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Optoelectrónica
Miguel Morgado
miguel@fis.uc.pt
1
Instrumentação Optoelectrónica 2
Programa
Noções básicas de radiometria e fotometria
Unidades radiométricas
Equação fundamental da radiometria
Superfícies difusas e especulares
Lei de Lambert
Formação de imagem: irradiância
Unidades radiométricas e fotométricas
Conversão entre unidades radiométricas e unidades fotométricas
Detectores
Fotodíodos
Fotomultiplicadores e intensificadores de imagem
Fotodíodos de avalanche
CCDs
Componentes ópticos
Fontes de luz
Lâmpadas
LED
SLDs
Elementos dispersivos e Monocromadores
Filtros ópticos
Polarizadores
Instrumentação Optoelectrónica 3
Programa
Lasers
Propriedades da luz laser
Princípios físicos
Emissão estimulada
Inversão de população
Realimentação óptica
Condições de bombagem
Modos Laser
Mode locking: activo e passivo
Q-switching
Fibras ópticas
Princípios físicos Programa
Tecnologia de fibras ópticas
Avaliação
Radiometria e Fotometria
Transferência de radiação óptica entre locais
distintos
• Descrição das leis geométricas de transferência de
radiação
• Comportamento da energia radiante quando transferida e
detectada por sistemas ópticos
• Natureza das fontes de radiação
u = ε0 ⋅ E2
Instrumentação Optoelectrónica 8
∂Q
Φ=
∂t
Interessa-nos o fluxo radiante que:
Ângulo sólido
O volume varrido quando um segmento de recta, que passa por um vértice fixo,
é deslocado através de todos os pontos de uma curva fechada é um cone.
dA
dΩ = 2
r
Com dA a área definida pelo cone
sobre a superfície de uma esfera de
raio r centrada no vértice.
Grandezas Radiométricas
Intensidade radiante – I (W·sr-1 )
∂Φ
I=
∂Ω
Fluxo radiante emitido por uma fonte pontual, numa dada
direcção, por unidade de ângulo sólido
4π
Φ= ∫
todas as
I ⋅ dΩ = I ⋅ ∫ dΩ = 4πI
0
%
direcçoes
Instrumentação Optoelectrónica 11
Grandezas Radiométricas
Para fontes não pontuais há que considerar a área da superfície radiante
∂2 Φ
Radiância – L (W·m-2 ·sr-1 ) L =
∂Ap ⋅ ∂Ω
Área projectada
Conceito de área projectada
dAp
dΩ
dA p = dA ⋅ cos θ
θ
dA
Instrumentação Optoelectrónica 13
Grandezas Radiométricas
Fluxo radiante emitido por uma fonte extensa,
CC oonnc ce eppt t ooafafdRdRi ai annt t FFl ul uxx DD e enns si tipor
tyy
unidade de área projectada, para um dado
RRa ad di ai an nt t f fl Φ
ul ux x, ,
Φ
hemisfério, sem mais especificação de
direccionalidade
∂Φ
M=
I Ir rr raaddi ai annc ce e
Φ
EE = = Φ
Exitância – M (W·m ) -2
λλ Α
Α anteriormente designada por Emitância ∂Ap
AAr er ea a, , AA
RRa ad di ai an nt t f fl uΦ
l uΦx x, ,
Fluxo radiante transmitido ou recebido
por unidade de área
EExxi ti taannc ce e
MM = =
ΦΦ
∂Φ
E=
λλ ΑΑ
Irradiância – E (W·m ) -2
AAr er ea a, , AA ∂A
Instrumentação Optoelectrónica 14
Grandezas Radiométricas
A irradiância corresponde ao valor médio do valor do vector de Poynting
da onda electromagnética:
r 1 r r c ⋅ ε0 2
S= E∧B Ee ≡ S = ⋅ E0
µ0 2
Grandezas Radiométricas
A radiância decompõe a
Temos: propagação da radiação em
componente básicos que
∂Φ ∂Φ ∂2 Φ
I= M= L = envolvem a área de exitância e
∂Ω ∂Ap ∂Ap ⋅ ∂Ω a direccionalidade da
propagação.
então:
Logo a radiância é o parâmetro
M= ∫
2 π ( sr )
L ⋅ dΩ I= ∫ L ⋅ dA p
radiométrico fundamental para
cálculos geométricos e o
area
fonte
parâmetro básico em cálculos
de transmissão de potência a
receptores ou a imagens.
Instrumentação Optoelectrónica 16
Grandezas Radiométricas
Exposição radiante: acumulação de energia num dado período de tempo
t2
Unidades radiométricas
Quantidade Descrição Símbolo Equação Unidades
Energia Radiante Energia total emitida por uma fonte Qe, J (joule)
Intensidade Radiante Fluxo emitido por uma fonte pontual Ie I = dΦ /dΩ W sr-1
por unidade de ângulo sólido
Radiância Fluxo por unidade de ângulo sólido Le L = d2Φ /(dAp dΩ ) W m-2 sr-1
que é emitido ou transmitido por
unidade de área projectada
Unidades radiométricas
Unidades radiométricas espectrais
Radiometria
Equação fundamental da radiometria
A radiação emitida por uma fonte, ou que atinge um receptor, pode ser
completamente descrita especificando a radiância em função do comprimento
de onda, posição, direcção, tempo e polarização.
Φ = ∫∫∫ L λ ⋅ cos ( θ) ⋅ dλ ⋅ d Ω ⋅ dA
A integração é calculada sobre qualquer superfície de referência conveniente
que intersecte o feixe de luz. Se o meio entre a fonte e a região onde a
potência radiante total é calculada produzir perdas de energia por reflexão,
absorção ou dispersão, deve-se incluir este efeito através da transmitância
espectral τ (λ ):
Φ = ∫∫∫ L λ ⋅ τ ⋅ cos ( θ ) ⋅ d λ ⋅ d Ω ⋅ dA
Instrumentação Optoelectrónica 20
Radiometria
Potência transmitida
dΩ refere-se às dimensões do feixe transmitido
dA refere-se à área da superfície emissora
Potência recebida
dΩ refere-se às dimensões do feixe subtendido pelo receptor
dA refere-se à área da superfície emissora vista pelo receptor:
Φ watts dA
dΩ ≈
r
r2
∂Φ
dA dΩ E=
∂A
∂Φ r2 ⋅ ∂Φ I
I= = = r2 ⋅ E E= 2
∂Ω ∂A r
2
Superfícies “ásperas”
∂ Φ
L =
∂Ap ⋅ ∂Ω ∂I
L =
∂Φ ∂A ⋅ cos θ
I=
∂Ω
dΩ r = 2
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
r dΩr = 2π ⋅ ( sin θ) ⋅ d θ
dS = ( 2π ⋅ r ⋅ sin θ) ⋅ r ⋅ d θ
A potência radiada para um cone de abertura θ é:
θ θ
Φ = ∫ L ⋅ dA ⋅ cos θ ⋅( 2 π ⋅ sin θ) ⋅ d θ = L ⋅ dA ⋅ π ⋅ ∫ sin 2 θ ⋅ d θ
0 0
Instrumentação Optoelectrónica 25
Φ = L ⋅ dA ⋅ π ⋅ sin2 θ
Φh
M= = π ⋅L Esta é a exitância para qualquer superfície
dA Lambertiana
Instrumentação Optoelectrónica 26
Iluminação normal
dΦ = L ⋅ dA ⋅ dΩ Superfície especular
dAp = dA
dS imagem retirada de “A system engineering approach
dΩ r = 2
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
r dΩr = 2π ⋅ ( sin θ) ⋅ d θ
dS = 2π ⋅ r ⋅ ( sin θ) ⋅ r ⋅ d θ
A potência radiada para um cone de abertura θ é:
θ θ
Φ = ∫ L ⋅ dA ⋅ 2π ⋅ ( sin θ) ⋅ d θ = 2 ⋅ L ⋅ dA ⋅ π ⋅ ∫ sin θ ⋅ d θ
0 0
Instrumentação Optoelectrónica 27
Φ = 2π ⋅ L ⋅ dA ⋅ [ − cos θ] 0 = 2 π ⋅ L ⋅ dA ⋅ ( 1 − cos θ)
θ
Φh
M= = 2π ⋅ L
dA
Φ = ∫∫∫ L λ ⋅ cos ( θ) ⋅ dλ ⋅ dΩ ⋅ dA
Instrumentação Optoelectrónica 29
Φ = ∫∫∫ L λ ⋅ cos ( θ) ⋅ dλ ⋅ dΩ ⋅ dA
verifica-se que
θ
Ω = ∫ 2π ⋅ ( cos θ ) ⋅ ( sin θ ) ⋅ dθ = π ⋅ sin2 θ
S
S
Ω= 2 S = π ⋅ r 2 ⋅ sin2 θ
r
Instrumentação Optoelectrónica 30
Comparando com:
Φ = ∫∫∫ L λ ⋅ cos ( θ) ⋅ dλ ⋅ dΩ ⋅ dA
verifica-se que
S θ
Ω = ∫ 2π ⋅ ( sin θ ) ⋅ dθ = 2π ⋅ ( 1 − cos θ )
0
dA = r 2 ⋅ sin θ ⋅ dθ ⋅ dϕ
A
Ω= 2 2π θ
0 0
Instrumentação Optoelectrónica 31
S
Instrumentação Optoelectrónica 32
Teorema da radiância
Problema: Relacionar a radiância L’ à saída de um sistema óptico
com a radiância L à entrada desse mesmo sistema
Considera-se um objecto
Lambertiano de área dA
A potência radiante dΦ
que entra no sistema
óptico através do anel da
pupila de entrada
definido entre os cones
de abertura θ e θ +
dθ , é, como já vimos, imagem retirada de “A system engineering approach
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
dada por
dΦ = 2π ⋅ L ⋅ dA ⋅ ( sin θ ) ⋅ ( cos θ )
Instrumentação Optoelectrónica 33
Teorema da radiância
Se τ representar as perdas no sistema óptico, a potência radiante dΦ ’ que
emerge do sistema óptico através do anel da pupila de saída definido entre os
cones de abertura θ ’ e θ ’ + dθ ’, será
A lei de Abbe (óptica geométrica) estabelece que: n ⋅ z ⋅ sin α = n' ⋅ z' ⋅ sin α'
π ⋅ z2 = dA
Se considerarmos dA circular
π ⋅ z'2 = dA '
n2 ⋅ dA ⋅ sin2 θ = n'2 ⋅ dA ' ⋅ sin 2 θ'
Diferenciando em ordem a θ e θ ’ obtém-se
imagem retirada de “A system engineering approach
'2
n
( ) ( )
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
n2 2
n'
Logo: dΦ = τ ⋅ 2π ⋅ L ⋅ dA ' ⋅ sin θ' ⋅ cos θ'
'
( ) ( )
n
Instrumentação Optoelectrónica 34
Teorema da radiância
Se compararmos a expressão
2
n'
( ) (
dΦ = τ ⋅ 2π ⋅ L ⋅ dA ' ⋅ sin θ' ⋅ cos θ'
'
)
n
(
podemos escrever dΦ ' = 2π ⋅ L' ⋅ dA' ⋅ sin θ' ⋅ cos θ') ( )
n'2
em que L = τ ⋅ 2 ⋅ L
'
Irradiância na imagem
Problema: Determinar a irradiância no plano imagem para uma
cena com radiância L
Φ = π ⋅ L ⋅ dA ⋅ sin2 θ
Irradiância na imagem
Utilizando a Lei de Abbe vimos que n2 ⋅ dA ⋅ sin2 θ = n'2 ⋅ dA ' ⋅ sin 2 θ'
2
n'
Então Φ = τ'
⋅ π ⋅ L ⋅ n ⋅ dA '⋅ sin 2
θ 'max
2
Assim, a irradiância média no Φ' n'
plano imagem é E' = = τ ⋅ π ⋅ L ⋅ ⋅ sin2 θ 'max
dA ' n
Conclusões:
Para aumentar a irradiância no plano imagem é desejável a utilização de
valores elevados de θ ’max , ou seja aberturas grandes
Irradiância na imagem
Outro processo de aumentar a irradiância no plano imagem é aumentar n’:
utilização de meios de imersão (Infravermelho)
2
Φ' n' Não esquecer: aumentar o tamanho da
E' = = τ ⋅ π ⋅ L ⋅ ⋅ sin2 θ 'max
dA ' n abertura implica aumentar as aberrações já
que os raios marginais não podem ser
considerados como paraxiais.
Instrumentação Optoelectrónica 38
Irradiância na imagem
Φ' n'
2
Vamos reescrever a equação de forma a
E' = = τ ⋅ π ⋅ L ⋅ ⋅ sin2 θ 'max explicitar a dependência da Irradiância com a
dA ' n
ampliação lateral (m).
D
sin θ 'max =
2 ⋅ rs '
Se considerarmos a aproximação
paraxial podemos escrever rs ' ≈ s'
O que permite escrever
2
n' D2
E' = τ ⋅ π ⋅ L ⋅ ⋅
n 4 ⋅ s'
2
2
n' D2 ⋅ f 2
= τ ⋅ π ⋅L ⋅ ⋅
n 4 ⋅ s' ⋅ f
2 2 imagem retirada de “A system engineering approach
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
Irradiância na imagem
A equação dos focos conjugados diz-nos que (convenção empírica):
1 1 1
+ =
s s' f
s' 1 1 s'
Então = s'⋅ + = m + 1 pois m =
f s s' s
2
τ ⋅ π ⋅L n'
Logo E' = ⋅
4 ⋅ ( m + 1) ⋅ ( f /# )
2 2
n
2
τ ⋅ π ⋅L n'
Para objectos muito distantes (s = ∞) temos m = 0 e E ' = ⋅
4 ⋅ ( f /# )
2
n
Instrumentação Optoelectrónica 40
Φ = ∫ Ie ⋅ dΩ = Ie ⋅ Ω
O ângulo sólido subtendido pela lente é dado pelo quociente entre a
área da lente (π R2) e o quadrado da distância entre esta e a fonte
−1 π ⋅ (0.015 m) 2
Φ = 40 W ⋅ sr ⋅ sr = 1.13 x 10 −5 W
( 50 m )
2
Instrumentação Optoelectrónica 41
Estratégia:
1. Determinar radiância da cena
2. Determinar irradiância no detector
Ei e Er a irradiância reflectida
Ecena = ρ ⋅ Esol
Instrumentação Optoelectrónica 42
∂Φ
Ora M = = E para observação segundo θ = 0º
∂A p
E ρ ⋅ Esol
Logo L= =
π π
A potência que atinge o detector pode ser calculada
recorrendo à equação fundamental da radiometria
imagem retirada de “A system engineering approach
E
Φ = ∫∫∫ L λ ⋅ cos ( θ ) ⋅ dλ ⋅ dΩ ⋅ dA = ρ ⋅ solar ∫∫ cos ( θ) ⋅ dΩ ⋅ dA
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
Ar
e ∫ dΩ = Ω = z2
Esolar A
Assim Φ = ρ⋅ ⋅ ( cos θ ) ⋅ Ω r ⋅ z 2 ⋅ 2r
π z
ρ ⋅ Esolar ⋅ ( cos θ ) ⋅ Ωr ⋅ A r
=
π
Φ ρ ⋅ Esolar ⋅ ( cos θ ) ⋅ Ωr
E= =
Ar π
imagem retirada de “A system engineering approach
to imaging, Norman S. Kopeika, SPIE Press, 1998
Instrumentação Optoelectrónica 44
r d
tan α1 = s = α
f 2⋅ f 1
Para que ponto do eixo óptico a fonte parece encher por inteiro a lente?
rs d D
tan α1 = = =
f 2 ⋅ f 2 ⋅ zc α
1
f ⋅D zc
zc =
d
Instrumentação Optoelectrónica 46
α
1
zc
Quanto mais próximo
estiver da lente mais
pequena é a imagem da
fonte vista pelo observador.
α
A fonte parece menor que a 1
lente. zc
α
Então a potência que atinge a
1
pupila de entrada da lente será
Φ ( θ ) = π ⋅ L ⋅ dA ⋅ sin2 θ zc
Desprezando as perdas na lente, e recordando que n2 ⋅ dA ⋅ sin2 θ = n'2 ⋅ dA ' ⋅ sin 2 θ'
2
A potência que alcança o observador é dada por Φ ' = π ⋅ L ⋅ ⋅ dA '⋅ sin2 θ 'max
n'
n
Como vimos, para todos os pontos à esquerda de zc verifica-se θ 'max = α1
2
n'
Logo Φ ' = π ⋅ L ⋅ ⋅ dA '⋅ sin2 α1 e 2 2
n Φ' n' n' rs2
E= = π ⋅ L ⋅ ⋅ sin α1 = π ⋅ L ⋅ ⋅ 2 2
2
dA ' n n rs + f
Constante
Instrumentação Optoelectrónica 48
Radiometria e Fotometria
Utilizam-se unidades diferentes em radiometria e fotometria. Isto porque o
olho humano responde de forma distinta a comprimentos de onda diferentes.
Radiância Luminância Fluxo por unidade de ângulo sólido Le L = d2Φ /(dAp dΩ ) W m-2 sr-1
que é emitido ou transmitido por lm m-2 sr-1
unidade de área projectada Lv
≡ cd m-2
RESOLUÇÃO
Consulta-se a curva fotópica para obter a sensibilidade fotópica relativa
para os comprimentos de onda de emissão dos LEDS:
Fluxo luminoso do LED 650nm: (25 x 10-6 W)·(683 lmW-1 )·0.11 = 1.9 mlm
Fluxo luminoso do LED 550nm: (25 x 10-6 W)·(683 lmW-1 )·0.97 = 16.5 mlm
Logo para que o LED de GaAsP produza o mesmo efeito que o LED de
GaP o seu fluxo luminoso teria que ser 16.5/1.9 vezes superior.
λ2
E v = 683lm ⋅ W ⋅ ∫ E e ( λ ) ⋅ FT ( λ ) ⋅ dλ
−1
λ1
com FT(λ ) a curva de resposta fotópica
Instrumentação Optoelectrónica 54
3. Cálculo aproximado:
E v = 683lm ⋅ W ⋅ ∑ E e ( λ ) n ⋅ FT ( λ ) n ⋅ ∆λ
−1
n