A Linguística, definida hoje como o estudo científico da
linguagem humana, é "um saber muito antigo e uma ciência muito jovem”
A Linguística pré-sassureana pode ser dividida em 3 fases:
1ª Fase: Filosófica 2ª Fase: Filológica 3ª Fase: Histórico-Comparatista A Fase Filosófica Os gregos como precursores - reflexões em torno da origem da linguagem. Etimologia, a Semântica, a Retórica, a Morfologia, a Fonologia, a Filologia e a Sintaxe. Baseavam-se na Lógica (analogistas) ou no uso corrente “(anomalistas). Analogistas: baseavam-se na lógica
A língua não exprime as coisas existentes, nem as
coisas existentes manifestam a própria natureza a uma delas. Os analogistas consideravam que o sistema por meio do qual as palavras nomeavam as coisas do mundo era arbitrário, pois, corresponde às próprias analogias que eram feitas com palavras que nomeavam elementos de significação parecida com outros; por ex.: cabelo e seus derivados, cabeleireiro, cabeludo, cabeleira, cabelão, etc. Embora cada palavra tenha a sua conotação específica, elas possuem um ponto em comum, isto é, pelo da cabeça, e foram estabelecidas conforme a palavra primeira, cabelo. Anomalistas: uso corrente/natural
Teve alguma consistência entre os gregos a teoria da
linguagem como expressão natural (não convencional). Os anomalistas, de modo contrário, não raciocinariam dessa maneira, visto que cada palavra responsável por nomear um referente do mundo corresponde a uma forma anômala, ou seja, sem relação nenhuma com outras existentes porque ela tem relação direta e natural com a coisa específica para qual dá um nome. https://www.webartigos.com/artigos/os-analogistas-e-os-anomalistas/57174 Por ex.: não é porque existe a palavra papel que o nome de um lugar que venda papel terá alguma relação com essa palavra, pois a palavra que nomeará o local que vende papel possui relação direta com essa significação específica; no caso, eles não "aceitariam" que o local que venda papel devesse se chamar papelaria. https://www.webartigos.com/artigos/os-analogistas-e-os-anomalistas/57174 Finalidades: Gramática voltada para a práxis, para a ação, o fazer – a arte de ler e escrever, como disciplina normativa desprovida de uma visão científica e desinteressada da língua; Gramática “das regras e das exceções” – reprodução dos romanos tentando conciliar. França, 1660 - elaboração de uma Gramática geral, a “Grammaire de Port-Royal”, de base puramente lógica – influência grega. A “Grammaire de Port-Royal”
"Gramática geral e razoada contendo os fundamentos da arte de
falar, explicados de modo claro e natural");
Foi um trabalho pioneiro na área da filosofia da linguagem.
O argumento central da gramática é o de que a gramática é um
conjunto de processos mentais, que são universais; portanto, a gramática é universal. A Fase Filológica
Surgida em Alexandria por volta do século II a.C., definindo-se
historicamente como o estudo da elucidação de textos, de preocupação marcadamente gramatical. Morfologia, Sintaxe e Fonética. Friedrich August WoIf - um de seus maiores divulgadores. A partir de 1777, a escola alemã de Wolf veio estendendo o campo e o âmbito da Filologia. Além de interpretar e comentar os textos, a Filologia procura também estudar os costumes, as instituições e a história literária de um povo. Entretanto, seu ponto de vista crítico torna-se falho, pelo fato de ela ater-se demasiadamente à língua escrita, deixando de lado a Iíngua falada. Fase histórico-comparativa Descoberta do sânscrito entre 1786 e 1816 - relações de parentesco genético do latim, do grego, das línguas germânicas, eslavas e célticas com aquela antiga língua da Índia. Franz Bopp (1791-1867), é considerado o fundador da Linguística Comparatista. Para ele, o sânscrito era uma espécie de irmã mais velha daquelas línguas. -Preocupação diacrônica em saber como as línguas evoluem, e não como funcionam.
Primeira Embalagem - 1921 Leite Moça - Embalagem Atual
Fase naturalista (1810-1890) - preocupação com a história interna da língua, analogias com a natureza
Fase culturalista (1890-1930) – neo-gramáticos - preocupação
com fatores externos, condicionadores da língua (= histórico- culturais). Atividade
1- O que está subentendido na nomenclatura “pré-
saussuriano” referente na evolução dos estudos da linguagem humana?