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O Empirismo

de David Hume

IV. Teorias explicativas do conhecimento


As questões

 Qual é a origem do conhecimento?

 Qual é o fundamento do conhecimento?

 O que podemos conhecer?

 Quais são os limites do conhecimento?


O conteúdo da mente
A mente é composta por perceções, que podem ser de dois tipos:
 Impressões:
- Perceções originais, mais vivas e mais intensas do que as ideias.
 Ideias:
- Cópias das impressões, menos vivas e menos intensas do que elas.
- As ideias de cavalo alado ou de elefante cor-de-rosa podem ser concebidas pela
mente porque temos impressões correspondentes às ideias simples de “cavalo” e de
“alado”, bem como de “elefante” e de “cor-de-rosa”, respetivamente.
 Todas as ideias derivam das impressões.
 Todo o conhecimento acerca da natureza deriva da experiência.
A origem das ideias

 As ideias têm origem nas impressões.

 A nossa mente associa ideias diferentes das quais temos ou já


tivemos uma impressão correspondente.

 Todo o pensamento deriva da sensibilidade.


Relações de ideias e questões de facto

Os objetos da razão podem ser de dois tipos:

 Relações de ideias

 Questões de facto
Relações de ideias

 São operações da mente derivadas exclusivamente do pensamento.

 São independentes da experiência.

 O seu contrário é impossível, resultando numa contradição lógica.

- Objeto das ciências matemáticas (Geometria, Álgebra, Aritmética).


Relações de facto

 Dizem respeito aos objetos do mundo.

 Dependem da experiência.

 O seu contrário é possível, não implicando qualquer contradição.


- Objeto das ciências empíricas, que utilizam raciocínios indutivos e o
método experimental.
- É destes conhecimentos que Hume irá tratar na sua obra Investigação
sobre o Entendimento Humano.
O problema da causalidade

 A causalidade é o princípio que diz que, quando dois acontecimentos se


seguem um ao outro, um é a causa e o outro é o efeito.

 É estabelecendo relações de causa-efeito entre os objetos que conhecemos


as
questões de facto.

- Mas a questão principal de Hume é: como é que chegamos ao


conhecimento desta relação entre os factos?
O problema da causalidade

Como é que chegamos ao conhecimento da relação de causa-efeito?

 Por via racional? (A causalidade seria um princípio a priori, apreendido


sem recurso à experiência).

 Por via da experiência sensível? (A causalidade seria apreendida pelos


sentidos, ou seja, haveria uma impressão correspondente à causalidade).

 Por outra via? Qual?


O hábito ou costume como fundamento da causalidade

 Qual é o fundamento da relação de causa e efeito?

«Este princípio é o costume ou hábito, pois onde quer que a repetição de


qualquer ato ou operação particular manifeste uma propensão para
renovar o mesmo ato ou operação, sem ser impulsionado por processo
algum do entendimento, dizemos sempre que essa propensão é efeito do
costume.[…] Por conseguinte, todas as inferências a partir da experiência
são efeitos do costume, não do raciocínio.»
O hábito ou costume como fundamento da causalidade

 O princípio que nos permite esperar certos acontecimentos futuros


(efeitos) baseados em acontecimentos passados (causas) chama-se costume
ou hábito.

 Não é um princípio racional.

 Não é um princípio apreendido pela experiência sensível.

 É um sentimento ou uma crença projetada nos acontecimentos.

 É um guia da vida humana.


O hábito ou costume como fundamento da causalidade

 Não temos conhecimento da conexão entre os objetos ou acontecimentos.

 Apenas sabemos que certos acontecimentos se sucedem uns aos outros.

 “Aprendemos pela experiência apenas a frequente conjunção dos objetos,


sem alguma vez conseguirmos compreender algo como a conexão entre
eles.”
O hábito ou costume como fundamento da causalidade

 A mente é capaz de relacionar a acha de lenha (causa) com o aumento da


chama (efeito), pois habituou-se a que de tal causa se seguisse tal efeito, sendo
que crê que no futuro a natureza se comportará da mesma forma.

“Podemos observar que, nestes fenómenos, se pressupõe sempre a crença do


objeto correlativo; sem ela a relação não poderia ter efeito nenhum. […] Quando
lanço uma acha de lenha seca para o lume, a minha mente é imediatamente levada
a pensar que ela aumenta e não extingue a chama. Esta transição do pensamento
da causa para o efeito não deriva da razão. Tira a sua origem do costume e da
experiência.”
Princípio da Regularidade da natureza

 Trata-se da crença na ideia de que o futuro se assemelhará ao passado,


ou seja, de que a natureza segue um curso regular e uniforme.

 Das mesmas causas seguir-se-ão os mesmos efeitos.


- Não é um princípio objetivo (que resida na própria natureza).
- É um sentimento humano (temos a perceção de que os eventos da
natureza têm uma regularidade) que projetamos na natureza.
- É, por isso, um princípio subjetivo.
O ceticismo de David Hume e a crítica a Descartes

 Não temos um conhecimento objetivo nem certo dos processos da


natureza.

 O conhecimento é apenas provável.

 Não é possível atingir a certeza, como pretendia Descartes.

“A natureza […] implantou em nós um instinto, que impele o pensamento


numa marcha correspondente àquela que estabeleceu entre os objetos
externos, embora ignoremos os poderes e as forças de que dependem
totalmente o curso e a sucessão regulares dos objetos.”
O ceticismo de David Hume e a crítica a Descartes
 A dúvida cartesiana
“Existe uma espécie de ceticismo, antecedente a todo o estudo e filosofia, que é muito
inculcada por Descartes. (…) Recomenda uma dúvida universal, não só de todas as
nossas opiniões e princípios anteriores, mas também das nossas próprias faculdades.”
 Rejeição do cogito
-“Mas não existe um tal princípio original, que tenha uma prerrogativa sobre os outros,
que são autoevidentes e convincentes.”
 Se fosse possível praticar o método da dúvida universal, ela nunca teria um
fim
- “A dúvida cartesiana, se alguma vez fosse possível a uma criatura humana atingi-la
(na realidade, não é), seria inteiramente incurável e nenhum raciocínio nos poderia
introduzir num estado de certeza e convicção acerca de qualquer matéria.”
O ceticismo de David Hume e a crítica a Descartes

 A utilidade da «espécie de ceticismo» de Descartes:

- Preparação do estudo da filosofia (função propedêutica).

- “Deve, no entanto, confessar-se que esta espécie de ceticismo,


quando mais moderada, se pode entender num sentido muito
aceitável, e constitui um preparativo necessário ao estudo da
filosofia .”
Atividade 1
Classifique como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as seguintes
afirmações:
 As perceções são as unidades básicas da mente.(V)

 Há dois tipos de perceções: as ideias e a causalidade. (F)

 O contrário de uma questão de facto como “O céu é azul” gera uma


contradição. (F)

 As relações de ideias não dependem da experiência sensível.(V)


Atividade 2
Classifique como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as seguintes
afirmações:
 As impressões são a origem do conhecimento.(V)

 Todo o conhecimento de factos tem origem numa experiência sensível.(V)

 Hume é um empirista porque acredita que as ideias são as perceções


originais, derivadas diretamente dos dados dos sentidos. (F)

 A razão é a origem do conhecimento.(F)

 Ideias como “cavalo alado” podem ser pensadas porque associamos


(V)
ideias simples das quais temos uma impressão correspondente.

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