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Matemática Básica e
Financeira
2ª Edição
ISBN: 978-85-7664-109-4
Inclui bibliografia.
CDU: 336
Sumário
Introdução à Unidade Curricular ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 5
Tópico 3: Frações�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 32
Tópico 5: Proporcionalidade ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 39
Tópico 7: Raízes ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 52
Encerramento do tema ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 58
Referências––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 127
Gabarito––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 128
Introdução à Unidade
Curricular
Introdução à Unidade Curricular
Conhecimentos básicos de matemática são essenciais para um técnico em agronegócio,
principalmente nos momentos em que é preciso tomar decisões em um negócio rural.
Objetivos de aprendizagem
Antes de começar, saiba que, mesmo sozinho, você pode aprender matemática básica rápido
e com facilidade. Para isso, confira algumas dicas que podem otimizar os seus estudos:
Crie uma rotina de estudos. Mesmo que Escolha um local tranquilo, venti-
não disponha de muito tempo, se esforce lado e bem iluminado, sem
para dedicar um mínimo de trinta minutos interferência de aparelhos de
por dia, desta forma o conteúdo estará televisão ou outros elementos
sempre “fresco” em sua memória. que possam tirar a sua atenção.
Dica
Você já ouvir falar no “teste da folha em branco”? Essa estratégia é útil quando
' nos aproximamos das avaliações. É bem simples, basta pegar uma folha em
branco e escrever tudo o que você sabe do conteúdo, sem consulta e sem auxílio.
Depois compare com o material da apostila e refaça até você estar seguro sobre
sua compreensão do conteúdo.
Que esta unidade sobre matemática básica e financeira se torne prazerosa e que você possa
tirar dela o maior proveito possível, levando os conceitos não só para seu dia a dia como
Técnico em Agronegócio como também para sua vida pessoal.
Bons estudos!
01
Matemática Básica
10
• Resolver equações.
• Realizar operações com potências e raízes e identificar raízes por expoentes fracionários.
Um dos conceitos mais básicos que temos é o de número. A construção dos conjuntos nu-
méricos se inicia com os números naturais, usados apenas para contar, e chega até os núme-
ros complexos, que possuem aplicação nas engenharias elétricas, nas produções químicas,
entre outras áreas.
Conjuntos numéricos
• Conjunto dos números irracionais (𝕀) – todos os números que não podem ser escritos
p
da forma em que p e q são inteiros, ou seja, todos os números que não são racionais.
q
Esses números, representados na forma decimal, possuem infinitas casas decimais que
não se repetem.
• Conjunto dos números reais (ℝ) – reunião de todos os conjuntos anteriores.
12
ℕ ℤ ℚ ℝ
𝕀𝕀
Isso representa que o conjunto dos números reais é formado pela união de todos os conjuntos
anteriores. Veja, a seguir, cada um desses conjuntos em detalhes.
1. Números naturais
Os números naturais são os números positivos que utilizamos para contagem e mais o número
zero. Podemos escrever o conjunto dos naturais da seguinte forma:
ℕ = {0, 1, 2, 3,...}
As reticências indicam que nunca paramos de contar, isto é, o conjunto dos números naturais
é formado por uma infinidade de números positivos e o número zero.
2. Números inteiros
O conjunto dos números inteiros é formado por todos os números naturais e seus opostos
negativos. Temos então:
Usamos os números inteiros para indicar dívidas, por exemplo, ou quando queremos subtrair
valores.
Para compreender forma decimal exata ou periódica na forma de frações, veja os seguintes
exemplos:
5
= 2,5
2
10
= 3,333...
3
π=3,14159265358979323846264338327950288419716939937510…
Esse número é chamado de pi e possui infinitas casas decimais sem repetição. Dessa forma
13
ele não se enquadra no conjunto dos números racionais.
g
O número pi representa a razão entre o perímetro e o diâmetro de uma
circunferência. Acesse o AVA e veja uma animação que explica esse número.
O conjunto que agrupa os números que, na forma decimal, possuem infinitas casas decimais
que não se repetem é chamado de conjunto dos números irracionais, geralmente representado
pela letra 𝕀. Outro exemplo de número irracional é a raiz quadrada de 2. Veja:
√2= 1,41421356237309504880168872420969807856967187537694…
4. Números reais
O conjunto dos números reais é formado pela reunião de todos os conjuntos de números
anteriormente citados. Desse modo, o conjunto dos números reais é constituído pela reunião
de todos os números naturais, inteiros, racionais e irracionais
a) 0
b) -√2
,√3 ,√7 e π.
6
1
c) 6
d) 10
3
e) -π
3
f)
1
27
g)
1000
2
h)
7
i) 0,47474747…
-√2
j) ,√7
,√3 e π.
6
1.1. Adição
A adição combina dois números, chamados parcelas, em um único número, a soma ou total,
isto é:
parcela + parcela = soma ou total
Exemplos:
1) 0 + 15 = 15
2) 29 + 0 = 29
3) 1 + 4 = 5
15
4) Por exemplo, para efetuarmos a soma 573 + 238, podemos separar cada número em suas
unidades, dezenas e centenas, ou seja:
573 = 500 + 70 + 3 e 238 = 200 + 30 + 8
Logo:
573 + 238 = 500 + 70 + 3 + 200 + 30 + 8 =
573 + 238 = (500 + 200) + (70 + 30) + (3 + 8)
= (500 + 200) + (70 + 30) + 11
= (500 + 200) + (70 + 30) + 10 + 1
= (500 + 200) + (70 + 30 + 10) + 1
= (500 + 200) + 110 + 1
= (500 + 200) + 100 + 10 + 1
= (500 + 200 + 100) + 10 + 1
= 800 + 10 + 1 = 811
Note que, quando somamos 3 com 8, obtemos 11, logo “vai 1” para ser somado às dezenas
(no caso, o 7). Isso ocorre novamente quando somamos as dezenas e “vai 1” para as
centenas.
Para resolver esse exemplo com casas decimais, montamos a conta da seguinte forma:
3,120
+ 6,637
9,757
Devemos alinhar as parcelas pelas vírgulas, não importa quantas parcelas estivermos
somando. Para facilitar, completamos com o número zero as casas decimais “vazias”.
1.2. Subtração
Na operação de subtração, de um valor numérico (minuendo) é removido outro valor
(subtraendo). O resultado dessa operação é chamado diferença. Temos, assim:
Exemplos:
1) 7 – 2 = 5
2) 2 – 7 = -5
3) 0 – 15 = -15
4) 29 – 0 = 29
5) Para efetuarmos 531 – 245, podemos separar cada número em suas unidades, dezenas e
centenas, assim como feito na soma, isto é:
531 – 245 = 500 + 30 + 1 – (200 + 40 + 5) =
= 500 + 30 + 1 – 200 – 40 – 5 =
= (500 – 200) + (30 – 40) + (1 - 5) =
= (500 - 200) + (20 + 10 - 40) + (1 - 5) =
= (500 - 200) + (20 - 40) + (10 + 1 - 5) =
= (500 - 200) + (20 - 40) + (11 - 5) =
= (500 - 200) + (20 - 40) + 6 =
= (400 + 100 - 200) + (20 - 40) + 6 =
= (400 - 200) + (100 + 20 - 40) + 6 =
= (400 - 200) + (120 - 40) + 6 =
= (400 - 200) + 80 + 6
= 200 + 80 + 6 = 286
Observe que não podemos subtrair 5 do número 1. Dessa forma “pedimos 1 emprestado”
para a casa das dezenas, logo o 1 se torna 11 e podemos subtrair 5. O 3 (a dezena) que
“emprestou 1” vira 2. Por um raciocínio parecido, “pedimos 1 emprestado” da centena.
Assim como na soma, para montar a conta de subtração com casas decimais devemos
alinhar os números por suas vírgulas e é muito importante respeitar a ordem dos
números. Assim, temos:
6,637
- 3,120
3,517
18 Quando houver mais de dois termos na subtração, para evitar erros de sinais, a melhor
estratégia de resolução é fazer a conta em etapas, ou seja, faremos duas contas respeitando
a ordem. São elas:
Temos então:
4,12
- 3,10
1,02
Assim, vemos que o resultado parcial é 1,02. Vamos realizar agora a última etapa da
operação, isto é, faremos 1,02 - 1.
1,02
- 1,00
0,02
1.3. Multiplicação
Os números numa multiplicação são chamados de fatores; e o resultado da operação, de
produto. Temos então que:
fator x fator = produto
d entenderá melhor essa lógica quando realizar as contas utilizando frações. Como
veremos a seguir,
1
10
= 0,1 e 1 = 0,01 , logo as duas contas seguintes são
100
iguais:
1 1 1
0,1*0,1=0,01 e 10
* 10
= 100
Mais adiante você verá expressões numéricas que envolvem parênteses. Quando multiplica-
mos um número de fora dos parênteses pelos que estão dentro, cada número deve ser mul-
tiplicado. Por exemplo: 2 * (2 + 3) = 2 * 2 + 2 * 3 = 4 + 6 = 10. Veremos também equações de
primeiro grau, em que são comuns contas do tipo: 3 * (5 + x) = 3 * 5 + 3 * x = 15 + 3x.
Para entender melhor esse assunto, confira alguns exemplos. Lembre-se de que para a
multiplicação você deve saber a tabuada de todos os números.
Exemplos:
Uma forma de realizar essa conta é separando um dos números em unidades, dezenas e
centenas. Escolhendo o número 3,12 para decompor, temos que:
Outra forma de realizar a mesma conta é a seguinte. (Observe que a maneira apresentada 19
aqui é apenas mais rápida, mas chega no mesmo resultado.)
6,637
x 3,12
13274
6637+
19911++
20,70744
193,7
x3
581,1
1.4. Divisão
Na divisão, o número que está sendo dividido é chamado dividendo e o número que divide é
o divisor. O resultado da divisão é denominado quociente. Assim temos:
Embora a divisão seja um processo para conseguir grupos iguais, nem todos os números são
divididos uniformemente. Damos o nome de resto ao número que sobra depois de dividir
um número não divisível exatamente. Por exemplo, suponha que queremos dividir uma pizza
com 12 fatias entre 5 pessoas. Quantas fatias inteiras cada pessoa recebe? Note que essa
operação corresponde a 12 ÷ 5. Para resolvermos essa divisão, buscamos na tabuada de 5 o
valor que mais se aproxima de 12, no caso o número 2 (pois 5 * 2 = 10). E a diferença entre
esses dois números é 12 - 10 = 2. Como 2 é um número menor que 5, não podemos dividi-lo
mais sem obtermos um número com vírgula. Então, como queremos apenas fatias inteiras da
pizza, concluímos que cada uma das 5 pessoas receberá 2 fatias e restarão 2 fatias.
• A divisão pode ser denotada pelo símbolo ÷, pela barra (/) e também
por dois-pontos (:).
Para entender melhor esses casos, observe os exemplos. Novamente, é preciso lembrar as
tabuadas para efetuarmos divisões.
Curso Técnico em Agronegócio
Exemplos:
3) 0 ÷ 5 = 0
5) 31 ÷ 1 = 31
Agora, vamos resolver algumas divisões cujos resultados serão números com vírgulas e
algumas divisões entre números com vírgulas:
6) 225 ÷ 50
Se multiplicarmos 4 por 50, obteremos 200 e, assim, a divisão terá resto 25. Não existe
um número natural que multiplicado por 50 resulte em 25, então qualquer valor que
acrescentarmos ao quociente será menor do que 1. Portanto, para prosseguirmos,
teremos de acrescentar uma vírgula ao quociente e um zero ao resto. Procuramos
agora um número que multiplicado por 50 resulte em 250. Esse número é o 5. Portanto,
225 ÷ 50 = 4,5.
225 50
_ 225 50
_
_
21
200 4 _ - _
-_ 200 4,5
_
25 250
250
_
0
É interessante observar que se um “0” é acrescido, o resultado da divisão irá para a casa
do décimo. Agora, se é necessário acrescentar outro “0”, o resultado irá para a casa do
centésimo, e assim por diante.
7) 30 ÷ 2,5
Para realizar essa divisão, vamos escrever o número 30 na forma 30,0. Agora que tanto
30 2,5
_ _ __ 300 25
_
_ __ _ __ _
_
_ 25 12
-_
_
30,0 2,5
_ 50
-_50
_
0
300 25
_ -
8) 31,775 ÷ 15,5
Nesse caso, precisamos acrescentar dois zeros ao divisor para que ambos tenham três
algarismos após a vírgula. Feito isso, nós desconsideramos as vírgulas e realizamos a
divisão de 31775 por 15500, obtendo como quociente o número 2,05. É importante ter
em mente que 10 ÷ 50 é a mesma coisa que 100 ÷ 500. Desse modo, podemos multiplicar
quantas vezes desejarmos o divisor e o dividendo sem interferir na conta. Ora, se queremos
operar “sem vírgulas”, vamos multiplicar quantas vezes forem necessárias para as vírgulas
“sumirem”. Como temos até três casas após a vírgula, precisaremos multiplicar ambos os
números por mil. Veja a seguir o passo a passo dessa divisão:
31,775 15,5
_ _ 31775 15500
_
_
_ _ _ _ _
_ _ 2,05
- 31000
_
31,775 15,500
_ 7750
- _0
_
77500
31775 15500
_ - -77500
_
0
Crédito 100,00
_
Compra 75,00
Por exemplo, se você tem Saldo 25,00
crédito de R$ 100,00 e realiza
uma compra de R$ 75,00,
_
Esse caso prático ilustra as operações de soma de números com sinais diferentes, em que
devemos proceder da seguinte forma:
Exemplos:
1) 2 + 6 = 8
2) 19 + 3 = 22
3) - 3 - 15 = -18
4) -8 - 9 = -17
5) 15 - 3 = 12
6) -25 + 10 = -15
Quando queremos multiplicar ou dividir números com sinais diferentes, devemos aplicar a
seguinte regra de sinais:
• Sinais iguais – resultado positivo.
Isto é:
Exemplos:
1) 3 * 5 = 15
2) (- 3) * (- 5) = 15
3) 3 * (- 5) = - 15
4) (- 3) * 5 = - 15
5) 6 ÷ (- 2) = -3
6) (- 6) ÷ 2 = - 3
7) (- 6) ÷ (- 2) = 3
Comentário do Autor
26 1) 2 + [2 – 5 * (3 + 2) – 1] = 2 + [2 – 5 * 5 – 1] =
2 + [2 – 25 - 1] = 2 + [- 24] = 2 - 24 = - 22
2) 2 + {3 – [1 + (2 – 5 + 4)] + 8} = 2 + {3 – [ 1 + 1 ] + 8}
= 2 + {3 – 2 + 8 } = 2 + 9 = 11
= {2 – [6 – 4]} + 1 = {2 - 2} + 1 = 0 + 1 = 1
Exemplos:
M(3) = 0,3,6,9,12,15,18,21,…
M(4) = 0,4,8,12,16,20,24,28,32,…
M(8) = 0,8,16,24,32,40,48,56,…
Um número é considerado divisível por outro quando o resto da divisão entre eles é igual a
zero. Indicamos os divisores de um número pela notação D( ). Observe alguns números e seus
divisores.
1) D(3) = 1,3
2) D(9) = 1,3,9
3) D(10) = 1,2,5,10
4) D(11) = 1,11
5) D(20) = 1,2,4,5,10,20
6) D(25) = 1,5,25
Atenção
` Números que são divisíveis apenas pelo número 1 e por eles próprios são
chamados de números primos. No exemplo anterior podemos verificar que 3 e
11 são números primos.
Portanto, m.m.c.(4,8)=8.
4-8|2
2-4|2
1-2|2
1-1|/
12 - 16 - 45 | 2
6 - 8 - 45 | 2
3 - 4 - 45 | 2
3 - 2 - 45 | 2
3 - 1 - 45 | 3
1 - 1 - 15 | 3
1-1-5|5
1-1-1|/
Dessa forma:
m.m.c. (12, 16, 45) = 2 * 2 * 2 * 2 * 3 * 3 * 5 = 720
Exemplos:
1) Três tratores numa colheita percorrem um mesmo trajeto saindo todos ao mesmo tempo,
do mesmo ponto e com o mesmo sentido. O primeiro faz o percurso em 40 minutos, o
segundo em 36 minutos e o terceiro em 30 minutos. Gostaríamos de saber em quanto
tempo os tratores voltam a se encontrar.
Para resolver essa questão, precisamos calcular o m.m.c. entre os tempos dos tratores,
pois esse será o menor múltiplo do tempo entre eles, ou seja, o momento em que se
encontrarão novamente. Vamos calcular o m.m.c.:
30 - 36 - 40 | 2
15 - 18 - 20 | 2
15 - 9 - 10 | 2
15 - 9 - 5 | 3
5-3-5|3
5-1-5|5
1-1-1|/
Logo:
m.m.c. (30, 36, 40) = 2 * 2 * 2 * 3 * 3 * 5 = 360 minutos = 6 horas
Assim, o m.m.c. (2, 3, 6) = 6. Portanto o bovino deverá tomar os três remédios novamente
às 14 h.
Medicamento 1
Medicamento 2
Medicamento 3
Exemplo: 29
D (20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20
Assim como o m.m.c., o m.d.c. pode ser utilizado em exemplos práticos, confira.
Exemplos:
1) Uma indústria fabrica rolos de arames de mesmo comprimento. Após realizarem os cortes
necessários, verificou-se que duas bobinas restantes tinham as seguintes medidas: 156
metros e 234 metros. Gostaríamos de cortar as sobras em partes iguais com o maior
comprimento possível.
Para encontrarmos esse valor, precisamos calcular o m.d.c. (156, 234). Utilizando o método
que você aprendeu, temos:
156 - 234 | 2
78 - 117 | 2
39 - 117 | 3
13 - 39 | 3
13 - 13 | 13
1-1|/
Logo, o m.d.c. (156, 234) = 2 * 3 * 13 = 78. Portanto devemos cortar os pedaços de arame
em tamanhos iguais de 78 metros.
Portanto o m.d.c. (30, 36, 48) = 2 * 3 = 6. Assim as equipes devem conter 6 funcionários cada.
a) 2 + 3 – 1
b) – 2 – 5 + 8
c) – 1 – 3 – 8 + 2 – 5
d) 2 * (- 3)
e) (- 2) * (- 5)
f) (- 10) * (- 1)
g) (- 1) * (- 1) * (- 2)
h) 4 : - 2
i) - 8 : 4
j) - 20 / - 10 31
k) [( 4) * ( 1)] 2
l) [( - 1 + 3 - 5) * (2 - 7)]: -1
m) 2 { 2 - 2 [ 2 - 4 ( 3 * 2 : 3 ) + 2 ] } + 1
n) 8 - { - 20 [ ( - 3 + 3 ) : ( - 58 )] + 2 (- 5)}
p) (4 : 16 ) * 0,5
32
r) m.d.c. (18, 36), m.d.c. (20, 60)
Tópico 3: Frações
Uma fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de dois números
inteiros, ou seja, uma fração é uma divisão. O dividendo é chamado numerador, e o divisor
recebe o nome de denominador.
numerador
fração = denominador
Veja como representar frações em desenhos por meio de pedaços de pizza ou lotes de um
terreno:
1
__ 1 1
__ __
2 4 8
4
__ (quatro sextos)
6
5
___ (cinco doze avos)
12
18
___ (dezoito vinte e quatro avos)
24
22
___ (vinte e dois quarenta e oito avos)
48
Exemplos:
1)
1
*
3
= 12 * 37 = 14
3
2 7 *
15 4
2)
2 * 9
= 60
18
= 30
9
= 10
3
Note que, nas duas últimas parcelas do exemplo 2, fizemos simplificações, isto é, dividimos
ambas as parcelas por um número em comum, 2 e 3 respectivamente.
+ =
1
__ 2
__ 3 = __
__ 1 + __
2
4 4 4 4 4 33
Exemplos:
1) 3
5
+ 6
5
= 3 +5 6 = 9
5
2) 15 + 18 + 2
7 7 7
= 15 +18
7
+ 2 = 35 = 5 * 7 = 5
7 7 *
7
7
= 5* 1 = 5
3) 1 3
= 1 4- 3 = -24 = -21*22 = -12 2 -1 -1
4
- 4 * * 2
= 2 *1= 2
1 e 2
Observe, por meio da ilustração a seguir, como procedemos na soma das frações
5 3
1 + __
__ 2
5 3
1
__ 2
__
5 3
1 = ___
__ 3 2 = 10
__ ___
5 15 3 15
3 + ___
___ 10 = ___
13
15 15 15
1 + ___
___ 2 = ___
13
5 3 15
Exemplos:
1) 1 + 1
2 3
Primeiro devemos calcular o m.m.c. (2, 3) = 6. Em seguida, para encontrar as novas frações,
dividimos o m.m.c. pelo denominador e multiplicamos pelo numerador de cada fração. Veja
como fazer:
1
+ 1 = 1
*1 +
1
*1 =
1
*
3
+ 1
*
2 = 1*3 + 1*2 = 3
+ 2 = 3+2 = 5
2 3 2 3 2 3 3 2 2*3 2*3 6 6 6 6
1 5 2
2)
2
+ 6
- 3
3+5-4 4 2 4
= = Observe que 6 = 2 * 3 e que 4 = 2 * 2. Dessa forma, =
2
6 6 3 6 3
1 5 2 2
+ - =
2 6 3 3
3. Divisão de frações
Quando dividimos duas frações, operamos da seguinte forma:
3 3 3 9 3 9 27 27
5 5 5 7 5 *7 35 35 27
7
=
7 * 1= * = 7 9 7 9
=
63
=
1
=
35
9 9 9 7 9 *7 63 1
Uma maneira mais prática de efetuarmos divisão de frações é “repetindo a fração de cima
e multiplicado pelo inverso da fração de baixo (invertendo numerador por denominador e
vice-versa)”.
3
* 7 = 5 ** 7 = 35
5 3 9 3 9 27
=
7 5
9
Exemplos:
1) 1/2 1 3 1 3 3
= * = * =
5/3 2 5 2 * 5 10
2) 3/7 =
3 5 3 5 15
= * =
2/5 7 * 2 7 * 2 14
Atividade 3: Frações
a) 1 1
+
5 10
b) 2 - 4
3 3
c) 1 - 1
+
1
2 3 6
d) 1 2
3 * 5
e) 3 + 1 + 2
7 3 5
g) 1/3
1/2
2 1
h)
3
: - 5
1 2 1
i) : *4
2 3
1 2 1
j) + : 2
3 4
k) 1 + 1/3
3
• multiplicação e divisão;
Exemplos:
1) 3 + x = 2 ⟹ 3 + x -3 = 2 - 3 ⟹ x = -1
8
2) - 2x - 4 = 4 ⟹ - 2x = 4 + 4 ⟹ - 2x = 8 ⟹ x = ⟹x=-4
-2
a) 4x = 8
b) -5x = 10
c) 7 + x = 8
d) 3 - 2x = -7
e) 16 + 4x - 4 = x + 12
f) 8 + 7x - 13 = x - 27 - 5x
2x 3
g) =
3 4
i) 9x + 2 - (4x + 5) = 4x + 3
j) 3 * (2 - x) - 5 * (7 - 2x) = 10 - 4x + 5
Tópico 5: Proporcionalidade
Suponha que você precisa comprar determinado produto químico para o controle de uma
praga. Tal produto apresenta uma recomendação de dose na proporção de dois litros para
um hectare de lavoura. Considerando que a propriedade possui quatro hectares plantados,
como encontramos a quantidade ideal a ser aplicada?
O conceito matemático que nos auxilia na resolução desse problema é chamado de regra
de três. Para compreender essa regra, primeiro devemos entender os conceitos de razão e
proporção e o que significam grandezas diretamente ou inversamente proporcionais.
1. Razão
Dados dois números quaisquer, por exemplo, 2 e 3, a razão entre esses números é represen-
tada por:
2
ou 2/3 ou 2:3
3
1) Suponha que em determinado ano as vendas de frutas de uma fazenda tenham sido de 300
mil reais e que as vendas do ano seguinte sejam de 450 mil reais. Poderíamos comparar
esses dois valores dizendo que sua diferença é de 150 mil reais. Porém, a diferença dos
valores não nos fornece uma ideia do crescimento de vendas entre os dois anos. Para
avaliarmos esse crescimento, calculamos a razão entre as vendas, isto é:
450
= 1,5
300
Concluímos, assim, que as vendas de frutas do segundo ano são uma vez e meia maiores
que a do primeiro ano, o que representa um aumento de receitas de 50%.
3 cm 1
= = 1 ∶ 2.000
6.000 cm 2.000
Então nossa escala está na razão de 1 cm para 2.000 cm, ou seja, 1 cm no mapa significa
2.000 cm no terreno.
A distância entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo é de, aproximadamente, 400
km. Um carro levou cinco horas para percorrer esse trajeto. Dessa forma:
400 km
velocidade média = = 80 km/h
5h
2. Proporção
Para compreender melhor o conceito de proporção, vamos nos aprofundar no exemplo
anterior, da venda de frutas. Você viu que no primeiro ano as vendas de frutas da fazenda
somaram 300 mil reais e no segundo ano, 450 mil reais. Suponha que as vendas no terceiro
ano sejam de 600 mil reais e as do quarto ano, 900 mil reais. Dessa forma a razão das vendas
do quarto ano para as vendas do terceiro ano pode ser calculada pelo quociente:
900
= 1,5
600
Observe que:
450 900
= 1,5 = 600
300
Logo, a razão entre as vendas do primeiro e do segundo ano são proporcionais à razão das
vendas entre o terceiro e o quarto ano.
a c
entre elas é a igualdade = .
b d
Lemos essa expressão da seguinte forma: “a está para b assim como c está para d”. Toda
proporção satisfaz a seguinte propriedade:
a c
= ⟹ a *d = b *c
b d
O resultado mostra que a bacia ecológica gasta 34 litros, enquanto a não ecológica gasta
60 litros. Assim a economia será de:
60 - 24 = 36 litros
Exemplos:
1) Se três rastelos custam R$ 80,00, o preço de seis rastelos será R$ 160,00. Observe que, se
dobramos o número de rastelos, também dobramos o valor final deles.
A distância percorrida e o consumo de combustível são diretamente proporcionais: se uma aumenta, a outra também aumen-
ta. Fonte: Shutterstock
Exemplos:
2) O agricultor Pedro deseja realizar em sua fazenda uma festa junina em comemoração
à boa colheita que teve. Para isso irá comprar 30 latas de refrigerante com capacidade
de 200 mL cada uma. Caso ele compre latas de 600 mL, deverá comprar dez latas para
ter a mesma quantidade de refrigerante. Note que as grandezas “quantidade de latas” e
“capacidade de cada lata em mL” são inversamente proporcionais, pois, ao comprar latas
com maior capacidade, Pedro precisou de um número menor de latas para obter a mesma
quantidade de antes.
Exemplos:
distância tempo
__
4 km 1 hkm
__
10 km xh
_
As setas para baixo nos auxiliam a perceber que ambas as grandezas são proporcionais.
Sendo a regra de três simples e direta, as grandezas são dispostas na mesma ordem de
correspondência, desta forma:
4 1 10
= ⟹ 4 * x = 10 * 1 ⟹ x = ⟹ x = 2,5 43
10 x 4
2) Dois trabalhadores juntos conseguem capinar certo terreno em 6 horas de trabalho. Se, em
vez de dois, fossem três trabalhadores, em quantas horas o terreno poderia ser capinado?
Nesse caso, as grandezas são inversamente proporcionais, pois, quanto mais trabalhadores
tivermos, menos horas serão necessárias para terminar o serviço. Assim, teremos uma
regra de três simples e inversa. Dispondo os dados do problema com as setas para nos
ajudar, temos:
horas trabalhador
__
__ _
6h 2 trabalhadores
xh 3 trabalhadores
_
Comentário do autor
Como estão seus estudos até aqui? Lembre-se de que você pode assistir às
d videoaulas e acessar o AVA para se aprofundar. Além disso, conte sempre com
apoio da Tutoria a distância! Resolva todas as suas dúvidas, pois assim você fica
mais seguro para estudar os tópicos seguintes.
5. Porcentagem
A porcentagem tem inúmeras aplicações no dia a dia. No mercado financeiro, por exemplo,
é utilizada para capitalizar empréstimos e aplicações, expressar índices inflacionários e
deflacionários, descontos, aumentos e taxas de juros.
1
____
1% 0,01
100
O símbolo “%” é lido como “por cento” e significa centésimos. Por isso, “5%” lemos “5 por cento”.
Exemplos:
5
1) 5% de um terreno de 80 m2 = * 80 = 0,05 * 80 = 4 m²
100
4
2) 4% de 32 litros de leite = * 32 = 0,04 * 32 = 1,28% litro de leite
100
Exemplos:
3
1) Se um produtor rural perder da safra de determinado período, podemos dizer que ele
15
perdeu 20% da safra, pois:
3
= 0,2 ⟹ 0,2 * 100 = 20%
15
3
Desse modo, para transformarmos em porcentagem, fazemos a divisão, depois multiplica-
15
mos por 100 e colocamos o símbolo “%”.
18
2) Procedendo da mesma maneira que no exemplo anterior, em fração equivale a 40%,
45
pois:
18
= 0,4 ⟹ 0,4 * 100 = 40%
45
Atividade 5: Proporcionalidade
a) Uma bomba eleva 272 litros de água de um poço em 16 minutos. Quantos litros elevará
em 1 hora e 20 minutos?
b) Doze operários levaram 25 dias para executar determinada obra num celeiro. Quantos
dias levarão dez operários para executar a mesma obra? 45
c) Num armazém existem 200 pilhas de caixas com 30 caixas em cada pilha. Se houvesse 25
caixas em cada pilha, quantas pilhas teríamos no armazém?
d) Metade de uma obra em um silo foi feita por dez operários em 13 dias. Quantos tempo
levaria para terminar essa obra com três operários a mais?
3 8 45 14
e) Converta as frações a seguir para porcentagem: , , ,
4 50 18 42
f) Calcule as porcentagens a seguir: 15% de 180, 18% de 150, 35% de 126, 100% de 715, 115%
de 60 e 200% de 48.
Exemplos:
1) 23 = 2 * 2 * 2 = 8
2
3) 1 =
1 1
* 2=2
1* 1
=
1
2 2 *2 4
Comentário do autor
Este conceito será muito útil no próximo tema, sobre matemática financeira,
d pois as fórmulas que veremos utilizam potências. Por isso, fique atento às
propriedades a seguir e à forma como realizamos as operações fundamentais
para potências.
1. Regras de potencialização
Devemos ficar atentos às seguintes propriedades das potências:
a) Quando o número não possuir expoente, sua potência será 1, isto é, a = a1.
• 171 = 17
• 199 = 1
f) Se o expoente for negativo, exceto 0, devemos fazer o inverso do número, isto é: a-n =
1
an
• 2-1 1
=
2
1 1
• 3-2 = 2 =
3 9
5
1 (- 1)5 1
• - = =-
2 2 5
32
• 102 = 100 47
i) Expoentes pares – uma potência com expoente par será sempre um número positivo.
• (-3)2 = (-3) * (-3) = 9
• 54 = 5 * 5 * 5 * 5 = 625
j) Expoentes ímpares – uma potência com expoente ímpar terá o sinal do número base.
• (-3)3 = -27
• (-2)5 = -32
48 Ao multiplicar potências, devemos ficar atentos às bases destas. Temos dois casos: potências
de mesma base e potências de bases diferentes. Por exemplo: 23 e 24 são potências de mesma
base, enquanto 32 e 72 são de bases diferentes.
22 * 23 = (2* 2) * (2 * 2 * 2) = 4 * 8 = 32
22 + 3 = 25 = 2 * 2 * 2 * 2 * 2 = 32
an * am = an + m
Exemplos:
1) 23 * 25 = 23 + 5 = 28
2) 45 * 41 = 45 + 1 = 46
Veja agora o que acontece quando multiplicamos duas potências de bases diferentes e com os
expoentes iguais:
22 * 32 = (2 * 2) * (3 * 3) = 4 * 9 =36
(2 * 3)2 = 62 = 6 * 6 = 36
Dessa forma, quando multiplicamos potências com bases diferentes e expoentes iguais, nós
multiplicamos os números base e conservamos o expoente:
an * bn = (a * b)n
Exemplos:
1) 32 * 52 = (3 * 5)2 = 152
2) 33 * 73 = (3 * 7)3 = 213
24 2 * 2 * 2 * 2 16
= = =4
22 2*2 4
Observe que essa operação é equivalente a:
24 - 2 = 22 = 4
Assim, quando dividimos potências de mesma base, devemos manter a base e subtrair os
expoentes (“o de cima menos o de baixo”):
an
= an-m
am
Exemplos:
45
1) = 45 - 2 = 43
42
2) 3 = 32 - 1 = 31 = 3
2
Veja o que acontece quando dividimos potências de base diferentes e mesmo expoente:
22 2 * 2 4
= =
32 3 * 3 9
49
Logo, para dividir potências de bases diferentes e mesmo expoente, dividimos os números da
base e conservamos o expoente:
n
an a
=
bn b
Exemplos:
2
72 7
1) =
32 2
2) 83 8
3
=
33
3
50 Agora vejamos outra operação entre potências. Observe o exemplo a seguir, em que
calculamos a potência de uma potência:
(22)3 = (22) * (22) * (22) = 4 * 4 * 4 = 64
Exemplos:
1) (72)4 = 72 * 4 =78
Dica
' Exemplos:
1) 4 = 2 * 2 = 22
2) 12 = 2 * 6 = 2 * 2 * 3 = 22 * 3
3) 30 = 2 * 15 = 2 * 3 * 5
Atividade 6: Potenciação
a) 13
b) 04
c) (-2)3
e) 23 * 25
f) 3 * 32 * 34
g) 3
5
34
h) 3 * 3
4 2
35
i) (-3)5 * 55
j) 153 : 33
k) (24)2
l) [(52)3]5
2
5
m)
3
3
n) 2 51
32
o) (23 * 53)0
p) 4-2
q) 2 * 3-1
Quando calculamos uma raiz quadrada, por exemplo, estamos procurando qual número que
elevado 2 nos fornece o número dentro da raiz. Exemplo:
2
√9 = 3, pois 32 = 9
Chamamos o número n de índice ou grau da raiz (que deve ser um número natural diferente
de 0 e 1) e o número a de radicando.
Quando resolvemos um exercício que envolve raízes e a raiz em questão não tem resposta
exata, a menos que o enunciado peça, é melhor deixar indicado o resultado com raiz. Por
exemplo, é preferível escrever √2 a escrever 1,4 (valor aproximado para raiz quadrada do
número 2). Isso porque, como vimos no tópico sobre números irracionais, √2 é um número
irracional e, portanto, não pode ser escrito em forma decimal com todas as suas casas decimais.
Informação extra
Exemplos:
1) 2√12 = ?
Observe que não existe nenhum número que elevado a 2 resulte em 12. Entretanto
podemos reescrever essa raiz de uma forma mais simples. Para isso, você precisa lembrar
que qualquer número inteiro pode ser escrito como multiplicação de números primos.
Vamos decompor o número 12 em fatores primos, isto é: 53
12 = 2 * 6 = 2 * 2 * 3 = 22 * 3
Dessa forma:
2
√12 = 2√2²*3
Por fim retiramos da raiz o número 2, pois sua potência é a mesma do índice da raiz,
ficando:
2
√12 = 2√2²*3 = 2 * 2√3 = 22√3
Apenas para fins de comparação, usando uma calculadora podemos verificar os valores
aproximados das raízes e fazer uma comparação:
2
√12 = 22√3 = 3,46…
54
2. Adição e subtração de raízes
A soma e a subtração de raízes podem ser feitas apenas quando os radicandos e os índices
são iguais. Mas não somamos os números entre das raízes, apenas os que estão do lado de
fora delas.
Exemplos:
Exemplos:
2) √5 * √7 * √3 = √5 * 7 * 3 = 105
√15 15
3) =
3
= √5
√3
*
4)
4. Expoentes fracionários
Uma raiz também pode ser representada por meio de uma potência. Utilizamos para isso
uma potência fracionária da seguinte forma:
Exemplo:
Exemplos:
1)
2)
1
- 1 1
3) 2 = 2
1
=
2 2
Nesses dois últimos exemplos, note que primeiro escrevemos a raiz em forma de potência e
depois aplicamos a regra de potência de potências.
Comentário do autor
Compreender alguns conceitos matemáticos pode exigir certo esforço, mas com
Atividade 7: Raízes
a) √5 + 3√5 - 2√5
55
c) √8 * √3
d) (-√2)2
e) 3√-3 * 3√9
f)
g) (3√3* 22)2
56
3 3
i) Escrever em forma de raízes: 2 4 e 5 5
Fonte: Shutterstock
As medidas de áreas rurais são diferentes das medidas urbanas: metro, centímetro, decâmetro,
hectômetro etc., mas elas se relacionam entre si. Por isso, primeiro vamos relembrar as
medidas de comprimento mais usadas e, em seguida, veremos as medidas agrárias.
1. Unidades de medidas
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), o metro (m) é considerado a unidade
principal de medida de comprimento. Os múltiplos do metro são o quilômetro (km), o
hectômetro (hm) e o decâmetro (dam) e os submúltiplos são o decímetro (dm), o centímetro
(cm) e o milímetro (mm).
x 10 x 10 x 10 x 10
x 10 x 10
: 10 : 10 : 10 : 10 : 10 : 10
• 1 dm equivale a 100 mm (andamos duas casas e, por isso, multiplicamos por 10 duas
vezes, isto é, por 100).
Da direita para a esquerda – devemos dividir pelo número 10 o número de casas que
tivermos de andar.
• 7 cm corresponde a 0,07 m, pois tivemos de andar duas casas para a esquerda e, dessa
forma, dividimos por 10 duas vezes.
Dica
' Você pode usar a mesma tabela para conversão de áreas, mas ao invés
de 10, deve multiplicar ou dividir por 100. Você também pode usar para 57
conversão de volumes, mas nesse caso, multiplique ou divida por 1000.
Outra medida de superfície comumente utilizada no Brasil é o alqueire, que tem como
principais variações regionais:
• 1 alqueire do norte = 27.225 m² = 2,72 ha
Exemplos:
1) Uma propriedade com 11 hectares é equivalente a uma propriedade com 110.000 m², pois:
1 ha = 10.000 m2 ⇒ 11 ha = 11 * 10.000 m2 = 110.000 m2
2) Um terreno com 2,42 hectares é equivalente a um terreno com 242 a, visto que:
2,42 * 100 = 242
3) Um lote de 5,5 alqueires paulistas é equivalente a um lote com 133.100 m², porque:
5,5 * 24.200 m2 = 133.100 m²
Encerramento do tema
Ao longo deste tema você estudou e praticou os conceitos fundamentais da matemática básica.
Aprendeu os diferentes conjuntos de números e como realizar operações entre números com
vírgulas ou frações. Conheceu proporcionalidade, regras de três e viu, ainda, potências e sua
relação com raízes. Fechamos o tema com as principais unidades de medidas agrárias.
No próximo tema, você estudará a matemática financeira. Para isso, certifique-se de ter
compreendido bem os conceitos que viu até aqui, pois eles auxiliarão no entendimento das
fórmulas e na resolução dos cálculos que virão.
Contudo, sua aplicação não se restringe apenas às empresas. A matemática financeira é uma
importante aliada para cálculos pessoais, como a melhor forma de efetuar o pagamento de
uma casa, de um carro ou até mesmo de eletrodomésticos e das compras do mês.
Fonte: Shutterstock
Ao longo deste tema, você estudará diferentes conceitos de modo que desenvolva competên-
cias para:
• Compreender e calcular juros simples e montante, juros exatos e comerciais.
• Calcular o valor presente e o valor futuro de uma renda imediata e de uma renda antecipada.
Comentário do Autor
No decorrer deste tema você verá muitos exemplos resolvidos, mas nem todos
os cálculos estão detalhados. O objetivo é que você compreenda os passos da
Antes de prosseguir, considere que a maioria das fórmulas presentes neste tema utiliza
potências e que, em alguns casos, será preciso calcular raízes. Para isso, você necessitará de
uma calculadora científica, dos modelos mais simples. Com ela você poderá calcular potências
e raízes de quaisquer números, conforme o que você aprendeu no tema anterior.
Dica
Você pode procurar a versão “calculadora científica” no seu celular, pode baixar
1. Conceitos
Antes de partir para os cálculos e exemplos, veja alguns conceitos importantes do universo
financeiro:
Taxa de juros (i) As taxas de juros podem ser escritas de duas formas:
Atenção
` 0,0125
1,25
= 100
63
Para entender melhor, acompanhe este exemplo: qual a taxa de juros cobrada em um
empréstimo de insumos agrícolas no valor de R$ 1.000 resgatado por R$ 1.200 ao final de um
ano?
200
i= = 0,20 a.a., ou 20% a.a.
1.000
Utilizando j para juros, P para capital, i para a taxa juros e n para período, podemos reescrever
a fórmula anterior assim:
j=P*i*n
Exemplos:
• Capital: P = 12.500
• Período: n = 18 meses
• Juros: j = ?
Note que o período e a taxa de juros estão na mesma unidade de tempo, ou seja, em
meses. Aplicando diretamente a fórmula anterior, calcularemos os juros simples:
Dados do problema:
• Taxa de juros: i = 36% a.a. = 0,36 a.a.
• Período: n = 8 meses
• Juros: j = 12.000
• Capital: é o valor do empréstimo que desejamos calcular, isto é, P = ?
3) Uma aplicação numa letra de crédito do agronegócio (LCA) de R$ 19.000, pelo prazo de
120 dias, obteve um rendimento de R$ 1.825. Qual a taxa anual de juros simples dessa
aplicação?
Dados:
• Capital: P = 19.000
1.825
1.825 = 19.000 * i * 120 ⟹ i = = 0,0008
2.280.000
Usando a fórmula dos juros simples e considerando F para montante, P para capital, i para
taxa de juros e n para período, o montante é calculado por:
F = P * (1 + i * n)
Note que a fórmula de juros simples e esta são iguais. Dependendo dos dados que tivermos
em mãos, podemos usar uma ou outra.
Exemplos:
1) Um fazendeiro aplicou R$ 2.700 em uma LCA a uma taxa de juros simples de 2,8% ao mês
pelo prazo de 3 meses. Quanto resgatou?
• Capital: P = 2.700
• Período: n = 3 meses
Note que o período e a taxa de juros são indexados em meses. Assim basta aplicar direta-
mente a fórmula anterior:
2) Calcular o valor dos juros e do montante de um capital de R$ 7.500 aplicado a uma taxa de
juros simples de 20% a.a., por 220 dias.
Dados:
• Capital: P = 7.500
• Juros: j = ?
Nesse exemplo é mais fácil usarmos a primeira fórmula para o montante, que é:
F=P+j
Porém ainda não sabemos os juros. Utilizando a fórmula dos juros simples, temos:
Dessa forma o valor dos juros é R$ 825. Por fim, vamos calcular o montante:
Exemplos:
1) Calcular o juro exato e o juro comercial de um capital de R$ 5.000 aplicado pelo prazo 40
dias à taxa de 36% a.a. por um fazendeiro que espera a entressafra.
Dados do problema:
• Capital: P = 5.000
• Período: n = 40 dias
68 JE =
5.000 * 0,36 * 40
=
72.000
= 197
365 365
Dados:
• Capital: P = 4.000
• Período: n = ?
• Juros: JE = ? e JC = ?
Primeiro devemos encontrar o período, isto é, o número de dias entre as duas datas. Para
isso, devemos usar a tabela de contagem de dias, que pode ser encontrada na biblioteca
do AVA. Consultando a tabela, vemos que:
• até 23/07 temos 204 dias;
Logo:
n = 204 - 106 = 98 dias
a) Utilizando a tabela de contagem de dias que se encontra na biblioteca do AVA, temos que
até 20/07 são 201 dias. Dessa forma:
b) Pela fórmula do montante, o valor pago pelo empréstimo considerando o juro exato é:
0,45
F = 4.500 * (1 + * 148) = 4.500 * (1 + 0,1824) = 5.321,10
365
c) Pela fórmula do montante, o valor pago pelo empréstimo considerando juro comercial é:
0,45
F = 4.500 * (1 + * 148) = 4.500 * (1 + 0,1850) = 5.332,50
360
f) D
etermine o montante gerado pela aplicação de um capital no valor de R$ 3.500 aplicado
no período de 18/05/2001 até 07/03/2003 e com taxa de juros comercial de 36% a.a.
Em outras palavras, podemos dizer que o título é “conta a ser paga” ou “boleto de pagamento”.
Esses títulos possuem datas de vencimento predeterminadas, mas o devedor tem o direito de
antecipar o pagamento. Caso isso aconteça, um abatimento chamado de desconto é efetuado.
Para calcular o valor nominal ou o valor atual de um título, utilizamos a seguinte fórmula:
N = V * (1 + i * n)
Exemplos:
1) Calcular o valor nominal de um título de R$ 5.000 assinado hoje, com vencimento daqui a
9 meses, com taxa de juros de 36% a.a.
Dados do problema:
• Período: 9 meses
Antes de aplicarmos a fórmula, devemos mudar a taxa de juros para “ao mês”, pois o
período é dado em meses. Nossa taxa é ao ano, e em um ano há 12 meses. Logo, para
encontrar a taxa mensal, temos de dividir a taxa anual por 12, isto é:
36% a.a.
i= = 3% a.m. = 0,03 a.m.
12
• Período: n = 5 meses
• Valor atual: V = ?
Primeiramente devemos converter a taxa de juros para meses, pois o período está em
meses. Logo, como em um ano há 12 meses e a nossa taxa de juros é anual, devemos
dividi-la por 12, isto é:
24% a.a.
i= = 2% a.m. = 0,02 a.m.
12
8.000
8.000 = V * (1 + 0,02 * 5) ⟹ V = = 7.272,72
1.1
Portanto o valor atual do título, cinco meses antes do seu vencimento, é R$ 7.272,72.
E T O
B OL
Os descontos podem ser simples ou com-
postos dependendo do regime de juros (se
simples ou composto). Os descontos (sim-
ples ou compostos) podem ser divididos em:
desconto comercial e desconto racional.
O valor líquido recebido ou valor atual comercial (VC) é dado pela seguinte fórmula:
VC = N * (1 - i * n)
Exemplos:
Dados do problema:
• Período: n = 3 meses
• Desconto: DC = ?
73
• Valor atual: VC = ?
Primeiramente devemos converter a taxa de juros para mensal. Como nossa taxa é anual
e em um ano há 12 meses, temos de dividi-la por 12:
60% a.a.
i= = 5% a.m. = 0,05 a.m.
12
Portanto, pagando a nota promissória três meses antes do vencimento, o devedor receberá
um desconto de R$ 2.250, pagando ao todo R$ 12.750.
Dados do problema:
• Período: n = ?
Portanto, encontramos um período de 0,75 de 1 ano, ou seja, 75% do ano. Para achar o
valor em meses, devemos primeiro encontrar o equivalente em dias e depois em meses.
Como cada mês (comercial) possui 30 dias, basta dividirmos o número de dias por 30:
270
n= = 9 meses
30
Comentário do Autor
d cada um dos tópicos, verifique se você conseguiu entender cada um dos passos
apresentados. Compreender o porquê de cada etapa na resolução é essencial
para que você possa resolver os exercícios com autonomia.
DR = V * i * n
DC = N * i * n DR = V * i * n
• 10% de 100 é 10, em dois meses seriam 20, logo deveríamos pagar R$ 80,00.
• Qual o valor que, tomado hoje à taxa de 10% a.m., daria 100 daqui a 60 dias? Para isso,
devemos calcular o valor que, com 20% de juros, dá 100. Fazendo 100÷1,20, encontramos
exatamente os R$ 83,33.
Dados:
• Período: n = 4 meses
• Desconto racional: DR = ?
76 30% a.a
i= = 2,5% a.m = 0,025 a.m.
12
4.600
0,025 * 4
• Valor nominal: N = ?
30% a.a.
i= = 0,083 % a.d. = 0,00083 a.d.
360
d) Uma agropecuarista pretende saldar um título de valor nominal R$ 5.000 quatro meses
antes de seu vencimento a uma taxa de desconto racional de 48% a.a. Calcule o valor do
desconto racional e o valor atual racional.
77
F = P * (1 + i) n
Como nos juros compostos a taxa incide sobre o valor acumulado, e não sobre o capital inicial,
a taxa (i) é somada a 1 e elevada ao período (n). Conseguiu perceber essa diferença em relação
aos juros simples, que você estudou antes? Lembre-se de que o período de tempo e a taxa de
juros devem estar na mesma unidade de tempo.
• Capital: P = 1.200
• Período: n = 8 meses
• Montante: F = ?
Como o período e a taxa são indexadas pelo mês, basta aplicar a fórmula do montante para
juros compostos:
F = 1.200 * (1 + 0,035) 8 = 1.200 * 1,31 = 1.571
Juros simples
Agora, usando os mesmos dados do exemplo anterior, vamos calcular o valor de resgate usando
os juros simples com a fórmula F = P * (1 + i * n). Assim temos:
No regime de juros simples, os juros de cada período são sempre calculados em função do
capital inicial (principal) aplicado. Os juros do período não são somados ao capital para o cálculo
de novos juros nos períodos seguintes, assim o valor do resgate é R$ 1.536. Diferentemente
da capitalização simples, na capitalização composta ou nos juros compostos há a incidência de
juros sobre juros. Dessa forma, como você pôde perceber, o valor do resgate com os mesmos
dados, porém utilizando juros compostos, é R$ 1.571.
Dados:
• Capital: P = 4.000
• Montante: F = 4.862,03
• Período: n = 4 meses
• Taxa de juros: i = ?a.m.
4.862,03
4.863,03 = 4.000 * (1+i)4 ⟹ = = (1 + i)4
4.000
4
Informação extra
O
Até agora calculamos o montante nos juros compostos. Para calcular os juros,
utilizamos a seguinte fórmula:
J = P * [ (1+i ) n -1 ]
Dados do enunciado:
• Capital: P = 8.000
79
• Período: n = 5 meses
• Juros compostos: J = ?
Basta aplicarmos a fórmula, já que o período e a taxa de juros estão em meses. Logo:
Note que, no regime de capitalização simples, os juros são calculados utilizando como
base o capital inicial e geram o valor de R$ 2.220. Já no regime de capitalização composta,
as taxas de juros são aplicadas sobre o capital acumulado dos juros, gerando o valor de
R$ 2.455,68.
2. Equivalência de taxas
O conceito de taxas equivalentes é bastante utilizado no mercado financeiro. Dizemos que
duas taxas são equivalentes, quando aplicadas a um mesmo capital e durante o mesmo
prazo de aplicação, se elas produzirem montantes iguais.
Por exemplo, as taxas 0,025 a.m. e 0,34488882 a.a. são equivalentes, pois, se aplicadas ao
mesmo capital de R$ 1.500,00 pelo prazo de 2 anos (ou 24 meses), produzem montantes
iguais. De fato:
F = 1.500 * (1+0,025)24 = 1.500 * 1.8087 = 2.713,09
Exemplos:
Dados do problema:
• Taxa: i = 2% a.m. = 0,02 a.m.
Dados:
• Taxa: i = 4,5% a.t. = 0,045 a.t.
Comentário do Autor
É importante que você observe aqui que a conversão de uma taxa anual em
b) Consideremos uma aplicação num fundo rural de R$ 10.000 a uma taxa de juros compostos
de 10% a.a. pelo prazo de 4 anos. Determine o montante.
Uma operação bastante utilizada no meio financeiro são os descontos, que se referem ao
abatimento que recebemos no pagamento de um título antes do vencimento estabelecido.
Assim como temos os juros simples e os descontos simples, os descontos podem também ser
simples ou compostos. Existem os descontos compostos comerciais e os racionais.
Contudo, no desconto composto o valor nominal ou o valor atual de um título são calculados
pela taxa de juros compostos. Por isso, utilizamos a seguinte fórmula:
N = V * (1+i)n
Exemplos:
1) Quanto vale hoje um título que vence só daqui a 5 meses, de valor nominal R$ 4.690, se a
taxa de juros é de 1,75% a.m.?
4.690 4.690
4.690 = V * (1 + 0,0175)5 ⇒ V = = = 4.300,32
(1,0175)5 1,09062
2) Deseja-se resgatar um título com valor nominal de R$ 8.000 faltando 2 meses para o seu
vencimento. Determine o valor atual sabendo que a taxa de desconto é igual a 3% ao mês.
Dados do problema:
• Período: n = 2 meses
Valor atual: V = ?
8.000 8.000
8.000 = V * (1 + 0,03)2 ⇒ V = = = 7.540,77
(1,03)2 1,0609
dc = N * [1 - (1-i)n ]
Exemplos:
1) Certo cliente descontou um título, de valor nominal R$ 6.700, 7 meses antes de seu
vencimento a uma taxa de desconto comercial de 3,5% a.m. Calcular o valor do desconto
comercial e o valor recebido pelo cliente.
Dados do exemplo:
• Valor nominal: N=6.700
84 • Desconto comercial: dc = ?
• Valor atual: Vc = ?
2) Um título de valor nominal R$ 6.500 foi descontado 8 meses antes de seu vencimento, e o
valor líquido recebido pelo seu portador é R$ 4.980. Determinar a taxa mensal de desconto
comercial.
Dados do problema:
• Período: n = 8 meses
Vamos utilizar a fórmula do valor atual e isolar a incógnita i, lembrando que a operação
inversa da potência é a raiz:
4.980
4.980 = 6.500 * (1 - i)8 ⟹ = (1-i)8
6.500
8 8
4.980 4.980
⟹ = 1-i ⟹ i = 1- = 1- 0,967 = 0,0327
6.500 6.500
O desconto racional (dr) é a diferença entre o valor nominal (N) e o valor atual (Vr) de um título
descontado n períodos antes de seu vencimento, ou seja:
dr = N - Vr
dr = N * 1
[- [ 1
(1 + i)n
Dica
Exemplos:
• Desconto racional: dr = ?
[
dr = 5.480 * 1 -
1
(1 + 0,0475) 5 [ [
= 5.480 * 1 -
1
1,26116 [ = 1.134,79
5.480
Vr = = 4.345,21
(1 + 0,0475)5
• Período: n = 8 trimestres
Primeiramente devemos perceber que a taxa de juros é anual e nosso período é trimestral.
Dessa forma precisamos encontrar a taxa de juros trimestral equivalente à taxa anual
dada. Para isso utilizamos a fórmula de equivalência de taxas:
nd
nc
ieq = (1+i) -1
[
dr = 7.500 * 1 -
1
(1 + 0,05737126344)8 [ = 2.699,99
O valor atual ou valor presente de uma série de pagamentos ou anuidades é a soma dos
valores atuais dos seus termos. Essa soma é realizada para uma mesma data e à mesma taxa
de juros compostos. Analogamente, o montante ou valor futuro de uma série de pagamentos
ou anuidades é a soma dos montantes ou valores futuros de seus termos, considerada uma
dada taxa de juros compostos e uma data.
87
Legenda: A compra de imóveis, por exemplo, costuma ser feita por meio de uma série de pagamentos.
Quando falamos de “anuidade”, por exemplo, entendemos que as séries de pagamentos são,
simultaneamente:
• finitas ou temporárias;
• uniformes ou constantes;
• imediatas e postecipadas;
• periódicas;
• e que a taxa de juros (i) seja referida ao mesmo período dos termos.
Para compreender melhor esse assunto, fique atento aos cálculos de valor presente e mon-
tante de uma anuidade imediata apresentados a seguir.
(1 + i)n - 1
P=R*
(1 + i)n * i
Como a taxa de juros e o período estão na mesma unidade de tempo, basta aplicarmos a
fórmula:
(1 + 0,045)6 -1 0,3022
P = 81,43* = 81,43 * = 81,43 * 5,1569 = 419,92
(1 + 0,045)6 * 0,045 0,0586
2) Um pulverizador e uma motosserra custam R$ 2.500 à vista, mas podem ser financiados
sem entrada em 18 parcelas mensais iguais e sucessivas à taxa de juros de 3,5% a.m.
Calcule o valor de cada prestação.
Dados do problema:
• Capital: P = 2.500
• Período: n = 18 meses
90 (1+0,035)18 - 1 0,8574
2.500 = R * =R* = R * 13,1907
(1+0,035)18 * 0,035 0,0650
2.500
⟹R= = 189,54
13,1907
3) Um sítio foi adquirido com uma entrada de R$ 30.000 mais 48 prestações mensais de R$
3.339,69. Qual o preço à vista do sítio se a taxa de juros do mercado imobiliário é de 1,25%
a.m.?
Dados:
• Entrada: 30.000
• Período: n = 48 meses
• Capital: P = ?
Note que, como foi dada uma entrada, o valor que encontrarmos com a fórmula deverá
ser somado ao valor da entrada para que tenhamos o valor à vista do sítio. Vamos aplicar
a fórmula:
(1 + 0,0125)48 - 1
P = 3.339,69 * = 120.000
(1 + 0,0125)48 * 0,0125
⟹P=120.000
Logo, o valor parcelado foi de 6 R$ 120.000 e com isso o preço à vista do sítio é:
(1 + i)n - 1
F=R*
i
1) Uma pessoa deposita mensalmente R$ 600,00 num fundo que rende juros compostos à
taxa de 1,5% a.m. Qual será seu montante no instante imediatamente após o 30o depósito?
Dados:
• Valor de cada depósito: R = 600
• Período: n = 30 meses
• Montante: F = ?
(1 + 0,015)30 - 1 0,5630
F = 600 * = 600 * = 600 * 37.53 = 22.518
0,015 0,015
2) Certa pessoa deseja comprar um carro por R$ 25.000 à vista daqui a 18 meses. Admitindo
que ela vá poupar certa quantia mensal que será aplicada em título de renda fixa à taxa de
2,15% a.m. de juros compostos, determine quanto deve ser poupado mensalmente.
Dados do problema:
• Montante: F = 25.000
• Período: n = 18
(1 + 0,0215)18 - 1 0,4665
2.500 = R * =R* = R * 21,69
0,0215 0,0215
25.000
⟹R= = 1.152,60
21,69
92 Observe que uma série de pagamentos pode servir tanto para quitar uma
d dívida, parcelando o valor, como para juntar dinheiro (capitalizar), com parcelas
periódicas. Fique atento ao que pede cada situação, principalmente nas unidades
de tempo da taxa de juros e dos períodos.
b) Uma loja vende uma motosserra por R$ 1.200 à vista ou financia essa quantia em 5
prestações mensais iguais sem entrada. Qual o valor de cada prestação se a taxa de juros
compostos cobrada for de 2,5% a.m.?
c) O dono de uma granja deposita mensalmente R$ 450,00. Sabendo-se que a taxa de juros
da aplicação é de 1,12% a.m., quanto ele possuirá ao final de dois anos?
Sistema de
pagamento Ocorrem vários pagamentos diferenciados durante o período.
variável
• Prestação: amortização+juros
Para entender melhor, acompanhe os exemplos a seguir, resolvidos com o auxílio de uma
planilha para melhor visualização das fórmulas anteriores.
Dados do enunciado:
• Período: n = 10 meses
100.000
A = 10
= 10.000
Em seguida, podemos construir a tabela com os cálculos do saldo devedor, dos juros e da
prestação em cada mês:
t=0 100.000 – – –
t=1 100.000 – 10.000 = 90.000 10.000 100.000 x 0,045 = 4.500 10.000 + 4.500 = 14.500
t=2 90.000 – 10.000 = 80.000 10.000 90.000 x 0,045 = 4.050 10.000 + 4.050 = 14.050
t=3 80.000 – 10.000 = 70.000 10.000 80.000 x 0,045 = 3.600 10.000 + 3.600 = 13.600
t=4 70.000 – 10.000 = 60.000 10.000 70.000 x 0,045 = 3.150 10.000 + 3.150 = 13.150
t=5 60.000 – 10.000 = 50.000 10.000 60.000 x 0,045 = 2.700 10.000 + 2.700 = 12.700
t=6 50.000 – 10.000 = 40.000 10.000 50.000 x 0,045 = 2.250 10.000 + 2.250 = 12.250
t=7 40.000 – 10.000 = 30.000 10.000 40.000 x 0,045 = 1.800 10.000 + 1.800 = 11.800
t=8 30.000 – 10.000 = 20.000 10.000 30.000 x 0,045 = 1.350 10.000 + 1.350 = 11.350
t=9 20.000 – 10.000 = 10.000 10.000 20.000 x 0,045 = 900 10.000 + 900 = 10.900
Observe que o juro é calculado sobre o valor do saldo devedor e as prestações são obtidas por
meio da soma do juro do período com o valor da amortização. Ao ser paga a última parcela, o
último saldo devedor é anulado, já que essa parcela contém a última amortização.
• Período: n = 5 meses
t=0 20.000 – – –
t=1 20.000 – 4.000 = 16.000 4.000 20.000 x 0.035 = 700 4.000 + 700 = 4.700
t=2 16.000 – 4.000 = 12.000 4.000 16.000 x 0,035 = 560 4.000 + 560 = 4.560
t=3 12.000 – 4.000 = 8.000 4.000 12.000 x 0,035 = 420 4.000 + 420 = 4.420
t=4 8.000 – 4.000 = 4.000 4.000 8.000 x 0,035 = 280 4.000 + 280 = 4.280
t=5 4.000 – 4.000 = 0 4.000 4.000 x 0,035 = 140 4.000 + 140 = 4.140
Dica
95
' Acesse o AVA e confira um tutorial de como elaborar uma planilha de
amortização constante utilizando o Microsoft Excel.
Uma empresa pede emprestados R$ 100.000 a um banco, que entrega o capital no ato e sem
carência. Sabendo que os juros serão pagos mensalmente, que a taxa de juros é de 4,5% a.m.
e que o capital será amortizado em 10 parcelas mensais, calcule:
Dados do enunciado:
• Período: n = 10 meses
100.000
• Amortização: A = 10
= 10.000
0,045 * 10.000 * 6 *
( 2 * 10 - 6 + 1
2 ( = 450 * 6 *
( (15
2
= 20.250
Se quiser, você pode conferir esses dados na planilha de amortização que apresentamos no
início deste subtópico.
Ao realizar determinado investimento, devemos levar em conta várias alternativas para sua
execução final. O conjunto de certos métodos utilizados para otimizar as alternativas propostas
é denominado análise de investimentos.
• reposição de equipamentos;
Comentário do Autor
Entrada (+)
0 1 2 3 (meses)
Saída (-)
10.000
99
Mês 0 1 2 3
Valor em reais 10.000 3.000 5.000 7.500
• Taxa mínima de atratividade (TMA) – é a taxa de juros mínima aceita pelo investidor
para optar por determinado projeto de investimento. Exemplos:
• Pessoa jurídica – taxa de juros dos bancos comerciais, ou taxa de juros dos bancos de
investimentos.
Valor presente Este cálculo leva em conta o valor do dinheiro no tempo. Portanto, todas
líquido (VPL) as entradas e saídas de caixa são tratadas no tempo presente.
Taxa interna de É a taxa que iguala as entradas de caixa ao valor a ser investido em um
retorno (TIR) projeto.
Veja a seguir como funciona o método do valor presente líquido (VPL), um dos mais utilizados
na análise de investimentos.
Mês 0 1 2 3
• CF0=10.000
Como o VPL é R$ 3.293,17 (portanto maior que zero), o investimento é atrativo. Este valor
do VPL corresponde ao ganho dos investimentos além da taxa mínima de atratividade.
2) Examinar se o projeto a seguir pode ser aceito, adotando-se uma taxa de juros de 8% a.m.
• Investimento inicial: R$ 8.000
102
Meses 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Capital 8.000 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900 + 2.000
Vamos aplicar a fórmula do VPL e avaliar esse investimento, em que temos os seguintes dados:
• t de 0 a 10
• CF0=8.000
• Valor residual: R$ 2.000 (este valor deve ser somado à última parcela)
= 833,33+771,60+714,45 +661,53+612,52+567,15+525,14+486,24+450,22+1.343,26-8.000
= -1.034,56
Como o VPL de - 1.034,56 < 0 , logo o projeto não deve ser aceito.
3) Dois projetos estão sendo analisados para um investimento. Os seguintes dados foram
obtidos, conforme o quadro a seguir. Sabendo que a taxa mínima de atratividade é 10%
a.a., qual o melhor projeto?
Projeto A Projeto B
Anos 0 De 1 a 9 10
• CF0 = 2.000
=1.181,82+1.074,38+976,71+887,92+807,20+733,82+667,11+606,46+551,33+616,87-2.000
=6.103,60
103
Logo, o VPL do Projeto A é de R$ 6.103,60.
Anos 0 De 1 a 9 10
• CF0 = 2.500
= 7.504,80
Conclusão: como o VPL do Projeto B é maior que o VPL do Projeto A, concluímos que o
Projeto B deve ser o escolhido, pois apresenta melhor resultado financeiro.
Comentário do Autor
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7
b) Duas máquinas estão sendo analisadas para um investimento a uma taxa de atratividade
de 10% a.a. Determinar qual máquina a ser escolhida.
Máquina A Máquina B
Anos 0 De 1 a 7 8
Anos 0 1 a 11 12
Encerramento do tema
A matemática financeira é essencial para analisar os custos e os investimentos que são 105
mais adequados, a curto ou longo prazo, dependendo da estratégia adotada pela empresa.
Também é uma importante aliada para cálculos corriqueiros, como ao comprar uma casa, um
carro ou até mesmo eletrodomésticos e a compra do mês.
Neste tema você aprendeu a calcular juros e descontos (simples e compostos), série de
pagamentos e amortização. Viu também algumas noções de análise de investimentos para
verificar a viabilidade econômica financeira de um projeto por meio do método do valor
presente líquido.
Fonte: Shutterstock.
107
Veremos a seguir alguns conceitos básicos de estatística, medidas de tendência central
(média, mediana e moda) e medidas de dispersão (amplitude, desvio médio, desvio-padrão e
variância). Ao final deste tema, espera-se que você possa:
• Identificar os conceitos básicos de estatística e alguns modelos de tendência centrais.
O resumo de conjuntos de dados é feito por meio das medidas, já a organização e apresentação
são feitas pelas distribuições de frequências e dos gráficos ou diagramas.
108 É comum que os dados de interesse sejam muitos. Dessa forma, mesmo com
d toda tecnologia de que dispomos nos dias atuais, é inviável estudar todo o
conjunto de dados. Essa restrição é geralmente imposta pelo custo excessivo de
uma análise completa e minuciosa de muitos elementos. Nesse caso, estudamos
uma parte do conjunto.
Fonte: IBGE.
Como não se trabalha com toda a população, e sim com uma parte, é importante salientar
que o processo de amostragem envolve riscos. Para fornecer uma ideia do risco envolvido,
pode ser utilizada a teoria da probabilidade, ou seja, do erro que se pode cometer ao utilizar
uma amostra em vez de toda a população. A coleção de métodos e técnicas empregados
para estudar uma população com base em amostras probabilísticas dessa mesma população
recebe o nome de estatística indutiva.
Fonte: Shutterstock.
Um conjunto de dados, de qualquer tamanho, pode ser resumido de acordo com as medi-
109
das de tendência central ou as medidas de dispersão, entre outras. Veja agora mais detalhes
dessas formas de medidas.
110 A média é uma das principais e mais usadas medidas de posição. Ela pode ser classifica em
simples ou ponderada.
Nos cálculos que envolvem média aritmética simples, todas as ocorrências têm exatamente
a mesma importância ou o mesmo peso. Para calcularmos a média aritmética simples de
um conjunto de dados, devemos somar todos os valores e dividirmos pela quantidade deles.
Assim, dados n valores representados por x 1 , x 2 , …, x n , a média aritmética simples será:
x1+x2+...+xn
n
Exemplos:
4 + 7 + 6 + 8 + 10 35
= =7
5 5
2) Um fazendeiro trabalha durante uma semana 10, 14, 13, 15, 16, 18 e 12 horas. Podemos
calcular a média de horas trabalhadas na semana, isto é, em 7 dias. De fato:
10 + 14 + 13 + 15 + 16 +18 +12 98
= = 14
7 7
Portanto, ele trabalhou uma média de 14 horas por dia na semana analisada.
No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do conjunto por seu “peso”, isto
é, sua importância relativa, e dividimos pela soma dos pesos. Dados n valores x1 , x2 ,…, xn e
pesos p1 , p2 ,…, pn , temos a média aritmética ponderada, calculada por:
p1 * x1 + p2 * x2 +...+ pn* xn
p1 + p2 +... pn
3 * 8 + 3 * 7,5 + 2 * 5 + 2 * 4 64,5
= = 6,45
3+3+2+2 10
1.3. Mediana
Mediana é o valor que divide o conjunto de dados em dois subconjuntos de mesmo tamanho.
De uma forma mais simples, é o valor que divide o conjunto de dados ao meio.
Para calcular a mediana de um conjunto de dados, primeiro devemos colocar todos os dados em
ordem crescente, isto é, ordenar do menor para o maior. Depois precisamos ficar atentos para
o número de elementos, pois, se for ímpar, procedemos de uma forma e, se for par, de outra. 111
Número ímpar de Quando o número de elementos for ímpar, a mediana será o elemento
elementos do meio.
Exemplo:
Observe que temos um número ímpar de dados (9). Desse modo a mediana é o elemento
do meio, no caso o número 1.300. Portanto a mediana desse conjunto é 1.300.
1.500, 1.300, 1.200, 1.250, 1.600, 1.100, 1.450, 1.210, 1.980, 1.420
1.100, 1.200, 1.210, 1.250, 1.300, 1.420, 1.450, 1.500, 1.600, 1.980
Nesse conjunto existem 10 elementos. No caso a mediana será a média aritmética simples
dos dois valores centrais, isto é, entre os valores 1.300 e 1.420:
1.4. Moda
Quando analisamos um conjunto de dados e um valor aparece com mais frequência, isto é,
mais vezes, esse valor é chamado de moda.
Exemplos:
1) A seguir está uma lista com as idades de 20 crianças de um projeto social rural:
12, 11, 12, 13, 12, 11, 13, 12, 12, 11, 14, 13, 13, 12, 11, 12, 13, 14, 11, 14
Como a moda é o elemento que se repete o maior número de vezes, nesse caso a moda
do conjunto de idades é o número 12.
4) Temos a seguir as alturas de um grupo de pessoas: 1,82 m, 1,75 m, 1,65 m, 1,58 m e 1,70 m.
Nesse caso, não há moda, porque nenhum valor se repete.
Legenda: A média, a mediana e a moda são úteis quando se quer analisar os pesos dos bovinos de determinado rebanho, por
exemplo.
Fonte: Shutterstock
113
2. Medidas de dispersão
Você acabou de estudar as medidas de tendência central média, mediana e moda. Elas descrevem
apenas uma das características dos valores numéricos de um conjunto de observações: o da
tendência central, como o próprio nome diz. Porém, nenhuma delas informa sobre o grau
de variação ou dispersão dos valores observados. Por exemplo, os dois conjuntos a seguir
possuem variações distintas, mas suas médias aritméticas simples são iguais:
• Grupo A: 7, 7, 7, 7
7+7+7+7 média B= 0 + 5 + 10 + 10 + 10 = 7
média A= =7
4 5
2.1. Amplitude
A mais simples das medidas de dispersão é a amplitude, definida como a diferença entre os
valores extremos do conjunto – ou seja, subtraímos o primeiro termo do último.
Por exemplo, se listarmos as idades de funcionários de uma lavoura e obtermos 42, 34, 32,
27, 39, 29, 45, para calcularmos a amplitude dessas idades, devemos primeiro colocá-las em
ordem. Teremos então: 27, 29, 32, 34, 39, 42, 45. Para saber a amplitude, basta calcularmos o
último menos o primeiro: 45 - 27= 18.
Comentário do autor
d Note que, pelo valor da amplitude, você pode observar se a diferença entre o
primeiro e o último termo é muito grande.
De forma mais geral, se temos n valores x1 , x2 ,…, xn e a média aritmética simples desses valores
é m, então os desvios são calculados da seguinte forma:
d1 = x1 - m; d2 = x2 -m; …; dn = xn -m
Dessa forma, o desvio médio é a média aritmética simples dos desvios sem seus sinais, que
podemos representar como:
l d1 l + l d2 l + ... + l dn
n
As barras | | significam que devemos desconsiderar o sinal de cada d, ou seja, colocar o sinal
+ todos.
Exemplos:
7+8+9+8+7+9+8 56
= = 8 horas
7 7
Vamos calcular agora o desvio em relação à média 8 horas. Observe que os dados das horas
não estão muito distantes da média calculada. Dessa forma é de se esperar que o desvio
médio seja um valor “pequeno”. Para isso devemos subtrair da média cada valor de horas:
7-8=-1
8-8=0
9-8=1
8-8=0
7 - 8 = -1
9-8=1
8-8=0
115
Por fim, para calcular o desvio médio, temos de fazer a média aritmética simples dos
desvios, desconsiderando seus sinais. Desse modo, temos:
1+0+1+0+1+1+0 4
= = 0,57
7 7
Portanto o desvio médio é 0,57. Isso nos diz que cada elemento varia 0,57 da média
aritmética, tanto para mais quanto para menos.
2 + 5 + 8 + 15 + 20 50
= = 10
5 5
20 - 10 = 10
Por fim calculamos a média aritmética simples dos desvios, sem os sinais, e obtemos o desvio
médio:
8 + 5 + 2 + 5 + 10 30
= =6
5 5
2.3. Variância
A variância é a média aritmética ao quadrado dos desvios. Então, se temos n valores x1 , x2 ,…, xn
e a média deles é m, para calcularmos a variância, fazemos:
( d1 )2 + ( d2 )2 + ...+ ( dn )2
n
A variância nos mostra o quão longe da média está o conjunto de dados. Veja a análise no
exemplo a seguir.
Em uma semana, um agricultor vende sacas de café nas seguintes quantidades: 10, 9, 11, 12 e
8. Vamos calcular a média aritmética simples de sacas vendidas nessa semana:
10 + 9 + 11 + 12 + 8 50
= = 10
5 5
Então a venda média é de 10 sacas por dia. Note que nem todos os dias foram vendidas 10
sacas. Podemos verificar essa diferença da média calculando a variância, por meio da fórmula:
2.4. Desvio-padrão
O desvio-padrão é a raiz quadrada da variância. Logo, se temos n variáveis x 1 , x 2 ,…, x n e sua
média aritmética simples é m, então o desvio-padrão é calculado pela seguinte fórmula:
2
(d1 )2 + (d2 )2 +...+ (dn )2
n
2
2 = 1,4
Portanto o desvio-padrão, ou seja, o afastamento entre os dados e a média das vendas de sacas
de café durante a semana, foi de aproximadamente 1,4 saca.
118 a) Levantou-se que os alunos do curso Técnico em Agronegócio têm ao todo 11 filhos, cujas
idades são iguais a: 11, 11, 11, 12, 12, 13, 13, 13, 13, 15, 16. A moda e a mediana desses 11
valores correspondem a que números?
b) Numa empresa rural, 20 engenheiros agrícolas têm salário de 4.000 mensais; 10 técnicos,
de 3.000 mensais; e 30 operários, de 2.000 mensais. Qual é o salário médio dos funcionários
dessa empresa?
c) A média das idades de cinco colaboradores de uma fazenda é 23,2 anos. Se um membro
dessa equipe, que possui 27 anos, for substituído por outro colaborador externo de 20
anos e os demais colaboradores forem mantidos, então qual passará a ser a média de
idade dessa equipe, em anos?
d) Considere um grupo formado por cinco filhos de fazendeiros com idade de 13, 13, 14, 14
e 15 anos. O que acontece com a média de idade desse grupo se um sexto amigo com 16
anos se juntar ao grupo?
e) O fazendeiro João vendeu 3 sacas de café a mais que Paulo, que vendeu 6 sacas a mais
que o cafeicultor Luiz. A média aritmética entre os três foi de 6 sacas. Quantas sacas Paulo
vendeu?
f) Sete bezerros foram pesados, e os resultados em quilogramas foram: 57; 62,9; 63,5; 64,1; 66,1;
67,1; 73,6. Calcule a média, a variância e o desvio-padrão.
Com suposições adequadas, podemos criar um modelo teórico que reproduza a distribuição
de frequências. Tais modelos são chamados modelos probabilísticos, e veremos algumas de
suas noções neste tópico.
1. Conceitos básicos
A probabilidade é um número que varia de 0 a 1 e que mede a chance de ocorrência de
determinado resultado. Quanto mais próxima de zero for a probabilidade, menores serão as
chances de ocorrer o resultado; e, quanto mais próxima de um for a probabilidade, maiores
serão as chances.
Legenda: A probabilidade de se ganhar na Mega-Sena, por exemplo, é de 1 em 50.063.860 (cinquenta milhões, sessenta e três
mil oitocentos e sessenta).
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
120 Em uma tentativa com um número limitado de resultados, todos com chances iguais, devemos
considerar:
2. Cálculo de probabilidades
A partir de agora você verá como calcular probabilidades de eventos únicos, dependentes
ou independentes e da união de dois eventos. A forma de realizar esses cálculos é muito
parecida, mas existem detalhes que precisam ser ressaltados. Então, fique atento!
1
≈ 0,16
6
3 1
= = 0,5
6 2
Portanto temos 50% de chance de obter um número par num lançamento de um dado.
Note que, intuitivamente, faz sentido o resultado que obtivemos, pois, num dado com
números de 1 a 6, metade dos números são pares e a outra metade são ímpares. Logo
temos 50% de chance para cada uma dessas possibilidades.
3) Um fazendeiro numera seus 50 funcionários para que um sorteio de bonificação seja feito.
Se ele sortear ao acaso um número de 1 a 50, qual a probabilidade de sair um múltiplo de 4?
• Eventos: todos os múltiplos do número 4 entre 1 e 50, ou seja, {4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,
36, 40, 44, 48}. 121
• Cálculo da probabilidade: devemos dividir o número de elementos dos eventos pela
quantidade total de número do espaço amostral. Logo:
12 6
= = 0,24
50 25
a) 15?
• Espaço amostral: conjunto de números entre 1 e 100, isto é, {1, 2,…, 100}.
• Eventos: os números maiores que 85 até 100, isto é, {86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95,
96, 97, 98, 99, 100}.
• Eventos: entre os números 1 e 100, os únicos formados apenas por um algarismo são {1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}.
9
• Probabilidade: = 0,09, ou 9% de chance.
100
Para realizar o cálculo dessas probabilidades, devemos verificar se os eventos são indepen-
dentes ou dependentes. Vejamos estes dois casos e como procedemos.
Vejamos primeiro as possibilidades que existem para esses lançamentos formados por
uma posição da moeda e um número do dado: (cara, 1), (cara, 2), ..., (cara, 6), (coroa, 1),
(coroa, 2), ... ou (coroa, 6). São possíveis 12 resultados diferentes, dos quais apenas (coroa,
2), (coroa, 4) e (coroa, 6) nos interessa, isto é, apenas 3 em 12 (25%).
Note que os eventos “lançar uma moeda” e “lançar um dado” são independentes, pois
um não influencia no outro. Então, para calcular essa probabilidade simultânea, devemos
determinar cada probabilidade em separado e depois multiplicá-las. Analisando os dados
do problema, podemos ver:
• Espaço amostral da moeda: todas as possibilidades de escolhas são {cara, coroa}.
• Eventos do dado: como queremos apenas os pares, temos o conjunto {2, 4, 6}.
3 1
• Probabilidade do dado: = = 0,5, ou 50% de chance de tirarmos um número par.
6 2
Portanto temos 25% de chance de tirarmos uma coroa na moeda e um número par no
dado quando jogados ao mesmo tempo.
123
2) Numa urna há 30 bolinhas numeradas de 1 a 30. Serão retiradas dessa urna duas bolinhas,
ao acaso, uma após a outra, sem reposição. Qual a probabilidade de sair um múltiplo de
10 na primeira e um número ímpar na segunda?
Note que os eventos “tirar um múltiplo de 10” e “tirar um número ímpar” são dependentes,
pois, quando retiramos a primeira bolinha, não a devolvemos antes de retirar a segunda.
Dessa forma, quando tiramos a primeira bolinha interferimos na probabilidade da segunda.
Vamos analisar cada caso:
• Espaço amostral múltiplo de 10: todas as possibilidades entre 1 e 30, ou seja, {1, 2,…, 30}.
• Eventos múltiplos de 10: todos os múltiplos de 10 entre 1 e 30, isto é, {10, 20, 30}.
1 15 15 3
* = = ≈ 0,05
10 29 290 58
3 2 1 4 2
+ - = = ≈ 0,66 ou 66%
6 6 6 6 3
b) Três moedas são lançadas ao mesmo tempo. Qual é a probabilidade de as três caírem com
a mesma face para cima?
c) Um casal pretende ter filhos. Sabe-se que a cada mês a probabilidade de a mulher
engravidar é de 20%. Qual é a probabilidade de ela vir a engravidar somente no quarto
mês de tentativas?
d) Em uma caixa há 2 fichas amarelas, 5 fichas azuis e 7 fichas verdes. Se retirarmos uma
única ficha, qual a probabilidade de ela ser verde ou amarela?
Encerramento do tema
Desenvolvemos, ao longo deste tema, os conceitos básicos de estatística e da teoria de
probabilidades. Os casos aqui apresentados podem ser transpostos para o dia a dia do
técnico em agronegócio ou em qualquer outra área. Os métodos apresentados podem ser
utilizados em diversas situações e fornecer dados que possam ajudar na tomada de decisões
importantes em que deve se lidar com certo risco.
125
Dentro da cadeia do agronegócio, estão as propriedades rurais, com suas múltiplas atividades,
os bancos que fornecem créditos, a indústria de insumos agrícolas, a indústria de tratores e
peças, as lojas veterinárias e os laboratórios que fornecem vacinas e rações para pecuária
de corte e leiteira. O gestor em agronegócio sempre terá de lidar com números e contas que
estão ligados a esses segmentos, como quantidade, valor de produtos a serem comprados ou
vendidos, valor de remuneração salarial, valor de maquinários, entre outros.
Fonte: Shutterstock
Grande parte da matemática é baseada em deduções lógicas, dependentes umas das outras.
Devemos ser capazes de partir um problema em etapas lógicas e resolvê-lo passo a passo,
usando técnicas que muitas vezes são o resultado de anos de aprendizagem. O raciocínio
que temos de desenvolver para a resolução dos problemas matemáticos pode, e deve, ser
empregado em muitas outras áreas do conhecimento, como no próprio agronegócio.
Estude este material sempre que for necessário, visto que são conteúdos que aparecerão
novamente em outras unidades curriculares.
Sucesso!
127
a) ℕ, ℤ, ℚ e ℝ b) I e ℝ c) ℚ e ℝ d) ℚ e ℝ e) I e ℝ
f) ℕ, ℤ, ℚ e ℝ g) ℚ e ℝ h) ℚ e ℝ i) ℚ e ℝ j) I e ℝ
a) 4 b) 1 c) -15 d) -6 e) 10 f) 10 g) -2
h) -2 i) -2 j) 2 k) 8 l) -15 m) 21 n) 18
o) 1 p) 0,125 q) 180 e 180 r) 18 e 20
a) 3
b) - 2 c) 1 d) 2 e) 122 f) 1
10 3 3 15 105 15
2 3 5
g) h) - 10 i) j) k) 4
3 3 16 3 9
a) 2 b) -2 c) 1 d) 5 e) 0
f) -2 g) 9/8 h) 1/3 i) 6 j) 4
a) 1.360 b) 30 c) 240
d) 10 e) 75%, 16%, 250%, 33,33% f) 27, 27, 44,1, 715, 69, 96
d) 2 e) -3
a) 2 5 b) 5 2 c) 24 = 2 6
3 4 1
3
f) 4 g) 2 18 h) 3 i) 23 e 5
2 4 53
a)
t=0 120.000 - - -
12.000 + 4.800 =
t=3 96.000 – 12.000 = 84.000 12.000 96.000 x 0,05 = 4.800
16.800
12.000 + 4.200 =
t=4 84.000 – 12.000 = 72.000 12.000 84.000 x 0,05 = 4.200
16.200
12.000 + 3.600 =
t= 5 72.000 – 12.000 = 60.000 12.000 72.000 x 0,05 = 3.600
15.600
12.000 + 3.000 =
t= 6 60.000 – 12.000 = 48.000 12.000 60.000 x 0,05 = 3.000
15.000
12.000 + 2.400 =
t= 7 48.000 – 12.000 = 36.000 12.000 48.000 x 0,05 = 2.400
14.400
12.000 + 1.800 =
t= 8 36.000 – 12.000 = 24.000 12.000 36.000 x 0,05 = 1.800
13.800
12.000 + 1.200 =
t= 9 24.000 – 12.000 = 12.000 12.000 24.000 x 0,05 = 1.200
13.200
12.000 + 600 =
t= 10 0 12.000 12.000 x 0,05 = 600
12.600
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