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O Acolhimento como uma Diretriz

da Política Nacional de
Humanização da Atenção e
Gestão do SUS.
Claudia Abbês

Agosto de 2006 Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde


PROBLEMA
Transpor os princípios aprovados para o
setor de saúde nos textos constitucionais
para os modos de operar o trabalho da
atenção e gestão em saúde.
Saúde é um direito
Universalidade Integralidade
do de todos e dever
das
acesso do Estado
ações
Equidade
Qualidade
Responsabilidade

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ACOLHIMENTO

• Coletivo como plano de produção da vida.

• O Cotidiano como plano ao mesmo tempo de


reprodução e de experimentação/ invenção.

• Indissociabilidade entre o modo como nos


produzimos sujeitos e os modos de se estar
nos verbos da vida.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


A qual idéia de acolhimento nos
referimos?
1. Diretriz constitutiva dos modos de se
produzir saúde
• Tecnologia do encontro

2. Ferramenta tecnológica de intervenção


• Qualificação da escuta, vínculo e
acesso responsável.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


1. Tecnologia do encontro que implica mudança nos processos
de trabalho

• Um regime de afectabilidade (propiciador de alterações)


construído a cada encontro e através dos encontros nos
processos de produção de saúde.

• Construção de redes de conversações (autonomia e


compartilhamento) onde a experimentação advinda da
complexidade dos encontros possibilita que “eu me reinvente
inventando-me com o outro”.

• Qualificação e humanização da assistência – inseparabilidade


entre modos de atender e de gerir os serviços
.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


2. Ferramenta tecnológica

• Reconhecimento da necessidade em qualquer serviço


de saúde de se lidar com a demanda não agendada ou
espontânea de forma qualificada e com critérios de
acesso implicados com o sofrimento das pessoas que
procuram o serviço.
critérios inaceitáveis

Ordem de chegada atendimento exclusivamente dia


mensal

agendado
agendamento

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


Acolhimento
• Modo de operar os processos de trabalho em
saúde de forma a atender a todos que procuram
os serviços.

Dar as respostas
Acolher Escutar
mais adequadas
Ouvir pedidos Analisar
aos usuários e
Demanda
sua rede social.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


Acolhimento não é triagem
• Implica prestar um atendimento com
resolutividade e responsabilização,
orientando, quando for o caso, o paciente
e a família em relação a outros serviços
de saúde para continuidade da assistência
estabelecendo articulações com estes
serviços para garantir a eficácia desses
encaminhamentos.
• Rompimento com a lógica da exclusão

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


Perguntas Frequentes

Quem
acolhe? Em qual
lugar?

Qual o
horário?

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia


Postura Acolhedora
• Não pressupõe hora, local ou profissional
específico para atendê-lo.
• Abertura à diversidade cultural, racial e étnica.
• Identificação de riscos e vulnerabilidades
conjugando necessidades dos usuários
cardápio de ofertas do serviço
encaminhamento responsável
e resolutivo

Agosto de 2006 Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde


O acolhimento como diretriz operacional requer uma nova
atitude de mudança no fazer em saúde e implica:

• Problematização do processo de trabalho


em saúde com foco nas relações
• Percepção do usuário como sujeito e
participante ativo na produção de saúde.
• mudança na relação profissional/usuário,
profisional/profissional, através de
parâmetros éticos, técnicos, de
solidariedade e defesa da vida

Julho de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


• uma postura de escuta e compromisso
em dar respostas às necessidades de
saúde trazidas pelo usuário que inclua
sua cultura, saberes e capacidade de
avaliar riscos.
• Construção coletiva de propostas com a
equipe local e com a rede de serviços e
gerências centrais e distritais.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


ACOLHIMENTO
• DISPOSITIVO TECNO-ASSISTENCIAL DISPARADOR
DE REFLEXÕES E MUDANÇAS NOS MODOS DE
OPERAR A ATENÇÃO E GESTÃO EM SAÚDE.

Interroga

as relações clínicas no trabalho em


saúde
os modelos de atenção e gestão
as relações de acessibilidade.

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Possibilita Analisar
• a adequação da área física e a compatibilização entre a
oferta e demanda por ações de saúde;
• as formas de organização dos serviços de saúde
• a governabilidade das equipes locais
• a humanização das relações em serviço
• os modelos de gestão vigentes na unidade de saúde
• o ato da escuta e a produção de vínculo como ação
terapêutica.
• o uso ou não de saberes e afetos para melhoria da
qualidade das ações de saúde e o quanto estes saberes
e afetos estão a favor da vida.

Agosto de 2006 Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde


Alguns jeitos de fazer

• Montagem de grupos multiprofissionais para


mapeamento do fluxo do usuário na unidade.
• Levantamento e análise diagnóstica, pelos próprios
profissionais de saúde, dos modos de organização
do serviço e principais problemas enfrentados .
• Construção de rodas de conversas visando
coletivização da análise e produção de estratégias
conjuntas para enfrentamento dos problemas.
• Levantamento da rede de saúde e serviços no
entorno para pactuação de encaminhamentos

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia


• Oficinas de discussão e construção de ações
com acento no trabalho grupal
multiprofissional com a participação de equipe
local e/ou consultorias externas.
• Elaboração de Protocolos: Sob a ótica da
intervenção multiprofissional na qualificação
da assistência, legitimando: inserção do
conjunto de profissionais ligados a assistência,
a humanização do atendimento, identificação
de risco por todos os profissionais, definição
de prioridades e padronização de
medicamentos.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


• Criação de Banco de Dados sobre recursos
médicos e não médicos, disponíveis através
SUS ou outros, critérios de atendimento,
horários, etc.; (Rede)
• Treinamento específico dos profissionais
através da
• realização de oficinas;
• exposições dialogadas;
• visitas a serviços.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia


• Todos os profissionais de saúde fazem acolhimento.
Entretanto, as portas de entrada dos serviços de
saúde (Pronto-Socorro, Ambulatório de
Especialidades, Centro de Saúde) podem demandar a
necessidade de um grupo preparado para promover o
primeiro contato com o usuário.
• tecnologias relacionais,
• produção de grupalidades,
• elaboração e manejo de banco de dados e
informações sobre a demanda, o serviço e a rede de
saúde, de apoio e proteção social.

Agosto de 2006 Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde


Alguns dispositivos / tecnologias
• Avaliação e Classificação de risco.

Análise e ordenação- duas tecnologias com


objetivos diferentes mas complementares.
Dada a singularidade dos serviços podem
coexistir ou funcionarem separadamente no
contexto físico mas jamais díspares no processo
de trabalho.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


A sistemática do acolhimento pressupõe:

• a determinação de agilidade no atendimento a partir da


análise, sob a óptica de protocolos acordados de forma
participativa nos serviços de saúde,

• avaliação de necessidade do usuário em função de seu


risco/vulnerabilidade, proporcionando a priorização da
atenção e não o atendimento por ordem de chegada.

• Desta maneira exerce-se uma análise (avaliação) e uma


ordenação da necessidade, distanciando-se do conceito
tradicional de triagem e suas práticas de exclusão, já
que todos serão atendidos.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia


Alguns dispositivos / tecnologias
• Fluxograma Analisador: “Diagrama em que se
desenha um certo modo de organizar os
processos de trabalho que se vinculam entre si
em torno de uma certa cadeia de
produção.”Merhy, E.

Foto das entradas no processo, etapas percorridas,


saídas e resultados alcançados → análise do caso.
Funciona como ferramenta para reflexão da equipe
sobre como é o trabalho no dia a dia dos serviços.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia Abbês


Alguns dispositivos / tecnologias
• Oficinas -instalação de rodas de debate que
produzam o encontro das idéias, a construção
de consensos e a responsabilização dos
participantes pela elaboração conjunta.
• Articulação e/ou incentivo à construção de um
GTH.
• Grupos Focais com usuários e rede social nas
unidades de saúde.

Agosto de 2006 SAS/Ministério da Saúde Consultora: Claudia


Convite ético-político

O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que
já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que
formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não
sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o
inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-
lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem
contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do
inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço. ( CALVINO,
Ítalo. Cidades Invisíveis. Tradução Diogo Mainardi. São Paulo:
Companhia das Letras, 2001. p. 150)

Agosto de 2006 Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde


Fontes:
CAMPOS, CR.; MALTA. D. REIS. A. Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte:
reescrevendo o público. SP: Ed Xamã, 1998;
CAMPOS, G.W.S. Saúde Paidéia. SP: Ed HUCITEC, 2003;
FRANCO, T. B.; BUENO,W.S.; MERHY, E.E. O acolhimento e os processo de trabalho
em saúde: o caso Betim- MG. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, vol. 15, nº 2,
abr-jun, 1999.
FRANCO, T.; PANIZZI. M.; FOSCHIREA. M. O Acolher Chapecó e a mudança do
processo de trabalho na rede básica de saúde. In: Revista Saúde em Debate. Rio de
Janeiro, nº 30;
MERHY,E.E.&ONOCHO,R (Orgs). Agir em saúde: um desafio para o público. SP:
HUCITEC, 1997;
MERHY,E.E. Saúde: A cartografia do trabalho vivo. SP: HUCITEC, 2002;
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Humanização (PNH). Cartilha da PNH:
Acolhimento com classificação de risco , 2004.
TEIXEIRA. R.R. O acolhimento num serviço de saúde entendido como uma rede de
conversações. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R.A. (org). Construção da Integralidade:
Cotidiano, Saberes e Práticas de Saúde. RJ: UERJ/MS/ABRASCO, 2003.

Agosto de 2006 Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde

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