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A REALIDADE

1.- Objetivo

Conhecer a Realidade é muito importante para quem é


chamado a evangelizar. Os nossos Bispos, conscientes disso, no-
lo expressam nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da
Igreja no Brasil (DGAE) n° 161.
Nelas nos dizem que “é importante aprofundar o
conhecimento da realidade e procurar dados seguros... Esse
conhecimento que hoje falta, é indispensável para avaliar com
seriedade os resultados dos programas e ações realizados”. Trata-
se duma leitura histórica teológico-pastoral da realidade.
2.- Justificativa teológico-pastoral
Na Palavra de Deus encontramos motivos suficientes para
compreender a importância de conhecer a realidade, pois
toda ela tem uma dimensão sacramental (= sinal da presença
de Deus). Eis aqui alguns textos:
O céu manifesta a glória de Deus,e o firmamento proclama a obra das suas
mãos. O dia passa a mensagem a outro dia, a noite sussurra-a à outra noite.
Sem fala e sem palavras, sem que a sua voz seja ouvida, a toda a Terra chega o
seu eco, aos confins do mundo a sua linguagem. (Salmo 18, 2-5)
“Jesus dizia também às multidões: ‘Quando vedes uma nuvem vinda do
Ocidente, logo dizeis que vem chuva; e assim acontece. Quando sentis soprar o
vento do Sul, dizeis que vai fazer calor; e assim acontece. Hipócritas! Sabeis
interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o
tempo presente?” (Lc 12, 54-56).
Jesus, porém, respondeu: “Ao pôr do sol dizeis: ‘Vai fazer bom tempo, porque
o céu está vermelho’. E de manhã: ‘Hoje vai chover, porque o céu está
vermelho-escuro’. Olhando o céu, sabeis prever o tempo, mas não sois capazes
de interpretar os sinais dos tempos”. (Mt 16, 2-3)
Também na palavra da Igreja, nos números l, 4, 11 e 44 da
Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” do Concílio
Vaticano II se diz, entre outras coisas:

a) que os cristãos não podem permanecer à margem da realidade e


especialmente da situação dos que sofrem (precisamos uma leitura sócio-
analítica da realidade);
“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de
hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias
e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se
encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração.
Com efeito, a sua comunidade se constitui de homens que, reunidos em
Cristo, são dirigidos pelo Espírito Santo, na sua peregrinação para o Reino
do Pai. Eles aceitaram a mensagem da salvação que deve ser proposta a
todos. Portanto, a comunidade cristã se sente verdadeiramente solidária com
o gênero humano e com sua história.” (GS 1).
b) que o povo de Deus tem que discernir nos acontecimentos, que
configuram a atualidade, os sinais da presença ativa e operante do Deus
em quem acreditamos (precisamos de uma leitura histórico-teológica);
“Para desenvolver tal missão, a Igreja, a todo o momento, tem o dever de
perscrutar os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho, de tal
modo que possa responder, de maneira adaptada a cada geração, às
interrogações eternas sobre o significado da vida presente e futura e de suas
relações mútuas, é necessário, por conseguinte, conhecer e entender o mundo
no qual vivemos, suas esperanças, suas aspirações e sua índole
freqüentemente dramática..” (GS 4).
c) que a comunidade cristã terá que incorporar ambas as leituras para
cumprir a missão que lhe é própria de forma acreditável e significativa (é
necessária uma leitura histórico-pastoral).
“O Povo de Deus esforça-se por discernir nos acontecimentos, nas exigências e
nas aspirações de nossos tempos, em que participa com os outros homens, quais
sejam os sinais verdadeiros da presença ou dos desígnios de Deus. A fé com
efeito, esclarece todas as coisas com luz nova. Manifesta o plano divino sobre a
vocação integral do homem. E por isso orienta a mente para soluções plenamente
humanas.
O Concílio tem a intenção antes de tudo de distinguir sob esta luz aqueles
valores que hoje são de máxima estimação, relacionando-os à sua fonte divina.
Estes valores, enquanto derivam da inteligência do homem que lhe foi conferida
por Deus, são muito bons. Mas por causa da corrupção do coração humano eles
se afastam não raro da sua ordem devida e por isso precisam de purificação.”
(GS 11).
“É tarefa de todo Povo de Deus, principalmente aos pastores e teólogos, com o
auxílio do Espírito Santo, auscultar, discernir e interpretar as várias linguagens
do nosso tempo, e julgá-las à luz da palavra divina, para que a verdade revelada
possa ser percebida sempre mais profundamente, melhor entendida e proposta de
modo mais adequado” (GS 44).
A REALIDADE

Dicionário Aurélio:

1. Qualidade de real.
2. Aquilo que existe efetivamente; real.

Dicionário Larousse:

1. Aquilo do que se pode manifestar, enunciar ou


dizer alguma coisa.
2. O que sucede verdadeiramente, o efetivo, o que
tem valor prático, o evidente
A REALIDADE
O que é?
COMO COMO
APARÊNCIA ESSÊNCIA
Realidade é tudo o que nos rodeia: Realidade é tudo o que
objetos, seres animados e verdadeiramente acontece, o que
inanimados, situações, fatos popularmente denominamos o
históricos, fenômenos naturais e “quid da questão”.
sociais... Isto é, todo o cosmos. Mas
o que nos interessa é a realidade
social na sua forma de fenômenos,
fatos e situações.

Além do que aparece é necessário conhecer as conseqüências e as causas.

Isto é, distinguir entre APARÊNCIA e ESSÊNCIA.


A REALIDADE
O que é?
Realidade social é o conjunto de fenômenos, fatos e
situações que se dão como conseqüência da interação
humana.

Esta realidade tem:

 Uma aparência externa: da que podemos extrair


informações;
 Uma essência: a que podemos chegar mediante um
processo ordenado e reflexivo.
A CONSCIÊNCIA
De que maneira você vê o mundo que o cerca?...
A história da Humanidade?
Como você se sente e se relaciona dentro deste mundo?
Qual o sentido de sua vida? Você existe para quê?
Todas estas perguntas são respondidas a partir da nossa própria
consciência a respeito de tudo que nos cerca.
O importante para um cristão, para um catequista é que ele possua
uma consciência do tipo crítica. Vale salientar que a palavra
crítica não significa “ser do contra”. Significa, antes de tudo, fazer
um juízo de valores, saber distinguir o que é realmente
necessário ou supérfluo em nossas vidas, com o objetivo de
melhor se comprometer com os outros.
UMA MANEIRA DIFERENTE DE SER CIDADÃO
TIPOS DE CONSCIÊNCIA
Consciência ingênua
São estas as características daqueles que têm uma consciência de
tipo ingênua:

 Acredita que o mundo já está pronto


 Sua palavra é reflexo do que já foi dito
 Seu pensamento também é reflexo
 Acomodado e incapaz de assumir e analisar os fatos
 É apático, indiferente
TIPOS DE CONSCIÊNCIA
Consciência mágica
Conhecida, também, como consciência ingênua-mítica, assume as
seguintes características, naqueles que a adotam:

 Atribui ao poder divino as causas dos acontecimentos


 Também não considera o processo histórico
 Admite o fatalismo e a lei do acaso
TIPOS DE CONSCIÊNCIA
Consciência crítica
Estas são as características daqueles que assumem uma postura
crítica em face ao mundo que o cerca:

 Percebe que o mundo não está pronto


 Descobre as contradições
 Denuncia as contradições
 Analisa as causas e conseqüências
 E responsável por si mesmo e pelos outros
ANALISAR A REALIDADE
O que é?
O analise da realidade é o PROCESSO ordenado e reflexivo que nos
leva a aproximarmos da ESSÊNCIA da realidade.

Este processo deve ser realizado de uma maneira lógica e científica.

Elementos ou rasgos de análise que devemos procurar:

 Descritivos  Ecológicos
 Estruturais  Conflitivos
 Funcionais  Histórico-evolutivos
 Estatísticos  Culturais
ANALISAR A REALIDADE
Por que?
Analisamos a realidade para conhecê-la e estar em condições de
poder dominá-la.
Compreender as circunstâncias da realidade não significa somente
possuir informações e ter a potencialidade de utilizá-las, exige outras
implicações importantes:
 Compreender a natureza dos fenômenos sociais
 Superar o subjetivismo das nossas colocações
 Planejar e programar respondendo às necessidades
 Transformar a realidade

Conhecer e amar para transformar


ANALISAR A REALIDADE
Como?
Através de uma METODOLOGIA CIENTÍFICA que consiste em
aplicar o método e as técnicas científicas a situações e problemas
concretos para obter respostas dos mesmos.

O MÉTODO
Definição: um conjunto de princípios teóricos e critérios concretos de
atuação que mostram o caminho que a analise deve seguir para atingir
seus objetivos.
Características:
 Os passos a seguir;
 A base racional: visão antropológica, fundamento filosófico e utopia.
O MÉTODO
Primeira Fase
Ponto de Partida - os membros do grupo elaboram uma lista de
problemas para análise ou clarificação.

 Ver se há relação ou ligação entre as injustiças em


questão.
 Decidir quais são as mais graves e fazer uma lista delas.
 Ver se existe um termo comum que possa designá-las a
todas.
 Escolher um problema específico que o grupo vai
examinar com este método. Importa lembrar que é quase
impossível analisar dois problemas ao mesmo tempo.
Segunda Fase

Análise Estrutural

 Descrever o problema em pormenor;


 Saber quando o problema começou;
 Saber porque começou;
 Saber quando tomamos consciência de que o
problema era grave;
 Que é que o trouxe à nossa atenção
As Estruturas em Geral:

 Começar com um debate sobre as estruturas ou


as organizações da sociedade;
 Examinar o problema identificado na sua
relação com as estruturas da sociedade:
econômicas, políticas, de classe, culturais,
religiosas.
As Estruturas Econômicas:

 Quem é o causador do problema?


 Há multinacionais ou companhias locais que
gostariam de ver o problema continuar, ou até
gostariam que piorasse precisamente porque estão
a fazer dinheiro com ele?
 Há nesta sociedade indivíduos ou grupos que
ajudam a manter ou a apoiar este problema por
estarem a tirar dele vantagens económicas?
As Estruturas Políticas:

 Quem está a conquistar poder em consequência


deste problema?
 Há políticos ou partidos políticos que estão a
usar este problema para ganhar ou manter o poder?
 Quais as pessoas no poder (ou com autoridade)
que permitiram o aparecimento deste problema?
 Há líderes na comunidade local que querem a
continuação deste problema para que possam
conquistar o poder?
As Estruturas de Classe:

 Este problema ajuda a criar, manter ou sustentar


divisões sociais no grupo?
Existem pessoas que estão a ganhar importância
ou "posição" social por causa deste problema?
Quem são?
Há pessoas ou grupos que estão a perder
importância ou "posição" social por causa deste
problema? Quem são eles?
As Estruturas Culturais:

 A nossa cultura e as nossas tradições ajudam a


criar, manter e apoiar este problema?
 Que valores culturais e que tradições ajudam a
tornar este problema mais grave?
 Analise-se o problema na relação que possa ter
com as atitudes ou estruturas mentais.
As Estruturas Religiosas:

 Quais são as estruturas religiosas ou as


organizações eclesiásticas que poderão estar
envolvidas neste problema?
 Como é que estas estruturas religiosas ou
organizações eclesiásticas ajudam a criar, apoiar
ou manter este problema?
 Há alguma organização eclesiástica ou religiosa
que tem a ganhar com este problema?
 Servem-se do problema para manter a sua
importância ou aumentar o número dos seus
sequazes?
As Estruturas Mentais ou Atitudes:
 Que atitudes temos nós que possam ajudar a
criar, manter ou sustentar este problema?
 Somos capazes de reconhecer ou nomear
algumas atitudes, pessoais ou comunitárias, que
ajudam este problema a agravar-se?

No final da Segunda Fase, seria útil investir alguns momentos


na resposta às perguntas seguintes:
 Em consequência destas considerações e debates,
estamos realmente a conseguir uma melhor
compreensão das causas deste problema?
 Quais foram as percepções e ideias novas mais
importantes que vieram à tona ou vieram à luz em
virtude desta análise?
Terceira Fase
Reflexão cristã sobre o problema, à luz das Escrituras Sagradas e
da Doutrina da Igreja.
Para descobrir se a Bíblia e a Doutrina da Igreja nos podem
ajudar a iluminar o problema…

 Que diz a Bíblia sobre este problema?


 É possível identificar algumas declarações da
Igreja, feitas por um Papa, um Concílio ou um
grupo de Bispos, que se possam aplicar a este
problema?
Quarta Fase
Plano da Actuação:
Planificar a ação, pensando em termos globais mas agindo no
âmbito local:
 Qual é a solução para este problema?
 Como grupo e como indivíduos, que podemos fazer para resolver este
problema?
 Que recursos temos para nos ajudar a cumprir este plano de actuação? É
possível arranjar mais recursos que nos possam ajudar?
 Existe algum aspecto deste problema que possamos resolver já?
 Qual deve ser o primeiro passo a dar nessa direcção?
 Partilha das responsabilidades entre os membros do grupo;
 Marcação dum limite de tempo para cada fase do plano e para a implementação
do plano como um todo;
 Reflexão sobre os recursos financeiros e outros, seguida de cuidadoso cálculo.
Quarta Fase
Avaliação:
Planificar a ação, pensando em termos globais mas agindo no
âmbito local:
 Qual era o nosso projecto inicial?
Até que ponto chegámos nós?
Que nos ajudou a avançar com ele?
Quais foram os obstáculos?
Que temos de fazer agora? Vamos mudar de objectivos? Vamos
mudar de método? Vamos renovar os nossos recursos?
Nota:
 As avaliações devem ser feitas nas várias fases de implementação do
Plano;
 É preciso inserir celebrações (inclusive litúrgicas) em todo o
processo de análise social.
AS PEÇAS DA SOCIEDADE

PODER

CAPITAL
T
R
A
B
BURGUESIA A
L
H SOCIEDADE
O
ORGANIZADA

MCS
MASSA EXCLUIDOS
DESORGANIZADA
A ESTRUTURA DA SOCIEDADE
 Quais idéias?
IDEOLOGIA  Quais valores?

CAPITALISMO
 Quais decisões
POLÍTICA  Por quem são tomadas
SOLIDARISMO

SOCIALISMO
SISTEMAS
TOTALITARISMO
 Quais recursos?
ECONOMIA  Como se produzem?
 Como se distribuem? COMUNISMO

FASCISMO

RELAÇÕES  Que entidades?


 Tipos de
SOCIAIS relacionamentos?
AS IDEOLOGIAS
VISÕES “PEÇA DA
DO SER INDIVIDUO PESSOA MÁQUINA”
HUMANO

Solidarismo Coletivismo
IDEOLOGIA I Liberalismo
Comunitarismo Totalitarismo
Filosofia, Valores Psicologismo
Personalismo Sociologismo

IDEOLOGIA II Fascismo, Nazismo


Movimentos Capitalismo liberal “Comunidade” Segurança Nacional
históricos
Integrismo
RELAÇÕES Individualismo Solidariedade Massificação
PESSOAIS E
SOCIAIS Egocentrismo Cooperação Anonimato

Comportamentos Competição Comunhão, Amor Burocracia


AS CLASSES SOCIAIS

CATEGORIAS POPULAÇÃO PODER VOTO RIQUEZA

   
a “elite” 8% da 90 % dos
sociedade Políticos

     
os 2% da 50
“batalhadores” sociedade
milhões
     
os “remediados” 14% da
sociedade

     
dos 13% da
sociedade
“decadentes”
120
milhões      
62% da
dos “excluídos” sociedade
A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA
 Sindicatos Trabalhadores Rurais: Só 20% dos
trabalhadores
 Colônias de Pescadores:
 Cooperativas:
 Movimentos Populares: MST,
 Movimentos Específicos: MNMMR, NEGROS,
 CEBs: Atingem 10%
 Movimentos Revindicatórios:
 Câmaras de Comercio: CDL
 Escola:
 Instituições Civis: CONFERENCIAS, FORUNS,
SEMINÁRIOS, CONSELHOS
 Organizações não-governamentais: ASSOCIAÇÕES
MECANISMOS DE ARTICULAÇÃO
DA SOCIEDADE CIVIL
Os CONSELHOS: são uma forma de exercer a Democracia Participativa;

Os FORUM: são uma forma de articulação que vem de baixo para acima;
Fórum = junção dos vários organismos da sociedade civil.

As PARCERIAS: Estas podem ser PROPOSITIVAS OU


DEPENDENTES (Cooptadoras).

Propositiva é quando se colocam de igual a igual os parceiros


fazendo cada um sua proposta.

Dependente se uma pede ajuda da outra. Esta tem o perigo de


perder a identidade do mais fraco e ser cooptado para interesses
individuais ou de grupo (=corporativismo).
Quando se dá uma Parceria?
 Ela se dá entre duas forças antagônicas (= interesses diferentes)
 Antigamente se chamava ENFRENTAMENTO. Isto não deu certo. Por isso hoje se
começa a falar de PARCERIA PROPOSITIVA que requer a negociação entre propostas
diferentes para procurar a melhor.

N
PROP E A
O STA OP O ST
G PR
O
C
I
A
Ç PROP
P OSTA Ã O S TA
PRO
O

Na Negociação se deve chegar a um ACORDO por CONSENSO mais que por VOTO.
Se deve ter paciência e tempo para chegar ao Acordo.
AS RELAÇÕES SOCIAS

DOMINAÇÃO: relações sujeito x objeto

CONFLITO: relações de crise, de passagem para o diálogo


ou para continuar a dominação

DIÁLOGO: relações sujeito x sujeito


A DEMOCRACIA
= povo
DEMOCRACIA Governo do povo
= governo

Segundo Abraão Lincoln:


“o governo do povo, pelo povo e para o povo”

Segundo os Bispos do Brasil:


“A democracia consiste na simultânea realização e
valorização da liberdade da pessoa humana e da
participação de todos nas decisões econômicas, políticas,
sociais e culturais que dizem respeito a toda a sociedade”.
(CNBB, “Exigências èticas da ordem democràtica” nº 66)
TIPOLOGIA DA DEMOCRACIA
Democracia Direta é aquela em que o povo se governa a si mesmo
reunindo-se em assembléias quantas vezes for necessárias.

Democracia Representativa é aquela na que os cidadãos escolhem


seus representantes para governar em seu nome.

Democracia Participativa é a democracia representativa


complementada com elementos da democracia direta:

 Convocatória de referendum e plebiscitos


para decidir questãos importantes;

 Associações intermédias que pressionem e


controlem aos governantes;
 Exercício do direito à “iniciativa popular”
para levar projetos de lei ao parlamento, etc...
PRINCÍPIOS DA DEMOCRACIA
ESTADO DE DIREITO: É a lei quem manda; todos sometidos as leis
 Constituição
 Leis Complementares
 Leis Ordinárias
 Decretos, etc...
DIVISÃO DE PODERES: três poderes
 Legislativo: elabora as leis
 Executivo: executa as leis
 Judiciário: julga os conflitos na aplicação das
leis
PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS: participação na política,
na economia e na sociedade
 Voto
 Conselhos
 Foruns
 Tribuna popular
 Associaciões
 Sindicatos
 Partidos Políticos, etc...
O POVO DA DEMOCRACIA
 Passivo Espera que o Governo faça algum favor,

Cidadania construída
de acima para baixo
traga algum projeto que venha melhorar a
vida da comunidade...
MASSA
Fica esperando e sempre queixando-se...
 Deixa-se levar
Conforma-se com pouca coisa

Conhece as suas necessidades, procura


soluções, as converte em programas com
 Iniciativa projetos e atividades e as apresenta aos

Cidadania construída
de baixo para acima
seus governantes e exige deles a sua
realização.
POVO
Acompanha a execução dos projetos e,
 Responsabilidade fiscaliza, etc...
Participam da sua execução....
RESPONSABILIDADE DO
BEM COMUM
NECESSIDADES AGENTES FINALIDADE
RESPONSÁVEIS

PESSOAIS PESSOA BEM


FÍSICA PESSOAL

GRUPO PESSOA BEM DO


JURÍDICA GRUPO

BEM
SOCIEDADE ESTADO COMUM
A DINÂMICA DA SOCIEDADE POLÍTICA

SOCIEDADE CIVIL SOCIEDADE POLÍTICA

marreteiros PARTIDOS POLÍTICOS P ESTADO


R
pescadores camelôs
O
açougueiros PP C
professores PL E
batalhadores PTB PRONA
médicos S
lavradores PSL PFL S * EXECUTIVO
enfermeiros/as pedreiros PMDB O
PPR
taxistas empresários PPS PSDB *LEGISLATIVO
domésticas E
moradores PDT PSC PRN L
funcionários PT * JUDICIÁRIO
transportistas PSB PV E
bancários PC do B I
agentes de saúde PCB T
artistas PSTU
carpinteiros aposentados etc... O
R
lojistas A
advogados
feirantes L
madereiros
padeiros/as
BEM
COMUM
A FUNÇÃO DO ESTADO
 Individuais ou
Função Civis
dos Poderes Públicos:  Políticos

 Defender
DIREITOS  Sociais

 Harmonizar e Tutelar (não favores,


nem interesses pessoais  Econômicos
nem de grupo)
 Promover : criar as condições  Culturais

 Ambientais

• A maioria dos Direitos Civis e Políticos não têm custos econômicos;


• A promoção dos outros direitos têm o seu custo ou ônus econômico.
• Por isso o Poder Público precisa de meios econômicos para promovê-los.

De onde vem o Dinheiro para o Poder Público administrar


e assim promover os Direitos dos Cidadãos?
O TESOURO PÚBLICO
RECEITAS CORRENTES
 IR: Imposto de Renda
Receita Tributária  IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados
Impostos.  ITR: Imposto Territorial Rural
Taxas.  ICMS: Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços
Contribuições de Melhoria.  IPVA: Imposto sobre veículos automotores
 IPTU: Imposto predial territorial urbano
Receita Patrimonial  ITBI: Imposto sobre transmissão de bens inter vivos
Receitas Imobiliárias.  ISSQN: Imposto sobre serviços de quaisquer natureza
Receitas de Valores Mobiliários.  IVVCLG: Imposto sobre venda a varejo combustíveis líquidos e gasosos
Participações e Dividendos.
Outras Receitas Patrimoniais.

Receita Industrial
Receita de Serviços Industriais.
Outras Receitas Industriais.

Transferências Correntes

Receitas Diversas
Multas.
IMPOSTOS TESOURO
Cobrança da Divida Ativa. TAXAS
Outras Receitas Diversas. CONTRIBUIÇÕES PÚBLICO
RECEITAS DE CAPITAL

Operações de Crédito.
R$
Alienação de Bens Móveis e Imóveis.

Amortização de Empréstimos Concedidos.

Transferências de Capital.
Como se administra o
Outras Receitas de Capital.
Dinheiro Público?
O ORÇAMENTO PÚBLICO
O Orçamento é o mais importante instrumento da administração pública.
Todo ano, o município é obrigado a elaborar seu programa de trabalho, definindo
previamente as receitas que espera arrecadar e estabelecendo todas as suas
despesas (Executivo e Legislativo) e dos órgãos que a compõem.
Depois de discutido e elaborado com a Comunidade, o Projeto de Lei do
Orçamento é enviado a Câmara Municipal para a sua aprovação.
Ao longo do ano, a prefeitura deve executar as propostas definidas nesta lei. Estas
propostas constituem, ao mesmo tempo,

 LEI

 PROGRAMA DE TRABALHO

 PREVISÃO
É LEI
Por se tratar de uma lei, o Orçamento tem termos técnicos e termos jurídicos e é
obrigatoriamente elaborado segundo certas normas:

Constituição Constituição Lei Orgânica do


Federal Estadual Município

Lei
Lei nº 4.320/64, Legislação
Complementar Outras
de 17 de Março própria do
n° 101, de 04 de Leis
de 1964 Município
Maio de 2000

LDO – Lei de LOA – Lei


PPA – Plano Orçamentária ou
Plurianual Diretrizes
Orçamentárias Orçamento
Anual
É PROGRAMA DE TRABALHO
Por indicar as obras e serviços que se pretendem realizar, a Lei Orçamentária, também é
chamada Orçamento Programa; é o principal instrumento de planejamento administrativo,
financeiro e social da Prefeitura e do município.
 Ao se elaborar o Orçamento Municipal, as obras e serviços a serem realizados são Programas
em forma de Projetos e Atividades para os diversos órgãos da administração.
No orçamento, os Projetos e as Atividades são títulos das ações que cada órgão vai
desenvolver.

 PROGRAMA DE TRABALHO: Exposição, plano ou projeto onde contenha


detalhadamente as intenções de uma administração para realizar uma obra ou serviço.

PROJETO: É um instrumento de programação para alcançar objetivos de um programa.


Compreende um conjunto de operações limitadas no tempo. Daí resulta um produto final
que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental.

ATIVIDADE: Também é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de


um programa. Compreende o conjunto de operações realizadas de modo continuo e
permanente. Essas operações são necessárias à manutenção da ação governamental.

No Orçamento, também, está dimensionada, para o período de um ano, a destinação de


recursos financeiros, materiais e humanos para sua execução.
ESQUEMA DO PPA
Função: Saúde
    Sub-função: Atenção Básica

 
PROGRAMA: Saúde Família PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA:
   R$

OBJETIVOS: Melhorar a saúde das JUSTIFICATIVAS:


  famílias   Saúde é um direito
AÇÃO: Responsável: Secretaria Municipal de Saúde
Implantar Equipes PSF Unidade de Medida: Equipe
  Metas Físicas

Produto: Localização: 2006 2007 2008 2009


  Equipe PSF Comunidade
    X      
  Equipe PSF  
Comunidade     X    
  Equipe PSF  
Comunidade     X    
  Equipe PSF Comunidade
        X  
  Equipe PSF Comunidade
          X
É PREVISÃO
O Orçamento é elaborado pelos órgãos da prefeitura e consolidado pelo Poder Executivo. Ele precisa ser
equilibrado. Ou seja, não pode fixar despesas em valores superiores às receitas previstas. Essa limitação obriga o governo
a definir prioridades na aplicação dos recursos estimados. As metas para a elaboração da proposta orçamentária são
definidas pelo Plano Plurianual (PPA) e priorizadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O Orçamento começa a ser elaborado entre maio e julho, apresentado a Câmara em Outubro, aprovado e sancionado
antes do 31 de Dezembro e entra em vigor em 1° de Janeiro do próximo ano e vale para 12 meses. Os valores
apresentados, tanto para despesas quanto para receita, constituem uma previsão do que se espera que aconteça.
As receitas são estimadas pelo Prefeito. Por isso mesmo, elas podem ser maiores ou menores do que foram
inicialmente previstas. Se a economia crescer durante o ano, mais do que se esperava, a arrecadação com os impostos
tende a aumentar. O movimento inverso também pode ocorrer.
Com base na receita prevista, são fixadas as despesas dos poderes Executivo e Legislativo. Depois que o Orçamento
é aprovado pela Câmara, o Prefeito passa a gastar o que foi autorizado. Se a receita do ano for superior à previsão
inicial, o Prefeito encaminha à Câmara um projeto de lei solicitando autorização para incorporar e executar o excesso
de arrecadação. Nesse projeto, definem-se as novas despesas que serão custeadas pelos novos recursos. Se, ao
contrário, a receita cair, o Prefeito fica impossibilitado de executar o orçamento na sua totalidade, o que exigirá
corte nas despesas programadas, é o chamado Contingenciamento.
 O caráter de previsão do orçamento implica que os recursos nele registrados não significam, necessariamente, recursos
assegurados. Isto porque a entrada de dinheiro nos cofres públicos se dá de maneira descontinua, tanto em relação ao
tempo (o recebimento de alguns tributos são quinzenais, outros mensais e até anuais), quanto a relação aos valores (os
valores dos tributos são diferenciados).
Assim, a Lei Orçamentária é na verdade uma lei autorizativa. Os valores ali dispostos funcionam como um limite
para a administração fazer os gastos e não realmente o quanto pode a Prefeitura gastar durante o ano.

Nesse sentido, o Orçamento é uma previsão, o que faz aumentar a importância da


participação popular na definição e fixação das metas e prioridades a cumprir.

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