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JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – LEI 9.

099/95
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Questionamento quanto ao fato do Estado perseguir toda e


qualquer infração constituiu-se numa falácia, verdadeira
hipocrisia – algumas infrações, aquelas de potencial lesivo menor,
ou seja, menos danosa à sociedade poderia ser dirimida, resolvida
através do consenso.
• MOROSIDADE DA JUSTIÇA – Percebeu-se que a oralidade e a
celeridade andam juntas, não estão dissociadas. Isso sem
apontar para o aspecto da identidade física do Juiz, não aplicável
ao processo penal, mas que deveria, sem embargo, fazer parte, já
que a busca pela justiça seria mais efetiva. Nos Juizados vimos a
figura do mesmo juiz, do ínicio ao fim do procedimento,
garantindo assim a análise do contexto que leva a formação do
convencimento com mais efetiva.
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – LEI 9.099/95
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Participação popular na administração da justiça – busca


constante num Estado Democrático de Direito.
• Ainda dentro do campo da democratização, temos a solução mais
atenta ao contexto e realidades sociais; as decisões são
proferidas levando em conta uma realidade próxima, atual e não
um amontoado de papeis, que é o que passa a ser o processo.
Enfim, alcançando um dos fins a que o Direito se destina –
pacificação social, utilizando a máxima Kantiana de que o homem
deve ser o fim e não o meio, e a celeridade e resposta efetiva
garantem isso.
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – LEI 9.099/95
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Imagem do poder judiciário – É inconteste a cada vez pior imagem que o


Poder Judiciário tem em relação à sociedade. O que parece no mínimo
um absurdo! Não é necessário que constitucionalistas renomados abram
nossos olhos para a função do Direito, da norma jurídica. Às vezes
parece estranho ter que nos debruçarmos em doutrinas, como a de
Canotilho, Récanses Siches, Meirelles Teixeira, Konrad Hesse para se
chegar a certeza de que a norma deve ser concretizada e eficaz. Isso é
feito pelo Juizados, embora de uma maneira meio enviesada.
• Preocupação com a vítima – Com certeza essa é a modificação, trazida
com a lei 9.099/95, de maior relevância. A vítima no processo penal era
esquecida, deixada de lado, figurava até o momento da representação,
quando a lei assim exigia, já que em regra as ações penais são públicas
incondicionadas, ou seja, tem como parte instrumental o Ministério
Público. Essa irrelevância da vítima no processo penal é no mínimo
curiosa. A vítima é, nada mais nada menos, que o sujeito passivo da
conduta criminosa, é a sociedade!!!
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – LEI 9.099/95
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Figura do Juiz – o Juiz deixa de ser um “solucionador de controvérsia”,


como diz Ada Pelgrine Grinover e outros em obra intitulada Juizados
Especiais Criminais, e passa a ter a função de transformar, mediar o
conflito para a busca da solução.
• A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 98 traz o seguinte texto
“A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão
juizados especiais, providos por juízes togados e leigos , competentes
para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações de menor potencial ofensivo, mediante
procedimentos orais e sumaríssimos, permitidos, nas hipóteses previstas
em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de
primeiro grau”.
• Como a própria norma diz, ela não é auto-aplicável, portanto,
dependente de lei para o seu cumprimento; lei Federal, já que a
competência para legislar matéria penal é da União.
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS – LEI 9.099/95
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Antes mesmo da promulgação da Constituição de 1988, dois


juízes paulistas, Marco Antonio Marques e Luiz Ricardo Gagliardi
apresentam o Anteprojeto da lei federal.
• Posteriormente foi apresentado a um grupo constituído pelo
Presidente do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo. Foi
convidada para integrar o Grupo a professora Ada Pellegrine
Grinover que contou com o apoio de dois colegas de USP,
Antonio Magalhães Gomes Filho e Antonio Scarance Fernandes.
• Posteriormente o projeto foi apresentado e discutidos por vários
a grupos e associação de classes, como OAB, delegados de
polícia, estudantes de direito etc. Depois, enfim, apresentado ao
Deputado Michel Temer e transformou-se no Projeto 1.480/89. o
que culminou, mais tarde, na Lei 9.099/95.

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