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На мероприятии, проведенном в рамках Биеннале - Форум Пан-африканское Мир, Культура,

подошел, чтобы лучше упрочить мир, “общество должно продолжать сообща с духом любви,
культурные особенности каждого народа, характеризуются как " африканские”.

Форум сказал, является частью Повестки дня-2030 Организации объединенных Наций (ООН),
направленных на повышение устойчивого развития и стремления Программы-2063 Африканского
Союза (АС) и его инициативы, введенные в план примирения и культуры мира и не насилия на
континенте.

Екатерина Воскресенье подтвердил, что история стран Àfrca переводится как различные акты, с
гордостью своих детей, в интересах продвижения мира, социальной справедливости и, по
возможности, располагать окончательному развитию Африки, и повторил призыв, чтобы ценить
важность роли АС.

Уже ректор Университета Kimpa-Vita, Иоанн-Франциско Гаспар, напомнил, что понятие “Культура
Мира” был установлен впервые в Африке, на Международном Конгрессе По вопросам Мира в
Умах Людей”, организованный ЮНЕСКО, в Yamoussukro, в Кот-д'ивуар, в 1989 году.

Согласно концепции ООН, отметил, “культуры мира, основанной на ценности, отношения и


детали, которые отражают и вдохновляют взаимодействия и социального обмена, основанного на
принципах свободы, справедливости и демократии, всех прав человека, терпимости и
солидарности”, вышел.

Ректор утверждает, что вышеупомянутые события сразу способствует реализации действий в


интересах устойчивого развития, а также в оперативной стратегии ЮНЕСКО приоритет Африки,
стремясь дать ответы на изменения, которые влияют на экономику африки.

В диссертации на тему “Беженцев, возвращенцев и перемещенных лиц в Африке”, епископ


почетный Уиже-Франциско Убивает в Мавританском, он подтвердил, что, чтобы избежать
разобщенности в материк, общества должны содействовать, все больше и больше, привычки,
культура мира, ибо, “где отсутствие мира и справедливости, также отсутствует Царства Божьего,
потому что война-это работа” несправедливость", утверждал.
O apelo foi feito na Universidade Kimpa-Vita, num evento realizado no âmbito da Bienal - Fórum Pan-
africana para Cultura da Paz, adiantando que para melhor consolidar a paz, “a sociedade deve continuar
unida, com espírito de amor cultural de cada povo, caracterizados como africanos”.

O fórum, disse, faz parte da Agenda-2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), visando
impulsionar o desenvolvimento sustentável e aspirações do Programa-2063 da União Africana (UA) e
suas iniciativas inseridas no plano de reconciliação para uma cultura de paz e não violência no
continente.

Catarina Domingos reafirmou que a história dos países de Àfrca é traduzida por vários actos com
orgulho dos seus filhos, visando promover a paz, justiça social e possibilitar o posicionamento definitivo
do desenvolvimento africano, pelo que reiterou o apelo para se valorizar à importância do papel da UA.

Já o reitor da Universidade Kimpa-Vita, João Francisco Gaspar, recordou que o conceito de “Cultura da
Paz” foi definido, pela primeira vez em África, no Congresso Internacional Sobre a Paz nas Mentes dos
Homens”, organizado pela UNESCO, em Yamoussukro, na Costa de Marfim, em 1989.

Segundo a concepção da ONU, referiu, “uma cultura de paz assenta em valores, atitudes e componentes
que reflectem e inspiram a interação e partilha social, baseada nos princípios de liberdade, justiça e
democracia, todos direitos humanos, tolerância e solidariedade”, adiantou.

O reitor defende que o referido evento contribui directamente para a implementação das acções de
desenvolvimento sustentável, bem como na estratégia operacional da UNESCO para a prioridade de
África, visando fornecer respostas nas mudanças que afectam as economias africanas.

Na dissertação do tema “Refugiados, retornados e deslocados internos em África”, o bispo emérito do


Uíge, Francisco da Mata Mourisca, reafirmou que para se evitar a desunião no continente, a sociedade
deve promover, cada vez mais, hábitos de cultura da paz, pois, “aonde falta a paz e justiça, também está
ausente o Reino de Deus, porque a guerra é obra de injustiça”, sustentou.
Os desafios da urbanização em África

Por Hélder Muteia

02 de Maio 19h38 - 1881 Visitas

A urbanização é um fenómeno global. Uma tendência que se acelera desde a revolução industrial, no
século XVIII. Foi catapultada pela inovação tecnológica e reformas políticas. É um dos rostos mais
emblemáticos do capitalismo industrial, deixando marcas muito profundas nos tecidos económicos,
social e ambiental

Actualmente, mais de 50% da população mundial vive em contextos urbanos, mas as projecções
demográficas indicam que em 2050 esta cifra poderá ultrapassar os 60%. Estes dados não causam
estranheza no mundo ocidental, onde a maioria dos países já vive esta realidade. Porém, nos países em
desenvolvimento, particularmente em África, a corrida para os centros urbanos tem sido feita de forma
apressada e atabalhoada, fruto do “boom” populacional e da busca desenfreada por oportunidades de
emprego e sonhos de uma vida mais iluminada, mais farta e menos sofrida.

Segundo dados recentemente publicados pela UN-Habitat, a população urbana em África duplicou nos
últimos 10 anos. Assim, todas as capitais de países africanos estão, literalmente, a “arrebentar pelas
costuras”: guetos desordenados, mercados improvisados em esquinas e sombras de árvores,
mendicidade generalizada, subemprego galopante, delinquência infantil, desnutrição crónica, epidemias
persistentes, poluição ambiental, etc.

Herança colonial

No contexto colonial, a classe dominante habitava as cidades envoltas de luzes, cores, cimento e asfalto.
Os colonizados eram mantidos nas suas palhotas tradicionais e precárias, sem acesso à luz, estradas
asfaltadas, água canalizada, escolas decentes e hospitais adequados.

Naturalmente, após a descolonização, o primeiro impulso dos descolonizados foi o de conquistar as


cidades, com todas as delícias reais e aparentes que lhes eram outrora vedadas. Uns se adaptaram mais
facilmente do que outros, mas as marcas da transição forçada são ainda visíveis em muitas cidades
africanas. Mesmo quando as condições de vida se tornam difíceis, o regresso ao campo não é a opção
mais óbvia.

Mesmo os jovens que migram para as cidades para frequentarem o ensino superior, muito cedo se
viciam com os hábitos urbanos, e muito dificilmente optam pelo regresso às suas aldeias de origem. O
sonho de ser funcionário público tornou-se quase uma obsessão para a maioria dos jovens recém-
formados, como forma de se instalarem em gabinetes climatizados, obterem direito a residências do
Estado, disporem de viaturas confortáveis e frequentarem supermercados e centros de lazer.
Concorrendo para o fluxo migratório em direcção às cidades estão também os conflitos armados e
sociais que primeiramente obrigam à busca de um refúgio seguro e, posteriormente, à procura de
alternativas de sobrevivência.

A questão das infra-estruturas

O primeiro grande choque da onda galopante de urbanização em Africa é a falta de infra-estruturas para
responder às necessidades básicas das populações. As cidades são forçadas a acomodar o dobro ou
triplo das suas capacidades. O caso da ocupação dos apartamentos urbanos coloniais é emblemático
dessa realidade: apartamentos superlotados, sistemas de esgotos não dimensionados para a pressão de
utilização, deficiente disponibilidade de electricidade e água, e estradas submetidas a uma utilização
não prevista aquando da sua projecção e construção.

De um modo geral, o ritmo de crescimento das novas construções não corresponde, ao crescimento
demográfico. Mesmo considerando a superlotação dos prédios habitacionais, muitas pessoas ficam à
margem, relegados aos subúrbios, guetos, bairros de lata, em condições extremamente precárias. Dados
da UNHabitat indicam que cerca de 60% dos habitantes das cidades vivem nestas condições
degradantes e sub-humanas. Em África são cerca de 72%.

Desigualdades sociais

Quando bem geridas, as cidades oferecem oportunidade de desenvolvimento económico e social. O seu
papel de centros de produção e consumo, normalmente estimulam a inovação e a criação de
oportunidades de emprego. Também oferecem oportunidades de uma boa formação académica,
serviços de saúde, e o desenvolvimento de iniciativas culturais (teatro, cinema, literatura, museus etc.).
Contudo, a urbanização desordenada é uma das principais causas da pobreza urbana e acentuação das
desigualdades sociais em África. Por um lado, as elites detentoras do poder económico e político
ostentam riquezas acumuladas, por vezes ilicitamente, e por outro, os habitantes dos subúrbios
sujeitam-se a uma vida forçosamente minimalista, em torno de escassas oportunidades de subemprego,
negócios informais, mendicidade, delinquência e prostituição.

A escassez de água, electricidade, escolas, hospitais e vias de acesso, forçam o desenvolvimento de


mecanismos alternativos de sobrevivência nem sempre recomendáveis, como a delinquência, a
superstição, o curandeirismo, o charlatanismo, a prostituição e a venda de bebidas alcoólicas.

O comércio é improvisado e informal. Pequenos mercados pululam como cogumelos e são invadidos por
produtos baratos, mas de proveniência duvidosa, vendidos no chão, misturados com a imundície.

A partilha de espaços, latrinas e salas improvisadas de convívio fomenta a promiscuidade. Multiplicam-


se os casos de estupro, casamentos prematuros, mães adolescentes, alcoolização, epidemias, tráfico e
consumo de drogas.
Problemas ambientais

O sobrepovoamento das cidades aumenta a pressão sobre os ecossistemas e recursos naturais,


partiularmente resultantes do abate indiscriminado de árvores para a construção de casas e obtenção
de combustível lenhoso, e das construções desordenadas que causam obstrução dos cursos naturais
das águas pluviais e erosão nas encostas.

Com a falta de infra-estruturas de saneamento a gestão dos resíduos domésticos, e particularmente os


dejectos humanos, torna-se um desafio sem solução aparente e uma ameaça latente à saúde pública.
Tudo isto agravado pelo cheiro nauseabundo e a proliferação de ratos, baratas, moscas e mosquitos,
poluição atmosférica, sonora e visual.

Anarquia económica

Um dos maiores problemas nas grandes capitais africanas é a coexistência tumultuosa entre a economia
formal e a informal. Por um lado, a economia formal tenta impor as suas regras com recurso à lei e à
repressão, e a economia informal defende-se através da sua inevitabilidade, resultante da anarquia e a
urgência generalizada de sobrevivência.

Os mecanismos institucionais são normalmente frágeis, ou fragilizados por factores sociais, culturais e
infra-estruturais. Os próprios agentes da lei e ordem carecem de formação adequada e são muitas vezes
forçados a improvisar ou agir emocionalmente perante situações mais delicadas ou complexas. Por
exemplo, um agente que cresceu e foi formado graças ao sacrifício da sua mãe vendedora de “badgias”,
e que durante a vida estudantil se alimentou de “badgias” com pão, dificilmente terá coragem de
confiscar uma peneira de “badgias” de uma vendedeira informal. De igual modo, nenhuma autoridade
municipal teria coragem de parar com os transportes municipais, vulgo “my-love”, ou multar a
sobrelotação dos transportes semicolectivos de passageiros sem que uma alternativa credível esteja
disponível.

Uma particularidade dessa economia informal é a de viver nos limites e não gerar contribuições para o
erário público. Por outro lado, a economia formal não progride porque vive atolada em impostos,
burocracia e corrupção.
A concluir

O desafio da urbanização em África requer um profundo exercício de reestruturação e um esforço


sistemático de planificação e gestão. Isso requer a emergência de uma liderança forte e visionária capaz
mobilizar todas as forças vivas para um ideal comum.

Entre as acções mais urgentes, importa destacar a questão fundiária, relativamente à planificação
territorial e o parcelamento de terras. As infra-estruturas básicas devem ser parte integrante da
planificação e do programa de investimentos públicos.

Importa ainda criar incentivos para a permanência ou regresso ao campo, para descongestionar as
cidades, promover o desenvolvimento rural e alargar a base económica. Como a tendência de
urbanização é quase irreversível, uma solução viável para evitar o crescimento das megacidades seria a
promoção de pequenas cidades, mais condizentes com as políticas de desenvolvimento rural.

É importante também combater a precaridade através de mecanismos institucionais, legais e


económicos, de modo a promover a legalização dos negócios informais, o combate ao subemprego e
dignificação da condição humana. Uma atenção muito específica deve ser dada ao papel das mulheres e
dos jovens, através de políticas de formação e integração, programas de educação cívica, incentivos às
boas práticas de convivência urbana, e o envolvimento comunitário em trabalhos de limpeza e
preservação ambiental.

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