especialmente críticos os seguintes procedimentos
e documentos: a informação automática de venda diária das
lojas.

SÃO FONTE DE INVENTÁRIOS ERRÓNEOS:


-Duplicação das vendas.
-Realização de envios incorretos de vendas.
-Mistura de artigos entre vários códigos.
-Notas de entrega de armazém.
-Faturas relativas a entregas diretas na loja.
-Devoluções de produto.
-Regularizações de preço.
33
-Autoconsumos.
-Receções incorretas.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)

Carla Carvalho
OU ERRO?

Prevenção de quebras de mercadorias


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QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Após o conhecimento do valor da quebra que a empresa sofreu, como
determinar a sua origem – furto externo, interno e erros)?
A única forma é reunir informação das ocorrências e tirar conclusões
que permitam ponderar o peso de cada uma das três causas.
AS INFORMAÇÕES MAIS ÚTEIS SÃO:
Tentativas de furto detetadas;
As provas que demonstrem o furto: etiquetas eletrónicas encontradas na
loja e etiquetas de preço violadas, entre outras;
 Discrepância detetada nas encomendas;
 Erros de fixação de preços.

FURTOS INTERNOS - Pontos de Risco:


RECURSOS HUMANOS: Os seguintes fatores têm influência no
comportamento dos colaboradores e portanto também podem agir como
inibidores ou potenciadores de certos comportamentos desonestos:
 Ambiente laboral (motivação, etc…); 35
Política de RH e de contratação (tipo de contratos, rotação de pessoal,
políticas de retribuição, etc…).
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


O PRODUTO: O risco de um produto poder ser roubado AUMENTARÁ
em função da sua atratividade para o potencial ladrão.

OS FATORES QUE DETERMINAM ESTA ATRATIVIDADE SÃO:


O valor;
A novidade;
 A facilidade de venda:
 De ser furtado (tamanho, etc…);
 Localização no armazém, locais das instalações onde é mais simples
“agir”.
Os PROCEDIMENTOS: A forma como são executados será determinante
para inibir ou facilitar comportamentos desonestos.
Neste sentido os MAIORES RISCOS são:
As encomendas em que não é possível controlar o conteúdo
no momento da entrega; 36
 Entregas “cegas” (não é controlado o conteúdo dos envios).
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Os colaboradores da loja, nomeadamente a direcção da loja,
devem estar em permanência, atentos aos seguintes indícios
de furto:
– Visitas frequentes de familiares ou de amigos;
– Chamadas telefónicas pessoais frequentes;
–Informação incompleta em operações devolução de
de mercadorias;
– Mercadoria escondida no armazém;
– Mercadoria empacotada em caixas ou em sacos.

 Os sacos e ou embalagens de todos os colaboradores da loja/


armazém, incluindo funcionários de limpeza, devem mostrados à
saída da loja.
 Todo o lixo gerado pela loja/ armazém, deverá sair da mesma, em
37
sacos transparentes e o director da loja/ armazém deverá fazer
verificações ao lixo, de forma aleatória.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 O Armazém da loja não deve ser relegado para segundo plano e como
tal deverá ter regras de acesso bem definidas, bem como, uma
organização cuidada e que facilite a reposição de mercadoria em loja.

DICAS PARA PREVENIR FURTO INTERNO:

•Pensar como os furtantes: Tanto os executivos da empresa como os


executores de normas e procedimentos antifurtos devem buscar pensar
como o furtante que age ou poderia agir na sua empresa.
Ao entender melhor as estratégias de quem causa o furto fica mais fácil
perceber os pontos que são mais vulneráveis e as soluções preventivas
serão cada vez mais eficientes.

•Tipo de gestão: Se um funcionário de qualquer nível for chamado pela


própria empresa a praticar delitos em seu nome, é bem possível que ele e
os seus companheiros de trabalho pratiquem o furto interno com menos
38
remorsos.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Uma empresa que não age honestamente com os seus clientes poderá criar
uma cultura de furto interno. Para explicar melhor: a empresa faz uma
redução da embalagem de um produto, mas não faz a correspondente
redução do preço. Outros exemplos: o cliente compra um produto e recebe
um similar, mas com custo menor; sonegação de impostos; pagamentos
fora da folha aos próprios funcionários.
O importante aqui é pensar o que o seu funcionário pensaria destas atitudes
e qual será a sua interpretação. Isso poderá levá-lo a agir da mesma forma
com o seu empregador. É um ponto crítico que merece atenção.
•Mão-de-obra desconhecida: De acordo com cada função,
essencialmente as ligadas à Prevenção de Perdas, deve-se avaliar o
candidato ao cargo não apenas considerando a sua performance
profissional, mas também o seu histórico anterior relacionado à ética moral
e comportamental.
Para ter funcionários bem dispostos e fiéis à empresa é necessária uma
política salarial justa, treinos adequados e, principalmente, um tratamento
39
que não exponha o funcionário a situações constrangedoras perante os
seus colegas, superiores ou subordinados, e clientes.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho
O TRANSPORTE: As operações de transporte estão sujeitas a uma série
de procedimentos de elevado risco (carga, descarga, entregas, etc.).
Nota: Não esquecer a cumplicidade das pessoas que têm acesso aos
produtos (tanto externas, como internas à organização).

Prevenção de quebras de mercadorias


COMO PREVENIR?
Normas de funcionamento interno, tanto para funcionamento geral da
empresa, como para os procedimentos mais críticos,
fazer uma avaliação e acompanhamento constante da aplicação destas
normas;
Medidas de prevenção e controlo dos produtos e
nomear
responsáveis encarregues de as aplicar.

CAUSAS:
A tentação: Que variará em função da necessidade do empregado, da40
sua
ambição/ganância.
própria empresa.Dos quadros relativamente às ações desonestas contra a
Da tolerância:
Doc014/6 23-10-2015
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho
Da facilidade: Cometer um furto interno e este existe se houver
oportunidade (Acesso ao produto, Tempo disponível e Posição que
ocupa)
A perceção: Do empregado sobre as possíveis repercussões que

Prevenção de quebras de mercadorias


possa ter um comportamento desonesto. Esta dependerá do “medo”
de ser apanhado, de ser castigado e de se sentir culpado.

Deve-se EVITAR que sejam criadas PERCEÇÕES ENTRE OS


EMPREGADOS do tipo:

“A empresa já ganha dinheiro suficiente” Neste caso existe um


elevado nível de tolerância relativamente às pessoas que
cometem ações desonestas.
41
“Aqui roubar é muito fácil” Os empregados não têm medo, nem
de serem apanhados, nem de serem castigados.
Doc014/6 23-10-2015
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho
DEVE-SE TRABALHAR eficientemente O CONCEITO DE:
“A empresa é a minha casa”
 A cultura empresarial Inibidores
de
 A integração do empregado

Prevenção de quebras de mercadorias


Tentações
 A política de Recursos Humanos
( Os RH possuem 1 recurso valioso para mensurar os índices
de satisfação interna: a pesquisa de clima organizacional,
uma vez que através dela é possível identificar os pontos fortes
e aqueles que precisam ser trabalhados e que podem gerar um
quadro de insatisfação interna ).
INTRAEMPREENDEDORISMO
O colaborador intraempreendedor é aquele que
pratica
o empreendedorismo
pessoa que tem a visão
dentrode
dos limites na
cenários,
organização,aoucriatividade,
seja, 42
aquela
analisar
selecionar melhor as ideias e inovar, usar pensar em fazer a
empresa vender mais, ganhar mais e reduzirsempre a
custos.
Doc014/6 23-10-2015
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


É uma característica que vem de dentro para fora, ou seja, o colaborador já
possui em si a vontade de fazer a diferença dentro da empresa.
“O gestor deve incentivar o senso de propriedade, o sentimento de que
ele pode fazer a diferença, a autonomia na tomada de decisão, a
possibilidade de testar e errar sem ser punido por isso”.
Principais CARACTERÍSTICAS DESSES EMPREENDEDORES,
que
podem fazer a diferença para a evolução de uma empresa:
–Ter a capacidade de analisar cenários;
–Utilizar a criatividade para seleccionar as melhores ideias
para promover a inovação;
– Pensar em como fazer a empresa ganhar mais, vender mais e reduzir
custos;
– Agir como “dono” do negócio;
– Demonstrar resiliência quando situações adversas acontecem;
–Tomar decisões; 43
–Trabalhar com autonomia;
- Procura de melhoria constante e descoberta de oportunidades;
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DESAPARECIMENTO MISTERIOSO
Proteger mercadoria que “desaparece de modo misterioso” exige :
 Uma cuidadosa mistura de técnicas físicas de segurança com o
pessoal
 Precauções processuais.
As técnicas físicas são o mais fácil de colocar em prática – também
são frequentemente as únicas a serem usadas no armazém.
Os melhores procedimentos de segurança no mundo não podem
derrotar a parceria entre 2 indivíduos desonestos - um funcionário
dentro do armazém e uma pessoa externa.
Mesmo quando o objetivo é empregar somente empregados honestos,
de confiança, e mesmo que um armazém tenha empregados honestos
a 100%, esta é vulnerável à desonestidade dos estranhos.
Neste caso, as verificações processuais tornam-se importantes,
pois assegura-se que os empregados honestos usam os sistemas 44
de segurança.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)

Carla Carvalho
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

UMA COMBINAÇÃO DOS TRÊS ELEMENTOS:


 As técnicas físicas,
Devem ser consideradas
 O pessoal e

Prevenção de quebras de mercadorias


quando se olha pela
 As precauções processuais segurança do armazém.

CONFIRMAR A HONESTIDADE DO EMPREGADO


O factor principal no roubo combinado é a falta de interesse por
parte da gerência na segurança.
 A falha número um é a selecção do candidato a empregado.
 É difícil seleccionar pretendentes que sejam
honestos e
tenham as habilidades exigidas. 45
 O custo de empregar a pessoa errada pode
facilmente
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
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OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


HÁ MUITAS MANEIRAS DE FAZER A SELEÇÃO DO CANDIDATO:
 Entrevistas pessoais,
 Verificar referências e
 Testes ao candidato também ajudam a selecionar os candidatos para o
trabalho.
Todos os empregados de armazém devem ser testados relativamente à
sua habilidade e integridade.
DAR E VERIFICAR REFERÊNCIAS
 Antigo chefe envia uma carta de recomendação,
 Os recrutadores entram em contacto por telefone com chefes,
subordinados e clientes internos de empregos anteriores – geralmente,
indicados pelo candidato.
“Na verificação de referências, é possível captar aspectos subjectivos que
não se consegue perceber na entrevista”.
Estima-se que 59% das pessoas que já foram abordadas para contar sobre
46
a experiência que tiveram com um antigo colega admitem serem
transparentes durante toda a conversa de verificação de referências.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
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OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


De acordo com a pesquisa, tais pessoas mencionam não só os pontos positivos,
mas até o que o candidato em questão ainda tem para desenvolver
profissionalmente.
CONFIRMAR INFORMAÇÕES
O objectivo mais básico dos recrutadores ao entrar em contacto com antigos
colegas de trabalho é simples: verificar se as informações passadas pelo candidato
são verdadeiras. Neste momento, cargos, promoções, funções, salário e
motivo/contexto para a demissão entram na conversa. E, muitas vezes, o
recrutador até entra em contacto com o sector de RH da empresa para verificar
detalhes específicos.
VERIFICAR VALORES E ESTILO
Confirmadas as informações básicas, é hora de saber, na prática, como era o
profissional em questão. Primeiro, fazem-se perguntas abertas.
A partir do parecer da pessoa que está dando referência, o recrutador consegue
“pescar” alguns indícios de problemas de comportamento por parte do candidato
em questão.
Se eles aparecerem, a regra é aprofundar. Se tudo correr bem, todos os
recrutadores lançam mão de uma pergunta chave: “Trabalharia com esta pessoa 47
novamente?”. A resposta (ou a simples hesitação) podem revelar muito.
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OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

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 Um número grande de pessoas teme dar referências negativas sobre
um empregado anterior.
Esta situação verifica-se porque os factos negativos dados de boa-fé ou
as opiniões podem ser motivo para fazer queixas por difamação.
 A verificação das referências revelará a desonestidade, mesmo que
a pessoa que dá o parecer esteja a tentar evitar algo negativo.
 O melhor é fazer em primeiro lugar as perguntas mais interessantes
e deixar para último a verificação de datas do emprego, o salário e a
categoria.
 A verificação de referências é demorada e, consequentemente, cara.

OUTROS CONTROLOS
 Pode ser usar empregados disfarçados para detetar
necessário
roubos combinados:
 Os empregados disfarçados podem estar disponíveis sob varias formas,
48
desde detetar roubos combinados até à deteção de outras
atividades que se negoceiam em armazéns.
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 Outro impedimento para evitar os roubos combinados é conduzir
testes aleatórios, ao descarregar veículos à partida.
Escolher uma ou duas cargas quando estão de partida de forma aleatória cada
mês e chamar o camionista à parte traseira do camião para que a carga seja
verificada novamente.
Quando os ladrões potenciais aprendem que este tipo de fiscalização é corrente,
podem concluir que é demasiado arriscado roubar o armazém.
As cargas à partida não são o único roubo combinado que pode ocorrer.
É igualmente provável que esta situação se verifique a posteriori, isto é, um
empregado do armazém que assina para carga cheia, quando deixa uma
parcela no camião para ser transportado e vendido.

 Uma outra chave para controlo do roubo combinado é a excelência na


gestão de inventário.
Se os empregados ficam com a ideia que a gerência não sabe quanto material
existe em inventário, é um motivo para roubar, pois a gerência não vai saber.
Pelo contrário, quando as discrepâncias do inventário são verificadas
regularmente e com cuidado, a mensagem para fora é de que a gerência pode 49 e
manterá o controlo sobre os stocks no armazém.
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O roubo combinado é extremamente difícil de controlar, mas
minimizar-se-á se as pessoas honestas demonstrarem à gerência que
tem um forte interesse em proteger a propriedade que está no
armazém.
 A melhor defesa é o facto de que a grande maioria
dos
trabalhadores é honesta e não quer trabalhar com um ladrão.
 Quando a administração demonstra o seu interesse pela
manutenção da segurança de toda a propriedade no armazém, é
relativamente fácil conquistar a cooperação da grande maioria dos
trabalhadores do armazém.

VALORIZAÇÃO DO PRODUTO
 Ao analisar a segurança contra roubo, estude a valorização de
cada produto em armazém: 50
 Alguma mercadoria pode ser valiosa, mas não pode ser vendida
facilmente; outros produtos podem ser de mais baixo valor, mas
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Por exemplo, os produtos de alimentos básicos, os produtos de papel e
outros produtos que não têm um elevado valor mas têm um mercado
pronto têm sido objeto de roubos maciços.
 Depois de determinar a valorização do produto, deve-se aplicar
padrões seletivos de segurança, com medidas de segurança mais
elevadas para a mercadoria que é mais negociável.

USAR A SUPERVISÃO PARA A SEGURANÇA


Uma boa maneira de derrotar o roubo combinado é a VERIFICAÇÃO.
Idealmente, a pessoa que faz esta verificação deve ser chefe ou um
supervisor que seja membro da gerência.
1. Primeiro, a colocação e a quebra de todos os selos deve ser da
responsabilidade do chefe, acompanhada pelo condutor de camião
cujo veículo foi selado.
2. Segundo, na receção de carga, o chefe e o recetor devem verificar
toda a mercadoria. Num armazém ocupado ou aglomerado, esta 51
verificação pode ocorrer numa área de armazenamento, DESDE
QUE a carga seja tirada diretamente do veículo.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
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QUEBRAS: FURTOS INTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


3.Em terceiro lugar, como é feita 1 verificação aleatória a determinadas
cargas, esta DEVE SER FEITA por 1 membro da gerência.

PROCEDIMENTOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA


 As políticas pessoais podem ser estruturadas para incentivar a
honestidade – exemplo disso é uma política restrita de aceitação de
presentes.
 Outra situação é, por exemplo, só o chefe pode quebrar e aplicar
selos, devendo haver 1 documento que identifique quem executou a
tarefa.
 Cada recipiente vazio é uma embalagem potencial para a
mercadoria roubada.
 Um reboque vazio deixado numa doca pode ser utilizado para
roubo. O mesmo é verdadeiro para carros com caixas vazias e mesmo
funis do lixo. Uma maneira é restringir o acesso a tais recipientes.
 Os veículos vazios de mercadoria devem ser mantidos selados52ou
ser inspecionados enquanto saem do armazém. Além disso, esta
inspeção deve ser coberta por um registo escrito de que ocorreu.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
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OU ERRO?
PROCEDIMENTOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Exija que todas as caixas de papelão sejam achatadas antes da
reciclagem. Isso torna mais complicado o roubo de produtos dentro de caixas
pelo método do lixo descrito acima.
Reorganize a mobília para eliminar pontos-cegos. Empregados
dificilmente roubarão se não houver lugares onde eles não possam ser vistos.
Faça inspecções surpresa. Apesar de ir contra o gosto dos funcionários,
certamente eles roubarão bem menos se houver chances de que a
registradora seja levada para uma auditoria sem aviso prévio.
Distribua "brindes" de vez em quando. Dar as mercadorias que têm pouco
giro para seus funcionários é um modo de criar um incentivo "anti-roubo". Por
exemplo, se tem um restaurante e descobre que os funcionários sempre
roubam comida, estabeleça um sistema em que eles podem levar a comida
que seria desperdiçada para casa.
Mude as medidas de segurança depois de demissões. Apesar de raro, é
possível que ex-trabalhadores roubem o local depois de terem se desligado da
empresa por ainda terem o crachá, chaves, etc. Como prevenção, reinicie 53
todos os sistemas de segurança e monitoramento depois de demitir alguém.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)

Carla Carvalho
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

MEDIDAS DE CONTROLO E PREVENÇÃO DAS


INSTALAÇÕES:
Controlar o acesso às instalações de pessoas e

Prevenção de quebras de mercadorias


veículos alheios;
Atribuir acreditações às pessoas alheias à organização e
colocar distintivos nos veículos externos para que sejam
identificados no interior;
Atribuir cartões de identificação a todos os empregados
que tenham acesso às instalações;
Reduzir na medida do possível o número de entrada e saídas
nas instalações;
Manter permanentemente vigiadas as portas por onde entram e
saem veículos e pessoal; 54
Vedar as instalações;
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
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OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Os colaboradores da loja/armazém devem estar em permanência,
atentos aos seguintes indícios de furto:
– Mais de duas pessoas a comprar em conjunto;
– Pessoas com atitude estranha: que observem demasiado, questionem
sem intenção de comprar;
– Pessoas que tentem distrair os colaboradores da loja;
– Grandes sacos que possam ser facilmente abertos;
– Pessoas que tentem esconder–se ou evitar os colaboradores da loja;

Dentro dos provadores todas as situações que facilitem o roubo, devem


ser eliminadas, nomeadamente, a existência de frestas, na traseira de
espelhos, nos rodapés das paredes e nos bancos, bem como, eliminadas
as bainhas das cortinas, já que são locais passíveis de esconder alarmes,
abusivamente retirados das peças de roupa e acessórios.
É, recomendável que sejam instituídas regras de utilização dos
provadores, no que se refere à quantidade de peças de roupa e 55 ou
acessórios que os clientes transportam para dentro dos referidos
provadores.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Os alarmes da roupa, além de um elemento dissuasor são um importante
 alerta em caso de roubo. Recomenda-se que todas as peças da
loja
estejam devidamente alarmadas.
 Sempre e quando os alarmes não sejam suficientes para alarmar todas as
 peças de roupa e acessórios existentes na loja, deve dar–se prioridade à
colocação de alarmes, nas peças de roupa que se encontrem à entrada da
loja, nas mesas principais de exposição e aos artigos com o preço mais
elevado.

VERIFICAÇÃO DAS ANTENAS (SISTEMA DE ALARME)


 Deve ser verificado se as antenas estão ligadas e a trabalhar devidamente
 Se
dasas antenas
9h às não antes da abertura
10h, ou seja, a trabalhar correctamente,
da loja ao público.
estiverem garantir quenão há haverá que elemento a
nenhum
funcionamento. interferir no seu bom
 Se não houver nenhuma explicação para o mau funcionamento, deverá ser
reportada a incidência ao serviço de apoio da empresa fornecedora56do
sistema de alarmes.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


RELATIVAMENTE AO ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS,
É RECOMENDADO:
Sinalizar as zonas,
Estacionamento dos empregados longe dos edifícios
Criar lugares para as visitas;
Apostar na iluminação (elemento de segurança para o vigilante e
é um elemento dissuasivo)
Não permitir que estacionem veículos particulares nas zonas
de carga e descarga ou onde é armazenado o produto.
Manter vigiadas zonas críticas como o acesso dos vestuários à
zona onde está a mercadoria, o acesso aos cais, …
Guardar as mercadorias de mais valor em zonas
especialmente vigiadas e registar os movimentos de entrada e
saída a essas zonas: data, hora, número do selo... 57
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


PAPEL DO MOTORISTA NA PREVENÇÃO E CONTROLO:
 Deve estar presente durante a carga e descarga;
 Deve assumir a responsabilidade de que a mercadoria que figura na
nota de entrega seja a que carregou e descarregou;

CONTINGÊNCIAS:
 É recomendado que o motorista possua um documento que
certifique que se viu obrigado a retirar o selo do veículo por
exigência das forças de segurança.
 Caso esta situação ocorra, o documento também deve certificar que
o veículo foi de novo selado na presença das autoridades.

VEÍCULOS RASTREADOS E TREINO TÉCNICO:


 O sistema de protecção instalado nos camiões, utilitários e veículos de
carga em geral, são dotados de tecnologia de ponta, proporcionando
58
muitos recursos, como corte de combustível, desengate da carreta e
accionamento directo da central..
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Os motoristas, necessitam de treinos constantes, para
utilização dessas ferramentas, que inclui o computador de bordo
para realizar a troca de mensagens ou informações com a central.
Esses profissionais, devem sentir-se seguros em relação
ao
manuseio, para que saibam utilizá-los nos momentos convenientes.
O SISTEMA DE SEGURANÇA VEICULAR GERALMENTE
É COMPOSTO POR:
−RASTREAMENTO E MONITORAMENTO VIA SATÉLITE E VIA
TELEFONE:
Localiza o veículo e envia comandos para a central de monitoramento,
que trabalha 24 horas sem interrupção.
−SENSORES: Proporciona a abertura de portas da cabine e do baú,
desengate de carreta e detecta vandalismo.
−ATUADORES: Trava das portas do baú, corte de combustível, trava59 de
5ª roda da carreta (engate da carreta), alarme áudio visual (sirene, pisca)
e outros.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)

Carla Carvalho
OU ERRO?
QUEBRAS: FURTOS EXTERNOS

TECNOLOGIA APLICADA AO CONTROLO E PREVENÇÃO


DURANTE O TRANSPORTE DE MERCADORIAS:

Prevenção de quebras de mercadorias


1. Global Positioning Systems (GPS): Esta tecnologia
permite fazer um acompanhamento do movimento das
cargas, disponibilizar informações precisas sobre o
local, a situação dos envios e, se forem utilizados alarmes
para detetar, se a carga do veículo foi violada;
2. Selagem da carga ou do veículo: Deixa registo que o
conteúdo da carga ou do veículo foi violado; No caso
de cargas seladas verificar que os selos não foram
manipulados e que os números dos selos estão corretos.
3. OUTROS: Alarmes de deteção nas entradas e saídas60e
utilização de um Circuito Fechado de Televisão.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
ABORDAGEM PREVENTIVA

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A Abordagem Preventiva tem como objectivo evitar a
consumação de uma perda que pode ser ocasionada pelo
consumo ou furto de produtos na área de vendas.
 Esse tipo de abordagem é realizada, quando o cliente apresenta
uma atitude suspeita, que pode ser identificada por qualquer
colaborador e/ou pelo circuito fechado de TV.
 Aproximando-se da pessoa com atitudes suspeitas, o
colaborador deve tomar todas as precauções para não provocar
constrangimentos, para isso é necessário a realização de treinos
constantes, principalmente, para a equipa responsável pela
fiscalização da loja.
 Recomenda-se na abordagem, estabelecer um diálogo pró-activo
junto ao “Cliente”, oferecendo um serviço da loja,
sacola/cesto/carrinho para carregar as suas
demonstrando que a sua atitude foi percebida e que está a ser61
compras,
observado.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
ABORDAGEM PREVENTIVA

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Na ocorrência de ocultação de um produto (Ex. guardar uma mercadoria
dentro de sua bolsa ainda dentro da loja), o cliente deverá ser
acompanhado em todos os seus movimentos, porém, não poderá ser
obrigado a pagar o produto até sua efectiva saída da loja.
Esse acompanhamento tem como objectivo, obter a certeza que o produto
encontra-se no local onde foi ocultado dentro da loja até sua efectiva saída.
 Algumas empresas costumam abordar o cliente após a ocultação (ainda
dentro a loja) demonstrando de forma clara, que o local onde o produto
foi “guardado”, não é o adequado, sem obrigar a apresentação do
produto e o pagamento imediato.
 A abordagem conservadora ocorre quando o “furtante” sai da loja,
levando consigo o produto, sem o efectivo pagamento.
Recomenda-se nesse caso abordar o cliente e encaminhá-lo a um local
reservado, para que sejam tomadas as devidas providências, tais como:
1- Permitir o pagamento, caso o cliente solicite.
62
2- Accionar a autoridade policial para registo de um boletim de ocorrência.
3- Liberação do Cliente.
QUEBRAS OPERACIONAIS - FURTO INTERNO, EXTERNO
Tema (opcional)
OU ERRO?
ABORDAGEM PREVENTIVA

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A decisão deve estar pautada na relação custo X benefício X
acção empregada pelo(s) furtante(s), mas não podemos deixar
de coibir acções dessa natureza, que no primeiro momento
apresentam um impacto baixo, porém, a acção pode estar sendo
utilizada como “isca” para uma de maior proporção.
 Outro ponto de destaque, está relacionado com o disparo das
Antenas (Sistemas anti-furto), recomenda-se nesse caso,
abordagem em todos os disparos, mesmo que o motivo tenha
sido gerado por uma falha operacional ou técnica.
 Algumas empresas costumam “não abordar” o cliente na
ocorrência do disparo da antena, quando não existe evidência de
ocultação do produto dentro da loja, isto é, sem a certeza do
furto. Essa decisão está relacionada ao risco de Ações Judiciais
(Dano Moral), porém, também corre-se o risco de pessoas
desonestas utilizarem desse expediente para a prática de 63

condutas ilícitas.
Tema (opcional)

INFORMAÇÕES E REGULAMENTAÇÕES – DADOS E ESTATÍSTICA DA TAXA

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DE DIFERENÇA EM PORTUGAL
OS FURTOS EM LOJAS, CUSTARAM AO RETALHO MUNDIAL 88.878
MILHÕES DE EUROS, EM
2011, totalizando 1,45% das vendas.
Esta taxa de perda desconhecida global representa um aumento de 6,6% face ao
ano passado, sendo que a Europa foi a região que registou uma maior subida do
índice de variação de perdas, com um crescimento de 7,8%, segundo o
Barómetro Global do Furto no Retalho é a taxa mais alta registada pelo estudo
desde 2007.
O comércio em Portugal perdeu, entre Julho de 2010 e Junho de 2011, 372
milhões de euros, devido sobretudo a furtos. Este valor representa um aumento
de 7,3% face ao período de 2009/2010.
Em Portugal, o valor das perdas, apesar de ter aumentado no período estudado,
representando 1,33% das vendas totais, situa-se abaixo da média europeia, que
regista 1,39%, o correspondente a 36,2 mil milhões de euros.
As perdas, causadas maioritariamente por furtos de clientes (48,9%) e
empregados (28,4%), significavam, entre Julho/2010 e Junho/2011, um custo
médio para cada família portuguesa de 107,44 euros extra nas compras. 64
Os produtos mais roubados em lojas portuguesas são acessórios de moda,
vestuário, cosméticos, perfumes e produtos alimentares.
QUEBRAS OPERACIONAIS - RECOLHAS E DEVOLUÇÕES DO
Tema (opcional)
CLIENTE

Carla Carvalho
Prevenção de quebras de mercadorias
65
QUEBRAS OPERACIONAIS - RECOLHAS E DEVOLUÇÕES DO
Tema (opcional)
CLIENTE

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


As RECOLHAS NO CLIENTE CRIAM UM RISCO adicional de roubo.
Uma maneira de controlar este risco é ter a mercadoria pronta em
stock para entrega e essa entrega ser feita ao cliente por outro
trabalhador diferente.
Este procedimento é baseado no facto de que há geralmente só 2
indivíduos envolvidos em roubos combinados.
As devoluções dos clientes apresentam um problema de segurança
não comum – isto se a mercadoria vier em caixas não padronizadas.
Se for este o caso, a mercadoria deve ser verificada logo que chegue
ao armazém.
O controlo de originais é tão importante como o controlo da
mercadoria. Etiquetas fraudulentas podem ser usadas para desviar
expedições pequenas e a melhor maneira de impedir isto é supervisionar
a introdução das etiquetas.
Muitos grupos de armazém vão almoçar ou tomar café ao mesmo tempo,
sem ter alguém disponível para inspecionar docas ou portas de entrada.
66
Deve-se evitar as pausas ao mesmo tempo e ter sempre alguém para
proteger as entradas não autorizadas.
QUEBRAS OPERACIONAIS - RECOLHAS E DEVOLUÇÕES DO
Tema (opcional)
CLIENTE

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA
Nas relações comerciais é muito comum, por vários motivos, que haja a
devolução de mercadoria.
DATA DE VALIDADE
 Prazo de validade é o tempo de duração dado a produtos alimentares,
bebidas, medicamentos e outros itens perecíveis antes de serem
considerados inadequados para venda ou consumo.
 É o tempo que os produtos podem ser armazenados, durante o qual a
qualidade definida de uma determinada proporção das mercadorias
permanece aceitável para as condições de distribuição, armazenamento
e venda.
ESTADO DA EMBALAGEM
 Existe a importância das embalagens secundárias para proteger os
produtos contra avarias durante o manuseio e a armazenagem, como
também protege contra furtos.
 Para proteger a embalagem contra avarias é necessário adequá-la67ao
produto e selecionar seu material, levando em conta o grau desejado de
proteção ao produto.
QUEBRAS OPERACIONAIS - RECOLHAS E DEVOLUÇÕES DO
Tema (opcional)
CLIENTE

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A fragilidade de um produto pode ser medida através de testes, tanto do
produto como da embalagem, com o uso de equipamentos de choque e
de vibração; e o seu resultado permite determinar o nível de
acolchoamento e reforço interior nas caixas.
 O ambiente também deve ser estudado quanto às suas características
físicas e aos fatores que o compõem.
 O ambiente físico que envolve um produto é o ambiente logístico, ele
influencia e é influenciado pela possibilidade de avaria. Neste ambiente
ocorre a avaria por transporte, armazenagens e manuseio.
 Nos depósitos próprios os produtos movem-se para os seus destinos
num ambiente relativamente controlado.
 Já nos transportes fretados/alugados os produtos entram num ambiente
sem controlo.
 Quanto menos controlo a empresa tiver sobre o ambiente físico,
maiores devem ser as precauções com a embalagem para evitar
68
avarias, portanto, o ambiente logístico influencia as decisões relativas
ao projeto da embalagem.
QUEBRAS OPERACIONAIS - RECOLHAS E DEVOLUÇÕES DO
Tema (opcional)
CLIENTE

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


CAUSAS DE AVARIAS RELACIONADAS COM EMBALAGEM:
 Vibrações,
 Impactos,
 Perfurações
 Compressões
Podem ocorrer simultaneamente, esteja a mercadoria em trânsito ou sob
manuseio.

EM TRÂNSITO AS AVARIAS PODEM SER REDUZIDAS POR:


 Amarração de volumes,
 Fixação,
 Amarração à carroçaria do veículo,
 Calços para impedir o deslizamento, a vibração e o choque entre as
mercadorias, ou
 Utilizando ao máximo o espaço disponibilizado nos veículos
69
de transporte das mercadorias.
Tema (opcional)
QUEBRAS OPERACIONAIS - Recolhas e devoluções do cliente

FACTORES

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


EXTERNOS QUE PODEM ACARRETAR
AVARIAS :
 Temperaturas elevadas,
 Humidade e
 Materiais estranhos.

 Estes fatores externos estão fora de controlo logístico e


afetam o conteúdo das embalagens quando este é exposto,
podendo derreter, estragar, empolar, descascar e até
fundirem-se uns com os outros, perdendo a cor.
 Pode ser motivo de não aceitação de mercadoria quando se
verifica desconformidade face ao tipo e/ou dimensão da
embalagem acordadas entre fornecedor e cliente. 70
Tema (opcional)
QUEBRAS OPERACIONAIS - Recolhas e devoluções do cliente

CONSIDE

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


RA-SE motivo válido para a não aceitação de
mercadoria quando estamos perante incumprimentos, quer no
prazo de entrega quer quanto quantidades, face às
a condições previamente acordadas.

NOTA DE DEVOLUÇÃO
 Sempre que se trate de mercadoria objeto de devolução por
se apresentar defeituosa ou avariada, de acordo com o
contrato elaborado e ou ao abrigo da garantia entre o
fornecedor e o comprador, a fatura terá que ser substituída
por uma guia ou nota de devolução.
 A nota de devolução é, assim, o documento de
reporte/suporte a operação acima descrita. 71
QUEBRAS OPERACIONAIS - ERROS MAIS FREQUENTES
Tema (opcional)

Carla Carvalho
Prevenção de quebras de mercadorias
72
QUEBRAS OPERACIONAIS - ERROS MAIS FREQUENTES
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Os erros são falhas na gestão, que fazem com que as contas dos
resultados apresentem valores inferiores.

PONTOS DE RISCO
A Falta de formação e de meios materiais adequados para o tratamento
da informação, originam diferenças entre os fluxos físicos de mercadoria e
o fluxo de informação:
Quantidades e produtos incorretos (referência, formato...)..
Deterioração dos produtos.

NO CÁLCULO DA DIFERENÇA DE INVENTÁRIO, HÁ ERROS FÁCEIS


DE COMETER:
Enganos nos últimos movimentos a serem considerados pelo cálculo do
inventário teórico, como, por exemplo, durante a realização do
inventário são feitas vendas, mas os movimentos não são incluídos
no inventário; 73
Analisar informação incorreta ou incompleta;
QUEBRAS OPERACIONAIS - ERROS MAIS FREQUENTES
Tema (opcional)

ENTRE A

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DESTACA- DOCUMENTAÇÃ MAIS SUSCETÍVEL,
SE O
A QUE VEM AUTOMATICAMENTE DAS
LOJAS:
Duplicação de vendas,
Envios incorretos de transacções,
 Mistura de artigos entre vários códigos,
Notas de entrega de armazém,
Facturas relativas a entrega nas lojas,
Devoluções de produtos,
Regularizações de preço,
Autoconsumos, entre outros.

74
QUEBRAS OPERACIONAIS - ERROS MAIS FREQUENTES
Tema (opcional)

NA REALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


FÍSICO, CONSTITUEM FONTES DE
RISCO:
Produtos que estão localizados em mais do que um
ponto da loja ou armazém, pois podem originar quebras de
produto no cálculo, quando na realidade esta não existe;
Produtos com vários componentes; na falta de um
componente não detetado pode acontecer que a contagem
física não assuma a quebra;
Armazéns e lojas desarrumadas dificultam a contagem dos
produtos.
 A preparação das encomendas;
 Os processos de entrega e receção da mercadoria;
75
 A gestão das devoluções e produtos estragados.
QUEBRAS OPERACIONAIS - ERROS MAIS FREQUENTES
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


A DETERIORAÇÃO DOS PRODUTOS ACONTECE POR NÃO EXISTIREM
INSTALAÇÕES ADEQUADAS QUE PERMITAM:
 Manter uma temperatura adequada para a conservação dos produtos;
 Execução de uma “paletização” correta.
PROCEDIMENTOS NA PREVENÇÃO E CONTROLO DOS ERROS:
 A definição eficiente dos procedimentos mais críticos;
 O controlo sobre a execução dos mesmos;
 A utilização eficiente das ferramentas adequadas.
 É recomendado realizar ações de formação dos operadores sobre:
Aplicação dos procedimentos estabelecidos;
Utilização e manuseamento das ferramentas necessárias.
Estas FERRAMENTAS permitem REDUZIR AS OCORRÊNCIAS E
CONTROLAR OS PONTOS DE RISCO que constituem uma fonte de erros
na logística:
 Agilizam e aumentam a qualidade da informação os fluxos
para
76
administrativos e operacionais.
 Reduzem ocorrências nas entregas e no processo de faturação.
 Aumentam os níveis de informação e localização dos produtos.
77

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)
CAUSAS
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


AS QUEBRAS OCORREM BASICAMENTE NOS SEGUINTES SETORES:
A – TRANSPORTE
B – RECEÇÃO
C – STOCK/ARMAZENAMENTO
D – EXPOSIÇÃO
E – DIFERENÇAS DE CAIXA

A – TRANSPORTE
 O transporte influencia a ocorrência de quebras basicamente pela forma como é
feito o acondicionamento interno das mercadorias no interior do camião e pela
temperatura interna em função do produto transportado.
Alguns cuidados necessários merecem destaque:
O interior do camião deve estar totalmente limpo, higienizado e sem aberturas
para entrada de insetos;
O empilhamento e acomodação devem ser realizados de forma a não danificar a
embalagem dos produtos;
Para os produtos que necessitam de temperatura especifica, o camião deverá
78
possuir sistema de refrigeração e/ou transporte em embalagens térmicas, para
garantir a temperatura de conservação.
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


B – RECEÇÃO
O processo de receção é muito importante para o controlo das
quebras.
A adoção de procedimentos técnicos de controlo da qualidade
minimiza o impacto das quebras nesta área, além das questões
quantitativas e a organização em todo o processo.

Alguns pontos merecem destaque:


Aplicação de testes de qualidade de acordo com padrões técnicos
que cada produto deve apresentar quanto a consistência, cor, odor,
sabor, volume, textura, aroma, temperatura, etc.;
Analisar os prazos de validade de acordo com as regras
comerciais estabelecidas previamente;
 Agilidade e priorização na para os produtos 79com
receção
necessidade de temperatura específica.
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


C – STOCK/ARMAZENAMENTO
Tal como a receção, o processo de armazenagem é muito importante, pois,
se não for realizado de forma organizada e planeada, contribui para a
geração de quebras e também de perdas comerciais.
A existência de um planeamento de stocks suportado por normas e
procedimentos estabelecendo responsabilidades, segregação de funções e
objetivos claros, é condição básica para a prevenção de perdas neste setor.

Também devem ser analisados os seguintes pontos:


Os produtos devem ser armazenados em móveis e estruturas que não os
danifiquem;
Deve-se observar o limite máximo para empilhamento dos produtos;
Deve ser respeitada a temperatura ideal de conservação dos produtos,
principalmente para os alimentos congelados;
 Deve-se estabelecer controlos rigorosos de stocks e ter em atenção as
quantidades mínimas, de segurança e reposição; 80
Deve-se organizar o stock de forma que as reposições priorizem
os produtos mais antigos e com prazos de validade mais recentes.
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


D – EXPOSIÇÃO
O processo de exposição é semelhante ao processo de armazenamento,
quanto ao planeamento e definição de normas e procedimentos
para regulamentação das responsabilidades e controlos.
Na exposição, porém, o “cliente” tem interferência direta nos controlos que
são necessários para a prevenção das quebras.
Além dos critérios de temperatura, empilhamento e vencimento,
devem ser analisados os seguintes pontos:
A estrutura e/ou móvel de exposição dos produtos deve respeitar as
condições do produto, atendendo às políticas comerciais e de prevenção de
perdas, para que a manipulação realizada pelo cliente não se converta em
quebras;
Produtos que podem ser quebrados quando atirados acidentalmente ao
chão merecem cuidados especiais na exposição, pelo que devem ser
analisadas as condições das prateleiras e do móvel como um todo;
Deve-se procurar expor à frente os produtos mais antigos e com prazos81
de validade mais recentes. Essa verificação deve ocorrer de forma
sistemática durante a organização da seção e/ou departamento.
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


E – DIFERENÇAS DE CAIXA
O risco maior neste setor são os erros administrativos.
A desistência de compra dos produtos e/ou não aprovação do
crédito dos clientes também pode provocar a quebra dos
produtos, pois o produto permanecerá em local não apropriado
até a sua retirada, podendo causar danos no produto por uma
queda ou deterioração, caso o produto exija estar condicionado
a determinada temperatura e este não for removido
atempadamente.
A forma de prevenção resume-se ao planeamento,
condicionado a normas e procedimentos,
responsabilidades e a determinando-se periodicidade
permanentes para devolução dasdos verificações
produtos ao seu local82
de exposição original e/ou ao stock.
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


CONSIDERAÇÕES
Reduzir quebras operacionais e perdas aumenta a eficiência das
operações, o que se reflete no preço final das mercadorias.
Com preços mais competitivos, as vendas da empresa aumentam e as
margens pré-estabelecidas são alcançadas, garantindo a sustentabilidade
do negócio. O círculo vicioso das perdas e das quebras torna-se, assim, um
círculo virtuoso de ganhos.
A quebra operacional é representada por mercadorias que perderam a
sua condição de venda, por isso terão de ser descartadas.
Estabelecido o que é a quebra operacional, procede-se à identificação
das causas.
Então temos como causas os pedidos (dados incorretos), a receção
(avarias de embalagens no embarque ou desembarque, produtos fora das
condições de consumo, de venda ou com prazo de validade vencido), o
armazenamento (empilhamento incorreto e em locais impróprios), a
preparação sem critérios dos produtos para exposição e na frente de caixa
83
(principalmente, troca no registo por desconhecimento das mercadorias).
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 As perdas são consequência de furtos internos e externos, fraudes
internas e de fornecedores, além de erros racionais.
 A empresa é diretamente beneficiada com a definição da origem das
perdas.
 Devem ser implementadas medidas, dando especial atenção aos
produtos mais visados (produtos de alto risco).
 É importante considerar as tecnologias disponíveis no mercado, tais
como sistemas de videovigilância e etiquetas eletrónicas, e também
melhorar ou implementar novos processos, que contribuam para o
monitorização e proteção, tais como padronização de embalagens e
etiquetagem de produtos, com a consequente redução das perdas.
 Ações conjuntas podem contribuir para a diminuição quebras
operacionais e as perdas, nomeadamente ações que envolvam
das
formação e treino.
 Suponha que entra numa loja interessado em obter mais pormenores
84
sobre um determinado produto e não aparece nenhum vendedor para
atendê-lo, porque a loja está cheia demais.
CAUSAS GERADORAS DE QUEBRAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Ou ainda a situação oposta, os vendedores (vários deles)
disputarem a sua atenção numa loja vazia; neste caso, a empresa
deve recorrer à tecnologia para digitalização de imagens do fluxo
de clientes na loja.
 Através das informações obtidas pelo sistema de videovigilância
instalado na loja, é possível garantir melhor gestão de todos os
processos, como definir a escala de funcionários em horários de
maior ou menor fluxo, quantos são necessários para garantir um
bom atendimento na linha da frente, bem como quantas caixas
devem ser abertas, evitando, assim, maior tempo em filas.
 Ou ainda, se há muita ociosidade e em que períodos do dia ou da
semana ela ocorre.
 As mesmas informações de fluxo de clientes podem ser utilizadas
para treino da equipa de vendas, ações de marketing 85e
administrativas.
86

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS
MÉTODOS
Tema (opcional) DE PREVENÇÃO DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


EXISTEM VÁRIOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO:
1Um bom relacionamento com os fornecedores
Neste aspecto há que ter o melhor conhecimento dos
produtos, do seu lançamento, da procura e evolução dos
mercados. Saber da preferência dos concorrentes, da
uniformização e adequar as formas de entrega.
2Controlo pessoal e operações com stocks
Utilizar várias formas de controlo tanto no manuseamento
como controlo aleatório do pessoal de modo a evitar e
minimizar os furtos.
3Implementação do sistema da avaliação e da melhoria
Saber definir métodos e objectivosa atingir, implementar
processos eficientes e monitorizar de forma constante
87
os resultados correctivos.
MÉTODOS
Tema (opcional) DE PREVENÇÃO DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


4 Implementação do sistema de segurança
Delimitar as zonas de circulação e locais de acesso restrito,
utilizar mecanismos automáticos de controlo de acesso tais
como, cartões, pórticos, videovigilância, detectores do metal,
sistemas de alarmes e sinalização.
5 Arrumação com métodos de prevenção
das
mercadorias
Localização correcta das mercadorias no momento da
arrumação, diminuir as operações no manuseamento das
mercadorias e atribuir correctamente os espaços do picking.
6 Bom manuseamento e embalamento da mercadoria
Ter a atenção no acondicionamento das mercadorias e das
88
cargas, utilizar transportes adequados, e ter em conta os
percursos do picking.
PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


A área responsável pela gestão e monitorização da atividade deve
implementar processos para garantir que as perdas tenham o
menor impacto possível sobre os negócios.
As suas PRINCIPAIS ATIVIDADES são:
Mapeamento,
 Revisão e implementação dos processos geradores de perdas;
Criação e monitorização dos indicadores de perdas;
Revisão das atividades internas da empresa, tendo por objetivo avaliar a
sua conformidade com as políticas internas, resoluções e legislação;
Participação no processo de receção de mercadorias;
Controlos, com o objetivo de identificação de não conformidades.
Nesta situação, normalmente utilizam a mesma metodologia de auditoria,
por meio da definição de uma amostra, formalização dos testes e geração
de relatórios.
Para a PREVENÇÃO DE PERDAS, É PRECISO DIVIDIR AS AÇÕES em :
Processos, pessoas, controlo e tecnologia – implantadas nessa ordem89 –e
perceber que a interação entre as diferentes áreas da empresa pode ditar o
sucesso, ou não, do programa.
PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS

Carla Carvalho
Existem também barreiras para proteção e que devem ser priorizadas do
exterior para o interior.

AREA EXTERNA

Prevenção de quebras de mercadorias


Instalação e ampliação do número de sensores externos e internos e
instalação de câmaras de vigilância.
Terrenos baldios existentes em frente e nos arredores da empresa devem
receber atenção especial, pois podem servir como abrigo para ladrões
estudarem a atividade da empresa, e ter o potencial de risco de incêndio.
A iluminação deve ser outro ponto a ser considerado, nas vias de acesso
principal, nas áreas adjacentes e nas áreas externa da empresa.
O portão principal e as portas que dão acesso à área externa (calçadas,
ruas, estacionamento externo) devem ser elétricos ou eletrónicos, e junto a
estas entradas principais deve existir videovigilância, monitorizada 24 horas
por dia pelo setor de prevenção.
As vias de acesso à empresa, a sua sinalização e os indicações devem 90
proporcionar a máxima facilidade para os trabalhos de salvamento e
combate a incêndios.
Doc014/6 23-10-2015
PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


AREA INTERNA
a) Controlo de acesso de pessoas, veículos e mercadorias.
Se não existir controlo de circulação de pessoas, colaboradores,
fornecedores, clientes e de mercadorias, não existe segurança, pois todo o
património estará vulnerável e os equipamentos ou dispositivos de
segurança implantados no local serão completamente inúteis;
O uso de sensores fotoelétricos para acionamento de luzes nos
corredores que ficam entre o muro e a empresa deve ser instalado,
favorecendo o acionamento imediato ao cair da noite e durante chuvas
fortes.
Todas as operações de carga e descarga de material devem ser
acompanhadas pela equipa de prevenção, bem como todos os serviços de
manutenção na área intermediária, ou por colaborador designado para tal
função.
 Podem ser usados cães de guarda treinados para proteção na
área 91
intermediária da empresa ou imóvel (entre o muro e a construção predial).
Estas áreas intermediárias devem ter um local reservado para os veículos
PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


b) Áreas internas com circulação parcial, sobre o controlo da
prevenção.
Nestas áreas internas (receção, setores administrativo, comercial e
demais departamentos, corredores principais e secundários), deve haver
controlo de acesso manual, preferencialmente com uso de crachás
diferenciados por cores ou com bandas magnéticas, cartões de
aproximação ou de contacto, cartões com microchips, são várias as
ferramentas que servem para diminuir o risco de entradas não autorizadas.
O controlo de acesso deve conter diversas informações alusivas às
pessoas e aos departamentos que foram visitados nas instalações, tais
como: Quem é? Quantos são? Onde estão? Quem autorizou a entrada?
Apresentação de um documento pessoal oficial com foto (cartão do
cidadão, carta de condução, etc.), identificação do objetivo da visita, hora
de entrada e saída.
É importante adotar crachás com cores diferenciadas para cada setor e
com código de barra para assinalar em controlo eletrónico o horário92de
entrada e saída.
PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Se todos os colaboradores estiverem comprometidos com a segurança,
ao avistarem um visitante em local diferente da cor do crachá, deverá
proceder ao acompanhamento do mesmo até ao local de destino, ou
acionar a força de segurança para o devido acompanhamento do visitante e
respetiva tomada de providências.
Deve-se dar especial atenção aos volumes que entram nas instalações da
empresa: tamanho, quantidade, remetente e local de destino no interior da
empresa.
Toda a área interna de circulação deve ser bem iluminada, bem sinalizada
e com extintores adequados e distribuídos, conforme o exigido por
legislação e em número suficiente para combater pequenos focos de
incêndios.
É importante qualificar os colaboradores com a criação das equipas de
primeira intervenção e brigada de incêndio, estarem aptos e treinados para
iniciar os procedimentos de abandono da área de forma ordenada e
93
evitando o pânico, quando acionado o sinal de alerta e alarme contra
qualquer tipo de ocorrência relacionada com acidentes ou incêndio.
PREVENÇÃO
Tema (opcional) DE QUEBRAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


c) Áreas de acesso proibido
Podem ser consideradas áreas de acesso restrito: escritórios,
sala de segurança, armazém, etc.
Para conseguir ter acesso a estas áreas, deve-se passar por
uma infinidade de barreiras físicas e eletrónicas, para
desanimar ou mesmo coibir a ação criminosa (sabotagem,
furtos, roubos, etc.).
As vias de acesso a esses locais devem ser monitorizadas
constantemente e equipadas com sensores de movimento,
principalmente durante o período noturno.
As câmaras dos circuitos fechados de televisão têm o poder
de ampliar em muitas vezes a capacidade humana de observar
e armazenar, com riqueza de pormenores, as situações 94de
risco.
95

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


- MELHORES PRÁTICAS
Tema (opcional)
QUEBRAS
MELHORES PRÁTICAS NO CÁLCULO DA DIFERENÇA
DE INVENTÁRIO
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


É recomendável que se façam inventários físicos e teóricos e
que se calcule a diferença de inventário, uma vez que:
•Conhecer o problema é o primeiro passo para o solucionar.
• Com esta informação serão tomadas melhores medidas
de
prevenção e controlo.
•Constitui uma forma de consciencializar e envolver os
trabalhadores da empresa na prevenção de quebras
desconhecidas.
É recomendado calcular a diferença de inventário com uma
frequência proporcional ao risco que cada secção, categoria,
produto, etc. tenha em termos de furto ou erro.
Para estabelecer esta frequência recomenda-se ter
em
96
consideração o seguinte:
• A atratividade dos produtos sentida pelos ladrões.

MELHORES PRÁTICAS NO CÁLCULO DA DIFERENÇA
DE INVENTÁRIO
Tema (opcional)

Carla Carvalho
• A rotação do produto.
• O seu grau de perecibilidade.
• As diferenças de inventário detetadas anteriormente.
• A consistência dos dados anteriores.

Prevenção de quebras de mercadorias


Para evitar erros e ter em conta as muitas ocorrências possíveis no
fluxo físico da mercadoria ao longo da cadeia de abastecimento,
recomenda-se que na realização dos inventários se possa ter a
participação de forma direta ou indireta dos seguintes
departamentos:
• Controlo de gestão.
• Exploração de lojas.
• Logística.
• Segurança.
É recomendável que sejam feitas ações de formação e
97
das pessoas envolvidas na de realização
inventário físico.
acompanhamento do
Doc014/6 23-10-2015
MELHORES PRÁTICAS NO CÁLCULO DA DIFERENÇA
DE INVENTÁRIO
Tema (opcional)

Carla Carvalho
O OBJETIVO DESTAS AÇÕES DE FORMAÇÃO É:
-Estabelecer melhores práticas como por exemplo, realização de uma
análise prévia da contagem sobre a localização dos produtos,
especialmente os que estão situados em mais do que um local diferente.

Prevenção de quebras de mercadorias


-Unificar e normalizar aspetos como:
•A metodologia da contagem. Ex: de cima para baixo e da esquerda
para a direita. Assim conseguiremos evitar erros e acelerar o processo.
•A documentação de apoio a utilizar (formulários, tabelas, etc.) Caso
apareçam diferenças significativas nas últimas disparidades de
inventário calculadas e a evolução dos dados não seja muito consistente,
recomenda-se:
• Rever a metodologia de cálculo.
•Aumentar a frequência de cálculo. Caso não se disponha de sistemas
de informação que o permitam, recomenda-se fazer o inventário físico com
a atividade da empresa parada (vendas, receção de mercadoria, etc.).
Nas categorias ou produtos de risco de quebra elevado recomenda-se98
aumentar o nível de precisão dos inventários.
Doc014/6 23-10-2015
Melhores práticas na ponderação
Tema (opcional)
peso dos fatores

Carla Carvalho
do determinantes de quebra três
desconhecida

 O cálculo da diferença de inventário dá-nos o montante das


quebras que a empresa sofreu, mas em nenhum caso consegue
determinar que parte dessa Quebra se deve a Furto externo,
Furto interno e a Erros.

Prevenção de quebras de mercadorias


 Para obter uma aproximação deste dado a única forma é reunir
informação das ocorrências que acontecem na empresa e, a
partir dela, tirar conclusões que nos permitam ponderar o peso
das três causas.
 A ponderação da importância dos três factores pode ajudar-nos a
realizar um melhor diagnóstico da situação e, portanto, pode ser-
nos útil também no momento de alocar recursos.
 Para determinar o peso dos três factores determinantes da
quebra desconhecida, recomenda-se que seja reunida
informação e que se faça um registo dos factos que sejam a
99
causa da quebra desconhecida ou das provas que demonstrem
que um destes factos aconteceu.
Doc014/6 23-10-2015
Melhores práticas na ponderação
Tema (opcional)
peso dos fatores

Carla Carvalho
do determinantes de quebra três
desconhecida

As informações mais úteis para determinar o peso das três


causas são:
• As tentativas de furto que foram detetadas (produto, secção, etc.).
• As provas que demonstrem que aconteceu um furto: etiquetas

Prevenção de quebras de mercadorias


eletrónicas encontradas na loja, etiquetas de preço arrancadas, etc.
• Discrepância detetada nas encomendas.
• Erros de fixação de preços.
Esta informação irá dar uma aproximação de como aconteceram os
factos relativos ao furto externo, ao furto interno e aos erros e,
consequentemente, uma aproximação relativamente ao peso que
tiveram cada uma destas três causas no conjunto do montante da
Quebra desconhecida.
Manter um registo de todos esses factos que acontecem na
empresa e fazer uma análise respetiva pode ser uma tarefa
100
demasiado árdua cujos benefícios não compensem o esforço de o
fazer.
Melhores práticas na ponderação
Tema (opcional)
peso dos fatores

Carla Carvalho
do determinantes de quebra três
desconhecida

 Recomenda-se este acompanhamento e uma posterior análise


durante um período de tempo determinado e para uma amostra
significativa de lojas, armazéns... da organização, e extrapolar
posteriormente as conclusões obtidas ao conjunto da empresa.

Prevenção de quebras de mercadorias


 Seja fruto de roubo externo, interno ou de erros de gestão, a
perda desconhecida na cadeia de abastecimento tem forte
impacto nas finanças das empresas.
 Identificar as fontes de risco e as causas da quebra é a tábua de
salvação das empresas e constitui informação imprescindível
para colocar em marcha um plano de ataque à principal dor de
cabeça dos operadores.
 Calcular a perda desconhecida é o primeiro passo para combater
este flagelo.
 Para levar a cabo esta tarefa, a Associação Portuguesa das
Empresas de Distribuição (APED) elaborou algumas101
recomendações.
PERDA DESCONHECIDA - REUNIR
INFORMAÇÃO
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Para medir o alcance da quebra desconhecida, calcule a diferença
de inventário, ou seja, o diferencial entre o inventário teórico e o
real.
UTILIZE AS SEGUINTES FÓRMULAS:
Stock inicial – saídas de produtos + entradas de produto = stock
teórico;
Stock teórico – stock real = diferença de inventário;

Para extrapolar a diferença de inventário para a respetiva área


de atividade, deve-se utilizar um dos dois índices seguintes:
Percentagem do custo das quebras relativamente ao número de
vendas, valorizando as quebras de produtos a preços de custo
médio;
Percentagem de unidades que faltam no total das unidades 102
vendidas.
PERDA DESCONHECIDA - TOMAR
DECISÕES
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


O cálculo da diferença de inventário vai ajudar na tomada de
decisões a vários níveis:
Revisão ou estabelecimento de novos procedimentos internos;
Adoção de medidas de segurança pontuais sobre determinados
produtos, áreas da loja, entre outros;
Ações comerciais para expor o produto em locais mais seguros.
Tenha em conta que as medidas de correção são tanto mais
eficientes quanto mais credível for a informação. A qualidade
daquela é influenciada por:
O nível da empresa onde a informação é obtida (loja,
secção, categoria, entre outros);
Frequência temporal do cálculo.
A diferença de inventário permite ainda corrigir eventuais desvios
entre o inventário teórico e a atividade real.
103
Regra geral, as decisões são tomadas com base no
inventário teórico.
PERDA DESCONHECIDA - TOMAR
DECISÕES
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Se o inventário teórico estiver incorreto, pode conduzir a:
Roturas de stock (os sistemas de informação acusam
produto na loja, embora não haja);
Implantações deficientes (o espaço que o produto ocupa no
linear é determinado pela rotação do mesmo, informação esta
determinada pelo inventário teórico);
 Cadeias de abastecimento ineficientes.

104
QUEBRAS - MELHORES
PRÁTICAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


É recomendado calcular a diferença de inventário de acordo
com a frequência proporcional ao risco de furto de cada
secção, categoria ou produto.

Considere:
 O que atrai mais os larápios;
 A disposição dos produtos na loja: estabeleça pontos
críticos;
 A rotação do produto;
 O seu grau de perecibilidade;
 As diferenças de inventário detetadas anteriormente.
Na realização do inventário devem participar os
departamentos de controlo de gestão, exploração de loja,
105

logística e segurança.
QUEBRAS - MELHORES
PRÁTICAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


As ações de formação com os colaboradores envolvidos na
realização do inventário físico são aconselháveis para:
Estabelecer melhores práticas, como, por exemplo, a realização
de uma contagem prévia sobre a localização dos produtos,
sobretudo os arrumados em diferentes locais;
Uniformizar e normalizar a metodologia da contagem e a
documentação de apoio a utilizar, como sejam formulários e tabelas,
entre outros.
 Caso não disponha de sistemas de informação, a realização do
inventário físico deve ser efetuada com a atividade estanque.
 Deve-se aumentar o nível de precisão das categorias ou produtos
que apresentem riscos mais elevados, por exemplo contar
fisicamente duas vezes os produtos e fazer comprovações
106
aleatórias da integridade dos bens.
107

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DAS PERDAS NAS EMPRESAS
Tema (opcional)
IMPACTO
IMPACTO DAS PERDAS NAS EMPRESAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Quando uma empresa não tem preocupação com a prevenção de perdas,
porque não calculou o quanto perdeu ou porque não deu a devida
importância ao crescimento de seu lucro, AS CONSEQUÊNCIAS
REFLETEM-SE:
Num menor investimento nos recursos humanos, tais como
salários,
treino e desenvolvimento;
O plano de benefícios deixa de receber investimentos por ausência de
recursos; as reformas passam para segundo plano;
O investimento em máquinas e equipamentos de produção fica
comprometido e a divulgação dessas informações passa a diminuir a
competitividade da empresa em relação aos seus concorrentes.
1. O primeiro passo para acabar com as perdas é saber onde e como
acontecem e medi-las.
2. O segundo, criar uma cultura de prevenção.
A atividade de prevenção de perdas é um processo que envolve muitas
108
etapas e requer muito cuidado e atenção, porque tudo começa com o
pedido de mercadorias para suprir uma unidade comercial ou fabril e
IMPACTO DAS PERDAS NAS EMPRESAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DEFINIR E IMPLANTAR CONTROLOS PREVENTIVOS
O departamento de prevenção de perdas tem por objetivo a implantação e a
padronização das ações dos profissionais que vão desempenhar a função
perante as situações que envolvem funcionários, fornecedores, terceiros e
clientes em relação às perdas da organização, responsáveis diretos pela
quebra operacional e pelos erros administrativos.
Entre essas ações estão os controlos de prevenção de perdas, distintos
para cada atividade que envolve receção, movimentação, armazenagem,
manuseio, exposição, reposição e venda de mercadorias e produtos, tais
como:
 Controlos de ações relacionadas com funcionários e terceiros:
 Controlo de acesso de pessoal;
 Controlo de acesso de promotores e terceiros;
 Controlo de acesso de prestadores de serviços;
 Controlo de compras por funcionários;
 Controlo de distribuição e uso de armários; 109

 Procedimento em caso de furto por funcionários.


IMPACTO DAS PERDAS NAS EMPRESAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


CONTROLOS DE AÇÕES RELACIONADAS COM FORNECEDORES:
 Controlo de entrada e saída de veículos de fornecedores;
 Controlo de registo de notas fiscais;
 Controlo de descarga de mercadorias;
 Controlo de temperatura de veículos refrigerados (perecíveis).

CONTROLOS DE AÇÕES RELACIONADAS COM O PATRIMÓNIO


FÍSICO:
 Controlo de acesso a áreas;
 Controlo de manutenção e conservação predial;
 Controlo de registo de imagens da empresa;
 Procedimento em casos de roubo (assalto) na empresa;
 Controlo de movimentação interna de mercadorias para consumo;
 Controlo de receção noturna de mercadorias;
 Auditoria de entrada e saída de mercadorias;
 Controlo de selagem de cargas. 110
 É possível aumentar o lucro do negócio adotando atitudes simples e que
fazem parte do dia a dia de todos os funcionários.
IMPACTO DAS PERDAS NAS EMPRESAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


MEDIDAS COMO:
Gestão de despesas com mão-de-obra, água, energia
elétrica, gás, EPI, transportes, manutenção,
uniformes, e todo o tipo de desperdício dentro da empresa;
publicidade
Ter a menor despesa possível ajuda a manter o negócio
lucrativo;
Gerir o “lucro”, com a exposição de produtos com boa
margem e adequados ao gosto dos clientes;
 Aquisição de quantidades de produtos adequados a
venda
média;
Stocks baixos, organizados e armazenados adequadamente;
111
Recuperar cada cêntimo.
112

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


- SISTEMAS DE SEGURANÇA
Tema (opcional)
QUEBRAS
QUEBRAS - SISTEMAS DE
SEGURANÇA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Deve-se IMPLEMENTAR SISTEMAS DE SEGURANÇA
especificamente desenvolvidos para controlar e circulação
de mercadorias e pessoas de forma a ser possível:
Deteção de roubos
 Sistemas de deteção
Sistemas de alarme
Manutenção periódica e melhoria constante de todos estes sistemas
Sinalização
Os sistemas de segurança controlam acessos, detetam intrusos,
controlam viaturas para transportes de valor elevado via central de
GPS.
O SISTEMA DE SEGURANÇA PERMITE-NOS SUPERVISIONAR O
DESENROLAR DE TODAS AS OPERAÇÕES GARANTINDO:
 O controlo do fluxo de mercadorias dentro da organização
 Responder aos mais exigentes critérios de segurança ativa para
113
armazenagem e transporte de mercadorias especiais.
114

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


- SISTEMAS DE SEGURANÇA
Tema (opcional)
QUEBRAS
115

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


- SISTEMAS DE SEGURANÇA
Tema (opcional)
QUEBRAS
116

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


- SISTEMAS DE SEGURANÇA
Tema (opcional)
QUEBRAS
QUEBRAS - SISTEMAS DE
SEGURANÇA
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


IMPLANTAÇÃO
A implantação das medidas de segurança é da
responsabilidade do departamento de prevenção e perdas,
com supervisão do encarregado da área, que deverá
reportar diretamente à direção, com a apresentação de
relatórios sobre o desenrolar dos trabalhos.
Quando se fala em prevenção de perdas, o objetivo não é só
combater os roubos e os furtos na loja – vai muito além.
É preciso ter uma visão macro do negócio, avaliando desde a
entrada e saída de mercadorias até medidas sustentáveis,
tais como economia de luz ou água.
“O dono da empresa tem de entender que qualquer que seja
o negócio e o tamanho, ele tem perdas. 117
Só não tem quem não mede ou não sabe avaliar.”
SENSORES
Tema (opcional)DE MOVIMENTO INTERNOS/EXTERNOS

Carla Carvalho
Prevenção de quebras de mercadorias
118
SENSORES DE MOVIMENTO
INTERNOS/EXTERNOS
Tema (opcional)

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Em segurança, o termo CONTROLO DE ACESSO é uma referência à
prática de permitir o acesso a uma propriedade, prédio, ou sala,
apenas para pessoas autorizadas.

CONTROLO FÍSICO DE ACESSO PODE SER OBTIDO ATRAVÉS DE :


 Pessoas (um guarda, segurança ou recepcionista);
 Meios mecânicos como fechaduras e chaves;
 Outros meios tecnológicos, como sistemas baseados em cartões
de acesso.
O sistema de controlo de acesso possui a função de controlar a
entrada e saída de pessoas e veículos.
Integrado no sistema de deteção de intrusão (alarme), este
subsistema configura-se como 1 importante elemento da segurança
patrimonial.
Equipamentos como sensores perimetrais interligados a119
iluminação, surtem um excelente efeito dissuasivo em áreas
externas.
SENSORES DE MOVIMENTO
INTERNOS/EXTERNOS
Tema (opcional)

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SENSORES ELETRÓNICOS INTERNOS
 São equipamentos que visam detectar a presença ou invasão de
pessoas em áreas internas do condomínio ou residência.
 Em caso de detecção indesejada os sensores
eletrónicos comunicam o fato à central de alarme do sistema.

A COMUNICAÇÃO ENTRE O SENSOR E O ALARME PODE SER


FEITA:
 Com fio (hardwired) ou
 Sem fio (wireless) através de rádio frequência.

PARA CADA UTILIDADE TEMOS UM SENSOR ESPECÍFICO:


» SENSORES POR RUÍDOS: usualmente empregado em locais com
grandes áreas envidraçadas (janelas, portas, paredes).
O Sensor, através de um microfone detecta a frequência do som da120
pancada na superfície e também no ato da quebra do vidro.
SENSORES DE MOVIMENTO
INTERNOS/EXTERNOS
Tema (opcional)

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» SENSORES DE ABERTURA OU MAGNÉTICOS:
 Usados em portas e janelas para detectar a abertura
ou arrombamento, podendo ficar aparente ou embutido.
 Basicamente funcionam através de um contato elétrico e
um
imã.
 A função do imã é manter os contatos acionados e no caso de
abertura de porta, por exemplo, ocorrerá o afastamento dos
contatos, enviando imediatamente um sinal para a central de
alarmes.

» SENSORES POR VIBRAÇÃO:


 Ideal para grandes janelas e áreas envidraçadas.
 Capta a vibração causada após o impacto sofrido pela superfície
121
a ser protegida.
 Aoconstatar a vibração, sem que a vidraça seja
SENSORES DE MOVIMENTO
INTERNOS/EXTERNOS
Tema (opcional)

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» SENSORES POR CHOQUES OU SÍSMICO:
 Voltados para a proteção de paredes ou estruturas metálicas.
 O sensor por ruído, visa captar o impacto (ex: maçaricos, furadeiras e
até explosivos) sofrido pela superfície protegida.

» SENSORES DE MOVIMENTO OU VOLUMÉTRICOS:


Visa detectar a presença de intruso ou invasor na área coberta
pelo sensor.

CUIDADOS BÁSICOS COM OS SENSORES


-Mantenha os sensores sempre limpos, livres de insetos e poeira. Para
limpá-los utilize um pano macio.
-Não use produtos químicos para limpar qualquer equipamento
de segurança.
-Mantenha plantas e cortinas distantes dos sensores e
122
mantenha animais fora de seu alcance para evitar disparos acidentais.
EQUIPA DE PREVENÇÃO DE PERDAS E
PORTARIA
Tema (opcional)

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 A equipa de prevenção deverá contar com o mínimo de
fiscais para a realização dos trabalhos inerentes à inibição
de danos e perdas e a portaria deve ter funcionários
suficientes para a realização dos trabalhos de identificação
e anotação de dados dos visitantes e terceiros que visitam
as instalações.
 A segurança noturna deve ser assegurada por um ou mais
vigilantes noturnos, atendendo à distância a percorrer e ao
isolamento do local, não sendo aconselhável o abandono
das instalações sob nenhuma circunstância.
 A quantidade de fiscais é condicionada pela atividade e os
respetivos horários. 123
PRINCIPAIS
RISCOS
Tema (opcional)

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OS RISCOS QUE NORMALMENTE OCORREM NAS EMPRESAS SÃO:
Furtos internos: ações que ocorrem com os próprios colaboradores,
mas que quebram a confiança e furtam produtos que seriam utilizados
para venda;
Furtos externos: ações que ocorrem com pessoas que entram nas
lojas como clientes, com o objetivo de subtrair produtos sem realizar o
respetivo pagamento e sem fazer mal a terceiros;
Assaltos: ações que ocorrem com pessoas que entram nas lojas como
clientes, com o objetivo que subtrair produtos sem realizar o respetivo
pagamento e infelizmente podendo fazer mal a terceiros; muitas vezes
são ações realizadas por uma única pessoa ou por uma quadrilha que se
especializa neste tipo de assunto;
Fraudes: ações que os próprios colaboradores realizam para manipular
resultados da empresa e assim ganharem os prémios por atingirem
objetivos pré-estabelecidos;
Fugas de informação: ações que os colaboradores exercem (sem 124
querer ou de má-fé) que originam perdas para a empresa e, muitas vezes,
a má imagem que acaba por ser transmitida para a comunicação social.
PRINCIPAIS ATIVIDADES DE UM FISCAL DE PREVENÇÃO
Tema (opcional)

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Controlo de entrada/saída de colaboradores e terceiros;
Conferência de notas fiscais;
 Controlo de entrada/saída de veículos;
Revista de colaboradores mediante termo de autorização (cautela);
Controlo de entrada e saída de materiais;
Realizar abordagens quando necessário;
Acionar o departamento de segurança;
 Alertar sobre factos irregulares;
Atentar contra atos de sabotagens;
Tomar as medidas iniciais em caso de suspeita de explosivos;
Verificar o perfeito funcionamento dos sensores e câmaras de vigilância;
 Realizar rondas preventivas no interior da loja;
Verificar o completo encerramento de portas e janelas de
acessos externos;
Evitar a acumulação de embalagens vazias no interior da loja;
Fiscalizar com a máxima atenção as movimentações no interior da loja;
125
 Dar segurança a clientes no interior da loja;
Observar o uso de embalagens adequadas, evitando desperdícios;
PRINCIPAIS ATIVIDADES DE UM FISCAL DE PREVENÇÃO
Tema (opcional)

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Observar possíveis suspeitos e acionar o circuito fechado de televisão;
 Evitar acesso de pedintes e vendedores ambulantes;
Orientar clientes em caso de dúvidas, encaminhando-os para
um vendedor;
Observar a movimentação na caixa;
 Observar o movimento de cancelamento de vendas, trocas e devoluções;
Observar a movimentação nas caixas, para evitar esquecimento
de mercadorias pagas;
 Acompanhar as transferências, receção e expedição de mercadorias;
Acompanhar até ao final a entrega de valores a empresas de transporte
de valores;
 Conferir compras realizadas por colaboradores;
 Observar áreas externas em busca de atividades suspeitas;
Mostrar-se presente nas tentativas de furto, oferecendo ajuda
sem constranger;
Abordar o suspeito quando o furto se concretizar no exterior da 126
loja, acionando de imediato a polícia e o departamento de segurança.
CÓDIGO DE CONDUTA E CONFLITOS DE INTERESSES
Tema (opcional)

Carla Carvalho
Os colaboradores não devem ter qualquer relacionamento ou
participação em qualquer transação que envolva um possível conflito
entre os interesses da empresa e os seus interesses pessoais.
O colaborador não deve, direta ou indiretamente, aceitar presentes

Prevenção de quebras de mercadorias


em dinheiro ou qualquer outra vantagem em função do cargo que
exerce como funcionário.
 Ocolaborador, no exercício de sua função, não poderá
atender
parentes, devendo esta operação ser realizada por outro colega.
Um colaborador, ao deixar a empresa, independentemente do motivo,
não deverá visitar a loja como representante de um fornecedor ou
transportador com a intenção de comercializar bens ou serviços, a
menos que seja autorizado pela direção da empresa.
Os colaboradores deverão procurar o clima de harmonia e
cordialidade em nome do bom andamento do serviço. 127
Qualquer tipo de assédio sexual/moral, intimidação, constrangimento,
comportamento inadequado no local de trabalho é proibido.
CÓDIGO DE CONDUTA E CONFLITOS DE
INTERESSES
Tema (opcional)

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PORQUE É NECESSÁRIO PREVENIR PERDAS?
1. Prevenir as perdas significa também manter a saúde da empresa.
2. As perdas podem ser reduzidas e todos devem agir de forma a preveni-las e
tornar o negócio mais saudável e competitivo.
3. Além de considerar a quebra de produtos, podemos estar a prevenir perdas ao
utilizarmos adequadamente energia elétrica, água, EPI, materiais de
limpeza, materiais de expediente, mão-de-obra, etc.
4. É necessário evitar os gastos desnecessários, pois se eles ultrapassarem o
orçamento também serão cortadas algumas despesas ou benefícios associados
ao bem-estar dos funcionários.
5. As áreas precisam de interagir para que a prevenção aconteça desde o
pedido das mercadorias, de acordo com o histórico de venda e procura,
utilizando as ferramentas de gestão de controlo existentes.
6. Produzir de acordo com as vendas, utilizando os equipamentos, máquinas e
materiais de forma adequada e com a devida segurança, de modo a evitar
acidentes.
7. Uma empresa tem sucesso quando os seus funcionários se identificam com
128
a função que exercem. Quando sabem o que fazem; para quem fazem; porque
fazem e quanto valor agregam ao negócio.
Tema (opcional)

Carla Carvalho
TIPOS DE QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS

Prevenção de quebras de mercadorias


129
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

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Incêndios no armazém ou no veículo

130
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

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Danos na mercadoria provocados pela água

131
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Falhas estruturais no armazém

132
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

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Derrocadas

133
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Tempestades

134
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

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Vandalismo

135
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

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Roubos

136
Tema (opcional)

INCÊNDIO
TIPOS DE QUEBRAS
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIO
 O incêndio é o maior risco que ameaça os armazéns e as
mercadorias, o que pode ser comprovado pelas numerosas perdas
que se produzem ano após ano.
 Um incêndio num armazém, quando fora de controlo, destrói tanto
o edifício como todo o seu conteúdo.

AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIO SÃO:


• Incêndios provocados;
• Fagulhas provenientes de operações de corte, solda ou trabalhos a
quente em geral;
• Defeitos em instalações elétricas;
• Combustão espontânea;
• Fumo;
• Faíscas provenientes de carrinhos industriais e outros equipamentos
137
móveis, provocadas por defeitos no funcionamento ou derrames de
combustível.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Frequentemente, os armazéns e as mercadorias armazenadas são
afetados pelos danos provocados por fumaça, gases, corrosão, água
(defeitos na coberta), rutura de tubulações de esgoto, etc., inclusive pela
própria água usada na extinção de incêndios.
CARACTERÍSTICAS DOS INCÊNDIOS. EXTENSÃO DOS DANOS
 Os fogos em armazéns, geralmente não podem ser controlados em
sua fase inicial e tendem a ser bastante severos.
 Num armazenamento em blocos sólidos ou prateleiras, um fogo se
inicia normalmente na face exterior e se propaga para cima,
desenvolvendo-se em forma de leque.
 O fogo na base aquece o material imediatamente acima, dando início à
sua combustão, além disso, o calor gerado entra em contato com
outros blocos ou prateleiras que são separados por corredores e
também começam a arder.
 A velocidade de propagação vertical do fogo depende em grande parte
do material da embalagem, porém a duração do incêndio depende 138
principalmente dos materiais contidos nas embalagens.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


OS FATORES QUE DETERMINAM A EXTENSÃO DOS DANOS SÃO:
 Tempo transcorrido para o descobrimento do incêndio;
 Velocidade de propagação que aumenta consideravelmente em função
do espaço existente dentro das pilhas de armazenamento, devido à
existência de ar que favorece a combustão.
 A velocidade de propagação horizontal aumenta em função do menor
espaço entre as pilhas de armazenamento;
 Características construtivas do armazém;
 Materiais armazenados.
 Geralmente os materiais plásticos e sintéticos tendem a queimar com
maior severidade que os combustíveis ordinários ou naturais;
 Dimensões dos armazenamentos, assim como o valor dos
mesmos. Produção de fumaça e gases tóxicos em caso de incêndio.
 Falta de ordem e limpeza, que favorece a propagação.
 Falta de chuveiros automáticos (sprinklers) para contenção e extinção do
fogo. Inexistência de um plano de atuação em caso de incêndio, com a
139
adequada formação do pessoal.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


CONTROLAR O RISCO DE INCÊNDIO
 Uma das melhores maneiras de controlar o risco de incêndio é ter um
seguro que cubra essa situação de risco e que este tenha em
consideração o conceito de prevenção.
 A aposta de uma empresa deve estar na prevenção e não na correção.
Após a deteção de um fogo ou incêndio e dado o alarme, é
fundamental iniciar o seu combate o mais rapidamente possível.
 Este combate consistirá em tentar anular os focos de
incêndio, anulando, pelo menos, um dos fatores do fogo.
Para que estas ações sejam tomadas, deve existir um
SISTEMA ANTI-INCÊNDIOS, o qual deverá RESPONDER ÀS
EXIGÊNCIAS DE:
Descobrir o fogo o mais cedo possível;
Alertar os ocupantes e as possíveis equipas de atuação;
Comandar as instalações técnicas, de acordo com as necessidades;
Localizar e sinalizar os focos de incêndio; 140
Acionar as instalações automáticas de extinção;
Estabelecer os alarmes possíveis;
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
 EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho
Um sistema com estas caraterísticas terá sempre meios materiais
adequados e operacionais, mas também meios humanos formados e
treinados.
 Qualquer sistema, por melhor que seja, de nada serve se o pessoal

Prevenção de quebras de mercadorias


não o souber utilizar. É fundamental a formação e o treino constantes.
 Mesmo sendo rápida a chegada dos bombeiros a um determinado local,
leva sempre alguns minutos, podendo estes, por vezes, ser
fundamentais no salvamento de pessoas e bens.
 Por tal razão é urgente, nesse período de espera, tomar as medidas
adequadas a cada tipo de ocorrência, através das equipas de segurança
ou de equipas de incêndio existentes nas empresas ou noutras
entidades.
 O objetivo da criação de uma equipa de segurança ou equipa de
incêndio é o de dotar a empresa, minimamente, com meios humanos
e técnicos capazes de atuar sobre eventuais focos de incêndio, até
chegarem socorros provenientes do exterior e, se necessário, coordenar
141
a evacuação das pessoas existentes no local sujeitas aos riscos
resultantes da ocorrência.
Doc014/6 23-10-2015
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho
 O é ensinar aos elementos daquelas equipas os
conhecimentos adequados para o combate a um foco de
objetivo
incêndio, a orientar a evacuação de pessoas, conhecer as
medidas de prevenção que seja necessário implementar e,

Prevenção de quebras de mercadorias


finalmente, chamar a atenção para o conhecimento perfeito que
devem ter do plano de emergência com que o local de trabalho
está dotado.
 O papel mais importante pertence ao responsável da equipa de
segurança ou equipa de incêndio, dado ser este
da completa o que atrás foi referido, incluindo
que
formação, os temasasdeações
acordo comde as realidades e as missões
de cada empresa ou organismo, e bem assim como o
comportamento de todos quantos ocupam esses espaços.
 A prevenção de incêndios pode definir-se como um conjunto de
142
medidas tomadas para evitar a eclosão de um incêndio e
as
consequências resultantes do mesmo.
Doc014/6 23-10-2015
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho
 O fator humano é o principal responsável pelo surgimento dos incêndios.
 Algumas regras básicas, comportamentais a ter em conta e uma
informação e formação minimamente cuidadas contribuirão para a
inexistência de situações de eclosão, ou mesmo, dificultar a propagação e

Prevenção de quebras de mercadorias


desenvolvimento de um incêndio.
 Os elementos pertencentes às equipas de incêndio, pela sua experiência e
conhecimento, devem ensinar aos restantes funcionários algumas das
regras básicas, porque fundamentais, de prevenção conta incêndios.
 No aspeto da prevenção são muito importantes as ações que podem ser
desenvolvidas e executadas pelos elementos de empresas de segurança
contratadas, em serviço nos edifícios.

REGRAS DE PREVENÇÃO QUE DEVEM SER SEGUIDAS, PARA


MANTER ATUALIZADO O SISTEMA DE PREVENÇÃO:
 Verificar diariamente os comandos principais dos equipamentos de
143
segurança, alarme de evacuação, iluminação de emergência, comando das
portas corta-fogo, etc.;
Doc014/6 23-10-2015
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho
 Treinar o manuseamento dos equipamentos, imaginando situações de
incêndio, tendo em conta o funcionamento aplicado à segurança contra
incêndios, os demais sistemas automáticos, dado que, apesar de tudo,
podem ser falíveis;

Prevenção de quebras de mercadorias


 Proceder à manutenção sistemática dos diversos
equipamentos,
recorrendo a profissionais, se for caso disso;
 Não permitir a utilização de instalações elétricas provisórias;
 Assegurar-se da existência de cinzeiros nos espaços onde
seja permitido fumar;
 Zelar pela proibição de fumar nos locais de maior risco de incêndio;
 Impor e fiscalizar a recolha diária de lixos;
 Proceder frequentemente a rondas, de modo a poder-se detetar indícios
de práticas contrárias à segurança contra incêndios;
 Verificar a desobstrução de saídas de emergência e
respetivos 144
caminhos de evacuação;
 emergência.
Decidir sobre o tipo de meios de extinção mais adequados para
Doc014/6 23-10-2015
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho
MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO E REDUÇÃO DOS DANOS
Aspetos Construtivos Do ponto de vista da estabilidade da estrutura, o
concreto armado é a construção mais aconselhável para armazéns,
devido suas características de alta resistência ao calor.

Prevenção de quebras de mercadorias


A utilização de vigas de madeira maciça vem a seguir, devido ao seu lento
processo de combustão e grande estabilidade estrutural, comparada a
uma estrutura metálica sem proteção.
A construção metálica não protegida, embora incombustível, não é
aconselhável visto que o aço começa a perder sua estabilidade a partir de
538°C, facilmente alcançáveis em um incêndio.
Os forros falsos devem ser construídos com materiais incombustíveis e as
paredes corta-fogo que os atravessarem devem prolongar-se até o
pavimento superior.
Compartimentação A compartimentação de armazéns de grandes
dimensões ou entre armazéns contíguos, com paredes e tetos corta-fogo,
145
constitui uma das mais importantes medidas de prevenção de sinistros de
incêndio.
Doc014/6 23-10-2015
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho
 Define-se um setor de incêndio como sendo a parte de um edifício ou
grupo de edifícios que estão separados por paredes e/ou pisos resistentes
ao fogo.
 Tanto a área do setor de incêndios, como o tempo de resistência ao fogo

Prevenção de quebras de mercadorias


de seus elementos compartimentadores, assim como a estabilidade ao fogo
da estrutura de sustentação e sustentada, dependem do nível de risco do
armazém.
 Embora as paredes corta-fogo não garantam plenamente que um incêndio
não passe de uma área para outra, poderão facilitar o controlo do mesmo
e em circunstâncias favoráveis serão de grande utilidade.
 Por outro lado, as áreas de armazenamento deverão ser separadas das
demais áreas por paredes resistentes ao fogo (áreas de produção,
manutenção, escritórios, etc.).
DISTRIBUIÇÃO DAS MERCADORIAS
 Os produtos que possam produzir danos excecionais como: fumaça densa
ou atmosferas corrosivas, deverão ser armazenados separadamente 146
daqueles que sejam especialmente vulneráveis a tais
riscos.
Doc014/6 23-10-2015
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A largura dos corredores deve ser fixada de acordo com a severidade
de incêndio previsível.
 Em linhas gerais, os corredores de 2,5 m são suficientes.
 Se possível, os corredores deverão desembocar nas portas do edifício,
para propiciar melhores condições de acesso.
 Deve ser mantida uma separação de pelo menos 60 cm entre às
paredes do edifício e as mercadorias armazenadas, para facilitar o
combate ao fogo com meios manuais de extinção.
Os produtos armazenados nunca devem obstruir os equipamentos
de proteção contra incêndios.
 A altura de empilhamento não deve ultrapassar a parte inferior das
vigas ou treliças da estrutura do teto.
 Deve ser mantido espaço de 1,00 m entre o defletor do
chuveiro
automático (sprinkler) e o topo da pilha de material.
 Em casos excecionais este espaço poderá ser de 0,60 m.. 147
 As mercadorias deverão ficar afastadas pelo menos 1 m de qualquer
elemento que possa produzir calor (sistema de calefação, ventilador,
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Recomenda-se que esses elementos estejam protegidos contra possíveis
impactos das mercadorias, para evitar sua rutura e a conseguinte situação de
risco.
 Paletes ou caixas vazias armazenadas no exterior do edifício não devem ficar
encostadas às paredes.
 Em paredes externas com janelas, deve ser mantida uma distância de no
mínimo 3 m., desta forma, um incêndio nestes empilhamentos, provocado por
qualquer causa fortuita, dificilmente irá se propagar para o interior do edifício.
FONTES DE CALOR
 Implantar proibição de fumar em todo armazém e só liberar tal prática em
áreas para fumantes localizadas no seu exterior.
 A instalação elétrica deve ser projetada em função do uso a que se destina o
armazém e além da iluminação normal, deve existir iluminação de emergência.
Instalar sistema de pára-raios.
 As operações de corte e solda só devem ser realizadas mediante permissão
(formal) do responsável pela Segurança e devem ser tomadas todas as
148
precauções necessárias, particularmente quando o trabalho for executado por
terceiros.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


MEDIDAS DE ATUAÇÃO SOBRE O COMBUSTÍVEL
Consistem na supressão do combustível ou no controlo
da formação de misturas inflamáveis.
Exemplos:
Cobrir os combustíveis com camadas incombustíveis;
Fazer a manutenção periódica das instalações, para evitar fugas
de líquidos ou gases combustíveis;
Impedir a formação de resíduos inflamáveis;
Afastar os combustíveis das fontes prováveis de inflamação;
Armazenar e transportar combustíveis em recipientes estanques;
Ventilar os locais onde se podem formar misturas inflamáveis;
Sinalizar adequadamente recipientes e condutas
de
combustíveis; 149
Quando possível, substituir combustíveis inflamáveis por
outro que não o sejam.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


MEDIDAS DE ATUAÇÃO SOBRE O COMBURENTE
 A eliminação do comburente, que normalmente é o ar,
raramente é possível ser feita de uma forma preventiva, isto é,
antes que se inicie o fogo.
 Tal apenas é possível em ambientes limitados e consegue-se
obtendo atmosferas inertes pela junção de um gás inerte, que
diminua a proporção do oxigénio no ar.

MEDIDAS DE ATUAÇÃO SOBRE A REAÇÃO EM CADEIA


 Estas medidas consistem numa atuação sobre o combustível,
mediante a adição de compostos que dificultem ou impeçam a
reação de combustão.
Exemplos:
Adição de antioxidantes a plásticos; 150
Uso de tecidos ignífugos.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


MEDIDAS DE ATUAÇÃO SOBRE A ENERGIA DE ATIVAÇÃO
 Estas medidas consistem na eliminação dos focos de ignição, suscetíveis de
fornecer a energia necessária para que cada combustível se inflame, podendo
originar um fogo.
Exemplos:
Proibição de fumar;
Proibição de fumar e foguear;
Uso de coberturas opacas para os raios solares;
Ventilação dos espaços;
Eliminação de atmosferas inflamáveis;
Instalações elétricas de acordo com as normas de segurança;
Não ligar muitos recetores elétricos à mesma tomada de energia;
Instalações elétricas com ligações à terra;
Uso de para-raios;
Uso de ferramentas antideflagrantes;
Lubrificação das peças com atrito;
Aplicar isolamentos adequados;
151
Controlo automático da temperatura;
Humidificação do ambiente.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


As caldeiras devem ser localizadas em locais resistentes ao fogo e
independentes do armazém.
MEIOS MANUAIS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
Alarmes Além das exigências constantes na Legislação e Normas em
vigor, recomenda-se que os depósitos tenham no mínimo os
seguintes tipos de proteção:
 Extintores portáteis e dependendo do risco, sobre rodas;
 Hidrantes internos e externos, sempre que possível, próximos às
entradas do edifício para facilitar o ataque.
Se os armazenamentos estiverem compartimentados ou isolados das
zonas de produção, não forem continuamente utilizados durante a
jornada de trabalho ou estiverem permanentemente fechados durante
os fins de semana e feriados, é conveniente dotá-los de vigilância
permanente e de um sistema de deteção de incêndios conectado a
uma central externa de alarmes, que possibilite um aviso imediato,
152
para que sejam desencadeadas as ações para atacar o fogo.
TIPOS DE QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho
INCÊNDIO
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS)
 A melhor e mais confiável defesa contra incêndios em
armazéns são os chuveiros automáticos (sprinklers), com

Prevenção de quebras de mercadorias


um suprimento de água adequado.

 Para determinar a procura de água, deve ser levada em


conta a :
 Classificação das mercadorias,
 Tipo de armazenamento (prateleiras, paletes, etc.)
 Altura de empilhamento,
 Corredores entre prateleiras ou pilhas,
 Tipo de prateleira,
 Altura do edifício, 153
 etc.
TIPOS DE QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho
INCÊNDIO
Sprinkler

Prevenção de quebras de mercadorias


154
TIPOS DE QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho
INCÊNDIO

Para selecionar o tipo de chuveiro automático (sprinkler) a


instalar, devrnos considerar o seguinte:

Prevenção de quebras de mercadorias


•Dar preferência aos sistemas húmidos em detrimento aos
secos, (maior rapidez de atuação e manutenção mais
simples);
•Dar preferência aos chuveiros automáticos (sprinklers) com
alta temperatura de atuação (140°C), visto que a diferença real
dos tempos de resposta, pelo rápido aumento da temperatura,
é pouco importante, conseguindo-se com isto que a área de
operação, a procura e os danos causados pela água sejam
menores;
•Em prateleiras, nos níveis intermediários, devem ser
155
instalados chuveiros automáticos (sprinklers);
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
•EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Em das constantes mudanças que ocorrem
armazenamentos,
decorrência tanto
nos
nos materiais armazenados como nas zonas de
armazenamento, recomenda-se que o sistema de sprinkler seja
calculado com a utilização de parâmetros que considerem as piores
condições;
Outro aspeto a ser considerado, são os danos causados pela
água
descarregada.
O principal problema não é o prejuízo causado na zona sinistrada, e sim
a área em que a água se espalha causando danos em outras mercadorias
afastadas da zona do incêndio.
O piso do armazém deve ter drenos e inclinação para que toda água
possa ser recolhida.
Uma boa medida para reduzir os danos causados pela água é
armazenar os produtos sempre em paletes, mantendo-os a pelo menos
10 cm. acima do piso. 156
 Não é aconselhável a localização de armazéns em porões, devido às
dificuldades para a drenagem da água, como para a remoção da fumaça.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Os armazéns que necessitam de proteção por sprinklers, também devem
dispor de um sistema de deteção automático, para permitir que um
incêndio seja descoberto o mais cedo possível, sobre tudo fora do horário
de trabalho.

ORDEM E LIMPEZA
Para manter as condições de segurança num armazém, é imprescindível
manter o mais elevado nível de ordem e limpeza.
 O acumulo de resíduos propicia alto risco para o início de um incêndio,
além de facilitar sua rápida propagação.
 Os materiais armazenados nos corredores podem impedir a luta manual
em caso de eventual incêndio e também podem causar a rápida
propagação do fogo, pois é o meio de comunicação entre os distintos
blocos de prateleiras ou empilhamentos.
 O pó acumulado deve ser aspirado e nunca soprado.
 Atenção especial deve ser dada ao pó acumulado nos equipamentos157
elétricos, luminárias, etc.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


ORGANIZAÇÃO HUMANA
 Os melhores sistemas de proteção instalados num armazém
perderão completamente sua função, se o pessoal não estiver
preparado e conhecendo todas as providências que devem ser
tomadas em caso de emergência.
 Por este motivo, é imprescindível dispor de um Plano de
Emergência com pessoal específico para atuar em tais
circunstâncias.
 O Plano de Emergência deverá incluir os procedimentos de
controlo e de atuação da equipe de intervenção.
 Uma vez elaborado, o plano deve ser implantado mediante a
realização dos cursos de formação e simulados necessários
para que todo o pessoal possa assumir suas funções.
 A presença de vigilância durante 24 h, com a realização de
158
rondas, permitirá que um incêndio possa ser visto e que o aviso
aos bombeiros seja dado no menor tempo possível.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


SILOS
 Nos silos são armazenados materiais desagregados e alguns deles
contêm pó.
 Consequentemente os principais riscos existentes são a
combustão espontânea e/ou explosão.
 A medida mais eficiente para evitar explosões de pó, particularmente
em silos de cereais, reside na montagem de sistemas de filtros que
separam o pó antes de descarregar o ar residual.
MEDIDAS QUE SERVEM PARA PREVENIR TAIS SINISTROS:
• Empregar material anti-estático nas correias transportadoras;
• Montar de interruptores de emergência para desconectar os motores
caso uma correia transportadora esteja “a roçar”;
• Instalar dispositivos de equilíbrio de pressão, que aliviem sem nenhum
perigo a pressão resultante de uma explosão;
• Instalar indicadores automáticos de temperatura;
• Instalar pára-raios de acordo com as normas técnicas vigentes; 159
• Usar equipamentos e instalações elétricas adequadas ao
local e executadas de acordo com as normas;
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INCÊNDIO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Sistemas eficientes de aterramento para evitar cargas eletrostáticas.
Instalar imãs nas bocas dos coletores de aspiração para eliminar
partículas metálicas que em contato com as paredes do silo possam
produzir faíscas e, por conseguinte a deflagração.
 Para prevenir incêndios e explosões, pode ser usado um sistema de
inertização, ou seja: a substituição de oxigênio por nitrogênio ou CO2,
gases inertes.
 Outra proteção contra explosões de pó em silos reside na manutenção
de um certo grau de umidade, por exemplo: 12% em silos de cereais.

 As Tempestades também são uma ameaça para os armazéns.


 Os estragos provocados por água acontecem por inundações ou
porque os sistemas de extinção (sprinklers) não funcionam bem.
 As brigadas de incêndio com formação deficiente em situações de
emergência também podem ser prejudiciais, pois a falta de cuidado
pode provocar tantos danos quanto o fogo. 160
 Sobrecarregar o edifício, falhas na estrutura e sismos podem levar ao
colapso do edifício.
TIPOS DE QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS
Tema (opcional)

Carla Carvalho
INCÊNDIO

 O risco de explosão é influenciado pelos produtos que


temos em armazém ou pela proximidade com edifícios

Prevenção de quebras de mercadorias


que tenham esses produtos (armazéns de produtos
químicos, bebidas alcoólicas, etc.)
 O vandalismo e outras causas de mau funcionamento
também são causa de perdas, bem como a sabotagem ou
atos de destruição maliciosa.
 Um mais geral é o designado por “perda
risco
sequencial”, isto é, as perdas que podem vir de um ato
inicial – por exemplo, uma falha de energia pode
incapacitar o sistema de refrigeração, logo, todos os
produtos ficam estragados devido a essa situação. 161
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INUNDAÇÕES
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


PREVENÇÃO DE INUNDAÇÕES
 Para prevenir este tipo de acidentes é importante ter em atenção as
regras de segurança dos edifícios em caso de incêndio, mas também
certificar-se, através de uma inspecção regular, que as canalizações
estão em bom estado.
 Também é importante garantir que o isolamento não impede que o
escoamento da casa possa ser feito.
O QUE FAZER DURANTE A INUNDAÇÃO:
-Desligue a torneira principal da água e procure parar a inundação,
determinando a sua origem, mas utilizando a maior cautela – se não
conseguir parar a corrente de água, telefone para os bombeiros
imediatamente;
-Verifique a extensão da inundação, identificando quais as partes do
armazém afectadas e a quantidade de água de modo a determinar como
a retirar;
-Quando examinar o armazém para determinar os estragos utilize uma 162
lâmpada a pilhas e não acenda as luzes devido aos riscos de curto-
circuito;
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INUNDAÇÕES
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


-Verifique a solidez do armazém procurando rachas, pedaços de estuque
caídos ou outros estragos que possam indicar uma queda iminente;
-Procure sinais de risco de fogo como canos de gás partidos, circuitos
eléctricos e electrodomésticos molhados ou quaisquer materiais inflamáveis
ou explosivos;
-Contacte a empresa seguradora para que um agente venha verificar os
estragos atempadamente para que possa começar as reparações quanto
antes.

APÓS A INUNDAÇÃO:
Se os estragos não forem muito grandes pode :
-Certifique-se que toda a água foi escoada, em especial de caves e
despensas;
-Antes que secar totalmente, limpe as paredes e chão pois podem ter terra
ou sujidade que saem mais facilmente quando não estão totalmente secas;
-Para tornar a secagem mais rápida, ligue o aquecimento mas antes limpe-o
163
bem, pois pode ter ficado danificado com a água;
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
INUNDAÇÕES
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


-Verifique se todas as paredes e soalhos estão devidamente secos mesmo
nas fundações ou nas entreparedes, pois se deixar alguma humidade, pode
arriscar-se a que os materiais apodreçam;
-Repare as pequenas rachas que possam existir nas paredes;
-Deite fora toda a comida que entrou em contacto com a água, mesmo as
latas, pois podem ter ficado danificadas;
-Lave e seque todos os móveis, tapetes, roupas, utensílios de cozinha e
roupas de casa, mesmo aquelas que não ficaram totalmente molhadas;
-Verifique se houve a formação de bolor nos móveis/ equipamentos/
estruturas;
 Uma maneira de controlar o risco de perda por inundação é ter a certeza
de que nenhuma mercadoria é armazenada diretamente no chão do
armazém.
 O uso de paletes ou estrados de madeira, que ficam alguns centímetros
acima do chão, é uma medida de proteção em caso de inundações.
 Manter um bom sistema de manutenção das tubagens da empresa 164 é
também aconselhável.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Como todos os sistemas de proteção são desenvolvidos por humanos,
eles também podem ser copiados por outros; logo, os gerentes de
armazém nunca devem supor que estes os protegem em caso de
roubo.
 Periodicamente, os gerentes do armazém devem deliberadamente
romper o sistema de segurança, apenas para verificar quanto tempo
leva a polícia a responder.
 Romper com o sistema deliberadamente é perigoso e os gerentes de
armazém devem ter a certeza de que não se transformam em vítimas
de algum acidente da polícia. Uma maneira de reduzir este risco é
informar o chefe da polícia, mas não a companhia do alarme de que a
“simulação” vai acontecer.
 Como a tecnologia está sempre a evoluir, o operador do armazém
deve estar alerta, para que tenha sempre o melhor equipamento em
armazém. Todo o equipamento deve ser “seguro em caso de falha”,
isto é, garantir de que o alarme soará no caso de os fios serem165
cortados ou quando a alimentação de energia é interrompida.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A iluminação exterior também é um impedimento no caso de roubo.
 A luz exterior intensa fará com que um ladrão fique desconfiado e
reticente em assaltar o armazém. Como tem receio de ser visto, o
ladrão provavelmente vai selecionar um edifício menos iluminado.
DETETORES E ALARMES ELETRÓNICOS
 Uma primeira linha de defesa na segurança contra o roubo é a
utilização de sistemas de alarme eletrónicos, que geralmente oferecem
mais confiança do que um vigilante (guarda).
 Mas é importante recordar que um sistema eletrónico pode sempre ser
derrotado. Qualquer sistema projetado por um ser humano pode ser
superado por outro, em especial se este sistema sofisticado de roubo
incluir um empregado de uma companhia de alarme.
 Além disso, algumas companhias de alarme usam eletricistas
exteriores como subcontratados para instalar o equipamento. E um
eletricista desonesto pode derrotar a maioria dos sistemas.
 Entretanto, é difícil derrotar os sistemas eletrónicos que estão a 166
ser
instalados hoje em dia, graças à sofisticação crescente dos
equipamentos novos.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Os sistemas de alarmes eletrónicos menos caros são aqueles que fornecem
somente proteção para portas, mas estes não são adequados para a maioria
dos armazéns.
 Com as técnicas atuais da construção, as paredes exteriores de um armazém
são relativamente finas.
 Se as paredes são construídas em alvenaria ou em metal, um ladrão
determinado terá poucos problemas em fazer um grande buraco na parede
para efetuar um roubo maciço. Neste caso, os ladrões colocam um camião
encostado à parede do armazém.
 Trabalhando do interior do camião, removem os blocos de cimento da parede
exterior para conseguir entrar e carregam o camião com os produtos de maior
valor que se encontram no edifício.
 Felizmente, muitas vezes existe feixes eletrónicos nessas áreas, nos quais os
ladrões tropeçam, acionando um alarme.
 Por causa da vulnerabilidade de quase todas as paredes de armazém, os
melhores alarmes eletrónicos incluem um sistema de parede, que controla a
maioria das áreas de armazenamento. Nesta situação, mesmo que um ladrão 167
consiga penetrar numa parede exterior, logo que chegue as áreas de
armazenamento soará um alarme.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 As claraboias e os telhados também são entradas para os ladrões,
devido ao material que é utilizado na construção. Proteger uma área
inteira com feixes eletrónicos não é prática.
 Felizmente, é igualmente pouco prático remover volume significativo
de produto armazenado pelo telhado.
 Uma resposta para este problema é instalar alarmes setoriais, isto é,
utilizar um padrão de segurança para a maioria do inventário de valor
normal e ter uma área de elevada segurança para os artigos mais
valiosos.
 Um sistema ultrassónico pode ser utilizado num espaço isolado, para
proteger uma pequena parte do inventário.
 O sistema de alarme mais usado nos armazéns é do tipo ligar/desligar
e este deve ser entendido como um sistema inteiro.
 O que acontece é que, quando existe uma rutura, é difícil determinar o
local onde ocorreu.
 Os supervisores dos armazéns, ao ligarem o alarme à noite, podem 168ter
uma tarefa difícil, pois muitas vezes as portas estão entreabertas ou
algum feixe eletrónico está obstruído.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Entretanto, alguns sistemas mais sofisticados têm painéis com sinais
luminosos, que mostram exatamente quais as portas que estão
abertas ou entreabertas e quais os feixes que estão obstruídos.
 Este sistema pode igualmente permitir manter determinadas portas no
alarme e retirar outras.
 Também permite ativar o sistema para determinadas partes do edifício
que não são utilizadas todos os dias.
 Em edifícios muito grandes ou levemente providos de pessoal, este
sistema é bastante bom e vale a pena ter um custo adicional.
 Segurança envolvente
 O arranjo físico da empresa e o acesso ao armazém também podem
convidar ou desanimar o roubo.
 O ideal é restringir o acesso à propriedade que cerca o armazém, o
que muitas vezes não é muito prático.
 Como a maioria dos armazéns tem sempre camiões a entrar e sair,
169
esta situação pode não ser prática. Tal acesso é exigido normalmente
à noite e/ou em horários pós laborais.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Cercas e portas elevadas ajudam no controlo de acesso à propriedade.
Utilizar cães de patrulha também ajuda a impedir os assaltos, pois são
um impedimento psicológico excelente.
 Onde fica localizado o estacionamento dos empregados e dos
visitantes também podem intimidar ou incentivar ao roubo.
 Todas as pessoas que entram ou que saem de um armazém devem
usar uma única entrada, com outras portas pessoais disponíveis
somente para emergência.
 O estacionamento não deve nunca ser permitido junto às paredes ou
às portas do armazém.

SELOS
 Um selo é uma tira de metal fina (com um número de série) que é
presa de modo que não possa ser restaurado uma vez quebrado.
 Se usado corretamente, o selo é um bom impedimento físico ao roubo
170
da carga.
 Esta situação é muitas vezes utilizada nos transportes (camiões).
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Os alarmes eletrónicos também podem ser utilizados nos
camiões e reboques.
 Para usar eficazmente selos, deve-se elaborar procedimentos e
estes devem ser respeitados, e também deve haver uma boa
comunicação entre o remetente e o recetor.
 Os selos devem ser aplicados e removidos apenas por pessoal
autorizado, para que sejam fiáveis.

PRATELEIRAS DE ARMAZENAMENTO
 Uma maneira de reduzir perdas de produtos altamente
vulneráveis é colocá-los nos níveis superiores das prateleiras,
onde estes possam ser removidos com segurança apenas por
pessoal treinado para essa situação.
 Deve-se utilizar prateleiras de armazenamento para melhorar a
171
segurança, assim como a produtividade do armazenamento.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


CONTROLO NO ROUBO COMBINADO
 O roubo combinado acontece com uma parceria entre o condutor do
camião e um empregado de armazém.
 O roubo combinado é o mais difícil de controlar, pois não existe
nenhum sistema eletrónico ou sistema documental que possa expor
esta situação quando existe. Além disso, os roubos combinados são
frequentes.
 Um relatório indica que cerca de 40% dos roubos em armazéns são
feitos por empregados.
 É evidente que a melhor maneira de evitar o roubo combinado é
empregar pessoas honestas, mas esta tarefa é difícil de realizar, pois
não é permitida a utilização de detetores de mentiras.

HÁ DUAS MANEIRAS DE PROTEÇÃO CONTRA O ROUBO:


 A primeira é uma combinação entre impedimentos físicos e sistemas que
tornem difícil a quebra de segurança; 172
A segunda defesa é confirmar a honestidade de todos os empregados.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


IMPEDIMENTO FÍSICO
 Muitos armazéns usam meios físicos para desanimar os roubos. Estes
incluem a supervisão cuidadosa do carregamento e descarregamento
de recipientes de lixo, para que estes não sejam um veículo para roubo
do armazém.
 Alguns exigem que os empregados estacionem longe do armazém
para desanimar o carregamento do produto do armazém para os
automóveis.
 As câmaras de televisão são montadas frequentemente em docas de
carregamento, para demonstrar que o pessoal da segurança consegue
observar cada ação decorrida na doca.
 Muitas companhias têm os protetores nas docas e em entradas de
camião, para demonstrar que há uma fiscalização próxima e cuidada
na propriedade.

ACESSO RESTRITO 173


 Somente os empregados do armazém devem ter acesso às áreas de
armazenamento.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Contudo, muitos armazéns não têm nenhuma limitação física que impeça os
visitantes de vaguearem à vontade.
 Além disso, muitos armazéns não impedem os condutores dos camiões de
passearem nas áreas de armazenamento.
 Os sinais de proibição ou as barras pintadas podem não ser suficientes.

EXAMES DE SEGURANÇA
Uma boa gerência deve combater ativamente o roubo, centrando-se sobre os três
aspetos da defesa: o exame, as pessoas e os procedimentos.

VANDALISMO
 Vandalismo, sabotagem ou outra destruição deliberada são difíceis de controlar.
O risco mais sério do vandalismo é o encerramento deliberado das válvulas do
sistema de extinção de incêndios.
 Há dispositivos eletrónicos para controlar esta situação. É possível aplicar
nestas válvulas um selo que mostre, após um simples olhar, se a válvula foi
encerrada por alguém não autorizado.
 O risco de vandalismo aumenta quando existe algum problema laboral e a 174
gerência deve estar especialmente alerta nessas situações.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


SOBREVIVÊNCIA A UMA INSPEÇÃO DE SEGURO
 O inspetor do seguro está muito mais preocupado com os materiais
existentes no armazém do que com o próprio edifício. Com poucas
exceções, os edifícios são resistentes ao fogo.
 Se se armazenar material incombustível e a embalagem também for
incombustível, então estamos perante um armazém seguro.
 Contudo, todos os armazéns têm algum produto que é combustível,
desde papel a plásticos e alguns produtos químicos combustíveis.
 O inspetor do fogo considerará a quantidade de material em armazém,
bem como o modo como os materiais estão armazenados.

PLANO DE EMERGÊNCIA
 Um plano de emergência pode reduzir consideravelmente o risco de
perda nos armazéns. Por este motivo, as seguradoras incentivam
fortemente a utilização de equipas bem treinadas em emergência.
 Assim, a equipa de emergência preenche o tempo desde que175a
emergência é descoberta até que cheguem os meios de socorro
externos (bombeiros, policia, etc.).
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A organização emergência incluir representantes da
manutenção
da e do departamento
deve de engenharia, pois estes estão
mais familiarizados com os sistemas de proteção, painéis de
controlo e energia elétrica (disjuntores).
 A equipa de emergência deve ter conhecimento sobre como operar
o equipamento de proteção e ser treinada para reagir com
confiança e exatidão.
 O aspeto mais importante é estas equipas terem sessões de treino,
nas quais estejam incluídas o som de alarme, deslocar-se para o
ponto de encontro, saber manusear mangueiras e extintores, e
controlar os sistemas de extinção de incêndios.
 Uma boa organização de emergência também envolve formação
em primeiros socorros, pois a primeira prioridade é sempre salvar
vidas.
 As equipas de emergência precisam de formação e treino regular. 176
Quando os planos de emergência são feitos e esquecidos, então a
equipa rapidamente se torna desorganizada e inútil.
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Quando o objetivo principal de um gerente de armazém é produzir
lucro, as seguradoras tendem a avaliar qual o interesse da gerência
em reduzir o risco de fogo ou outro risco.
 Resumindo, enquanto as empresas não apostarem em sistemas
de proteção, as seguradoras apenas estão a cobrir alguns danos.

CONCLUSÕES
Para MELHORAR A SEGURANÇA NOS ARMAZENAMENTOS,
os
PRINCIPAIS ASPETOS A CONSIDERAR são os seguintes:
• Dar preferência às estruturas de concreto armado em detrimento às
metálicas não protegidas, visto que as últimas são facilmente
debilitadas pelo efeito das temperaturas desenvolvidas num incêndio;
• É fundamental compartimentar os armazéns em setores de incêndio
177
independentes, para que em caso de incêndio este fique confinado e
não se propague para as demais partes do armazém;
Tema (opcional)

TIPOS DE QUEBRAS
ROUBO
EXTRAORDINÁRIAS

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


• Manter as separações necessárias entre pilhas ou prateleiras para que o
fogo não possa ser transmitido com facilidade entre elas;
• Evitar fontes de calor, mantendo as instalações elétricas em bom estado,
não realizar operações de corte e solda sem permissão do responsável
pela Segurança e não permitir fumar no interior do armazém;
• Dotar o armazém de meios manuais de extinção de incêndios, instalando
em toda área extintores portáteis e hidrantes, complementando a
proteção com deteção automática ou vigilância permanente;
• O maior nível de proteção é obtido com um sistema de
sprinklers
automáticos corretamente calculado, instalado e mantido;
• Elaborar e implantar um Plano de Emergência com todas as ações que
devem ser desencadeadas pelo pessoal em caso de emergência.
Além disso, o pessoal deve realizar os cursos de formação
necessários 178
para levar a cabo as tarefas constantes no referido plano;
• Manter a ordem e a limpeza no armazém para evitar que o lixo dê origem
SISTEMAS AUTOMÁTICOS (SADI E SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho
Prevenção de quebras de mercadorias
179
SISTEMAS AUTOMÁTICOS
(SADI E SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Designa-se por “sistema” um conjunto de órgãos e/ou
equipamentos que têm como função atingir determinado
objetivo ou fim.

Na segurança contra incêndios, considera-se a existência


de dois tipos de sistemas:

1. Os sistemas automáticos de deteção de incêndios (SADI)

2. Os sistemas de extinção automática (SEA).

180
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS
(SADI)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Os sistemas automáticos de deteção de incêndios (SADI) têm como
objetivo detetar e avisar os ocupantes de um determinado espaço da
existência de um incêndio, permitindo a intervenção no momento em
que aquele está ainda numa fase insignificante.
 Serve, portanto, para proteger vidas humanas e salvaguardar
bens
materiais e culturais.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS SADI


 Os equipamentos normalmente utilizados nos SADI são os
que a seguir se descrevem.
 Estes podem ser de tipo convencional ou analógico.

DETETORES AUTOMÁTICOS
 São aparelhos de deteção de incêndios que registam, comparam e
medem automaticamente a presença e variações dos fenómenos181 da
combustão – fumo, calor e chamas –, transmitindo, de seguida, as
informações detetadas a uma central que faz a leitura e procede em
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS
(SADI)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Tendo em conta a capacidade de reação aos fenómenos do fogo, os
detetores podem ser identificados pela sua caraterística de análise,
quando na presença de:
 Gases da combustão e aerossóis;
 Fumos;
 Chamas;
 Elevação rápida de temperatura.

DETETORES DE FUMOS (ÓTICOS E IÓNICOS)


 Através da deteção de fumos consegue-se saber da existência de fogo
ainda na sua fase precoce.
 Basicamente existem dois tipos de detetores de fumos:
óticos e
iónicos.
 Osdetetores óticos de fumos reagem só quando existe
uma concentração já considerável e, portando, já visível de fumo. 182
 Os detetores iónicos de fumos reagem a todos os tipos de aerossóis
existentes num espaço, oferecendo, por isso, um mais largo campo de
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS
(SADI)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DETETORES ÓTICOS DE CHAMAS
 Estes dispositivos detetam e sinalizam fogos abertos, desde que a
radiação produzida pelas chamas não seja impeditiva de atingir os
detetores, face à presença de uma nuvem de fumo que se desenvolve
em simultâneo.

DETETORES DE TEMPERATURA
Os detetores deste tipo só são recomendados para incêndios de
desenvolvimento rápido (por exemplo, combustíveis inflamáveis).
Os detetores de temperatura são normalmente de dois tipos:
 Termo-velocimétricos
 Termostáticos.

Os termo-velocimétricos indicam o início de um fogo de


desenvolvimento rápido, se a elevação de temperatura por unidade de
tempo ultrapassar valores determinados. 183
Os detetores termostáticos indicam a existência de um incêndio quando
uma determinada temperatura é ultrapassada.
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS
(SADI)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DETETORES ESPECIAIS
 Além dos detetores referidos, existem outros no mercado de aplicação
ou de conceção especial, e outros ainda em fase de estudo.
 Detetores manuais
 No apoio e reforço à deteção de fogo obtida por sensores, também
designados por deteção automática, é também prática a instalação de
sistemas com botoneiras (botões) de alarme manual, permitindo a
intervenção humana por antecipação dos sistemas automáticos.

CENTRAL DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS (CDI)


Uma central de deteção de incêndios é constituída por um painel de
exploração e transmissão de informações detetadas, capaz de interpretar
e explorar as informações vindas dos detetores automáticos e dos
detetores manuais, indicando as diversas funções, permitindo assim uma
intervenção humana e/ou automática prática, rápida e eficaz, adaptada à
184
situação detetada e ao objeto a proteger.
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS
(SADI)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


DISPOSITIVOS DE ALARME
Existem aparelhos de alarme ótico e/ou acústico e servem
para aviso (individual, parcial ou total) das pessoas, após
detetada uma situação anormal.

OS APARELHOS DE ALARME UTILIZADOS PODEM SER:


 Besouros;
 Cláxones;
 Campainhas;
 Sirenes;
 Lâmpadas intermitentes;
 Rotativos;
 Altifalantes. 185
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO DE INCÊNDIOS
(SADI)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


TRANSMISSÃO A DISTÂNCIA
 As novas tecnologias permitem a transmissão a distância, através de
linha telefónica (privativa ou comutada) ou via rádio, aquando da
deteção de uma anormalidade.
 O tipo de mensagem transmitida pode ser uma gravação, uma
comunicação oral ou um sinal digital.
A transmissão a distância permite ainda conduzir informações
da central de deteção previamente definidas, ou seja, para:
Equipas de intervenção privativas da empresa (equipas de incêndio);
Equipas de intervenção públicas (bombeiros).

FIABILIDADE DOS SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETEÇÃO


DE
INCÊNDIOS (SADI)
 A fiabilidade de funcionamento permanente de um sistema destes só é
possível desde que assegurado por controlos periódicos, revisões
186
regulares e/ou realização imediata dos trabalhos de manutenção ou
reparação sempre que justificados.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 O objetivo principal de um sistema fixo de extinção automática (SEA) é
o de manter uma vigilância permanente face ao risco de incêndio
existente e, em caso de ocorrência, projetar automaticamente um
agente extintor, de forma a extinguir o incêndio, evitando a sua
propagação e desenvolvimento.

Em função do agente extintor utilizado, estes sistemas podem ser


de:
Água;
Espuma;
Pó químico seco;
Gases limpos: CO2 (dióxido de carbono), sintéticos (FM200, FE13, etc.);
Gases inertes (argonite, argonfire, intergen, etc.).
Sistemas de extinção por água (sprinklers)
Trata-se de uma instalação de sprinklers em vigilância contínua nos locais
187
a proteger, os quais, através da deteção e do alarme, procedem à
extinção do incêndio com água.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho
COMPOSIÇÃO DAS INSTALAÇÕES
Estas instalações de extinção de incêndios são, basicamente,
compostas por:
SPRINKLERS:
 Dispositivos automáticos providos de um elemento termosensível que

Prevenção de quebras de mercadorias


atua a uma temperatura predeterminada e permite a descarga uniforme da
água, ou outro agente extintor, sobre o incêndio.
 O componente termosensível pode ser de ampola de vidro com um
elemento que se expande com a elevação da temperatura ou de um
termofusível.
Sprinkler de ampola
Sprinkler termodifusível
Além dos automáticos, existem outros designados por abertos e de
pulverização.
FONTE ABASTECEDORA DE ÁGUA:
 As fontes abastecedoras de água de uma instalação de sprinklers, além
de terem de assegurar automaticamente, em qualquer altura,188a
pressão e caudal, devem ainda oferecer condições de segurança no
que respeita a riscos de seca ou congelamento;
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho
COMPOSIÇÃO DAS INSTALAÇÕES

POSTO DE CONTROLO:
 Local que comanda o funcionamento do sistema, composto por
válvula de alarme, válvula principal de fecho, dispositivos de
alarme, câmara de retardo, manómetros e acessórios diversos.

Prevenção de quebras de mercadorias


 A válvula de alarme e os restantes acessórios são diferentes
consoante o tipo de instalação;

REDE DE TUBAGEM:
 Circuito de tubagens através do qual a água chega aos
sprinklers.
 A configuração e o respetivo traçado do sistema de sprinklers
depende das condições arquitetónicas e estruturais da
construção e da área a proteger.
 A rede de tubagem é constituída, essencialmente, por
189
uma
simples,
coluna sendoprincipal
os sprinklers instaladosum
ou adutora, nestes;
ramal principal e
Doc014/6 23-10-2015
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA
Tema (opcional)

Carla Carvalho
(SEA)

COMPOSIÇÃO DAS INSTALAÇÕES


CENTRAL DE BOMBAGEM:
 Para uma instalação sprinklers poder funcionar com
condições
de fiáveis de caudal e pressão de água,
torna-se necessária a existência de uma central de bombagem.

Prevenção de quebras de mercadorias


 Existem situações em que a central de bombagem pode ser
substituída por um depósito de água pressurizado com ar
comprimido.
 A central de bombagem, quando alimentada por eletrobombas,
deve possuir abastecimento elétrico independente do
fornecimento geral do edifício.
 Em traços gerais, uma central de bombagem é constituída pelos
componentes descritos.

DEFINIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE SPRINKLERS


190
 As instalações de sprinklers definem-se quanto ao seu modo de
funcionamento em instalações standard e de dilúvio.
Doc014/6 23-10-2015
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


AS INSTALAÇÕES STANDARD SUBDIVIDEM-SE EM:
Húmidas: aquelas cuja rede de tubagem está em carga, com água sob
pressão, tanto a jusante como a montante da válvula de alarme;
Secas: aquelas cuja tubagem se encontra em carga com ar sob pressão,
a jusante da válvula de alarme e com a água em carga a montante;
Alternadas (secas e húmidas): são consideradas especiais, já que são
instalações semelhantes às descritas em secas e húmidas,
exceto na válvula de alarme. Nos meses de inverno, a rede de tubagem
fica em carga com ar sob pressão; nos meses de
verão, funcionacomo uma instalação húmida;
De pré-ação: instalações compostas por uma instalação standard seca e
por um sistema automático de deteção de incêndios (SADI) instalado na
mesma área de proteção. A rede de tubagem a jusante da válvula de pré-
acção está carregada com ar sob pressão.
Esta válvula é acionada pelo SADI ou pela atuação de um sprinkler.
As instalações do tipo dilúvio são concebidas de forma a porém 191 em
atuação, em simultâneo, um número determinado de sprinklers abertos,
controlados por uma válvula de abertura rápida, acionada por um SADI.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho
FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE SPRINKLERS
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE 2 TIPOS DE INSTALAÇÕES:
Instalações do tipo húmido
 Quando um sprinkler abre, sob a ação do calor, a água circula e ao
passar levanta o dispositivo antiretorno da válvula de alarme, fluindo

Prevenção de quebras de mercadorias


através do circuito hidráulico de alarme e da câmara de retardo até ao
gongo hidráulico e ao pressóstato, o qual acciona um alarme eléctrico,
fazendo jorrar o agente extintor;

Instalações do tipo seco


 Quando um sprinkler abre sob a ação do calor, a pressão do ar no
sistema de sprinklers baixa. Como consequência, o “clapet” do posto de
controlo e alarme, uma vez perdido o equilíbrio entre as pressões de ar
e água, abre-se e deixa passar a água para o circuito de extinção.
Pode juntar-se um acelerador nos sistemas de ar de grandes
capacidades, para reduzir o tempo de abertura da válvula.
 A água, ao passar na câmara intermédia, acciona um pressóstato192 e
activa um alarme eléctrico ou hidráulico, ou acciona os dois ao mesmo
tempo, fazendo sair o agente extintor.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


SISTEMAS DE EXTINÇÃO POR ESPUMA
 Existem vários tipos de sistemas fixos de extinção automática por espuma,
dependendo a sua escolha da proteção que se pretende efetuar.
 São sistemas muito mais utilizados e eficazes na extinção de incêndios de
líquidos combustíveis da classe B.
 Na maioria dos sistemas, os líquidos espumíferos, também conhecidos por
emulsores, estão armazenados em reservatórios à parte, só entrando em
contacto com a água no momento da utilização.

BASICAMENTE SÃO CONSTITUÍDOS PELOS SEGUINTES COMPONENTES:


Reservatório de espumífero;
Grupo de bombagem e doseador de espumífero;
Rede de tubagem;
Câmaras de expansão ou geradores de espuma de alta expansão.
Na proteção de um depósito de líquido combustível, a espuma pode ser também
injetada pela sua base.
Entrando no depósito, a espuma sobe e expande-se de forma uniforme sobre 193
a
superfície do líquido em combustão.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Outro método também usado consiste na utilização de câmaras de
expansão, as quais, colocadas na parte superior dos depósitos,
derramam a espuma sobre a superfície do líquido em combustão.
 Em locais como grandes armazéns e hangares, a forma mais eficaz e
rápida de combater o incêndio com um sistema fixo de extinção
automática de espuma faz-se através da utilização de geradores de alta
expansão.
 O funcionamento dos geradores de alta expansão baseia-se numa
corrente de ar proporcionada por uma ventoinha, que empurra a
solução espumífero/água para uma rede metálica, dando assim origem
à formação de bolhas de espuma, após a mistura com o ar.
 O acionamento da ventoinha do gerador de espuma pode ser efetuado
através de um motor elétrico, de combustão interna ou ainda
hidraulicamente, aproveitando a energia (força) da água que alimenta o
sistema.
194
 Esta última forma de funcionamento é a mais utilizada e mais segura
em ambientes que, pela sua natureza, sejam explosivos.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


SISTEMAS DE EXTINÇÃO POR PÓ QUÍMICO SECO
 Os sistemas de extinção por pó químico seco podem ser utilizados em
situações em que seja necessário uma extinção rápida e onde não existam
possíveis fontes de reignição.
 São empregues, essencialmente, quando existe perigo de incêndios em
líquidos inflamáveis, como em tanques de imersão, armazéns de líquidos
inflamáveis, etc.
 Não é recomendável a utilização destes sistemas para a proteção de
equipamentos elétricos ou eletrónicos, porque eles podem sofrer danos devido
ao poder corrosivo do pó.

OS SISTEMAS FIXOS DE PÓ QUÍMICO SECO SÃO,


BASICAMENTE, COMPOSTOS POR:
Um reservatório de armazenamento de pó (pode ser de pressão permanente);
Um recipiente com gás propulsor;
Tubagem de distribuição;
Sistema de deteção de incêndio;
195
Difusores;
Central de comando.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


ESTES SISTEMAS DIVIDEM-SE EM DOIS TIPOS:
 Inundação total;
 Aplicação local.

 No sistema de inundação total, o agente extintor é descarregado para


o interior do local fechado, através da tubagem de distribuição e dos
difusores, numa quantidade de agente extintor predeterminada.
 O sistema de aplicação local diferencia-se do de inundação total, na
medida em que os difusores estão distribuídos de forma a descarregar
o agente extintor diretamente sobre o foco de incêndio detetado.
 A principal utilização dos sistemas de aplicação local é a de proteção
de depósitos abertos de líquidos inflamáveis, tinas de imersão, etc.
 A ativação da vertente de extinção é feita por meio de sensores
automáticos existentes no sistema, que reagem aos fenómenos
desencadeados pela combustão, ou por um SADI, transmitindo a
196
dispositivos mecânicos ou elétricos a ordem de disparo do agente
extintor.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Embora sejam automáticos, os sistemas devem possuir um dispositivo
de atuação manual, visível e facilmente acessível, para situações
inesperadas em que seja necessário o recurso ao sistema.
 Um dos cuidados a ter em conta é o da redução da visibilidade, bem
como dificuldades respiratórias temporárias provocadas pela descarga
rápida de grandes quantidades de pó químico ou outro agente extintor,
em locais pequenos e fechados, sendo recomendável proceder de
seguida ao arejamento do local.
 Nestes locais, é obrigatório ainda instalar-se alarmes acústicos
que
permitam alertar as pessoas para uma descarga imediata.

SISTEMAS DE CO2 (DIÓXIDO DE CARBONO)


 Dadas as caraterísticas específicas do CO2 como agente extintor, o
seu uso é largamente utilizado em sistemas automáticos de extinção,
em locais onde é fundamental retomar rapidamente o processo197 de
laboração, ou ainda em locais que guardem artigos ou equipamentos
de grande valor e que urge preservar.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


À semelhança dos sistemas de pó químico, estes TAMBÉM SE
DIVIDEM EM:
 Sistemas de inundação total;
 Sistemas de aplicação local.
 Nos sistemas de inundação total, de modo a que a extinção seja
eficaz, é necessário criar em local fechado onde venha a decorrer um
incêndio uma atmosfera inerte durante algum tempo.
 A finalidade de instalação de um sistema de aplicação local é a de
proteger equipamentos específicos ou áreas não delimitadas.
A descarga de CO2 é, desta forma, efetuada diretamente sobre
os equipamentos ou superfícies em combustão.
 A ativação do sistema de extinção processa-se a partir de sensores
automáticos existentes no sistema, que reagem aos fenómenos
desencadeados pela combustão, pela ordem de atuação dada por um
SADI, e/ou de forma manual.
 O dióxido de carbono (CO2), apesar de não ser um gás tóxico, pode,198
quando em quantidades excessivas, provocar a asfixia das pessoas
que utilizam a atmosfera onde ele se encontre.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho
 Para evitar situações de perigo, as áreas protegidas por
sistemas de extinção por CO2 devem ter procedimentos de aviso
e alerta que levem as pessoas a abandonar os locais antes de
se dar a descarga do agente extintor, devendo o espaço ser

Prevenção de quebras de mercadorias


imediatamente arejado após a extinção.

SISTEMAS DE EXTINÇÃO POR GASES SINTÉTICOS E INERTES


Têm surgido novos agentes extintores limpos, dos quais
sobressaem os gases sintéticos (como FE 13 e FM 200) e inertes
(argonite, argonfire, inergen, etc).

OS SISTEMAS DE EXTINÇÃO POR GASES LIMPOS, A


EXEMPLO DO QUE ACONTECE PARA OS DE PÓ QUÍMICO
SECO E CO2, DIVIDEM-SE EM:
199
 Sistemas de inundação total;
 Sistemas de aplicação parcial.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Os sistemas de inundação total limitam-se, exclusivamente,
pelas
suas
fechados,
caraterísticas
quandoe oso custo
objetivos
do agente
de extintor,
proteção,
à proteção
por exemplo,
de locaissão
equipamentos de última tecnologia, centros informáticos, de
salas de processamento industrial, etc.
controlo
 Nestes sistemas, o agente extintor é descarregado uniformemente no
interior da sala a proteger, através de difusores.
 No caso dos sistemas de aplicação local, o agente extintor é
descarregado diretamente sobre os equipamentos ou no interior deste,
como, por exemplo, grandes armários de cablagens elétricas, quadros
elétricos, etc.
Estes sistemas são compostos basicamente por:
Reservatórios para os agentes extintores;
Rede de tubagem de distribuição;
Difusores;
Sistemas de deteção; 200
Dispositivos de alarme;
Dispositivos de comando e controlo.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA (SEA)
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A ativação destes sistemas processa-se de forma idêntica aos dos de
CO2.
 Os sistemas devem ser concebidos de forma a permitir a deteção de
um foco de incêndio no seu início, acionar os alarmes de aviso e
evacuar o local protegido, e só posteriormente dar início à descarga do
agente extintor, para que as pessoas presentes possam abandonar o
local em segurança.

OUTROS MEIOS DE PROTEÇÃO


 Os extintores portáteis são também uma resposta importante no
combate a incêndios.
 Um extintor portátil impede frequentemente que uma chama pequena
se transforme num incêndio.
 A melhor maneira de ter a certeza de que os extintores portáteis são
utilizados eficazmente é ter formação e treino.
 A maioria dos sistemas de proteção contra incêndio inclui também201
os
carretéis, que devem ser usados antes que os bombeiros cheguem ao
local.
SISTEMAS FIXOS DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA
Tema (opcional)

Carla Carvalho
(SEA)

 Todos estes sistemas devem ter impressas instruções sobre a


sua utilização.
 Muitos fogos principais são impedidos por equipas treinadas

Prevenção de quebras de mercadorias


para agir eficazmente assim que um fogo é descoberto e
antes que os meios de socorro externo cheguem ao local.
 A eficiência dos operadores de armazém na prevenção e
consequente perda também acaba por ser refletida nos
seguros.
 Alguns operadores de armazém têm consciência do valor do
seguro contra incêndio e o quanto este reflete a aposta da
empresa na prevenção.
 Estes reconhecem que os riscos de perda podem ser
aumentados por questões como descuido em fumar, falta de
limpeza e organização ou mesmo por relações laborais 202

pobres.
203

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


POR IMPARIDADE
Tema (opcional)
PERDA
PERDA POR IMPARIDADE
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


A expressão ‘Perda por Imparidade’ é definida pelas Normas Internacionais
de Contabilidade como a quantia pela qual a quantia escriturada de um
ativo excede a sua quantia recuperável.
Este conceito tem aplicação, por exemplo, no cálculo do valor pelo qual um
determinado ativo deve estar escriturado.
Sempre que um determinado ativo esteja escriturado (isto é, registado
contabilisticamente) por um valor superior ao seu valor recuperável através
da sua utilização ou da sua alienação no mercado, a entidade deve
proceder à correção do seu valor através do reconhecimento de uma perda
por imparidade.
De acordo com o estabelecido pela IAS 36 – Imparidade de Ativos, uma
entidade deve avaliar em cada data de relato se há qualquer indicação de
que um ativo possa estar com imparidade.
Se qualquer indicação existir, a entidade deve estimar a quantia recuperável
do ativo e proceder ao reconhecimento da perda por imparidade calculada
204
como a diferença entre a quantia escriturada e a quantia recuperável.
PERDA POR IMPARIDADE
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 A nossa estrutura empresarial é constituída principalmente
por
pequenas e médias empresas.
 Isto não significa que a empresa com a dimensão mais pequena
seja sinónimo de falta de sistemas de controlo e gestão rigorosos.
 A realidade é que é frequente que os valores dos inventários
detidos pelas empresas estejam espelhados na sua contabilidade
com alguns desvios em relação à realidade.
 Estes desvios não constituem indícios de fuga ou evasão fiscal.
 Uma das situações que mais frequentemente ocorre é
não
estarem refletidas as perdas de valor dos inventários detidos.
 Quando o custo suportado na aquisição ou produção dos
inventários não for totalmente ou parcialmente recuperável por
205
estarem danificados, obsoletos ou por os seus preços se terem
reduzido definitivamente, deve reconhecer-se uma perda por
PERDA POR IMPARIDADE
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Deve ser avaliado, à data do encerramento de cada período
económico, se existem inventários que perderam valor; em
caso afirmativo, se o seu valor realizável líquido (preço de
venda estimado no decurso ordinário da atividade empresarial
menos os custos estimados de acabamento e os custos
estimados necessários para efetuar a venda) é inferior ao seu
custo de aquisição ou produção.
 Com esta análise, ter-se-á a base para fundamentar o
reconhecimento de uma perda por imparidade em inventários,
sempre que reunidas as condições para o efeito, e também a
aceitação fiscal do encargo inerente.
 Seja em atividades industriais, seja em atividades que detêm
materiais para venda ou para prestação de serviços, é
fundamental que a gestão implemente procedimentos 206
rigorosos, por forma a detetar e fazer o registo de quebras e
perdas em inventários.
PERDA POR IMPARIDADE
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Em muitas atividades é normal que existam
quebras regulares nos bens detidos, quer de
mercadorias, quer de outras matérias, mas
por forma a não conduzir a situações em que
os stocks estão registados por valores bem
maiores do que a realidade, é essencial que
tais quebras e perdas tenham o devido
tratamento. Isto sem deixar de olhar para a
• Ainda a empresa necessita de ter informação das
especificidade do negócio.
assim,
matérias-primas e subsidiárias consumidas e das quantidades do
 Por exemplo, num processo de produção de
produto final resultante.
um dado
• Tomando bem,
outro as quebras
exemplo, normais
na produção inerentes
e venda de pão, não se
à fabricação
pode atender apenas fazem parte doentre
ao diferencial custo de
as quantidades
207
produção,
produzidas e as não sendovendidas.
quantidades objeto de relevação
contabilística separada.
PERDA POR IMPARIDADE
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Haverá que ter em consideração as quebras dos produtos acabados
(normais e anormais), uma vez que se trata de produtos perecíveis e
dar-lhe o adequado tratamento a nível de registo de stocks, sob pena de
se irem acumulando existências "fantasma" que distorcem a realidade do
balanço da empresa e que criam dificuldades acrescidas quando, após
a contagem física dos bens, é necessário justificar as faltas.
 Uma ideia que vai persistindo, mas que se revela errada, é de que os
abates dos bens terão sempre de ser comunicados previamente à
Administração Fiscal.
 Esta comunicação pode ser aconselhável, mas apenas em certos casos.
 Há situações em que nem sequer é possível esperar uns dias para a
realização de um abate.
 Basta analisar os casos dos produtos alimentícios – as normas de
higiene e segurança alimentar impedem a permanência de bens
deteriorados nos estabelecimentos, havendo que proceder à rápida 208
destruição dos mesmos.
PERDA POR IMPARIDADE
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


 Noutras situações, os bens obsoletos ou danificados têm
normas rigorosas quanto à sua destruição, devendo, em
muitos casos, ser entregues junto de entidades específicas
que ficarão encarregadas da sua eliminação.
 Nestes casos, os documentos obtidos dessas entidades
atestando os produtos que lhe foram entregues bastarão
para ilidir a presunção de transmissão e consequente
tributação em IVA e imposto sobre o rendimento.
 O que nunca é aconselhável é relegar para segundo plano o
atento controlo dos inventários detidos, não só por motivos
de gestão, mas também porque estes se revelam um ponto
sobre o qual incide a atenção da Autoridade Tributária, a par
com o controlo da faturação emitida e dos documentos209 de
transporte.
Tema (opcional)

Obrigado a

Carla Carvalho
TODOS e até ao
próximo encontro!!!

Prevenção de quebras de mercadorias


210

Vida Longa e Próspera!!!


BIBLIOGRAFIA:
Tema (opcional)

Carla Carvalho Prevenção de quebras de mercadorias


Ackerman, Kenneth B.: 2000. Handbook of Warehousing. Klumer
Academic Publishers.
Ballou, Ronald H.: 2001. Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos: Planejamento,
Organização e Logística Empresarial. Bookman.
Carvalho, J. M. Crespo de et al: 2012. Logística e Gestão da Cadeia de
Abastecimento.Edições Sílabo.
Carvalho, J. M. Crespo de Carvalho: 1999. Logística. Edições Sílabo.
Castiglioni, José Antonio de Matos: 2008. Logística Operacional – Guia
prática. Editora Érica.
Christopher, Martin: 2005. Logistics and Suply Chain
Management.
Prentice Hall.
Gonçalves, José Fernando: 2000. Gestão de
Aprovisionamentos. Edições técnicas.
Lambert, Douglas M. de et al: 1998. Fundamentals of 211
Logistics
Management. Mcgraw-Hill. International Editions.
Tema (opcional)

Carla Carvalho
Prevenção de quebras de mercadorias
Autoria: Paula Campos

Data da última versão: 16 de Abril de 2016

Termos-chave: termo 1; termo 2; termo 3; termo 4; termo 5; … termo 20 (máx.).

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