Laís de Bem Mendes Jaqueline Laureano Santos Duarte
PROF. ORIENTADOR: Cristiane Dias
TURMA: LBR0090
INTRODUÇÃO • Este trabalho de graduação se refere ao ensino de Libras como L2 para ouvintes, fazendo relevância com a atuação do professor bilíngues em sala de aula comum durante os estágios I e III do curso de Licenciatura de Letras/Libras • O objetivo geral deste trabalho fora contabilizar dados retirados durante a realização dos estágios. Os estágios foram realizados em duas escolas do município de Jaguaruna/Sc. • Encontra-se um retrospecto da Educação de surdos partindo desde a Idade AntigaPassando também pelos métodos do Oralismo, Comunicação Total e Bilinguismo. • Veremos as aspectos legais da Libras e suas características. O papel do professor bilingue em sala de aula. • Os dados coletados estarão expostos em gráficos, apresentando os dados das escolas individualmente e depois a verificação como um todo com a junção de ambas escolas ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS IDADE ANTIGA
• As crianças recém nascidas tidas
como diferentes eram colocadas na base de uma estátua nas praças principais e então devoradas pelos cães. (STROBEL,2006). IDADE MÉDIA Idade Média a família que possuía um membro surdo, estaria na visão religiosa pagando determinados pecados, com o cristianismo iniciou-se um processo de assistencialismo por parte da igreja católica surgindo a segregação e marginalização operadas pelos “exorcistas” e “esconjura- dores” (STROBEL, 2006).
De L’Épée fundou a primeira escola que
teve auxílio público em 1755, e treinou diversos professores, sendo que em poucos anos já haviam sido criadas mais de vinte e uma escolas para surdos na Europa. Dois anos após a morte de L’Épée, que ocorreu em 1789, sua escola transformou-se na Nacional Institution for MÉTODOS Congresso de Milão em 1880 qual o Método do Oralismo foi imposto, com ele a proibição do uso de língua de sinais.
Comunicação Total onde o sujeito
poderia usar a língua de sinais e também a oralização
O Bilinguismo é a filosofia educacional que surge na
década de 80, que tem o objetivo de ensinar à criança surda a língua materna e a língua de sinais, sendo a língua de sinais considerada a língua natural, e a segunda a língua oficial do país. LIBRAS Língua Brasileira de Sinais A língua de sinais é uma língua espacial-visual e existem muitas formas criativas de explorá-la. Configurações de mão, movimentos, expressões faciais gramaticais, localizações, movimentos do corpo, espaço de sinalização, classificadores são alguns dos recursos discursivos que tal língua oferece para serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda e que devem ser explorados para um processo de alfabetização com êxito. (QUADROS; SCHMIEDT. 2006.p.26.) PROFESSOR BILÍNGUE O Segundo Professor Bilíngue tem a função de mediar por meio da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS o processo de elaboração de conceitos científicos que compõem os conteúdos curriculares das diversas disciplinas [...] cabe salientar que a função do professor-mediador é totalmente distinta da função de tradutor/intérprete de LIBRAS/ português/LIBRAS. E esse profissional deve ser ouvinte com fluência em LIBRAS. (SANTOS et al.2011, p.67) METODOLOGIA • Verificação de dados comparativos dos estágios realizados no curso de Letras/Libras nas escolas Escola Básica Municipal Profª Dalcy Ávila de Souza a qual não havia inclusão de aluno surdo e a Escola de Educação Básica Marechal Luz com inclusão de alunos surdos. Ambas escolas situadas no município de Jaguaruna/ SC. Levando em conta que na atuação dos estágios abrangeu-se o ensino de Libras com L2 e a atuação do professor bilíngue em sala de aula de classe comum. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1.DADOS ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL PROF.ª DALCY ÁVILA DE SOUZA. A QUAL O ESTÁGIO FORA REALIZADO NUMA TURMA DE 6º ANO SEM A INCLUSÃO DE ALUNO COM SURDEZ. 2.DADOS RETIRADOS DA TURMA DO 5º ANO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA MARECHAL LUZ ESTA ESCOLA CONTA COM A INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS. 3.Dados finalizados com junção das suas escolas analisadas. CONCLUSÃO • Todas a turmas conseguiram realizar sinais básicos como nome, idade, onde mora. • Ocorreu um destaque na evolução de frases em Libras na escola E.B. Municipal Dalcy Ávila de Souza. • O interesse dos alunos em aprender uma língua totalmente diferente foi bastante positivo. O desinteresse pela aprendizagem de Libras foi uma minoria. • No total de 130 profissionais, 103 relataram não saber nada de Libras, nesta coleta apenas 3 professores eram proficientes. Muitos relataram a vontade de aprender Libras, mas por falta de tempo e também de cursos acabam se desinteressando. • O papel do professor bilingue é essencial em sala, pois este pode além de atender o aluno surdo pode realizar projetos de ensino de Libras para classe, expandindo para toda escola. REFERÊNCIA BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; LACERDA, Lúcia Loreto. Parâmetros de ensino em línguaBrasileira de sinais como L2. Indaial. UNIASSELVI, 2019. 2016 p. DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm > Acesso em 11/05/2019 GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda – São Paulo: Parábola, 2009. 88p. GIROLETTI, Marisa Fátima Padilha. Aquisição da língua de sinais para surdo como L1. Indaial: UNIASSELVI, 2017.173 p. HONORA, Marcia; FRIZANCO, Marv Lopes Esteves. Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10436.htm> Acesso em 11/05/2019. LUCHESE, Anderson. Políticas e a educação de surdos no Brasil. Indaial: UNIASSELVI, 2017. 179 p. MOREIRA, Carlos de Melo. Tornar-se surdo: um processo histórico e cultural. Revista Exitus, ISSN 2236- 2983, ISSN-e 2237-9460, Vol. 4, Nº. 1, 2014, págs. 183-202. Disponível em: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6078532 > Acesso em: 22/05/2020 SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação. Fundação Catarinense de Educação Especial. Implementação e acompanhamento do desenvolvimento da educação bilíngue no Estado de Santa Catarina / Secretaria de Estado da Educação Fundação Catarinense de Educação Especial: Cimone Fátima dos Santos (Coord). – São José: FCEE, 2011. 116 p. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia. Fundação Catarinense de Educação e Especial: Política de Educação Especial do Estado de Santa Catarina. São José. FCCE, 2006. QUADROS, Ronice Muller; SCHMIEDT Magali L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos / – Brasília : MEC, SEESP, 2006. 120 p. SALLES, Heloisa Maria Moreira et al. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos. Brasília; MEC, SEESP.2004.134p.