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Tesouradas,

Gênero e sexualidade nas representações das lesbianidades

André Torquatro da Cunha


Iane Karoline de Souza Santos
Stefany Monteiro dos Santos
Vicente Donisete Ferreira Júnior
“Eu tive uma namorada
com super poderes
de invisibilidade
e quando andava com ela
também era invisível

mas quando ela usava


uma blusa transparente
virava a incrível
mulher-teta

eu continuava
sob o guarda-chuva
de superpoderes
superinvisível

invejável
ao lado das
cervejas e
superamendoins”

—Angélica Freitas
01 A invisibilidade
Opressão, patriarcado e
machismo
Desde os primórdios, no surgimento da propriedade privada, a sexualidade da mulher, bem como a sua
reprodução, vem sendo brutalmente controlada, seja por mecanismos institucionais, como o Estado e a
igreja, ou por meio de mecanismos estruturantes sociais, como o patriarcado.

As relações homossexuais são relegadas e consideradas “sujas” por não seguirem a lógica da Cis
heteronormatividade e do patriarcado. Dessa forma, a população homoafetiva vive diariamente um contexto
de violência e apagamento.
É nesse contexto que as mulheres lésbicas se encontram, entre uma verdadeira intersecção de
opressões, na medida em que o ser mulher, por si só, já traz uma carga de inferiorização, orientar-
se e expor a sua sexualidade aumenta exponencialmente essa opressão, e isso se multiplica caso
ela seja de uma etnia também desvalorizada e subjugada socialmente, ou se ela for uma mulher
transexual, causando um acúmulo de opressões que são ao mesmo tempo oriundas de um mesmo
sistema, uma só se rompe à medida que as demais também o fazem.

Essa realidade impõe dificuldades para a afirmação e construção da identidade lésbica, sendo que
um dos instrumentos mais fortes utilizados pela sociedade patriarcal e heteronormativa é a
invisibilidade. A própria forma de colocar a lesbianidade como versão masculina da
homossexualidade já é uma forma de invisibilizar e uma tentativa de brecar o empoderamento
político destas
02
Representações
midiáticas
A mídia como geradora de sentido na
sociedade e reforçando papéis e
estereótipos sociais
O que a mídia tem a ver
com isso ?
Os meios de comunicação são propriedades
de empresas privadas que possuem
interesses em lucro. e não em contribuir,
O que é mídia? através da arte, cultura e técnica da
Mídia é um conjunto de meios de comunicação, para a formação crítica de
comunicação que transmitem cidadãos, mas sim para manutenção da
informações, ideias, ideais, alienação, então o sustento de estereótipos,
produtos, entre tantas outras coisas. assim como a naturalização de violências –
Tendo a capacidade de construir sejam elas simbólicas ou físicas – prejudica
padrões e dar visibilidade às ainda mais a realidade
questões que julga importante
A INVISIBILIDADE NÃO HETEROSSEXUAL DE
1970 - 2014 EM NOVELAS DA REDE GLOBO

80 Novelas 28 Lésbicas Nenhuma 35 Bissexuais


156 Personagens LGBTS negra 09 mulheres - 01 negra
08 Negros

88 gays 09 Mulheres trans


05 negros 01 negra
60,000
famílias homoafetivas no Brasil, sendo 53,8% delas formadas por mulheres .

Censo do IBGE, de 2010


Como esses fatores podem
influenciar negativamente?
Identificação
Acontece uma ruptura no processos de
identificação e reconhecimento como
membro do público LGBT, que são o que
levam a diferentes maneiras de se entender
e se apresentar publicamente.

Estereotipação
Erotismo
As mulheres na mídia televisiva são representadas, na A troca de afetos entre
maior parte das vezes, através de comportamentos mulheres, até certa medida,
padrões que levam o espectador a possuir opiniões e pode ser percebida com
juízo de valor acerca daquele grupo social. Considerando naturalidade e até com certo
que mulheres LGBTS contém o histórico apagado e erotismo para o desejo
marginalizado, a insistência midiática na estereotipação masculino.
apenas prejudica.
O problema nas
representações
O padrão heteronormativo
São muitas vezes nos corpos gordos, negros e que carregam marcadores
de uma classe social popular que uma performatividade de
comportamentos ditos masculinos é indesejável. Quando sustentada por
um corpo jovem, branco e esguio, em determinados círculos de
sociabilidade será indicativo de modernidade e transgressão.

Perpetuam o preconceito
Os estereótipos sobre as lesbianidades nas representações
associam estas performances como indesejadas,
antinaturais e pouco saudáveis. Como um aviso para outras
mulheres: “não seja como ela”,
Representatividade
Mesmo existindo divergências em relação aos possíveis significados da
representatividade, existe uma importância em ser bem representado, A mulher
ainda tem suas representações na mídia muito vinculadas às suas atribuições
físicas: a beleza e a vaidade como definidoras do que é feminino, o poder de
gerar (que não deve ser negado), o temperamento instável (hormonais), o
intelecto emocionalmente orientado, não há uma busca em trazer senso de
pertencimento para mulheres e LGBTs.
Falando
de saúde 03
O papel do estado como provedor
de políticas públicas
O sexo
O sexo entre mulheres por muito tempo foi
considerado algo menor, uma brincadeira, uma fase,
como se o sexo para existir necessita-se da
penetração de um pênis.
Hoje não é mais assim, mas ainda muitos serviços consideram que
mulheres que nunca transaram com homens são virgens. Dessa forma,
uma mulher que transa com mulheres pode ser negligenciada em sua
saúde ou, por se sentir julgada, não desejar retornar ao serviço.

Porém...
existem outras mazelas neste contexto, apesar da promoção de saúde ser
uma das grandes formas de prevenção de Ists, ainda existe um limbo
enorme na saúde da mulher lésbica, que vai desde o desconhecimento de
suas necessidades específicas à falta de um atendimento adequado e
humanizado.
Os motivos para esse assunto ainda ser tabu passam pela invisibilidade e preconceito em relação às
relações lésbicas e também à sexualidade feminina. Falta informação, e o sistema de saúde não está
preparado para atender este público.

Essa indagação corriqueira, que atravessa o cotidiano das lésbicas, sinaliza efeitos perversos dessa
invisibilidade, pois a maioria dos profissionais de saúde ignora ou desconhece os meios de
contágio ou transmissão de doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres.
A prevenção entre lésbicas de 18 e
61 anos (segundo pesquisa da Secretaria de Estado da
Saúde com 145 mulheres em 2012)

7,7%

Tiveram resultado 38,8%


2%
anormal no exame
de papanicolaou
Tinham desequilíbrio
Se previnem durante o
da flora vaginal
sexo para evitar ISTs
Concluindo...
Dizer de visibilidade é articular esferas
privadas e públicas, romper
silenciamentos e tornar a democratização
das relações de sexo/gênero uma bandeira
mais política e não apenas psicológica.
Referências

https://azmina.com.br/especiais/saude-sexual-da-mulher-lesbica/
https://revistatrip.uol.com.br/tpm/sexo-lesbico-como-se-proteger-de-dsts-jessica-tauane-canal-das-bee
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/10/apenas-2-das-lesbicas-se-protegem-durante-o-sexo-diz-pesquisa-em-sp.html
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v13n26/v13n26a08.pdf
https://revistahibrida.com.br/2019/08/27/vamos-conversar-sobre-a-saude-sexual-de-lesbicas-e-bissexuais/
https://oglobo.globo.com/celina/mes-da-visibilidade-lesbica-ficamos-no-limbo-entre-movimento-lgbt-o-feminista-diz-advogada-que-defendeu-crimna
lizar-homofobia-no-stf-23873954
https://www.mulheres.org.br/trasmissao-ists-lesbicas-bissexuais/
https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/precisamos-falar-da-prevencao-de-dsts-entre-lesbicas-e-bissexuais/
https://revistaforum.com.br/direitos/invisibilidade-lesbica-uma-violencia-silenciosa/
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-08/violencia-e-invisibilidade-marcam-realidade-de-lesbicas-no-brasil
http://www.ufpb.br/evento/index.php/18redor/18redor/paper/viewFile/2269/821
https://www.brasildefato.com.br/2019/02/08/relatorio-registra-420-vitimas-fatais-de-discriminacao-contra-lgbts-no-brasil-em-2018/
https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/21489/14295
Obrigado!

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