Вы находитесь на странице: 1из 51

UNISEPE

UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Sociologia I

Prof. Dr. Erick Reis Godliauskas Zen


UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Aulas 1 e 2 – O que é Sociologia?


• Aulas 3 e 4 – Revolução Francesa
• Aulas 5 e 6 – Origem da Sociologia: Auguste Comte
• Aulas 7 e 8 – Origem da Sociologia: Herbert Spencer
• Aulas 9 e 10 – Clássicos da Sociologia: Karl Marx
• Aulas 11 e 12 – Karl Marx: Modo de produção e luta de classe
• Aulas 13 e 14 - Karl Marx: A Mais Valia
• Aulas 15 e 16 - Karl Marx: Luta de classe, ideologia e Alienação
• Aulas 17 e 18 – Karl Marx: O Estado
• Aulas 19 e 20 - Aplicação da N1
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas: 1 e 2

O Que é Sociologia?

Podemos definir Sociologia como a Ciência Humana que se dedica ao


estudo da sociedade moderna.

Essa definição, aparentemente simples esconde duas importantes


questões a serem entendidas:

1) O que é moderno ou modernidade?

2) O que é Sociedade?
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Podemos entender modernidade como o período histórico posterior


ao que o historiador Eric Hobsbawm denominou de dupla-Revolução:

• Revolução Industrial
• Revolução Francesa

 A dupla-Revolução transformou profundamente a sociedade


Europeia.

• A Revolução Industrial pode ser entendida como um processo


transição da manufatura para indústria que ocorreu entre 1760 e
1840.

• A Revolução Francesa (1789 - 1799) transformou


profundamente a sociedade europeia mudou a estrutura do
Estado, aboliu a antiga forma de sociedade suas instituições
tradicionais, seus costumes e seus hábitos.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Revolução Industrial

• A Revolução Industrial foi um processo transição da manufatura para


indústria que ocorreu entre 1760 e 1840

• A produção deixou de ser realizada de forma artesanal para se


tornar industrial.

• A Revolução Industrial foi um fenômeno bastante complexo e


para entender esse processo é preciso olharmos para o
período anterior a ela

• Inglaterra do século XVII e as mudanças que ocorreram


no campo. Um processo que ficou conhecido como
cercamentos.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 Cercamentos:

• Processo que se deu em consequência do avanço do comércio


Inglês.

• Os senhores feudais ingleses, gentry, para ampliar a sua produção


avançaram sobre a terra dos camponeses.

• Esse avanço acabou com as terras comunais.

• As terras comunais eram áreas que não eram propriedades privadas


e podiam ser exploradas livremente por todos os camponeses para
caçar, pescar, coletar lenha, plantar etc.

• Com o fim das terras comunais os camponês imigraram para as


cidades.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Antes da Revolução Industrial, a produção artesanal era organizada a


partir das corporações de oficio que regulamentavam o trabalho e
formavam os artesãos.

• As corporações de ofício cuidavam da formação específica para do


trabalhador, da qualidade e a quantidade a ser produzida dos preços.

• Os camponeses que imigravam para as cidades foram inseridos na


produção artesanal e com o tempo se tornaram trabalhadores
assalariados.

• O trabalhador assalariado é o indivíduo que sem possuir os


instrumentos necessários para produzir tem para vender a única
coisa que lhe resta: seu tempo de trabalho
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Para que alguém sem formação de artesão conseguisse executar o


trabalho adequadamente o trabalho teve de ser dividido em
pequenas etapas.

• Essas etapas foram simplificadas para que fossem feitas de forma


mais rápida.

Observe!

• Cada etapa é realizada por um indivíduo essa divisão do trabalho


acelera o processo.

• A divisão do trabalho faz com que cada trabalhador só tenha


conhecimento sobre a sua etapa no trabalho e nela se
especializasse.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Divisão do trabalho propiciou a divisão entre trabalho intelectual e


trabalho manual.

• O trabalhador assalariado não projeta a peça que fabrica e não pode


modificá-la de acordo com a sua vontade.

• Essa peça foi projetada por outro trabalhador que se especializou em


projetar as peças e tem outra formação.

• O trabalhador na linha de montagem não participa da gestão da


fábrica.

• O trabalho intelectual se tornará um trabalho especializado e


realizado por trabalhadores que detêm uma formação específica, por
exemplo, um engenheiro.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas: 3 e 4
Revolução Francesa

• A Revolução Francesa (1789 - 1799) transformou profundamente a


sociedade europeia.

• A Revolução Francesa mudar a estrutura do Estado, aboliu a antiga


forma da sociedade suas instituições tradicionais, seus costumes e
seus hábitos.

• A Revolução retirou os privilégios da Igreja colocando fim ao controle


sobre a educação.

• Estabeleceu uma forma de governo que não mais se baseava na


tradição.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• A Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa


abriram caminho para as formas de governo que conhecemos na
atualidade ao estabelecerem a igualdade jurídica entre os cidadãos.

• Os indivíduos são livres e detentores de direitos individuais como


estabeleceu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
(1789).

• Emerge a ideia de sociedade que pode se autogovernar através do


exercício da razão e não mais das superstições ou da tradição.

• A Revolução Francesa foi influenciada e ao mesmo tempo difundiu


um conjunto de pensadores que foram denominados de iluministas.

• Os Iluministas desejavam transformar a velha ordem baseada na


tradição e na autoridade atacando os elementos da sociedade feudal
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Para questionar a sociedade feudal, os Iluministas se inspiraram em


pensadores como Descartes, Bacon, Hobbes Newton e Descartes,
entre outros.

 Os iluministas procuravam estudar a sociedade de forma


objetiva.

• Condorcet (1742 – 1794) tinha como objetivo ampliar o método


matemático para interpretar a sociedade.

• Charles-Louis de Secondat, Montesquieu (1689 – 1755) realizou uma


série de observações sobre a população, comércio, a religião, a
família, etc.

 Procuravam demonstrar que a organização da sociedade em


que viviam era injusta e irracional.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 Sociedade Moderna

• É aquela em que os indivíduos são juridicamente iguais e detentores


de direito.

• Os indivíduos dotados de razão e capazes de se autogovernar e


fazer escolhas.

• Na economia , a produção se dá em um sistema capitalista industrial


em que prevalece o trabalho assalariado, a divisão do trabalho e os
indivíduos vivem em cidades.

• Esses processos levaram a uma mudança na visão de mundo, ou de


como os indivíduos interpretavam o mundo
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Aos poucos, o pensamento mágico, mitológico, sobrenatural e


religioso vão dando lugar a uma visão racional, com a aplicação da
observação e da experimentação e ao método científico.

• Em um espaço de 150 anos, com as descobertas de Copérnico e


Newton, a ciência passou por um enorme progresso e possibilitou
libertar o conhecimento da teologia.

 Se os fenômenos naturais poderiam ser explicados racionalmente os


fenômenos sociais também poderiam.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas 5 e 6
Origem da Sociologia: Auguste Comte

• O pensador francês Isidore Auguste Marie François Xavier Comte


(1798 - 1857) é considerado o fundador da Sociologia

• A ele se atribui o uso da palavra Sociologia com o sentido que nós


utilizamos até os dias de hoje.

• Estabelece os princípios que deveriam nortear os conhecimentos


humanos tendo como ponto de partida os avanços científicos nos
séculos XVIII e XIX.

• A filosofia não deveria ser uma atividade independente e especulativa,


mas deveria proceder diante da realidade de forma positiva
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 Sua escola ficará conhecida, como Positivista

• Suas principais obras foram Curso de Filosofia Positiva (1830 – 1842)


e Política Positiva (1951-1954).

• Contestava os pensadores iluministas que em sua visão apenas


criticavam e procuravam destruir as instituições existentes.

• Acreditava que era preciso aplicar os métodos das ciências


para interpretar a sociedade moderna.

 Entendia que era preciso fundar uma “física social”: a


sociologia

• Utilizar o métodos científico, ou método empírico, como a


observação, a experimentação, a comparação, etc.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 Comte formulou, três princípios que podemos dividir da seguinte


forma:
 
1) Prioridade do todo sobre as partes: para explicar qualquer
fenômeno social particular é necessário considerar o contexto
global onde ele ocorre.

2) O progresso do conhecimento é característico da


sociedade humana: as gerações produzem conhecimento e
isso permite um acúmulo de conhecimento ao longo do tempo e
das gerações.

3) O homem é o mesmo por toda a parte e em todos os


tempos: sendo os homens iguais biologicamente e com o
mesmo sistema cerebral o homem é sempre igual.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Para Comte, a sociedade, em todas as partes, evoluíam da mesma


maneira

• O que diferencia uma sociedade da outra é o seu estágio de


evolução.

• Propõe a chamada “Lei dos Três Estados”:

1) O Estado teológico ou fictício. Nesse estágio, os homens


explicam os fenômenos através da crença em deuses. No
primeiro momento, denominado de fetichismo, atribuindo a
seres inanimados e a animais.
No segundo momento o politeísmo, quando se atribui os
fenômenos a vários deuses, como os deuses gregos e romanos,
que possuíam traços humanos, como vício, virtudes,
motivações, etc.)
Por fim, o monoteísmo: a crença em um único Deus.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

2) A humanidade evoluiria para o segundo denominado de


metafísico (ou abstrato). Os homens buscariam explicação para
os fenômenos sociais em conjunto de ideias, em sistema de
ideias abstratas.

3) O estágio mais evoluído da humanidade seria o Estado


positivo ou científico. Neste estágio, os homens passariam a
interpretar as relações entre as coisas através da ciência e do
raciocínio.

• Por essa análise seria possível classificar as sociedades pelo seu


estágio de evolução e portanto existiriam sociedades mais evoluídas
do que outra.

• As sociedades que utilizavam a razão e as ciências para


compreender e para transformar o mundo eram as mais evoluídas.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Comte entendia que a Sociologia não deveria apenas se limitar a


interpretar a sociedade ela deveria propor normas de comportamento.

“Saber para prever, a fim de prover”

• Criticava duas visões de sociedade:

• A dos revolucionários que só desejavam destruir as


instituições existentes.

• A dos conservadores que negavam qualquer forma de


progresso.

• Comte entendia que era preciso encontrar a ordem social para que
fosse possível o progresso: “Ordem e Progresso”.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas 7 e 8
Origem da Sociologia: Herbert Spencer

• Herbert Spencer (1820 – 1903) buscou compreender o


funcionamento da sociedade através de conceitos na biologia e no
evolucionismo.

• Spencer foi influenciado pelas ideias de Charles Darwin (1809 –


1882) que formulou a teoria da evolução das espécies.

• Darwin percebeu que as espécies que melhor se adaptam ao seu


meio ambiente sobrevivem e prevalecem na competição por
recursos, como alimentos.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Essa capacidade dos animais, inclusive o homem, de se adaptar ao


ambiente faz uma seleção natural das espécies e as permitem
adaptar ao longo do tempo.

• A teoria darwinista foi muito influente em todo século XIX e início do


século XX inclusive na Sociologia.

• Herbert Spencer foi o pensador que buscou expandir as ideias de


Darwin para interpretar a sociedade o que ficou conhecido por
Darwinismo social.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Duas das suas mais importantes obras foram Princípios de Sociologia


e O Estudo da Sociedade (1873)

 Spencer acreditava que a sociedade assemelha-se a um


organismo biológico.

• Observando a História entendia que, assim como os organismos


vivos, a sociedade nasce de estruturas simples e evoluem.

• Ao crescer as sociedades se tornam cada vez mais complexas.


UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• A sociedade tem início em pequenas coletividades nômades,


homogêneas sem organização política e com pouca divisão do
trabalho.

• Ao evoluírem as sociedades se tornam mais complexas


heterogêneas e composta por diferentes grupos e mais numerosos.

• Nessa evolução, as autoridade política se torna organizada e


separada do restante das multidões.

 há uma maior e mais complexa divisão do trabalho.


UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas 9 e 10
Clássicos da Sociologia: Karl Marx

• O pensador alemão Karl Marx (1818 – 1883) não foi um sociólogo,


mas suas teorias e seus conceitos são muito influentes nos estudos
sociológicos.

• Na juventude, Marx teve como uma de suas principais influências o


filósofo alemão Hegel.

• O principal conceito utilizado por Marx deste pensador foi o conceito


de dialética.

• Dialética significa “caminho entre ideias”, ou seja, é a ideia de que


contraposição e contradição de ideias na forma de um dialogo levam
a formação de novas ideias.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 Dialética

• Uma ideia, tese, tem diversas contradições internas, falhas, destas


“falhas” é possível retirar uma ideia contrária a tese denominada de
antítese.

• Do diálogo entre tese e antítese é possível formar uma nova


síntese e assim sucessivamente ao infinito.

• Hegel afirmava que essa era a base de toda história do pensamento.

• Formulou uma teoria da história que explica todo o desenvolvimento


da História a partir da concepção dialética.

• Marx fazia uma importante crítica a dialética e apontava o seu caráter


idealista de suas perspectivas
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Marx buscou escapar do idealismo com assumindo uma perspectiva


materialistas.

• Criticava o materialismo de sua época, pois o considerava


demasiadamente mecanicista e simplista.

 Marx sintetizou as duas perspectivas, o materialismo e a dialética,


formando o materialismo dialético.

 A história não se moveria pela razão, ou e pelo espírito, mas sim


pela luta de classes, vejamos mais adiante.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Por motivos políticos Marx foi forçado a se exilar na França.

• Entrou em contato com os diversos pensadores socialistas daquele


país, aos quais ele vai denominar de “utópicos”.

• Conheceu as ideias anarquistas, em particular Pierre-Joseph


Proudhon (1809 – 1865) ao qual Marx apresentará pesadas críticas.

• Para o Segundo Congresso da Liga dos Justos Marx escreve o


Manifesto Comunista que foi lançado no dia 21 de fevereiro de 1848.

• Neste texto que Marx primeiro esboçou uma série de ideias


relevantes para o seu desenvolvimento intelectual, como: luta de
classes, materialismo histórico, crítica ao capitalismo e a necessidade
de união entre os operários.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Novamente por motivos políticos se exilou na Inglaterra.

• Na Inglaterra teve contato a economia política inglesa, sobretudo com


pensadores como Adam Smith (1923 – 1790) e David Ricardo (1772
– 1823).

• Ricardo, na teoria do valor trabalho, demonstra que toda atividade


econômica é coletiva e o valor de uma mercadoria é determinado
pela quantidade de trabalho médio necessário para produzi-la.

 O trabalho a único elemento que gera valor.

• Trabalho médio significa o quanto tempo, em uma determinada


sociedade, é necessário para produzir em uma média social.

• O valor de uma mercadoria está relacionada ao tempo de


trabalho social necessário para produzi-la.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 Marx conviveu com três tradições de pensamento que não, até então,
se relacionavam:

• O idealismo alemão.

• O socialismo “utópico” francês.

• A economia política inglesa.

 Marx utilizará elementos e conceitos destas três perspectivas em


suas obras.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas 11 e 12
Modo de Produção e Luta de Classe

• Karl Marx buscou explicar as mudanças sociais que estavam


ocorrendo durante a Revolução Industrial.

• Define que as mudanças na sociedade se dão “em última instância”


por questões econômicas

• A luta de classes, entre os que detêm os meios de produção e os


excedentes e os que detém unicamente a sua força de trabalho, o
motor da História.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Marx elabora o conceito de modo de produção.

 Modo de Produção: forma como uma sociedade em um tempo


histórico determinado se organiza para produzir (forças
produtivas) e as relações sociais decorrentes desta organização
(relação de produção).

• Se entendermos quais são as forças produtivas e as relações de


produção saberemos distinguir o modo de produção de uma
sociedade.

• Como isso melhor compreendermos funcionamento da sociedade, as


suas hierarquias e os seus conflitos de classe, ou seja, a luta pelo
excedente da produção.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

 De forma esquemática, Karl Marx organiza a história da humanidade,


tomando como paradigma a Europa:

1- Modo de Produção Primitivo: período em que não há divisão


do trabalho, Estado, ou excedentes. Os homens trabalham em
harmonia e dividem o fruto do seu trabalho.

2- Modo de Produção Escravista: um pequeno número de


senhores detém uma grande quantidade de escravos e dos
meios de produção.

3- Modo de Produção Feudal: sociedade dividida entre senhores


e servos. Os servos não são propriedade, como eram os
escravos, mas o resultado do seu trabalho é apropriado pelo
senhor que lhe garantia segurança. Prevalecia a produção
artesanal regulamentada pelas corporações de oficio.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

4 – Modo de Produção Capitalista: é a forma de


organização da sociedade moderna, voltaremos a este, pois
foi a ele que Marx dedicou a maior parte do seu trabalho.

• Para explicar a organização social das sociedades não


Europeias, Marx ainda elaborou o que chamou de Modo de
Produção Asiático.

• Esse modo de produção teria prevalecido na China, Egito e


África.

• Se caracteriza por ser uma cadeia de hierarquia


entre escravos, camponeses e o Estado que
controlaria o excedente da produção.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• No fim desta evolução de modos de produção, e como consequência


da crise do capitalismo, estaria o socialismo.

Observação!

 Marx não escreveu uma obra de utopia!

 Marx não explica o que seria o socialismo.

• O que se entende é que este seria uma sociedade em que a luta


de classe se extinguiria

• Os homens seriam juridicamente e economicamente iguais.


UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas 13 e 14
Karl Marx: A Mais Valia

• O capitalismo é um modo de produção no qual os homens são


juridicamente iguais.

• Mas se distinguem entre aqueles que detêm os meios de


produção, burguesia, e os que vendem a sua força de trabalho,
proletariado (trabalhador).

• No capitalismo prevalece a propriedade privada dos meios de


produção.

• O capitalismo pressupõe a liberdade de comércio, livre mercado, e


tem como principal finalidade a obtenção de lucro.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Marx demonstra como se deram as relações de troca ao longo da


história que podem ser sintetizadas da seguinte forma.

Considere:
M = Mercadoria
D = Dinheiro

 Temos três etapas:


1- M – M
2- M – D – M
3- D – M – D' sendo D' > D
Observe!

• Inicialmente, nas sociedades primitivas as pessoas trocavam


Mercadoria por Mercadoria
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• O dinheiro é uma mercadoria universal, que só tem valor de troca, ou


seja, ele é trocado por qualquer mercadoria.

• O dinheiro ele facilita a troca.

Observe!

• Na linha 3 do esquema: o objetivo é realizar uma troca para no final


se obter mais dinheiro e não outra mercadoria.

 Essa é uma das características do capitalismo.

 A acumulação de riquezas não se dá na aquisição de


mercadorias, mas no acúmulo de dinheiro.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Para acumular dinheiro é necessário investir na produção de novos


bens para que eles possam ser vendidos e assim resultarem em mais
dinheiro...

• Quando nós investimos o dinheiro para produzir bens nós chamamos


esse investimento de capital.

• O capitalismo é a inversão constante de dinheiro visando a obtenção


de cada vez mais dinheiro, ou de cada vez mais capital.

• Para entender esse processo, Marx buscou analisar o processo de


produção das mercadorias e a relação de produção no capitalismo.

• Dessa observação é que ele elaborou o conceito de mais valia (mais


valor).
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Exemplo para entender mais valia

• Um operário trabalha 6 horas por dia na produção de cadeiras. Em 6


horas fabrica 60 cadeiras,10 cadeiras por hora.

• As 60 cadeiras vão ser vendidas a 20 Reais. 60 x 20 = 1200 Reais

• A matéria-prima, energia elétrica, o trabalho de outros trabalhadores


que cortaram a madeira, o desgaste das ferramentas, etc.

• Todos custos somados: 500 reais por dia. 1200 – 500 = 700.

• O trabalhador recebe 200 reais por dia então teremos: 700 - 200 =
500.

• Os 500 reais ficam com o detentor dos “meios de produção” é o que


Marx chamará de mais valia (mais valor). Ou seja, o lucro.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Para Marx a exploração da mão-de-obra é inerente ao capitalismo.

• É a exploração que permite que o sistema funcione ao gerar lucro.

• No capitalismo, ao contrário dos outros modos de produção, só


existem duas classes: a dos detentores dos meios de produção,
burguesia e dos trabalhadores.

• A luta de classe é cotidiana: cada vez que o trabalhador consegue


um pagamento maior pelo seu trabalho ele reduz a sua exploração.

• A luta de classe se dá no cotidiano e na própria produção.

 A luta de classe como motor da história.


UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aula 15 e 16
Karl Marx: Luta de classe, ideologia e Alienação

• No capitalismo só existem duas classes e elas estão diretamente em


conflito.

• Desta luta uma classe seria suprimida através da revolução social.

• A revolução social levaria a um novo modo de produção: o


socialismo.

• Para que a Revolução fosse possível seria preciso que os


trabalhadores tomassem consciência da sua exploração.

• Essa tomada de consciência só seria possível em uma crise do


sistema.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Na obra de Marx o conceito de ideologia aparece com diferentes


significados.

• Em um primeiro momento, como ilusão, falsa consciência.

• Na obra Ideologia Alemã, observa que a ideologia tem


como função fazer aparecer os interesses da classe
dominante como interesses coletivos.

 A ideologia dominante de uma época representam as ideias da


classe dominante.

 A ideologia ela funciona como elemento de dominação.


UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• No capitalismo, a classe dominante é a burguesia.

• A burguesia tem interesses próprios que é manter e reproduzir a


exploração do trabalho.

• Na sociedade burguesa, ocorre a divisão do trabalho: entre trabalho


manual e o trabalho intelectual.

• A produção intelectual e cultural dessa sociedade é realizada pela


classe dominante e por consequência são expressões dos seus
interesses.

Exemplos:

• A ética, a moral, a ciência, a filosofia, o direito em uma sociedade


burguesa.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• A classe dominada aceita as ideias (e os valores) da classe


dominante como universalmente válidas

• As leis na sociedade burguesa tem como finalidade defender a


propriedade privada.

Exemplo:

• Se entendermos as leis de uma sociedade burguesa como


universalmente validas essa ideologia impede o
questionamento da propriedade privada.

 Impedir o questionamento da propriedade privada é


fundamental para o capitalismo.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Como é possível explicar que indivíduos em situação desfavorável na


sociedade capitalista defendam os interesses da burguesia?

 É justamente essa a função da ideologia!

• Os conceitos de Marx são dialéticos.

• A ideologia em uma sociedade burguesa que tem a função a


dominação, contem contradições internas.

• As contradições possibilitam a transformação social e a formulação


de uma ideologia da classe dominada.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aula 17 e 18
Karl Marx: O Estado

• Se as leis são a expressão dos interesses da burguesia o que é o


Estado para Marx?

• Para cada modo de produção há uma forma de Estado que


corresponde a classe dominante.

• No modo de produção capitalista corresponderia, portanto, o Estado


burguês.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• O Estado moderno é uma expressão da dominação da burguesia sobre a


classe trabalhadora.

• O Estado como um conjunto de instituições tem como finalidade defender a


propriedade privada

• O governo pode assumir distintas formas para resolver os conflitos


de classe, sempre salvaguardando as relações de produção
capitalista.

• O Estado é um importante componente para a dominação burguesa


da sociedade e de e de opressão para a classe trabalhadora.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• Os conceitos Marxistas são dialéticos, portanto a crise do capitalismo


levaria a superação desta forma de Estado.

• No Manifesto Comunista a Revolução levaria a tomada do Estado


burguês e a ditadura do proletariado.

• Esta ditadura seria necessária para quebrar as instituições


burguesas.

• A revolução tornaria possível uma sociedade comunista que significa


uma sociedade sem exploração do trabalho e sem Estado opressor.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

• É importante ressaltar que Marx não formulou um estudo específico


ou dedicou uma obra para o Estudo do Estado.

• Somente é possível inferir a partir de diversos escritos a suas


concepções sobre este.

• Marx planeja uma obra dedicada o Estudo do Estado que escreveria


depois, ou como continuidade de O Capital.
UNISEPE
UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA

Aulas 19 e 20 - Aplicação da N1

Вам также может понравиться