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Universidade Nove de Julho – UNINOVE

Departamento de Saúde II
Curso de Farmácia
Disciplina de Hematologia e Citologia Clínica

Aula 9. Urinálise (teoria)

Prof. Dr. Aledson Vitor Felipe Ph.D., M.Sc. (Pharm.)


E-mail: aledson@uni9.pro.br
ALEDSON FELIPE
Formação da Urina

Néfron
Urinálise ou uroanálise
Exame de urina tipo 1;
Fornece informações valiosas sobre o funcionamento
do sistema urinário. No entanto, outros órgãos também
podem ser avaliados, como o pâncreas endócrino e o
fígado, a presença de glicosúria e/ ou cetonúria são bons
indicativos de Diabetes Mellitus, já a presença de
bilirrubinúria, urobilinogenúria, cristais de bilirrubina,
e/ou cristais de urato de amônia são indicativos de
doença hepática;
 Outros termos utilizados em urinálise são:
Leucocitúria, hematúria, hemoglobinúria e proteinúria.
A Coleta
 Após a colheita de urina, a amostra deve ser examinada
imediatamente oi até 30 minutos, quando isto não for
possível, pois ocorrem alterações nas propriedades físico-
químicas da amostra e degenerativas dos elementos
celulares;
 Se a análise não puder ser realizada dentro de 30 minutos,
pode-se refrigerar a amostra a 5°C, pois preserva a urina por
2 a 3 horas (no momento da análise a urina deverá estar com
a temperatura ambiente);
 O volume mínimo da amostra deve ser de >10 mL para
garantir a análise do sedimento urinário;
Os principais erros
 Os principais erros em urinálise incluem:
 falta de assepsia,
 frasco de coleta inadequado,
 demora no transporte,
 falta de homogeneização,
 cuidados inadequados com os reagentes, o uso de técnicas
inadequadas, relato inadequado dos achados, desconsideração
de achados na análise, desconhecimento do papel dos
interferentes e não analisar todos os achados em conjunto;
Recebimento da amostra até a
liberação do Laudo
• Normas de segurança para manipulação de material biológico;
• As amostras de urina chegam ao setor de urinálise que são
enviadas dos ambulatórios, enfermarias e setor de urgência
como UTI e Pronto Socorro;
• As amostras recebem uma identificação e são cadastradas no
sistema;
• Em um tubo cônico graduado (10mL) é realizada a análise
química através de uma fita reativa que pode ser lida
manualmente ou com o auxílio de equipamentos;
Exame físico
• VOLUME: Alterações no volume urinário:
• Poliúria: aumento do volume urinário. Ocorre em diabetes
melito, diabetes insípidos, esclerose renal, rim amiloíde,
glomerulonefrite, uso de diuréticos, cafeína ou álcool que
reduzem a secreção do hormônio antidiurético;
• Oligúria: diminuição do volume urinário. Ocorre em estados de
desidratação do organismo, vômitos, diarréias, transpiração,
queimaduras graves, nefrose, fase de formação de edemas;
• Anúria: volume inferior a 50 ml em 24 h. Ocorre em obstrução
das vias excretoras urinárias, lesão renal grave ou diminuição do
fluxo sanguíneo para os rins (insuficiência renal aguda).
Exame físico
• COR: 
• A cor da urina é devido a um pigmento denominado urocromo, que é um
produto do metabolismo endógeno, produzido em velocidade constante. A
coloração indica de forma grosseira, o grau de hidratação e o grau de
concentração de solutos. 
• Coloração da urina normal: amarelo-claro e amarelo-citrino
•  Condições que alteram a coloração da urina: Presença anormal de
bilirrubina amarelo-escuro ou âmbar;
• Urina com hemáceas: desde rosa, vermelho;
• Medicamentos: laranja – fanazpiridina, (pirydium), fenindiona (hedulin)
Vermelha – sene e ruibarbo (laxantes a base de antraquinona);
Castanho – nitrofurantoína (furadantin), metronidazol (flagyl),
Verde – metocarbamol (robaxin),
Exame físico
• ASPECTO: Refere-se a transparência da amostra de urina. A
urina normal, recém eliminada geralmente é límpida,
podendo apresentar certa opacidade devido a precipitação de
cristais, presença de filamentos de muco e células epiteliais
na urina de mulher.;
• Aspecto da urina: limpo, ligeiramente turvo,turvo e
acentuadamente turvo;
• Substâncias que provocam turvação: cristais, leucócitos,
hemáceas, bactérias, sêmen, linfa, lipídios, células epiteliais,
muco, e contaminantes externos ( talcos, medicamentos).
Exame químico

Realizado através de tiras reativas contendo as


seguintes áreas reagentes: leucócitos, nitrito,
urobilinogênio, proteínas, pH, sangue, densidade,
cetona, bilirrubina e glicose. As tiras reagentes
baseiam-se em metodologia de química- seca cujos
resultados podem ser determinados visualmente ou
através de instrumentos semi-automatizados ou
automatizados.
Exame químico
 pH - Os rins são os grandes responsáveis pela manutenção do equilíbrio ácido-base do
organismo. Valor normal: 5,5 a 6,5.
Significado Clínico: Tipo de alimentação, acidose ou alcalose respiratória / metabólica,
anormalidades na secreção e reabsorção de ácidos e bases pelos túbulos renais,
precipitação e formação de cálculos e tratamento das infecções do trato urinário.
Interferências: Nas amostras de urinas envelhecidas, o pH se mostra elevado, devido a
um desdobramento de uréia em CO2 e amônia, sendo que a amônia tem poder
alcalinizante;
 Densidade - Ajuda a avaliar a função de filtração e concentração renais e o estado de
hidratação do corpo.
Valores normais: 1,010 a 1,025.
Significado Clínico: Estado de hidratação do paciente, incapacidade de concentração
pelos túbulos renais, diabetes insípidos e determinação da inadequação da amostra por
baixa concentração;
 Glicose – em situações normais quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é
reabsorvida pelos túbulos proximais.
Valores normais: negativo.
Significado Clínico: Diabetes mellitus (glicemia superior a 180 mg/dL), alterações na
reabsorção tubular e lesão do sistema nervoso central e alterações tireoideanas.
Exame químico
 Proteínas - Normalmente, as proteínas urinárias são constituídas pela
albumina e por globulinas secretadas pelas células tubulares.
As proteínas não plasmáticas observadas na urina como as
mucoproteínas são provenientes dos túbulos distais que estão presente
na formação dos cilindros encontrados na urina.
Valores normais: 150 mg/24 horas (geralmente séricas e de baixo peso
molecular, filtradas seletivamente pelos glomérulos).
Significado Clínico: Lesão da membrana glomerular por agentes tóxicos,
comprometimento da reabsorção tubular, mieloma múltiplo, nefropatia
diabética;
 Proteína de Bence Jones: é formada por dímeros de cadeias leves de
imunoglobulinas encontradas na urina. Esta proteína é encontrada em
60 a 70% de pacientes com mieloma múltiplo;
Exame químico
 Corpos Cetônicos – são três substâncias solúveis em água que são produtos
derivados da quebra dos ácidos graxos : acetona, ácido acetoacético e ácido beta-
hidroxibutírico.
Valores normais: Geralmente não aparecem em quantidade mensuráveis, pois a
gordura é completamente degradada e convertida em dióxido de carbono e água.
Significado Clínico: Acidose diabética, controle da dosagem de insulina, jejum e
perda excessiva de carboidratos (como no caso de vômito).
Interferências: Em amostras mal conservadas, valores muito baixos podem
aparecer falsamente, devido à volatilização da acetona e à degradação do ácido
acetoacético por bactérias.
 Sangue (hemoglobina) - Pode estar presente na urina na forma de hemácias
íntegras ou na forma de hemoglobina.
Valores normais: Negativo
Significado Clínico:
Hematúria - Cálculos renais, glomerulonefrite, pielonefrite, tumores, trauma,
exposição a produtos ou drogas tóxicas e exercício físico intenso.
Hemoglobinúria - Reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves,
infecções e exercício físico intenso.
Exame químico
 Bilirrubina - Produto intermediário da degradação da hemoglobina.
Presente no organismo de duas formas: bilirrubina não-conjugada e
bilirrubina conjugada, porém, somente a última é excretada pelos rins
e pode aparecer na urina.
Valores normais: Não aparece na urina, pois passa diretamente do
fígado para o ducto biliar e daí para o intestino, onde é convertida em
urobilinogênio e excretada nas fezes na forma de urobilina.
Significado Clínico: Indicação precoce de possível hepatopatia, como,
hepatite, cirrose e até mesmo obstrução biliar.

 Urobilinogênio – Pigmento resultante da degradação da hemoglobina.


Valores normais: Normalmente se encontra em quantidade menor que
1 mg/dL de urina.
Significado Clínico: Detecção precoce de distúrbios hepáticos e
hemolíticos.
Exame químico
 Nitrito - Aparece devido à capacidade de algumas bactérias
gram negativas fermentadoras reduzirem em nitrito.
Valores normais: Negativo.
Significado Clínico: Infecção de trato urinário, podendo ser
útil na avaliação da terapia com antibióticos e monitoração de
pacientes com alto risco de infecção no trato urinário;

 Leucócitos – acusam esterases presentes nos granulócitos.


Leucocitúria não é sinônimo de infecção bacteriana aguda do
trato urinário.
Valores normais: Negativo.
Significado Clínico: Infecção do trato urinário baixo ou alto e
seleção de amostras para cultura;
Centrifugação
• Após esta análise físico-química, o tubo cônico
com a urina é centrifugado por 5 minutos a
uma velocidade de 3000rpm. Em seguida são
desprezados os 9mL sobrenadante e com o
sedimento restante (homogeneizado) é
realizada a análise microscópica conhecida
também como: sedimentoscopia urinária
quantitativa e qualitativa (dismorfismo
eritrocitário);
Sedimentoscopia urinária quantitativa
 Tem a finalidade de detectar e identificar
todos os elementos insolúveis, como
hemácias, leucócitos, cilindros, cristais, células
epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas e
possíveis artefatos;
 São utilizados os seguintes métodos analíticos:
– Microscopia óptica comum em lâmina;
– Microscopia óptica em câmara de Neubauer;
Microscopia óptica comum em lâmina: é observado
no mínimo dez campos em menor e maior aumento
(100 e 400x). A observação em menor aumento tem
por objetivo avaliar a disposição dos elementos, a
composição geral do sedimento e a presença ou não
de cilindros. A identificação e contagem de todos os
elementos presentes são realizadas em aumento de
400x.
Valores de referencia:
Hemácias: até 10 células/campo
Leucócitos: até 10 células/campo
Os demais elementos insolúveis são quantificados
em raros, moderados, freqüentes e abundantes.
Microscopia óptica em câmara de Neubauer
1°quadrante 2°quadrante

3°quadrante 4°quadrante

1mm x 1mm x 1mm = 1mm3 x 1000 = 1cm3 = 1mL


Microscopia óptica em câmara de Neubauer
/mL=

Leucócitos

/mL= 5+6+7+5
4

/mL= 22
4

/mL= 5500 leucócitos/mL

Hemácias

/mL= 5+3+3+4
4

15 15
/mL= 4 4

3750 hemácias/mL
Microscopia óptica em câmara de Neubauer

Valores de referência:
Hemácias: até 10.000/mm3;
Leucócitos: até 10.000/mm3;
Os demais elementos insolúveis são quantificados
em raros, moderados, freqüentes e abundantes.
Sedimentoscopia urinária qualitativa
ou dismorfismo eritrocitário

Obs.:
 É considerado marca patognomônica de lesão glomerular os achados
de Acantócitos e Codócitos;
 O exame de Sedimentoscopia urinária qualitativa ou dismorfismo
eritrocitário somente pode ser realizado através de microscopia de fase;
Sedimentoscopia urinária qualitativa
ou dismorfismo eritrocitário

Figura 38. Hematúria não glomerular (A) e hematúria glomerular (B, C e D).
Elementos insolúveis urinários
 Cilindros Celulares - hemáticos, leucocitários, epiteliais;
Cilindros Acelulares - hialinos, granulosos, céreos, lipoídico;
Cilindros pigmentares - hemoglobínicos e bilirrubínicos;
 Cristais - São frequentemente achados na análise do sedimento
urinário, têm ligação direta com tipo de dieta e raramente
possuem significado clínico. Eles são formados pela precipitação
dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura e
concentração;
 Cristais Não Patológicos: Urina ácida - ácido úrico, oxalato de
cálcio, urato amorfo. Urina alcalina - fosfato triplo (fosfato
amoníaco-magnesiano), fosfato amorfo, carbonato de cálcio,
fosfato de cálcio;
Cristais Patológicos - Leucina, Tirosina, Cistina, Colesterol,
Bilirrubina;
Elementos insolúveis urinários
 Células Epiteliais - Frequentemente podemos encontrar
células epiteliais na urina, já que são partes do revestimento
do sistema urogenital;
 Células de transição - originárias da bexiga e porção superior
da uretra;
 Células do túbulo renal - sua presença indica lesão tubular;
 Microrganismos – bactérias, fungos e parasitas;
 Outros elementos - muco, contaminantes e espermatozoides.
Estes últimos podem ou não ser relatados na dependência da
padronização de cada laboratório.
Elementos insolúveis urinários

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