2.01. Apostila Da UC TCC

MÓDULO TCC
Trabalho de Conclusão de Curso

Formação Técnica
Curso Técnico EaD Senar
Trabalho de Conclusão
de Curso
SENAR - Brasília, 2022

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
S491c
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Curso técnico EaD SENAR: Trabalho de Conclusão
de Curso / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. –
Brasília, DF: SENAR, 2022.
168 p. : il. ; 21 x 29,7 cm – (SENAR Formação
Técnica)
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7664-257-2
1. Agronegócio. 2. Ensino a distância.

3. Produtividade Agrícola. I. Título. II. Série.
CDU 630
Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

Sumário
Introdução à Unidade Curricular �� 8
Tema 1: A importância do TCC na formação técnica profissional �� 15
Tópico 1: Razão e importância do pré-projeto e TCC �� 16
1.1 O Módulo TCC �� 16
1.2 Objetivos e importância do pré-projeto e do TCC �� 19
Tópico 2: As atribuições �� 20
2.1 Atribuições do aluno �� 20
2.2 Atribuições do tutor a distância �� 21
2.3 Atribuições do tutor orientador presencial �� 21
2.4 Atribuições da banca examinadora �� 22
Encerramento do tema �� 22
Tema 2: Eixos temáticos do Curso Técnico em Zootecnia �� 24
Tópico 1: Eixo temático Operações de produção, manejo e bem-estar

dos animais de interesse econômico �� 24
1.1 Identificação e monitoramento dos sistemas de produção e

manejo animal �� 25
1.2 Identificação e aplicação de práticas de bem-estar animal nos

sistemas de produção �� 30
1.3 Monitoramento de práticas de manejo alimentar �� 33
Tópico 2: Eixo temático Comercialização e distribuição dos produtos

agropecuários �� 35
2.1 Identificação dos mercados agropecuários e suas características �� 36
2.2 Análise de fontes de informações dos mercados agropecuários �� 38
2.3 Comercialização dos produtos agropecuários �� 40
Tópico 3: Eixo temático Gestão do empreendimento rural na

produção animal �� 44
3.1 Implementação das ações de gestão do empreendimento rural �� 44
3.2 Monitoramento de índices zootécnicos aplicados à gestão de

empreendimentos rurais �� 47
3.3 Análise de viabilidade técnica do empreendimento rural �� 48
Tópico 4: Eixo temático Prestação de assistência técnica e consultoria

em estudos, pesquisas e serviços técnicos �� 49
4.1 Importância da Assistência Técnica e Extensão Rural �� 50
4.2 Assistência Técnica e Extensão Rural, metodologias e execução �� 52
4.3 Efeitos da Assistência Técnica e Extensão Rural no

desenvolvimento sustentável �� 54
Tema 3: As etapas para a construção do TCC �� 58
Tópico 1: Planejamento do trabalho de conclusão de curso – pré-projeto �� 59
1.1 Definição do tema �� 60
1.2 Justificativa �� 65
1.3 Objetivo geral e objetivos específicos �� 66
1.4 Cronograma �� 68
Tópico 2: Métodos de pesquisa �� 70
2.1 Tipos de pesquisa �� 72
2.2 Amostra �� 82
2.3 Coleta de dados �� 89
2.4 Elaboração dos dados �� 91
2.5 Análise e interpretação dos dados �� 92
2.6 Representação dos dados em tabelas, quadros e gráficos �� 96
Tópico 3: Modelos de TCC �� 99
3.1 Relatório técnico �� 99
3.2 Plano de negócio �� 100
Tema 4: Estrutura do trabalho de conclusão de curso �� 105
Tópico 1: Elementos pré-textuais �� 106
1.1 Capa �� 107
1.2 Folha de rosto �� 109
1.3 Dedicatória �� 110

1.4 Agradecimentos �� 112
1.5 Epígrafe �� 112
1.6 Resumo �� 114
1.7 Lista de figuras e tabelas �� 115
1.8 Listas de símbolos, siglas e abreviaturas �� 117
1.9 Sumário �� 118
Tópico 2: Elementos textuais �� 120
2.1 Introdução �� 121
2.2 Desenvolvimento �� 122
2.3 Considerações finais �� 126
Tópico 3: Elementos pós-textuais �� 126
3.1 Referências �� 126
3.2 Apêndices �� 127
3.3 Anexos �� 128
Tema 5: Apresentação do trabalho de conclusão de curso �� 130
Tópico 1: Formatação geral �� 131
1.1 Papel e fonte �� 131
1.2 Margens �� 132
1.3 Espaçamento entre linhas e parágrafos �� 133
1.4 Recuo de parágrafo �� 134
1.5 Justificação do texto e hifenização �� 134
1.6 Numeração das páginas e encadernação �� 136
1.7 Folha de rosto �� 136
1.8 Tabelas e ilustrações �� 137
1.9 Equações e fórmulas �� 139
1.10 Notas de rodapé �� 140
1.11 Anexos �� 141
1.12 Instruções para títulos de seção �� 142

Tópico 2: Regras para citações das fontes de pesquisa �� 142
2.1 Citação direta �� 143
2.2 Citação indireta �� 144
2.3 Citação de citação �� 145
2.4 Regras para citação de textos científicos pesquisados em bases de

dados online �� 145
Tópico 3: Regras para as referências �� 145
3.1 Referência de livro �� 147
3.2 Referência de revista científica �� 152
3.3 Referência de evento científico �� 155
3.4 Referência de documentos jurídicos �� 156
3.5 Referência de material online �� 157
Tópico 4: Apresentando seu trabalho �� 158
4.1 Apresentação oral �� 158
4.2 Apresentação visual �� 159
Encerramento da Unidade Curricular �� 161
Referências �� 162

Introdução à Unidade
Curricular
Introdução à Unidade Curricular
Você inicia, neste momento, o Módulo TCC do seu Curso Técnico em Zootecnia. Este
módulo pretende ser um guia prático, elaborado com a finalidade de estabelecer um mo-
delo a ser seguido na realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Esse docu-
mento apresentará o resultado de um estudo científico e nele você deverá expor e expli-
car as suas principais ideias, com objetividade, clareza e de forma técnica e impessoal.
Capacidades técnicas
Assim, ao final deste módulo, você será capaz de aplicar as
competências, habilidade e conhecimentos adquiridos no decor-
rer do curso, além de reconhecer a metodologia de planejamen-
to e elaboração do projeto final.
Com carga horária de 120 horas, este módulo é composto por uma única Unidade
Curricular, organizada em duas Partes: TCC Parte I e TCC Parte II.
Atenção
O Módulo TCC, ainda que organizado em Unidade Curricular
única, terá a duração de dois semestres letivos. O TCC Parte I
acontecerá em paralelo ao Módulo Específico II; já o TCC Parte
II acontecerá em paralelo ao Módulo Específico III.
Conheça, a seguir, as atividades formativas presentes neste Módulo.
8 CURSO TÉCNICO EAD SENAR

TCC - Parte 1 TCC - Parte 2
(EaD) (EaD e presencial)
Mediação do Tutor a distância.

Tutor a distância.
conteúdo Tutor orientador presencial.
Fórum de Dúvidas
Objetivo: tirar dúvidas sobre o conteúdo da UC.
Fórum de Discussão 1 Fórum de Discussão 2

Objetivo: promover o deba- Objetivo: dialogar sobre o
te acerca das diferentes eta- mercado de trabalho e atuação
pas presentes na elaboração profissional.
Atividades EAD do pré-projeto, buscando
Pré-projeto - versão final
orientar o aluno no desen-
(mediadas pelo
volvimento e entrega dessa Objetivo: entrega do pré-pro-
tutor a distância) atividade. jeto, versão final.
Chat
Objetivo: tirar dúvidas sobre
o pré-projeto.
Pré-projeto - versão 1
Objetivo: entrega do pré-
-projeto, versão 1.
Análise e continuidade do tra-

Atividades balho iniciado pelo tutor a dis-
Presenciais tância e o aluno a partir do pré-
(mediadas pelo -projeto, versão final (foco no
desenvolvimento e entrega do
tutor orientador
TCC – escrito e apresentação).
presencial)
Encontros presenciais.
No TCC Parte I você, com o apoio do seu tutor a distância, vai desenvolver uma
proposta de pré-projeto, a ser executada com o maior nível de detalhamento pos-
sível. Nesta etapa, é necessário que você:
□Defina o eixo temático.

□Defina o tema do trabalho em conformidade com o eixo temático escolhido.
□Elabore os objetivos do trabalho (geral e específicos).
□Elabore a justificativa.
□Elabore o cronograma para execução das atividades.
MÓDULO TCC
Trabalho de Conclusão de Curso 9
Atenção
O objetivo do TCC Parte I é a elaboração da versão inicial do
seu pré-projeto, contendo o planejamento a ser implementado
no Trabalho de Conclusão de Curso. Após essa entrega, você
receberá um feedback da tutoria a distância antes de entregar
a versão final do seu pré-projeto.
No TCC Parte II, você fará a entrega da versão final do pré-projeto, construído e
avaliado com o apoio da tutoria a distância e, a partir desse planejamento, dará início
à escrita/execução do seu Trabalho de Conclusão de Curso, com o acompanha-
mento do tutor orientador presencial.
Comentários do autor
Ao final, você deverá entregar um documento formatado na for-
ma de relatório técnico ou plano de negócio, com no máximo
50 páginas, que corresponderá ao seu TCC. Uma banca exami-
nadora vai avaliar o seu trabalho escrito e você precisará reali-
zar a apresentação e a defesa oral do TCC, que também serão
avaliadas. Durante a defesa, a banca examinadora poderá fazer
perguntas sobre o seu TCC e, por isso, é importante que você
conheça bem o seu conteúdo. Depois de realizada a defesa, você
deverá entregar a versão final do TCC, com os ajustes sugeridos
pela banca, à secretaria do polo de apoio presencial.
Para auxiliá-lo em seus estudos, esta apostila está organizada em diversos temas, tópi-
cos e subtópicos importantes para a elaboração do seu trabalho de conclusão de curso.

TEMAS TÓPICOS SUBTÓPICOS
Tópico 1: Razão e 1.1 O Módulo TCC

Tema 1: importância do pré- 1.2 Objetivos e importância do pré-projeto e
A importância projeto e TCC do TCC
do TCC na
formação 2.1 Atribuições do aluno
técnica Tópico 2: As 2.2 Atribuições do tutor a distância
atribuições 2.3 Atribuições do tutor orientador presencial
profissional
2.4 Atribuições da banca examinadora
Tópico 1: Eixo 1.1 Identificação e monitoramento dos

temático Operações sistemas de produção e manejo animal
de produção, 1.2 Identificação e aplicação de práticas de
manejo e bem-estar bem-estar animal nos sistemas de produção
dos animais de 1.3 Monitoramento de práticas do manejo
interesse econômico alimentar
Tópico 2: 2.1 Identificação dos mercados

Eixo temático agropecuários e suas características
Comercialização 2.2 Análise de fontes de informações dos
e distribuição mercados agropecuários
Tema 2: de produtos 2.3 Comercialização dos produtos
Eixos agropecuários agropecuários
temáticos do
Curso Técnico 3.1 Implementação das ações de gestão do
Tópico 3: Eixo empreendimento rural
em Zootecnia temático Gestão do
3.2 Monitoramento de índices zootécnicos
empreendimento
aplicados à gestão de empreendimentos rurais
rural na produção
animal 3.3 Análise de viabilidade técnica do
empreendimento rural
Tópico 4: Eixo 4.1 Importância da Assistência Técnica e

temático Prestação Extensão Rural
de assistência técnica 4.2 Assistência Técnica e Extensão Rural,
e consultoria em metodologias e execução
estudos, pesquisas e 4.3 Efeitos da Assistência Técnica e Extensão
serviços técnicos Rural no desenvolvimento sustentável
Tópico 1: 1.1 Definição do tema

Planejamento 1.2 Justificativa
do trabalho de
conclusão de curso 1.3 Objetivo geral e objetivos específicos
– pré-projeto 1.4 Cronograma
Tema 3: 2.1 Tipos de pesquisa

As etapas para 2.2 Amostra
a construção 2.3 Coleta de dados
Tópico 2: Métodos
do TCC de pesquisa 2.4 Elaboração de dados
2.5 Análise e interpretação dos dados
2.6 Representação dos dados em tabelas,
quadros e gráficos
Tópico 3: Modelos 3.1 Relatório técnico

de TCC 3.2 Plano de negócio
MÓDULO TCC
TEMAS TÓPICOS SUBTÓPICOS
1.1 Capa
1.2 Folha de rosto
1.3 Dedicatória
Tópico 1: 1.4 Agradecimentos
Elementos 1.5 Epígrafe
pré-textuais 1.6 Resumo
Tema 4: 1.7 Lista de figuras e tabelas
Estrutura do 1.8 Lista de símbolos, siglas e abreviaturas
trabalho de 1.9 Sumário
conclusão de
curso 2.1 Introdução
Tópico 2:
2.2 Desenvolvimento
Elementos textuais
2.3 Considerações finais
Tópico 3: 3.1 Referências

Elementos 3.2 Apêndices
pós-textuais 3.3 Anexos
1.1 Papel e fonte

1.2 Margens
1.3 Espaçamento entre linhas e parágrafos
1.4 Recuo de parágrafo
1.5 Justificação do texto e hifenização
Tópico 1: 1.6 Numeração das páginas e encadernação
Formatação geral 1.7 Folha de rosto
1.8 Tabelas e ilustrações
1.9 Equações e fórmulas
1.10 Notas de rodapé
1.11 Anexos
Tema 5: 1.12 Instruções para títulos de seção
Apresentação
do trabalho de 2.1 Citação direta
conclusão de Tópico 2: Regras 2.2 Citação indireta
curso para citações das 2.3 Citação de citação
fontes de pesquisa 2.4 Regras para citação de textos científicos
pesquisados em bases de dados online
3.1 Referência de livro

3.2 Referência de revista científica
Tópico 3: Regras
3.3 Referência de evento científico
para as referências
3.4 Referência de documentos jurídicos
3.5 Referência de material online
Tópico 4: 4.1 Apresentação oral

Apresentando seu
trabalho 4.2 Apresentação visual

No tema 1, você compreenderá o conceito, objetivo e importância do TCC, bem como
conhecerá suas atribuições e as do tutor a distância, do tutor orientador presencial e
da banca examinadora. No tema 2, você conhecerá os eixos temáticos para o desen-
volvimento da pesquisa e a relação entre cada eixo com os conhecimentos técnicos do
curso. No tema 3, serão apresentadas instruções para que você entenda e planeje um
pré-projeto de pesquisa, realizando a descrição dos planos de desenvolvimento das
atividades de pesquisa. No tema 4, serão apresentados um a um os itens da estrutura
de um trabalho acadêmico, desde os elementos pré-textuais até os pós-textuais. Por
fim, no tema 5, serão apresentadas instruções gerais para formatação dos trabalhos,
tais como papel, fontes, margens, parágrafos, espaçamentos e alinhamentos, pagi-
nação, títulos e siglas. Também serão enfatizadas as particularidades de cada tipo de
citação e referência bibliográfica e dicas para a apresentação oral e visual do trabalho
de TCC.
Certifique-se de estudá-los com atenção e, se precisar, conte com o apoio da tutoria a

distância desta Unidade Curricular.
Concluindo esta etapa final do curso de modo satisfatório, você estará apto a se formar
como Técnico em Zootecnia e cumprir o seu papel de agente de transformação da efi-
ciência dos mercados pecuários focando na produção, manejo e bem-estar dos animais
de interesse econômico, além de gerenciamento da cadeia pecuária e das ações de
comercialização de produtos no mercado de serviços pecuários, considerando normas
sanitárias, princípios de sustentabilidade, de qualidade e inovação, favorecendo a me-
lhoria da qualidade de vida do meio rural.
Bons estudos!
MÓDULO TCC
01
A importância do TCC
na formação técnica
profissional
Tema 1: A importância do TCC na
formação técnica profissional
Escrever um trabalho de conclusão de curso é um passo muito importante no seu
aprendizado, que exige tempo, planejamento, dedicação e desenvolvimento da habili-
dade de escrita.
Fonte: Shutterstock.
Durante o desenvolvimento do seu trabalho de conclusão de curso, você terá a opor-

tunidade de demonstrar sua capacidade de realizar pesquisas e apresentar sua opinião
de forma técnica, evidenciando seu conhecimento sobre o assunto.
Dessa forma, no tema de aula A importância do TCC na formação técnica pro-

fissional, serão apresentados conhecimentos fundamentais para a sua compreensão
sobre o Módulo TCC, bem como a importância, os objetivos e as responsabilidades do
trabalho de conclusão de curso.
Ao fim deste tema, você será capaz de desenvolver o trabalho
final respeitando a metodologia da instituição de ensino.
MÓDULO TCC
Tópico 1: Razão e importância do pré-projeto e TCC
Neste tópico, você irá compreender os motivos para a realização do pré-projeto e do
Trabalho de Conclusão de Curso. Também aprenderá sobre a importância desses tra-
balhos tanto para o desenvolvimento científico, quanto para o seu desenvolvimento
profissional.
1.1 O Módulo TCC
Este Módulo tem por objetivo oferecer informações que lhe permitam uma melhor
compreensão sobre o desenvolvimento e a estrutura do TCC – Trabalho de Conclu-
são de Curso. Aqui, estão reunidas normas e orientações quanto à exequibilidade,
formatação, estrutura/estética do trabalho e apresentação do TCC.
Atenção
As orientações são importantes para que todos os estudantes
possam redigir e apresentar seus trabalhos segundo os mes-
mos parâmetros.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), de modo geral, pode ser definido como um
estudo aprofundado sobre determinado assunto. O desenvolvimento do TCC permi-
tirá, a você, articular:
• as competências desenvolvidas ao longo das Unidades Curriculares; e
• os conteúdos formativos compreendidos na matriz curricular do Curso Técnico em

Zootecnia.
Esse processo ocorre a partir das experiências vivenciadas nos estudos teóricos e prá-
ticos, nos momentos a distância, nos polos de apoio presencial, em suas experiências
cotidianas, bem como nas atividades de campo proporcionadas pelo Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (SENAR).
Por se tratar de um trabalho detalhado, o TCC deve ser organizado por etapas, fa-
cilitando, assim, sua produção.

Essas etapas têm como objetivo
sistematizar as competências
previstas no perfil de conclusão
do curso técnico, permitindo que
você reflita, relacione e associe os
conhecimentos teóricos aos práticos
a partir do seu campo de atuação
profissional, suas demandas,
desafios e oportunidades.
O Módulo TCC é dividido em duas partes, acompanhe:
TCC
Parte 1 Parte 2
Você e seu tutor a distância Você e seu tutor a distância devem:
devem: • realizar o fechamento da versão final
• definir a linha de pesquisa; do pré-projeto.
• formular o problema de
pesquisa; Você e seu tutor orientador
• construir hipóteses; presencial devem:
• dar continuidade ao trabalho de
• elaborar os objetivos;
conclusão de curso a partir do
• definir a justificativa;
pré-projeto versão final, construído e
• planejar o método de aprovado junto ao tutor a distância;
pesquisa; e
• realizar pesquisa empírica e/ou
• construir o cronograma pesquisa bibliográfica;
de trabalho.
• desenvolver o referencial teórico;
• coletar e analisar dados;
• discutir os resultados;
• formular conclusões; e
• formatar o trabalho quanto aos
padrões estabelecidos pelo SENAR.
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
MÓDULO TCC
Para o desenvolvimento de seu TCC, delimitamos quatro grandes assuntos, que
tratamos como eixos temáticos.
Operações de Comercialização Gestão do Prestação de

produção, manejo e distribuição empreendimento assistência técnica
e bem-estar dos de produtos rural na produção e consultoria
animais de agropecuários animal em estudos,
interesse pesquisas e
econômico serviços técnicos
1 2 3 4
Esses eixos temáticos abrangem assuntos que foram pensados com base na atuação
prática do Técnico em Zootecnia, e envolvem cada uma das Unidades Curriculares
estudadas neste curso técnico.
Os eixos temáticos serão melhor explorados no tema 2 desta
apostila.
Durante o desenvolvimento do Módulo TCC, você aprenderá a estruturar o pen-

samento de forma lógica, aplicando técnicas de laboratório e/ou desenvolvendo
habilidades em experiências de campo. O trabalho deve ser redigido em uma das
seguintes formas:
TCC
Relatório Plano de
técnico negócio

Atenção
Ao final do processo de pesquisa e orientação, você deve, obri-
gatoriamente, realizar uma apresentação pública oral que
será avaliada por uma banca examinadora. Após a defesa, você
deverá fazer as correções no trabalho escrito, caso seja neces-
sário, e encaminhar à instituição as versões física e digital (for-
mato PDF) do trabalho.
A nota final da unidade curricular TCC será dada após a

entrega da versão final corrigida e composta das notas referen-
tes ao Pré-projeto versão final, TCC escrito e apresentação do
trabalho à banca examinadora.
1.2 Objetivos e importância do pré-projeto e do TCC
O TCC tem como objetivo geral propiciar a você a produção de conhecimento de nível
médio em Zootecnia, por meio da realização de um trabalho de pesquisa produzido de
forma normatizada e embasado em princípios científicos.
A sua formação como Técnico em

Zootecnia é planejada no desen-
volvimento de diferentes compe-
tências, dentre elas a competência
investigativa. Nesse sentido, o tra-
balho de conclusão de curso é um
componente fundamental para a
sua formação, pois irá estimulá-lo a
investigar, desenvolver pensamento
crítico e criativo, refletir, problema-
tizar, buscar soluções, se atualizar
sobre novos conceitos e tendências
do agronegócio focado na produção
animal de interesse econômico.
Fonte: Getty Images.
O TCC também possibilitará a você expor sua opinião para especialistas da área, que
irão contribuir com a discussão, permitindo que você aprenda a ouvir críticas e identi-
fique oportunidades de crescimento profissional.
Além disso, você terá a possibilidade de vivenciar na prática os conhecimentos ad-

quiridos durante o curso. Essa habilidade de aliar a teoria à prática tem sido muito
valorizada no mercado de trabalho atual, que busca profissionais que tenham conhe-
cimentos técnicos, mas que sejam capazes de avaliar problemas de pontos de vista
diferentes e tomar decisões embasadas.
MÓDULO TCC
Atenção
O êxito no Módulo TCC, bem como a aprovação em todas as
Unidades Curriculares dos Módulos Básico e Específicos I, II e
III, são requisitos essenciais para a obtenção do diploma de
Técnico em Zootecnia.
Tópico 2: As atribuições
Neste tópico, serão apresentadas as principais atribuições do aluno, dos tutores pre-
senciais e a distância, bem como da banca examinadora.
2.1 Atribuições do aluno
Aluno, as suas responsabilidades quanto à produção do TCC são:
□Conhecer o processo de elaboração de TCC e sua sistemática por meio desta

apostila.
□Optar por um eixo temático estabelecido neste documento.
□Propor o tema do trabalho em conformidade com o eixo temático escolhido e
em comum acordo com o tutor a distância.
□Definir, em conjunto com o tutor a distância, o objetivo do trabalho, conside-
rando sua viabilidade na situação real da instituição ou em parcerias com outras
entidades.
□Estabelecer, juntamente com o tutor a distância, o pré-projeto e o cronograma
para execução das atividades.
□Cumprir integralmente o plano de trabalho até sua conclusão, conforme crono-
grama estabelecido em conjunto com o seu tutor a distância.
□Comparecer aos encontros com o tutor orientador presencial.
□Redigir o trabalho de acordo com as normas estipuladas nesta apostila; desen-
volvê-lo na área do curso, com a supervisão do tutor orientador presencial e se-
guindo os princípios éticos e morais de pesquisa.
□Enviar a versão final, pré-aprovada, do Trabalho de Conclusão de Curso
(esse envio precisa ocorrer antes da data da apresentação do TCC) para que o
tutor orientador presencial encaminhe para a banca avaliadora.
□Realizar uma apresentação pública oral de até 20 minutos (ou 10 minutos
por aluno, sucessivamente, caso o TCC seja realizado em dupla), que será avalia-
da por especialistas na área.
□Responder aos questionamentos feitos pela banca examinadora acerca do
trabalho apresentado.

□Providenciar as adequações indicadas pela banca examinadora.
□Entregar a versão final do TCC (versão corrigida após apresentação à banca) ao
tutor orientador presencial para verificação dos ajustes realizados e atribuição
de nota do TCC escrito.
□Respeitar os prazos e normas estabelecidos pelo calendário escolar.
2.2 Atribuições do tutor a distância
São atribuições do tutor a distância do TCC:
□Orientar o aluno quanto às atividades a serem desenvolvidas utilizando o Am-

biente Virtual de Aprendizagem.
□Esclarecer
dúvidas relacionadas ao conteúdo da Unidade Curricular, via
Mensagem, Tira-Dúvidas e Fórum de Dúvidas.
□Evidenciar a importância do pré-projeto como etapa anterior ao desenvolvi-
mento do Trabalho de Conclusão de Curso.
□Acompanhar e orientar o aluno na elaboração do pré-projeto (versão 1 e
versão final), garantindo que sejam respeitadas as áreas do curso, atribuindo
feedback e nota.
□Mediar e avaliar fóruns de discussões utilizando o Ambiente Virtual de
Aprendizagem.
□Mediar chats utilizando o Ambiente Virtual de Aprendizagem.
□Avaliar e atribuir nota ao pré-projeto.
2.3 Atribuições do tutor orientador presencial
São atribuições do tutor orientador presencial do TCC:
□Executar as estratégias educacionais definidas no pré-projeto.

□Evidenciar a importância do TCC como estratégia pedagógica para a produção
de conhecimento científico.
□Agendar reuniões com cada orientando.
□Esclarecer dúvidas e favorecer a resolução de eventuais conflitos e pendên-
cias relativos ao TCC.
□Respeitar o cronograma de atividades do pré-projeto e os prazos estabelecidos
em calendário letivo.
□Garantir que o desenvolvimento de TCC esteja relacionado às áreas do curso.
□Supervisionar o trabalho dos alunos orientados, acompanhando cada etapa
do desenvolvimento do TCC.
□Orientar e supervisionar a adoção dos requisitos éticos em pesquisa.
MÓDULO TCC
□Não aceitar trabalhos que apresentem plágios e/ou autoplágio e que não si-
gam as regras desta apostila.
□Participar das defesas dos alunos orientados.
□Avaliar o TCC escrito e atribuir nota.
□Orientar o(s) discente(s) nas correções e adequações sugeridas pela banca
examinadora.
De olho na lei
De acordo com a Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, co-
piar trabalhos já publicados, parcial ou integralmente, é plágio,
e implicará na reprovação imediata do estudante, cabendo ao
mesmo apresentar outro tema com a próxima turma de con-
cluintes do curso, sob pena de não integralização do curso.
2.4 Atribuições da banca examinadora
São atribuições da banca examinadora:
□Avaliar o conteúdo do TCC quanto à coerência da proposta do trabalho, levan-

do em consideração a relação com as áreas de atuação do Técnico em Zootecnia,
o eixo temático, o tema, a definição do objetivo da pesquisa, o método de pes-
quisa e as referências a serem utilizadas.
□Avaliar a apresentação oral e defesa de TCC, considerando o tempo de apre-
sentação e a postura do aluno. Considerar, no máximo, 20 minutos de apresen-
tação. Para trabalhos que forem realizados em dupla, considerar 10 minutos para
cada aluno sucessivamente.
□Preencher os formatos de avaliação do TCC definidos pelo SENAR.
□Emitir a nota da apresentação do TCC.
Encerramento do tema
Chegamos ao final do tema A importância do TCC na formação técnica profissio-
nal. Neste tema, você compreendeu como será realizado o Módulo TCC, bem como a
importância da realização do pré-projeto e TCC para a sua formação profissional como
Técnico em Zootecnia. Você também conheceu suas responsabilidades e as res-
ponsabilidades dos tutores e da banca examinadora no desenvolvimento do TCC.

02
Eixos temáticos do
Curso Técnico em
Zootecnia
Tema 2: Eixos temáticos do Curso Técnico
em Zootecnia
Conforme apresentado brevemente no capítulo anterior, para facilitar o entendimento,
o planejamento e a organização do seu trabalho de conclusão de curso (TCC), as áreas
de atuação do Técnico em Zootecnia foram englobadas em quatro grandes temas, que
chamamos de eixos temáticos. Nesse sentido, cada tópico e subtópico proposto nes-
te tema buscam a definição dos conteúdos abrangidos pelo assunto principal de seu
interesse.
Aqui você retomará a ideia dos assuntos abordados no módulo específico I, em Pro-
cesso de criação, manejo e bem-estar dos animais, no módulo específico II, em
Comercialização de produtos e de serviços pecuários e no módulo específico III,
em Gestão das operações da cadeia pecuária, que fazem parte das Unidades de
Competência A, B e C, que têm como objetivo realizar o processo de produção, manejo
e bem-estar dos animais de interesse econômico, atuar nas ações de comercialização
de produtos e no mercado de serviços pecuários, e gerenciar operações do sistema de
controle da cadeia pecuária, considerando normas sanitárias, princípios de sustentabi-
lidade, de qualidade e de inovação do perfil profissional.
Com os conhecimentos adquiridos neste tema, você será capaz
de relacionar os conhecimentos de cada eixo temático com o
cotidiano do Técnico em Zootecnia.
Tópico 1: Eixo temático Operações de produção, manejo e

bem-estar dos animais de interesse econômico
A produção animal é uma atividade que proporciona vantagens aos produtores rurais,
gerando emprego e renda, além de promover desenvolvimento sustentável em várias
regiões. Entretanto, para que sejam alcançados resultados satisfatórios, é necessário
que as práticas de produção, manejo e, principalmente, bem-estar dos animais este-
jam contemplados nos diferentes sistemas adotados, considerando as características
das espécies animais.

1.1 Identificação e monitoramento dos sistemas de produção e manejo
animal
Quando falamos em “sistema” estamos nos referindo a uma

junção de elementos distintos que são as partes ou subuni-
dades interligadas, sincronizadas, porém independentes, com
objetivo previamente estabelecido, formando um todo.
O monitoramento desse sistema deve ser realizado por meio da coleta de dados refe-
rentes aos desempenhos do rebanho em termos:
Produtivos Reprodutivos Econômicos
Podemos considerar como dados um documento, uma informação ou um depoimento

que possibilita chegar ao entendimento de algo ou deduzir as consequências legítimas
de um fato, e que serve de apoio (SOMASUNDARAM et al., 2011).
a) Identificação dos sistemas de produção
Entende-se por sistemas de produção animal a interação complexa coordenada por

passos lógicos e ordenados para direcionar os propósitos da exploração racional dos
animais de produção (ABREU; LOPES, 2005).
MÓDULO TCC
De maneira geral, os sistemas de produção animal podem ser classificados de acordo

com alguns critérios, como a espécie animal a ser criada. Veja a seguir os tipos de
sistemas de acordo com os animais.
Para animais ruminantes, os sistemas podem ser extensivos, semi-

Ruminantes -intensivos e intensivos, estando associados ao modo de controle ou
gestão.
Para aves podemos considerar os sistemas de integração, o cooperati-

Aves
vo e o independente, caracterizados pelo vínculo de produção.
No caso da suinocultura, os sistemas podem ser extensivos e inten-

sivos (que pode ser dividido em sistema intensivo de criação ao ar
Suínos
livre – Siscal, sistema de criação misto ou semiconfinado e o sistema
confinado).
Os sistemas podem, ainda, ser vinculados ao produto a ser comercializado: reprodu-

tores, matrizes, animais desmamados, animais terminados – destinados ao abate e
também com a possibilidade de se realizar o ciclo completo.
Atualmente, por uma inclinação do consumidor, os insumos e
o manejo utilizados também definem os sistemas de criação
como orgânico e convencional.

Dentro do contexto da produção animal, vale destacar que essa atividade está baseada
em três pilares:
Genética Nutrição Sanidade

Busca-se uma genética Considera-se os recursos Estabelece o manejo
animal adaptada à região alimentares disponíveis sanitário apropriado.
onde está implantado o para os animais.
projeto.
Esses pilares interagem entre si e favorecem a adoção do sistema e o estabelecimento

de manejos mais adequados, considerando as condições ambientais das regiões onde
as criações estão inseridas.
b) Importância da coleta de dados
Para que ocorra o controle dos sistemas de produção animal, é necessária a adoção de
algumas práticas, principalmente no levantamento de dados do empreendimento que
está sendo conduzido.
Glossário
Dados: De acordo com Somasundaram et al. (2011) e Furner
(2016), dados podem ser definidos como um conjunto de fatos
em estado bruto, a partir dos quais é possível tirar conclusões.
Logo, um dado nada mais é do que um registro do atributo de
um ente, objeto ou fenômeno.
Sendo assim, temos:
Registro Ato de registrar algo em um documento ou suporte físico.
Atributo A característica de um ente, uma propriedade, por exemplo.
Objeto ou fenômeno São as informações desejadas a serem registradas.
MÓDULO TCC
Esses dados, auxiliam na análise do empreendimento rural com o objetivo de extrair
informações acerca do:
• desempenho produtivo (taxa de desmame, taxa de mortalidade, produção real,

porcentagem de vacas em lactação, idade de abate etc.);
• desempenho reprodutivo (relação reprodutor/matrizes (macho/fêmea), taxa de

prenhez, taxa de natalidade, intervalo de partos, idade na primeira cobertura
etc.); e
• desempenho econômico (viabilidade econômica, custos de produção, ponto de

equilíbrio) do rebanho criado, favorecendo as tomadas de decisões.
Glossário
Empreendimento rural: De acordo com o AGRIQ (2022),
podemos caracterizar o empreendimento rural como um em-
preendimento de pessoa física ou pessoa jurídica, pública ou
privada, que tenha o objetivo de explorar econômica e racional-
mente um imóvel rural.
Os dados produtivos, quantitativos

e qualitativos podem ser definidos
como índices zootécnicos e são re-
ferentes aos diversos segmentos de
uma exploração animal. Obviamente,
cada espécie animal apresenta uma
série de índices específicos (PEREI-
RA, 2002).
c) Estabelecimento das práticas de manejo
Ao se definir o sistema de produção a ser adotado, é importante que se estabeleça as

práticas de manejo dos animais. Nesse ponto, as práticas também se diferenciam de
acordo com a espécie a ser criada, como aves, bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos ou
suínos.

Essas diferenças nas práticas de manejo ocorrem em função dos objetivos de cria-
ção (carne, leite, ovos) e em função das particularidades das espécies (ruminantes e
monogástricos).
Atenção
A adoção de boas práticas de manejo na fase de cria é funda-
mental para potencializar o desenvolvimento dos animais, ten-
do em vista que essa fase é uma das mais importantes nos
sistemas de produção de animais ruminantes.
Vale salientar que o manejo das crias se inicia antes do parto, pois durante o período
de gestação é necessário que as fêmeas gestantes recebam alimentação correta para
atender às exigências nutricionais e, consequentemente, ao crescimento adequado
dos fetos.
Nesse sentido, as crias de animais

mamíferos devem receber colostro,
que é a primeira secreção da glându-
la mamária após o parto, no máximo
até três horas depois do nasci-
mento. Este fato, auxilia na melhor
absorção das imunoglobulinas pre-
sentes no colostro, favorecendo a
imunidade dos animais.
Dica
É importante deixar todos os insumos e utensílios necessários
ao manejo das crias disponíveis e de fácil acesso. Eles são des-
tinados à pesagem, identificação, corte e cura do umbigo des-
ses animais.
Essa prática se reflete em um melhor desempenho nas fases seguintes (recria, ter-
minação de animais destinados ao abate e para a atividade leiteira, potencializando a
produção de leite das fêmeas lactantes).
MÓDULO TCC
No caso da produção de aves em
sistemas de criação intensivos, ob-
jetiva-se explorar adequadamente a
genética criada, que apresenta alto
potencial de crescimento, melhor
conversão alimentar, baixas taxas de
mortalidade, prevenção de doenças e
bons rendimentos de carcaças, ofer-
tando ao mercado consumidor carne
e ovos de alta qualidade.
1.2 Identificação e aplicação de práticas de bem-estar animal nos

sistemas de produção
A definição de bem-estar animal está relacionada à condição do indivíduo ou de um

grupo de indivíduos (FRASER; BROOM, 1996). Esse estudo, enquanto ciência, en-
volve diversos conceitos que têm como objetivo reconhecer as necessidades básicas
dos animais, sejam elas físicas, psicológicas ou comportamentais, além de identificar,
mensurar e disponibilizar condições para que o bem-estar animal esteja presente nos
sistemas de produção.
Atualmente, nos sistemas de produção animal, a aplicação de boas práticas é um dos

principais objetivos a serem alcançados.

a) Adaptação dos animais ao meio ambiente
É importante ressaltar que a adaptação dos animais aos diversos ambientes, está di-
retamente relacionada às condições de bem-estar animal. Essa questão deve ser con-
siderada, pois animais de espécies e genéticas diferentes se comportam de maneiras
diferentes em função do meio em que estão sendo criados.
Dessa forma, os animais só conseguem expressar todo seu potencial produtivo, em fun-
ção da sua genética, se estiverem adaptados ao clima da região onde estão sendo criados.
Atenção
Em condições desfavoráveis (alimentação inadequada, mane-
jo sanitário preventivo deficitário, ambiência das instalações
não considerando as zonas de conforto térmico da espécie a
ser criada), a produção de carne, lã, leite, ovos ou pele serão
prejudicadas.
Sendo assim, é fundamental pensar na associação entre a capacidade produtiva dos

animais, que está relacionada à sua genética e ao meio ambiente, representada pe-
las instalações, pelo clima da região, pelas boas práticas alimentares e pelo manejo
sanitário.
MÓDULO TCC
b) Monitoramento dos resultados de produção
A identificação dos resultados obtidos em função da aplicação das práticas de bem-es-

tar animal ocorre em função de alguns parâmetros que devem ser monitorados, entre
eles destacam-se:
Maior tempo de
vida útil produtiva
(maior longevidade)
Menor taxa
Alta resistência à de mortalidade
parasitos e doenças nas diferentes
categorias
Aumento na
Alta eficiência
produção (carne,
reprodutiva
lã, leite, ovos, pele)
A adoção das cinco liberdades é uma diretriz que, quando bem aplicada, evita sofri-
mentos desnecessários aos animais, fazendo com que eles consigam expressar todo o
seu comportamento.
Saiba mais
Para entender melhor sobre as cinco liberdades, leia o artigo
Entenda o que é bem-estar animal, disponível no site da World
Animal Protection: https://www.worldanimalprotection.
org.br/blogs/entenda-o-que-e-bem-estar-animal. Aces-
so em: 4 dez. 2022.

1.3 Monitoramento de práticas de manejo alimentar
A alimentação dos animais é mais uma das partes que integram e interagem em siste-
mas de produção. Esta prática, inclusive, se enquadra dentro dos conceitos de bem-es-
tar animal, tendo em vista que está inserida nas cinco liberdades, ou seja, os animais
devem estar livres de fome e de sede.
a) Diferença entre alimentação e nutrição
É importante destacar que existem diferenças entre alimentação e nutrição. Essa di-
ferenciação é fundamental, pois reflete no desempenho dos animais (SANTOS, 2016).
Alimentação
Conjunto de práticas que favorecem a administração e ingestão de alimentos pelos

animais.
Nutrição
Conjunto de processos pelos quais os animais conseguem digerir e absorver os

nutrientes recebidos por meio dos alimentos fornecidos, considerando suas carac-
terísticas anatômicas e fisiológicas.
MÓDULO TCC
b) Aspectos relacionados ao monitoramento do manejo alimentar
Para que se possa monitorar as práticas relacionadas ao manejo alimentar, deve-se ter
atenção a alguns aspectos relacionados ao:
• entendimento do comportamento alimentar dos animais;
• considerar o planejamento alimentar de acordo com as exigências nutricionais de

cada categoria animal trabalhada; e
• ter atenção ao custo das rações, desde que estas proporcionem o atendimento das
exigências nutricionais dos animais.
Dessa forma, o monitoramento do

manejo alimentar deve levar em con-
sideração a estrutura das instalações
nos aspectos relacionados às caracte-
rísticas dos comedouros e bebedou-
ros, dos alimentos (dietas líquidas ou
sólidas, concentrados, volumosos) e
das quantidades a serem fornecidas
de acordo com a exigência e a esti-
mativa de consumo dos animais.
Além disso, é fundamental verificar as condições da alimentação dos animais e ave-

riguar as características macroscópicas dos alimentos que estão sendo utilizados na
alimentação deles.
Atenção
O manejo alimentar, quando não estabelecido adequadamente,
pode proporcionar baixo ganho em peso, baixa produção de
leite e/ou baixa eficiência reprodutiva, tanto do ponto de vista
produtivo, quanto reprodutivo.
Como você pode perceber, o eixo temático Operação de produção, manejo e bem-
-estar dos animais de interesse econômico aborda a identificação e monitoramen-
to dos sistemas de produção e manejo animal, a aplicação de práticas de bem-estar
animal e de manejo alimentar. Se algum desses assuntos suscitou seu interesse, você
pode trabalhar com essas práticas para desenvolver o seu trabalho de conclusão de
curso (TCC).

Tópico 2: Eixo temático Comercialização e distribuição dos
produtos agropecuários
O conceito de comercialização pode ser descrito como uma série de atividades que en-
volve a transferência de bens e serviços da unidade, o ponto de produção inicial, até o
momento que eles atinjam o consumidor final. Dessa forma, os produtos gerados nos
sistemas de produção animal chegam aos consumidores finais.
O termo “mercado” pode ser entendido como uma área geográfica na qual compra-
dores e vendedores têm as facilidades para negociar um com o outro os termos de
mercado (preço e quantidade) e onde as forças de oferta e demanda atuam de modo
a determinar o equilíbrio (MENDES; PADILHA JÚNIOR, 2007).
Nesse sentido, pode-se

conceituar mercado como
um grupo de compradores e
vendedores que apresentam
potencial de negociação uns
com os outros (HALL;
LIEBERMAN, 2003).
MÓDULO TCC
2.1 Identificação dos mercados agropecuários e suas características
De maneira geral, todas as atividades econômicas se caracterizam pela especializa-

ção e troca dos produtos gerados nos sistemas de produção. De acordo com Waquil,
Miele e Schultz (2010), as sociedades com especializações e troca de bens e serviços
ao atingirem maiores níveis de produção levam toda a sociedade a alcançar melhores
padrões de vida em relação às sociedades primitivas.
No contexto da produção animal, existe a possibilidade de comercialização de carne,

lã, leite, ovos, peles, além do material genético obtido nos diversos sistemas de pro-
dução. Cada um desses produtos apresenta características específicas, que devem ser
levadas em consideração para que sejam comercializados.
Para refletir
Para Padilha Júnior (2017), a comercialização não consiste ape-
nas na venda da produção em um determinado mercado. Ela
é caracterizada como um processo contínuo e organizado de
encaminhamento da produção ao longo de um canal ou siste-
ma de comercialização, onde o produto sofre transformações
(no caso do leite, este produto pode ser transformado em deri-
vados, como queijos, iogurtes etc.), dessa forma, apresentam
diferenciações e consequente agregação de valor.

Deve-se ter em mente que os produtos agropecuários sofrem alterações de posse,
forma, tempo e lugar e, consequentemente, adaptam-se ao gosto e à preferência dos
consumidores finais.
Considera-se ainda que entre as várias situações que levam à geração e à implemen-
tação de um sistema de comercialização estão os desajustes entre o crescimento da
demanda (consumo) e o da produção (oferta), bem como o desequilíbrio entre a pro-
dução para o mercado interno e o externo.
Ainda, segundo Padilha Júnior (2017), a falta de resposta da produção ante uma de-
manda crescente pode ser devido a um conjunto de fatores tais como:
• a falta de incentivos econômicos;
• a escassez de recursos;
• as características estruturais (desajuste na estrutura de propriedade da terra), a
• estabilidade monetária; e
• os sistemas de comercialização ineficientes.
A comercialização agrícola é um processo dinâmico e bastante complexo, dessa forma,

para o seu entendimento e análise, devemos decompô-lo em níveis de estudo diferen-
tes. Segundo Mendes e Padilha Júnior (2007), existem três principais alternativas para
a análise dos sistemas de comercialização. Veja:
Análise funcional
Mendes e Padilha Júnior (2007) a definem como uma atividade especializada, de-
sempenhada por instituições especializadas durante as diversas fases da comer-
cialização. Portanto, é um estudo das diversas funções ou serviços que são exe-
cutadas sobre os produtos agropecuários durante o processo de comercialização.
Essa análise auxilia na avaliação dos custos, na comparação dos custos dentro de
uma mesma categoria de intermediários e ajuda no entendimento da diferença
nos custos de comercialização entre os produtos.
Análise institucional
Considera tanto a natureza e o caráter dos diversos intermediários (que são os

indivíduos ou organismos comerciais) e agências, que executam os serviços de
comercialização de um produto, quanto ao arranjo e a organização do mecanismo
de mercado. Nesse método o elemento humano recebe ênfase especial.
MÓDULO TCC
Análise estrutural
Estão inseridas as características de organização do mercado, que, por sua vez,

estão relacionadas à forma como as empresas se estruturam na eficiência indus-
trial. Nesse contexto se destaca a estrutura de mercado, que pode ser definida em
“graus”. Dentre esses graus está o grau de concentração (poucas empresas sendo
responsáveis por grande parte da produção). Há também o grau de diferenciação,
que considera os serviços especiais destinados aos compradores e o uso de ingre-
dientes de qualidade superior, premiações e embalagens adequadas.
Com relação aos intermediários, podemos classificá-los do seguinte modo:
a) Intermediários comerciantes: atacadistas, retalhistas ou varejistas, e especuladores;
b) Intermediários agentes: corretores e comissários;
c) Organizações auxiliares ou instrumentais: cerealistas, embaladoras;
d) Indústria de transformação: esmagadoras de soja, frigoríficos.
Saiba mais
A agropecuária se consolidou no país a muito tempo, favore-
cendo melhorias em questões como empregabilidade e susten-
tabilidade social. Para entender melhor sobre o assunto, você
pode acessar o documento Panorama do Agro, disponível em:
https://www.cnabrasil.org.br/storage/arquivos/CNA-
Panorama-do-Agro-Ed-08-2021.pdf. Acesso em: 4 dez. 2022.
2.2 Análise de fontes de informações dos mercados agropecuários
Os mercados são dinâmicos e recebem informações de diversas fontes:
• Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
• Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC);
• Companhia Nacional de Abastecimento (Conab);
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
• Instituto de Economia (Ipea);
• Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq (Cepea); além do
• Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

As informações disponibilizadas por esses órgãos são de ex-
trema importância para que o produtor tenha no “seu radar”
as conjunturas dos produtos que ele oferta ao mercado. Com
as informações obtidas por meio da análise dos dados publica-
dos por esses órgãos, chega-se às estimativas do cenário dos
produtos pecuários, o que proporciona ao produtor o estabele-
cimento das metas a serem alcançadas dentro do seu sistema
de produção.
Acompanhe, na sequência, as informações sobre as produções de carne, leite e ovos:
a) Produção de carne
De acordo com a Abiec (2022), a pro-

dução de carne no Brasil movimen-
tou R$ 913,14 bilhões em 2021. Esse
montante está dividido nos diversos
segmentos da atividade, nos quais
se destacam: nutrição: R$ 21,0 mi-
lhões; protocolos reprodutivos:
R$ 1,53 milhões; e sanidade ani-
mal: R$ 3,07 milhões.
b) Produção de leite
O Brasil se destaca em termos de

produção de leite, ocupando o sexto
lugar em termos mundiais, alcançan-
do, em 2021, o total de 38 bilhões de
litros de leite (XIMENES, 2002). Se-
gundo as estatísticas oficiais, houve
evolução em relação ao número de
estabelecimentos que produzem lei-
te no Brasil, apesar de em 2006 ob-
servar-se uma queda nesse número
(IBGE, 2022), sendo que o mais re-
cente levantamento censitário identi-
ficou 1,17 milhão de produtores.
MÓDULO TCC
Para refletir
No mercado leiteiro outras opções de produtos têm surgido,
como o leite A2A2, que é considerado hipoalergênico, o que
causa menos reações alérgicas aos consumidores. Outro pro-
duto de grande potencial de consumo, com uma análise bas-
tante promissora, é o leite orgânico, o qual não possui resíduos
químicos e segue critérios específicos para sua produção.
c) Produção de ovos
A produção de ovos, é outra ativida-

de de grande potencial de consumo,
tendo em vista que ocupa o quinto
lugar no ranking das proteínas con-
sumidas mundialmente, apenas atrás
do leite (AMARAL et al., 2016). De
acordo com a Associação Brasileira
de Proteína Animal (ABPA, 2021), o
Brasil alojou 124.317.339 aves de
postura em 2020, produziu 53,5 bi-
lhões de ovos e destinou 99,69% da
produção para o mercado interno. O
consumo per capita de ovos foi de
251 ovos por habitante/ano.
Saiba mais
Para saber mais sobre esse assunto, acesse o artigo Mercados e
preços agropecuários, disponível no site do Ipea:
https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.
php/2021/04/mercados-e-precos-agropecuarios/.
Acesso em: 4 dez. 2022.
2.3 Comercialização dos produtos agropecuários
A comercialização tem como objetivo básico facilitar a obtenção de respostas rela-

cionadas às perguntas: O que? Quanto? Quando? Como? Onde?, produzir e também
focar na distribuição. Da mesma forma, serve para orientar a produção e o consumo
(MENDES; PADILHA JUNIOR, 2007).

A comercialização nada mais é
do que uma série de operações
necessárias para que os produtos,
gerados nos sistemas de
produção, cheguem à mesa do
consumidor.
Em um conceito simplista, a comercialização de produtos agropecuários pode ser en-

tendida como um ato básico no qual, por exemplo, o pecuarista tem como objetivo
realizar a transferência de seu produto para outros agentes que compõem a cadeia
produtiva em que ele está inserido. Todavia, essa é uma visão tradicional da comer-
cialização agrícola, definida pela transferência de propriedade do produto num único
ato após o processo produtivo, ainda dentro ou logo depois dos limites da unidade de
produção agrícola.
De acordo com Mendes e Padilha Júnior (2007), a comercializa-
ção deve ser entendida de forma bem mais abrangente, como
um processo contínuo e organizado de encaminhamento da
produção agrícola ao longo de um canal de comercialização, no
qual o produto sofre transformação, diferenciação e agregação
de valor ao produto.
Entretanto, Zardo (2012) afirma que existem cinco formas diferenciadas conforme
especifica. Acompanhe:
Venda direta do produto na propriedade para o consumidor final
Os produtos são entregues ao consumidor na residência ou o cliente vai até a pro-

priedade do agricultor retirar o pedido.
Venda direta do produto ao consumidor final em local fora da

propriedade
A comercialização dos produtos é realizada à beira de movimentadas rodovias e

em feiras municipais, denominadas de feira livre e/ou do produtor rural.
MÓDULO TCC
Centros de comercialização
Criados via associação e cooperativas de agricultores familiares. A comercialização

é realizada em um ponto de venda localizado normalmente no centro de pequenas
cidades. Também é comum a venda dos produtos oriundos da agricultura familiar
para cooperativas leiteiras e agropecuárias.
Programas institucionais
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação

Escolar (Pnae). O PAA foi instituído pela Lei Federal n. 10.696/2003 com a intenção
do combate à fome, promovendo acesso a alimentos por parte das populações em
situação de insegurança alimentar, além de proporcionar a inclusão social e econô-
mica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.
Canais indiretos longos de comercialização
Supermercados, indústrias e central de abastecimento.
Esses são canais tradicionais de comercialização, porém, atualmente, é realidade o uso

de ferramentas modernas de comercialização bastante utilizadas em outros setores,
como o comércio eletrônico.
Assim sendo, Bodini e Zanoli (2011) consideraram que o comércio eletrônico apresenta
potencial de acessar mercados, tendo em vista que por meio da internet há a redução
dos obstáculos geográficos, permitindo atingir mais pessoas. Portanto, o comércio ele-
trônico é uma oportunidade de promover a organização social da produção, seja por
meio de cooperativas ou de associações.

Dentro dos conceitos e ações a se-
rem inseridas no processo de comer-
cialização, a adoção de estratégias de
marketing, são importantes e devem
ser consideradas. Silva (2015) afirma
que o marketing no agronegócio con-
siste na divisão do mercado em gru-
pos distintos de compradores, que
podem exigir produtos e compostos
de marketing distintos.
Silva (2015) afirma ainda que a empresa deve procurar identificar as diferentes ma-
neiras de segmentar o mercado, assim como o perfil dos segmentos da pecuária, e
ao finalizar essa segmentação do mercado, o passo seguinte será a seleção de um ou
mais segmentos, em função de sua atratividade, que serão abordados pela empresa
com um composto de marketing para o agronegócio.
Saiba mais
A transformação digital é um processo contínuo que se tornou
indispensável em diferentes empresas de vários setores. Atual-
mente o uso de inovação, vinculada à digitalização de processos
é um passo importante para melhorar os resultados de mercado.
Para entender melhor esse cenário, leia o artigo Um panorama so-
bre o agronegócio no ambiente de vendas digitais, disponível em:
https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/um-
panorama-sobre-o-agronegocio-no-ambiente-de-
vendas-digitais. Acesso em: 4 dez. 2022.
Como você pode perceber, o eixo temático Comercialização e distribuição dos

produtos agropecuários aborda todas as atividades relacionadas à comercializa-
ção, identificação de mercados agropecuários, bem como fontes de informações dos
mercados agropecuários e a distribuição desses produtos. Se algum desses assuntos
suscitou seu interesse, você pode trabalhar com essas práticas para desenvolver o seu
trabalho de conclusão de curso (TCC).
MÓDULO TCC
Tópico 3: Eixo temático Gestão do empreendimento rural
na produção animal
O empreendedorismo rural surgiu para gerar novas oportunidades a fim de desenvol-
ver soluções no agronegócio. Dessa forma, possibilita a atuação de empreendedores
do campo nas atividades de uma empresa rural classificadas como indústria, comércio
e prestação de serviços.
Diante disso, o objetivo principal do empreendedorismo rural é auxiliar o produtor na

gestão de seu negócio com a finalidade de tornar seu empreendimento sustentável,
tanto do ponto de vista socioeconômico como ambiental.
3.1 Implementação das ações de gestão do empreendimento rural
A gestão rural pode ser definida como diversas tomadas de

decisões com a finalidade de administrar um negócio no cam-
po, como fazendas voltadas para a área de bovinocultura de
corte, bovinocultura de leite, avicultura, entre outros segmen-
tos da produção animal.

Para isso, é imprescindível que haja o reconhecimento da propriedade rural como uma
empresa que requer uma administração rural competente para que obtenha sucesso
no mercado do agronegócio (BORGES; GUEDES; CASTRO, 2015).
a) Classificação da propriedade rural
A classificação da propriedade rural a partir das unidades econômicas do Brasil é im-

portante para direcionar as recomendações do gestor frente aos processos de produ-
ção e às estratégias de negócios, visando ao desenvolvimento da empresa.
Diante disso, Lopes (2008) dividiu as unidades de produção no Brasil em quatro tipos,
acompanhe:
Grandes propriedades dedicadas à produção de

Latifúndio comércio especializada ou com poucas linhas de
exploração.
Empresa agropecuária Específica para produção, com elevado nível de capi-

tal de exploração e trabalhadores assalariados, sendo
capitalista sua produção destinada principalmente ao mercado.
Unidade familiar Também conhecida como agricultura familiar, com

atividades predominantemente não remuneradas e
produtora de mercadorias realizadas pelos membros da família.
Possui baixo nível de capital e exploração e mão de

Unidade camponesa
obra majoritariamente familiar.
MÓDULO TCC
b) Importância dos dados para a gestão do empreendimento rural
Com a finalidade de gerenciar de forma mais eficaz um empreendimento rural, é im-

portante que as tomadas de decisões sejam baseadas em uma análise de dados.
Com os dados, é possível adquirir informações sobre a atividade trabalhada e, dessa

forma, entender sua capacidade de desenvolvimento, traçar objetivos, alcançar os re-
sultados com qualidade e realizar correções oportunas (SCARPELLI, 2001).
Além da identificação do tipo de unidade de produção da em-
presa rural, é indispensável a coleta de dados do empreendi-
mento para oferecer direcionamento do que fazer e como fazer
para se ter êxito na produção de serviços e/ou produtos.
Para isto, deve-se levar em consideração, segundo Bizinoto Souza e Neris Junior
(2022), os seguintes dados:

Dados técnicos Dados econômicos Dados ambientais
da produção Tipo de atividade Para conhecer a
Localização, explorada, quantidade legislação do local e
topografia, solo de produção e valor utilizar os recursos
e tamanho da de comercialização e existentes na propriedade
propriedade. custos operacionais. de forma sustentável.
Fonte: Adaptado de Bizinoto Souza e Neris Junior, 2022.
3.2 Monitoramento de índices zootécnicos aplicados à gestão de

empreendimentos rurais
Os índices zootécnicos se referem aos dados quantitativos, qualitativos e produti-

vos de cada tipo de exploração animal. Quando analisados da forma correta, auxiliam
o produtor a traçar objetivos e a alcançar melhor desempenho em sua produção por
meio do monitoramento dessas informações.
É importante destacar que as características de cada rebanho e o tipo de produção

determinam os índices zootécnicos a serem levados em consideração (FERREIRA; MI-
RANDA, 2007). Entre os índices zootécnicos a serem acompanhados, destacam-se,
segundo Ferreira e Miranda (2007):
MÓDULO TCC
Índices produtivos Relacionados aos dados de produtividade dos animais.
Englobam todos os dados da reprodução dos rebanhos e

Índices reprodutivos
plantéis.
Destacam-se os dados financeiros das atividades exploradas

Índices econômicos
na propriedade.
Com planejamento adequado e mo-

nitoração constante, é possível atin-
gir as metas estabelecidas a longo
prazo e alcançar bons resultados nas
atividades do empreendimento rural.
3.3 Análise de viabilidade técnica do empreendimento rural
Ao iniciar um projeto, seja na abertura ou expansão de um empreendimento rural,

faz-se necessário uma análise da viabilidade da atividade a ser implementada.
O estudo da viabilidade
técnica tem como objetivo principal
avaliar se o projeto em questão é viável,
levando em consideração as variáveis
produtivas e de mercado, público-alvo,
concorrência, averiguando os custos
e os riscos e realizando a projeção
de retorno financeiro (MARTLAND,
2013).

De acordo com Guiducci et al. (2012), para realizar a análise da viabilidade do empre-
endimento rural, é necessário o acompanhamento dos índices produtivos da atividade
a ser efetuada. São estes:
Desempenho zootécnico
Utilizado para calcular a produtividade das atividades zootécnicas das diversas

áreas da produção animal a fim de melhorar sua eficiência.
Estação de monta
Período estabelecido para realizar o manejo dos reprodutores e das matrizes para
a reprodução, o que facilita o controle nutricional e sanitário do rebanho, bem
como homogeneidade dos lotes.
Lotação média anual
Representa a quantidade de animais que a propriedade manteve por unidade de

área durante o ano, facilitando a tomada de decisão para um bom manejo da área
de pastagem e para a nutrição do rebanho.
Eficiência produtiva
Utilizada para mensurar a eficiência da produtividade durante a criação de uma

atividade zootécnica.
Conversão alimentar
Medida de produtividade animal de eficiência mais importante nas atividades atu-

ais, a qual é determinada pela quantidade de alimento necessária para se ganhar
um quilo de carne, no caso de animais de corte, ou produzir um quilo de produto,
como leite, ovos, mel etc.
Como você pode perceber, o eixo temático Gestão do empreendimento rural na

produção animal aborda todas as atividades relacionadas à implantação das ações de
gestão do empreendimento rural, bem como os índices zootécnicos necessários para
uma boa gestão da propriedade rural de produção animal. Se algum desses assuntos
MÓDULO TCC
Tópico 4: Eixo temático Prestação de assistência técnica e
consultoria em estudos, pesquisas e serviços técnicos
A produção agropecuária brasileira se desenvolveu de forma significativa, ao ponto de
o Brasil sair, nos últimos 40 anos, de uma condição de importador de alimentos para
um importante provedor para o mundo. Dessa forma, o agronegócio é considerado o
grande responsável pelo crescimento econômico brasileiro.
Informação extra
Segundo dados do Cepea/USP em parceria com a CNA (2021),
em 2020, o total de bens e serviços gerados no agronegócio
corresponde a 27% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro,
sendo que o ramo agrícola corresponde a 70% desse valor e a
pecuária, a 30%.
Para alcançar tais categorias, a principal ferramenta para a obtenção de níveis avan-
çados de produtividade na agropecuária foi o conhecimento. Com esse propósito, re-
força-se a capacitação e qualificação dos assistentes técnicos nas diversas áreas do
agronegócio.
4.1 Importância da Assistência Técnica e Extensão Rural
O produtor rural, principalmente o pequeno e médio, carece de apoio técnico e acesso

a tecnologias modernas que visem melhorar o desempenho da sua atividade. Nes-
se sentido, algumas ações devem ser adotadas para que o acesso a tecnologias e o
aprimoramento da produção sejam obtidos. Dessa forma, é importante que ações de
assistência técnica e extensão rural sejam disponibilizados aos produtores rurais.
a) Conceitos de assistência técnica e extensão rural
A assistência técnica é definida como um conjunto de atividades que possibilitam a

comunicação, capacitação e prestação de serviços aos produtores rurais, guiada pela tec-
nologia, administração, gestão e planejamento das atividades a serem realizadas no em-
preendimento rural a partir do desenvolvimento sustentável (PEREIRA; CASTRO, 2021).
Já a extensão rural é o processo educativo que consiste na propagação do conheci-

mento a partir de sua fonte geradora (pesquisa) ao ouvinte, ou seja, o público rural
(produtor rural), por meio de reuniões, palestras ou oficinas em suas comunidades
(LISITA, 2005).

Conceitualmente, a extensão rural difere-se da assistência téc-
nica por esta não ter efetivamente um caráter educativo, tendo
em vista que visa apenas a resolução de problemas pontuais
sem capacitar o produtor rural. Entretanto, como instituição,
entende-se que a Assistência Técnica e a Extensão Rural (Ater)
são organizações públicas instituídas nos estados que prestam
tais serviços (PEREIRA; CASTRO, 2021).
A Ater promove serviços fundamen-

tais para o processo de desenvolvi-
mento da atividade agropecuária,
as quais devem ser consideradas no
planejamento e execução da política
agrícola do Brasil (PEIXOTO, 2008).
Fonte: Wenderson Araujo/Trilux - Sistema CNA/Senar.
b) A importância da Ater
Além da grande influência no crescimento do agronegócio, a Ater atua de forma subs-

tancial no processo de educação e desenvolvimento do produtor rural ao difundir novas
tecnologias e inovações para melhorar as condições de produção, entre outras infor-
mações essenciais para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro de forma sus-
tentável (OLIVEIRA; ARAÚJO; QUEIROZ, 2017). Em face do exposto, de acordo com
Pereira e Castro (2021), a Ater atua:
• reduzindo o custo de produção e aumentando a competitividade, o que estimula o

mercado a expandir e desenvolver gradativamente as atividades rurais;
• melhorando a qualidade, o padrão e a sanidade dos produtos do agronegócio;
• aumentando a especialização na produção de insumos das regiões; e
• eliminando o desperdício até o consumidor.
MÓDULO TCC
Os serviços da Ater melhoram a ren-
da e a qualidade de vida das famílias
rurais, por ser o principal meio de li-
gação entre o agronegócio e as polí-
ticas públicas, por meio do aprimora-
mento dos sistemas de produção, por
dar ao trabalhador do campo a opor-
tunidade de acessar recursos, servi-
ços e renda de forma sustentável.
4.2 Assistência Técnica e Extensão Rural, metodologias e execução
A Ater tem como prioridade a participação dos trabalhadores rurais na elaboração e

execução de projetos por meio da utilização de metodologias participativas, nas quais
a função do técnico é estimular os produtores a adotar tecnologias e, ao mesmo tem-
po, idealizar, junto a eles, novas estratégias de produção (MARINHO; FREITAS, 2015).
Atenção
As metodologias participativas são compostas por métodos e
técnicas que possibilitam obter informações do projeto de for-
ma qualitativa e quantitativa por meio da identificação de pro-
blemas, suas causas e soluções oportunas a partir da interação
entre técnico e produtor rural (PEREIRA, 1998).
a) Métodos de adoção de tecnologias
A fim de difundir o conhecimento sobre as práticas rurais e a gestão de empresa rural,

os extensionistas utilizam métodos e técnicas de extensão rural para alcançarem os
objetivos do projeto. Para isso, a seleção do uso das formas de difusão irá depender do
público com o qual o técnico deseja se comunicar, do objetivo de sua comunicação, do
tipo de mensagem que quer transmitir e do material disponível para tal.

De acordo com Lopes (2016), os diversos métodos adotados pela Ater para disseminar
a tecnologia no meio rural podem ser classificados em:
Tem como objetivo atender o público individualmente, ou seja,

um contato mais próximo entre o extensionista e o público-alvo.
Método individual
Apesar de ser um método mais caro, permite maior cooperação,
participação e avaliação de resultados.
Tem o propósito de atender o público em grupos estabelecidos,

Método grupal o que leva a uma troca de ideias e experiências. Tem como van-
tagem assistir ao maior número de pessoas com menor custo.
Visa atender pessoas em massa, ou seja, um número conside-

Método massal
rável e indeterminado de pessoas com alcance indefinido.
Para a validação da tecnologia em uso na propriedade, os principais métodos destaca-

dos por Lopes (2016) são:
Visita técnica
Planejada e realizada no campo, na qual o extensionista instrui o produtor sobre

determinada técnica ou prática a ser implementada.
Dia de campo
Planejado para apresentar diversas atividades para um grupo de produtores com o

objetivo de despertar seus interesses e fazer com que haja a adoção da tecnologia
apresentada de forma mais rápida.
MÓDULO TCC
Palestra
O extensor divulga, por meio de comunicação verbal, novas tecnologias para um

grupo de pessoas.
Reunião técnica
Encontro organizado para abordar um ou mais assuntos técnicos de forma deta-

lhada para um grupo de indivíduos com o mesmo interesse.
Demonstração técnica
Utilizada para a demonstração de uma tecnologia para determinados produtores

com o objetivo de fazer com que eles desenvolvam habilidades a serem aplicadas
no sistema de produção adotado.
Demonstração de resultado
Utilizada para comparar a nova técnica que se deseja introduzir na propriedade

rural com uma prática tradicional já utilizada pelos produtores.
Excursão
Método no qual o extensionista reúne um grupo de pessoas com o mesmo interes-

se para mostrar a aplicação prática de tecnologias implantadas.
Além dos métodos de difusão de tecnologia, para realizar a assistência técnica e exten-
são rural é imprescindível que o extensionista conheça e aplique a comunicação, tendo
em vista que ele é um comunicador, educador e agente de mudanças. Dessa forma,
possibilita-se a inovação tecnológica na propriedade rural e, consequentemente, ga-
nhos de produtividade, melhoria de renda e melhor qualidade de vida.
4.3 Efeitos da Assistência Técnica e Extensão Rural no desenvolvimento

sustentável
Como afirma Kageyama (2008), é fundamental que a base do desenvolvimento rural

seja composta não apenas pelo desenvolvimento econômico, mas imprescindivelmen-
te pelas dimensões sociocultural, político-institucional e ambiental.

De olho na lei
Atualmente, a Política Nacional de Assistência Técnica e Exten-
são Rural (Pnater) norteia as ações federais do governo con-
centradas em qualificação, reorganização e consolidação dos
serviços da Ater no Brasil, além de conferir destaque a pro-
postas de desenvolvimento sustentável na zona rural (VIEIRA;
BERNARDO; LOURENZANI, 2015).
Por meio dessa política, institui-se como atuação da Ater o uso das metodologias par-
ticipativas, juntamente a união de políticas públicas voltadas ao ambiente rural, arti-
culadas com a política pública de educação ambiental a partir dos programas (VIEIRA
BERNARDO; LOURENZANI, 2015):
Fonte: Brasil, 2022. Fonte: Brasil, 2022.
Programa de Educação Ambiental Programa de Agricultura

e Agricultura Familiar de Baixo Carbono
Produção consciente
De acordo com a análise de Caporal et al. (2009), a Ater deve
idealizar cenários em que a sustentabilidade seja compatível
com a realidade dos produtores rurais e, dessa forma, garantir
a produção de elevada qualidade com o mínimo de impacto pos-
sível aos recursos naturais.
MÓDULO TCC
Griebler et al. (2018) destacam a ação da Emater/RS (Instituto de Assistência Técnica
e Extensão Rural), no estado do Rio Grande do Sul, ao promover melhorias nos pro-
cessos produtivos ao dar enfoque ao desenvolvimento rural sustentável.
Fonte: Emater, 2022.
A atuação da Emater/RS se destaca pela Chamada Pública n. 10/2012 do programa

Ater Sustentabilidade, que propõe o desenvolvimento agrícola de forma sustentável
por meio da Ater. A partir desse programa, possibilita-se a transmissão de recomen-
dações técnicas às famílias rurais, bem como construir conhecimento, oportunidades
e alternativas para o sucesso em seu empreendimento (VIEIRA BERNARDO; LOUREN-
ZANI, 2015).
Como você pode perceber, o eixo temático Prestação de assistência técnica e con-
sultoria em estudos, pesquisas e serviços técnicos aborda todas as atividades
relacionadas à importância da assistência técnica e extensão rural para o bom de-
senvolvimento da propriedade rural de produção animal. Se algum desses assuntos
Neste tema, você teve a oportunidade de resgatar alguns conceitos e informações sobre
os estudos práticos que foram disponibilizados ao longo do curso, que são imprescindí-
veis para a aplicação do conhecimento do Técnico em Zootecnia. No desenvolvimento do
seu trabalho final, você poderá se aprofundar em algumas ideias que foram abordadas
ao longo do curso e que sejam do seu maior interesse, aprimorando seus conhecimentos
baseados em pesquisas, por meio de informações disponibilizadas nas unidades curricu-
lares e também nas bibliografias pertinentes. É importante que você mantenha contato
tanto com a tutoria a distância como a presencial com o objetivo de sanar quaisquer
dúvidas que surgirem ao longo do desenvolvimento do seu trabalho final.

03
As etapas para a
construção do TCC
Tema 3: As etapas para a construção do
TCC
Para a elaboração do seu trabalho de conclusão de curso, como primeiro passo é ne-
cessário que você desenvolva um pré-projeto na área da Zootecnia em nível médio.
O pré-projeto, também chamado de projeto de pesquisa, é uma etapa importante
para a construção desse trabalho, pois permitirá uma percepção maior do que você
deseja alcançar em seu TCC.
Um pré-projeto é um plano que contém os passos que de-

vem ser executados na pesquisa de forma concreta, aten-
dendo a objetivos claros e definidos e seguindo um crono-
grama específico.
Glossário
Pesquisa: É uma investigação sobre um tema, que ocorre de
maneira planejada e que deve ser desenvolvida e escrita de
acordo com normas técnicas, cujas metas principais são gerar
novos conhecimentos e/ou confirmar ou refutar algum conheci-
mento pré-existente.
O objetivo principal deste tema é auxiliá-lo na compreensão das diferentes etapas

para a construção do seu pré-projeto de pesquisa. Além de abordar os passos
que compõem um pré-projeto, também apresentaremos aqui os métodos que podem
ser utilizados ao longo do desenvolvimento do seu TCC, bem como os modelos com
os quais o seu trabalho de conclusão de curso pode ser estruturado, na forma de um
relatório técnico ou um plano de negócio.

de:
• planejar um projeto científico;
• identificar problemas da pesquisa;
• elaborar os objetivos da pesquisa;
• planejar a metodologia da pesquisa;
• utilizar as ferramentas de busca científica; e
• desenvolver trabalho final respeitando a metodologia da

instituição de ensino.
Tópico 1: Planejamento do trabalho de conclusão de curso

– pré-projeto
A melhor maneira de contribuir com conhecimento para a comunidade científica é por
meio de pesquisas. A pesquisa científica é fundamental para nos ajudar a superar os
desafios da produção animal. Sem ela, teríamos que confiar nas opiniões das pessoas,
pautadas no senso comum, sem fundamento teórico e científico.
Uma série de inovações oportu-

nizadas pela ciência estão tendo
um impacto transformador nos sis-
temas de produção animal, como o
desenvolvimento de tecnologias de
informação, produtivas e de gestão.
As pesquisas científicas podem tanto se basear em uma hipótese (usando pesquisas

originais), quanto descrever pesquisas existentes ou comentar as tendências atuais
em um campo específico (revisão bibliográfica). No entanto, antes da realização de
uma pesquisa científica, você precisa construir o seu pré-projeto. Para isso, é impor-
tante seguir algumas etapas:
MÓDULO TCC
1 Definir o tema do trabalho, em conformidade
com o eixo temático escolhido.
2 Elaborar a justificativa.
3 Definir os objetivos (geral e específicos).
4 Planejar com cuidado o cronograma para a

execução das atividades.
Dica
Você pode retornar ao tema 2, Eixos temáticos do Curso
Técnico em Zootecnia, caso precise rever o conteúdo e sele-
cionar o tema com o qual mais se identifica.
Confira, a seguir, como organizar cada uma das etapas do seu pré-projeto.
1.1 Definição do tema
O primeiro passo ao planejar e escrever um pré-projeto é escolher o assunto e de-

finir um bom tema. Há uma pequena diferença entre assunto e tema, que precisa
ser entendida.
Assunto
Tema

O assunto é o “nicho” ou “área do conhecimento” que você vai pesquisar, ou seja, é
algo amplo. Quando você define, dentro dessa área de conhecimento, o que exata-
mente deseja estudar, então esse será o tema do seu trabalho, ou seja, ele representa
um assunto delimitado que é do seu interesse.
Dica
Defina, dentro do eixo temático, o foco do seu estudo, com
base em um problema/situação para a qual você possa oferecer
uma solução, uma análise crítica ou confirmação de experiência
bem-sucedida.
Escolha o assunto
Primeiro você deve escolher um assunto de seu interesse, dentro do eixo temático
escolhido para a pesquisa. O assunto é amplo e genérico e pode ser desdobrado em
vários temas. Alguns exemplos de assuntos são:
• Assistência técnica e extensão rural.
• Gestão e controle da produção.
• Marketing, comercialização e logística.
• Sistemas de produção animal.
• Administração e gestão de projetos pecuários.
• Bem-estar dos animais de produção.
• Inovações tecnológicas na produção animal.
• Pecuária sustentável.
Esses assuntos servem de base para diferentes temas. Por isso, quanto mais você gos-
tar do assunto, mais fácil será pesquisar e escrever sobre ele.
Defina seu tema
A definição do tema do seu TCC é uma etapa importante e, para isso, você pode utilizar
uma pergunta de pesquisa, que visa orientar o seu trabalho em uma direção espe-
cífica. Para auxiliá-lo na definição do tema, use estas perguntas:
MÓDULO TCC
Por quê Quem O quê
Você escolheu o É afetado pelo Há de especial

tema? Em que ele tema? Quem pode nesse tema? Existe
o interessa? Você publicar um debate sobre
tem uma opinião informações sobre ele? Há várias
sobre as questões isso? Você conhece questões e pontos
envolvidas? organizações ou de vista a serem
instituições considerados?
relacionadas ao
tema?
Onde Quando
Seu tema é O seu tema é/foi

importante: em importante? É um
nível local, evento atual ou
nacional ou uma questão
internacional? histórica? Você
Existem locais quer comparar seu
específicos tema por períodos
afetados por ele? de tempo?
Dica
Aproveite as ferramentas do Ambiente Virtual de Aprendizagem
e converse com seu tutor a distância para apoiá-lo na definição
do seu tema de pesquisa. Ele pode dar ideias que não ocorre-
ram a você.
Para que você não fique com dúvidas, vamos exemplificar como delimitar o tema de
pesquisa. Imagine que o seu assunto de interesse seja “Inovação tecnológica na
suinocultura”, que está dentro do eixo temático Gestão do empreendimento rural

na produção animal. Esse assunto é muito amplo, com muitos aspectos diferentes
que você pode pesquisar. Usaremos as técnicas apresentadas anteriormente para res-
tringir nosso assunto a um tema de pesquisa. Veja um exemplo:
● Por quê: Estou interessado em questões relacionadas à difusão de inovações

tecnológicas dentro da cadeia produtiva da suinocultura e quais as principais formas
de instrução das tecnologias aos produtores rurais de uma região.
● Quem:
○ Quem fala sobre esse assunto: muitos sites e instituições, como o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), a Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), sindicatos de produtores da suinocultura, Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) publicaram pesquisas sobre esse assunto.
○ Quem faz uso dessa tecnologia: produtores rurais, empresas de assistência
técnica e extensão rural e empresas agrícolas fornecedoras de tecnologias e
equipamentos.
● O quê: As principais perguntas deste tópico são as seguintes:
○ Quais são as inovações tecnológicas mais recentes para a suinocultura?
○ Essas inovações já são implementadas no Brasil?
○ Quando implementadas, quais instituições estão mais envolvidas na educação
do produtor?
○ A assistência técnica oferecida ao produtor é de ordem pública ou privada?
○ Quais desafios o produtor rural encontra ao realizar a implementação
tecnológica?
● Onde: Essa questão é importante para os suinocultores, principalmente no âmbito
nacional.
● Quando: Essa é uma análise atual; muito importante hoje e para o futuro.
A partir dessas respostas, é possível, mas não necessário, transformar o tema numa
pergunta. Confira a seguir um exemplo:
Como se dá a implementação e difusão da inovação tecnológica na cadeia pro-

dutiva da suinocultura?
A partir desse questionamento, você terá uma visão geral das questões discutidas no
TCC. Isso vai auxiliar a delimitar o tema e a realizar o levantamento de dados.
MÓDULO TCC
Atenção
Lembre-se de que é importante que o seu tema esteja relacio-
nado ao eixo temático escolhido. Em caso de dúvidas, retorne
ao Tema 2: Eixos Temáticos do Curso Técnico em Zootec-
nia desta apostila.
Após delimitar um questionamen-

to central, você tentará responder
a essa pergunta com sua pesquisa.
Pense em algo que você gostaria de
tentar provar ou argumentar. Certi-
fique-se de escolher um tema que
terá informações previamente dis-
poníveis na literatura e que sejam
confiáveis. Para isso, faça uma pes-
quisa preliminar sobre o seu tema.
Sites como SciELO, os periódicos
CAPES e o Google Acadêmico são
os mais recomendados na hora de
encontrar artigos, periódicos e ba-
ses de dados confiáveis para usar
em um trabalho.
Dica
Realize uma pesquisa completa na literatura publicada. Encon-
tre e leia artigos da área relacionados ao problema que você
identificou. A pesquisa na literatura ajudará você a projetar os
experimentos e a determinar as condições experimentais ade-
quadas para uso.

1.2 Justificativa
Depois de realizar uma avaliação cuidadosa do seu eixo temático, tema de pesquisa e
literatura relevante, você deve desenvolver uma justificativa para o problema de
pesquisa.
A justificativa deve explicar as razões pelas quais o estu-

do deve ser realizado. Você deve ser capaz de contextua-
lizar a importância do problema a ser investigado e como
o seu trabalho é necessário. Isso ajudará o leitor a enten-
der as contribuições do seu trabalho para a produção animal.
Na justificativa, você deve destacar também quais serão as dificuldades, possibili-

dades e previsões que podem ser feitas a respeito dos possíveis resultados do traba-
lho e como esses resultados serão inseridos no campo de pesquisa.
A justificativa do seu trabalho deve ser elaborada na forma de
texto descritivo e tem grande importância para a qualidade do
pré-projeto, pois é nesse momento que você mostrará o quão
bem fundamentado está o seu pensamento e a seriedade com
que você trata o seu trabalho.
Uma boa justificativa deve responder às seguintes perguntas:
Que problema será resolvido?
Como a pesquisa contribuirá para preencher a

lacuna existente relacionada à sua área de pesquisa?
Como sua pesquisa vai atingir seus objetivos?
MÓDULO TCC
Confira na sequência um modelo de justificativa.
A suinocultura é uma das atividades pecuárias que se destaca no cenário da produção

animal. Essa atividade pode ser desenvolvida por vários produtores, que fazem uso de
diversos sistemas de produção dentro de um empreendimento rural focado na produção
de suínos. Identificando-se as principais condicionantes da decisão dos produtores que
já́ utilizam a inovação tecnológica e a metodologia de assistência técnica obtida, pode-
se adotar iniciativas que incentivem os demais produtores a seguir por essa estratégia
tecnológica. Viabilizando políticas públicas de difusão de tecnologias e o consequente
aumento da capacidade de produção da região, possibilitando maior sustentabilidade e
competitividade ao sistema agroindustrial suinícola no município.
1.3 Objetivo geral e objetivos específicos
Os objetivos do estudo representam a meta que a pesquisa pretende alcançar

e têm origem no problema. Os objetivos abordam uma questão (ou um problema)
que, por meio da análise e interpretação de resultados, é respondida na conclusão do
estudo. Devem ser escritos de forma clara e precisa, com verbos no infinitivo,
por exemplo:
• Analisar.
• Avaliar.
• Discutir.
• Investigar.
• Relatar.
• Definir.
• Comparar.
Ao estabelecer os objetivos, evite prever algo muito grandioso ou genérico demais. Lem-
bre-se de que a sua pesquisa é unidirecional: sobre um só tema, um só problema.

Você deve dividir seus objetivos em objetivo geral e objetivos específicos.
Objetivo geral
Indica o que você espera alcançar em termos

gerais. Ele não mostra quais etapas são necessárias
para a realização do processo de pesquisa.
Objetivos específicos
Dividem o objetivo geral em partes menores que

abordam os vários aspectos do problema,
especificando exatamente o que será feito em cada
fase do estudo.
Para elaborar os objetivos da sua pesquisa, confira as dicas a seguir:
□Identifique o foco principal do seu projeto de pesquisa.

□Escreva claramente o que você pretende alcançar ao realizar a pesquisa.
□Divida o objetivo principal em etapas menores, destacando objetivos para cada
uma das etapas.
□Escreva os objetivos de forma breve.
□Evite usar palavras desnecessárias. Se possível, tente manter cada objetivo em
apenas uma frase.
□Tente limitar o número de objetivos específicos entre 3 e 5. Isso vai evitar que
você fique sobrecarregado ao tentar cumprir uma longa lista de objetivos.
□Seja específico quanto aos resultados desejados.
□Torne seus objetivos mensuráveis, crie métricas para medir o progresso do
trabalho.
□Seja realista, certifique-se de ter recursos, orçamento e tempo suficientes para
atingir os objetivos.
Lembre-se de que o objetivo geral e os objetivos específicos devem ser apresentados

em separado em seu pré-projeto. Confira a seguir um exemplo de como estruturá-los.
MÓDULO TCC
Objetivo geral
Analisar a tomada de decisão da implementação tecnológica dentro do contex-

to do empreendimento rural e a assistência técnica obtida para o sucesso de
sua implementação.
Objetivos específicos
Quantificar os produtores da região que aderiram à inovação tecnológica.
Relacionar a tomada de decisão entre a implementação e a não implementação

da inovação tecnológica entre os produtores entrevistados.
Apresentar as motivações para a decisão de implementação e a não implemen-

tação da inovação tecnológica.
Avaliar o tipo de assistência técnica recebida pelo produtor rural na implemen-

tação tecnológica.
Definir os objetivos do seu projeto é muito importante, pois eles vão orientá-lo na
condução de cada etapa e, desse modo, você poderá se organizar. Sendo assim, tenha
muita atenção na hora de defini-los.
1.4 Cronograma
Diferente de outras situações acadêmicas, o desenvolvimento do TCC não ocorre em

um momento único e exclusivo. Você precisará se dedicar a outras unidades curricu-
lares enquanto esquematiza, executa e escreve o seu trabalho de conclusão de curso.
Por isso, as atividades devem ser planejadas e organizadas, respeitando os pra-
zos. Para auxiliá-lo com isso, é fundamental a construção de um cronograma.
O cronograma é uma ferramenta

que divide uma grande meta (seu
TCC) em tarefas menores, com da-
tas de início e término para que todo
o trabalho seja concluído no prazo.
Essa ferramenta define o que pre-
cisa ser feito, por quem, quando e
quais recursos são necessários.

Elabore um cronograma detalhado e fique atento para cumpri-
-lo, assim ele o ajudará no gerenciamento e controle do seu
Disponibilizamos a seguir um modelo de cronograma. No entanto, destacamos que

cada cronograma será único, com demandas e prazos específicos. Discuta com seu
tutor a distância qual é a melhor forma de construção do cronograma da sua pesquisa.
Levantamento de literatura publicada

○ Quem fará a ação: o aluno pesquisador.
○ Período de realização da tarefa: 1° ao 6° mês.
○ Recursos necessários: computador, internet, livros.
Levantamento de recursos necessários para a realização da pesquisa
○ Período de realização da tarefa: 1° mês.
○ Recursos necessários: métodos de pesquisa.
Criação de questionário para aplicação em visita técnica
○ Recursos necessários: plataforma de criação de formulário online.
Mapeamento de propriedades a serem visitadas
○ Recursos necessários: transporte para deslocamento ou contato telefônico/e-
mail.
Aplicação da pesquisa entre os produtores rurais
○ Período de realização da tarefa: 3° e 4° mês.
○ Recursos necessários: transporte para deslocamento e entrevista dos produtores
rurais ou entrevista por telefone ou envio do formulário por e-mail.
MÓDULO TCC
Dica
É muito importante ser realista quanto ao tempo que você pro-
vavelmente usará para realizar cada tarefa. Você também pre-
cisa anotar os recursos necessários para cada uma delas. Pode
ser um equipamento ou laboratório que precise ser reservado
com antecedência, uma carta de parceria entre o SENAR e a
propriedade rural, algum equipamento de proteção individual
(EPI) para acessar a área de estudo etc.
O cronograma de atividades é a última etapa do pré-projeto. Utilize o cronograma

para gerir o tempo para realização do seu trabalho, assegurando que todas as ativida-
des sejam concluídas dentro do prazo definido, evitando assim que atrasos comprome-
tam os resultados esperados.
Tópico 2: Métodos de pesquisa

No seu trabalho escrito, você terá que informar as etapas técnicas envolvidas na con-
dução da pesquisa e é a seção dos métodos de pesquisa que fornece as informações
pelas quais a validade de um estudo é julgada.
Dica
A escrita deve ser direta, precisa e, ao longo do seu TCC, os
métodos de pesquisa devem estar com o tempo verbal
no passado (representando algo que já foi aplicado/realizado).
Você deve explicar como obteve e analisou seus resultados, pelos seguintes motivos:

Os leitores precisam saber como os dados foram obtidos, por que o
1 método escolhido afeta os resultados e como você provavelmente
interpretou esses resultados.
Na maioria dos casos, há uma variedade de métodos diferentes que você
2 pode escolher para investigar um problema de pesquisa. A seção de

metodologia do seu artigo deve deixar claras as razões pelas quais você
escolheu um método ou procedimento específico.
O leitor quer saber se os dados foram coletados ou gerados de forma

consistente com a prática aceita no campo de estudo. Por
3 exemplo, se você estiver usando um questionário, os leitores
precisam saber que ele ofereceu aos respondentes uma gama
razoável de respostas para escolher.
O método de pesquisa deve ser adequado aos objetivos do estudo. Por

4 exemplo, certifique-se de ter um tamanho de amostra grande o suficiente
para poder generalizar e fazer recomendações com base nas descobertas.
É comum que outros pesquisadores adaptem ou repliquem sua

metodologia. Portanto, é importante sempre fornecer informações
5 suficientes para permitir que outras pessoas usem ou repliquem o estudo.
Essa informação é particularmente importante quando ocorre o uso
inovador de um método existente.
Confira a seguir algumas dicas de como construir a seção dos métodos de pesquisa.
□A seção de metodologia do seu artigo deve ser completa e direta. Não forneça
informações básicas que não ajudem diretamente o leitor a entender por que um
determinado método foi escolhido, como os dados foram coletados ou obtidos e
como foram analisados.
□Lembre-se de que você não está escrevendo um guia prático sobre um método
específico. Assuma que os leitores possuem uma compreensão básica de como
investigar o problema de pesquisa por conta própria e, portanto, não precisa
entrar em detalhes sobre procedimentos metodológicos específicos. O foco deve
estar em como o método foi aplicado, não na mecânica de fazer um método.
□A seção de metodologia deve citar quaisquer fontes que informaram sua escolha
e a aplicação de um método específico.
Existem diferentes tipos de métodos de pesquisa que usam diferentes ferramentas

para coleta de dados.
MÓDULO TCC
Você deve avaliar o objetivo do seu estudo para definir os métodos a serem
utilizados.
Para refletir
Suponha que você deseje estudar a viabilidade técnica e eco-
nômica da produção de leite e analisar os índices zootécnicos
(produtivos, reprodutivos e econômicos) vinculados à ativida-
de leiteira para realizar análises do custo-benefício dessa ati-
vidade, considerando o mercado consumidor. Nessa situação,
você possivelmente precisará utilizar métodos quantitativos,
para realizar análises do custo-benefício da atividade, e méto-
dos qualitativos, para avaliar a qualidade do material dentro do
período de prateleira.
A procura de trabalhos relacionados ao tema previamente publicados poderá nortear

você na definição dos métodos. Também é muito importante que você converse com
os seus tutores, que poderão orientá-lo quanto aos métodos mais adequados. Uma
metodologia de pesquisa bem definida ajudará a estruturar e validar sua pesquisa e
é fundamental para legitimar os resultados do seu trabalho, garantindo que o estudo
que você está realizando seja confiável.
2.1 Tipos de pesquisa
A pesquisa pode ser classificada de várias maneiras.
a) Quanto à natureza
A pesquisa pode ser básica ou aplicada.
Pesquisa básica
Objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência,

sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
Por exemplo: a evolução das exportações e os principais parceiros
comerciais da cadeia produtiva da carne no Brasil.
Pesquisa aplicada
Objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, por isso é dirigida

à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
Por exemplo: desenvolvimento de planilha para controle de produção
de carne no Brasil.

b) Quanto à abordagem
Os tipos de pesquisa podem ser agrupados em qualitativos e quantitativos.
I. Pesquisa qualitativa
Geralmente realizada para estudar

o comportamento humano. Ela
usa os métodos de estudos de caso
aprofundados, perguntas de pesqui-
sa abertas, entrevistas não estrutu-
radas, grupos focais ou observações.
A natureza dos dados é subjetiva e
também a análise do pesquisador
envolve um grau de interpretação
subjetiva.
Um exemplo desse tipo de pesquisa seria compreender os desafios de desempenho de

trabalhadoras rurais no desenvolvimento de suas atividades. Confira a seguir as van-
tagens e desvantagens para você trabalhar com a pesquisa qualitativa.
Vantagem Desvantagem
Os métodos São mais propensas
qualitativos são bons à subjetividade.
para uma análise de
eventos, de pessoas,
de empresas e de
organizações.
MÓDULO TCC
II. Pesquisa quantitativa
Utiliza dados numéricos (quanti-

dades) que podem ser derivados de
experimentos, perguntas fechadas
em pesquisas, questionários, en-
trevistas estruturadas ou conjuntos
de dados publicados. Normalmen-
te, processa-se e analisa-se esses
dados usando técnicas de análise
quantitativa, como tabelas, gráficos
e estatísticas, para explorar, apre-
sentar e examinar relacionamentos
e tendências dentro dos dados.
Confira a seguir as vantagens e desvantagens de você trabalhar com a pesquisa

quantitativa.
O estudo pode ser mais Os métodos
amplo, gerando quantitativos podem
grandes quantidades de ser difíceis, caros e
dados que contribuem demorados.
para a generalização
dos resultados.
Na sequência, apresentamos uma comparação entre os dois tipos de pesquisa

estudados.

Pesquisa qualitativa: Pesquisa quantitativa:
• É não numérica, • É numérica, não descritiva,

descritiva, aplica aplica estatística ou
raciocínio e usa palavras. matemática e usa números.
• Seu objetivo é obter o • É um processo iterativo,
significado, sentir e pelo qual as evidências são
descrever a situação. avaliadas.
• Os dados qualitativos • Os resultados são
não podem ser frequentemente
representados apresentados em tabelas e
graficamente. gráficos.
• É exploratória. • É conclusiva.
• Investiga o porquê e o • Investiga “o quê, o onde e
modo da tomada de o quando” a respeito da
decisão. tomada de decisão.
Dica
Se necessário, é possível realizar uma pesquisa mista, que
combine as modalidades qualitativa e quantitativa. É a chama-
da pesquisa quali-quantitativa, que usa recursos e técnicas
matemáticas e estatísticas e também a interpretação dos fenô-
menos e a atribuição de significados aos dados.
c) Quanto ao objetivo
Dependendo do objetivo da pesquisa, os projetos de pesquisa científica podem ser

agrupados em cinco tipos:
• exploratórios;
• descritivos;
• explicativos;
• metodológica; e
• intervencionista.
MÓDULO TCC
I. Pesquisa exploratória
Pode envolver uma pesquisa bibliográfica ou a realização de entrevistas com

grupos focais. A exploração de novos fenômenos dessa forma pode auxiliar na neces-
sidade de melhorar a compreensão do pesquisador, pode testar a viabilidade de um
estudo mais extenso ou determinar os melhores métodos a serem utilizados em um
estudo posterior.
Por essas razões, a pesquisa exploratória tem um foco amplo e raramente fornece
respostas definitivas para questões específicas de pesquisa.
Para refletir
Se os produtores rurais de um país estão insatisfeitos com as
políticas agrícolas durante uma recessão econômica, pesquisas
exploratórias podem ser direcionadas para medir a extensão
da insatisfação dos produtores, visando entender como tal in-
satisfação se manifesta e quais políticas governamentais para
lidar com inflação, taxas de juros e impostos mais altos serão
tomadas. Essa pesquisa pode incluir o exame de números di-
vulgados publicamente com estimativas de indicadores econô-
micos, como produto interno bruto (PIB) e índice de preços ao
consumidor, e de dados obtidos por meio de entrevistas com
especialistas e economistas. Ela pode não levar a uma compre-
ensão muito precisa do problema-alvo, mas pode valer a pena
para definir a natureza e a extensão do problema e servir como
um precursor útil para pesquisas mais aprofundadas.

II. Pesquisa descritiva
Esse tipo de pesquisa é direcionada a fazer observações cuidadosas e a documentar

detalhadamente um fenômeno de interesse. Essas observações devem ser basea-
das no método científico (ou seja, devem ser replicáveis, precisas etc.) e, portanto,
são mais confiáveis do que observações casuais feitas por pessoas não treinadas.
Exemplos desse tipo de pesquisa são a tabulação de estatísticas pelo Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ou pelo Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística (IBGE), que usam instrumentos iguais ou semelhantes para estimar a
produção de pecuária, áreas cultivadas com pastagem, dados de exportação e impor-
tação etc.
A pesquisa descritiva é
direcionada para estudar “o
quê” e quantos desses “o quê”
existem. Assim, é direcionada
para responder a perguntas
como: “O que é isso?”.
Se alguma alteração for feita nos instrumentos de medição, as estimativas são forne-
cidas com e sem a instrumentação alterada, para permitir que os leitores façam uma
comparação justa antes e depois das variáveis serem analisadas.
MÓDULO TCC
III. Pesquisa explicativa
Procura por explicações de fenô-

menos, problemas ou comporta-
mentos observados. Enquanto a
pesquisa descritiva examina “o quê,
o onde e o quando” a respeito de
um fenômeno, a pesquisa explicativa
busca respostas para os tipos de per-
guntas “por que e como”. Ela tenta
“ligar os pontos” na pesquisa, identi-
ficando fatores causais e resultados
do fenômeno-alvo. Por exemplo: a
compreensão das razões por trás do
aumento da produtividade de uma
cultura, ou mesmo o impacto causa-
do por uma nova praga.
Buscar e encontrar explicações para eventos observados requer
fortes habilidades teóricas e de interpretação, além de intuição,
insights e experiência pessoal.
IV. Pesquisa metodológica
Refere-se a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade e está

associada aos caminhos, formas, maneiras e procedimentos para atingir um determi-
nado fim. Um exemplo é a utilização de drones no sensoriamento remoto de proprie-
dades rurais.
V. Pesquisa intervencionista
Tem como principal objetivo interferir na realidade estudada, para modificá-la.

Não se satisfaz, portanto, em apenas explicar. Distingue-se da pesquisa aplicada, pelo
compromisso de não somente propor resoluções de problemas, mas também de resol-
vê-los efetiva e participativamente. Por exemplo: análise e alteração do clima organi-
zacional de uma empresa rural: conviver na propriedade, obter conhecimento sobre os
problemas e realizar mudanças na empresa.

d) Quanto aos procedimentos
Os principais tipos de pesquisa desse grupo são:
• experimental;
• bibliográfica;
• documental;
• levantamento;
• participante;
• ação;
• estudo de caso;
• investigação ex post factum.
I. Pesquisa experimental
Pesquisa objetiva e sistemática com o objetivo de prever e controlar os fenômenos

e examinar a probabilidade e a causalidade entre as variáveis selecionadas.
Nesse tipo de pesquisa, um conjunto de variáveis é mantido constante, enquanto o ou-
tro conjunto de variáveis está sendo medido como objeto do experimento. A pesquisa
experimental mais simples inclui duas variáveis e dois grupos de participantes:
Duas variáveis
Variáveis dependentes versus Variáveis independentes

A variável independente é a variável da previsão,
enquanto a variável dependente é a variável do
resultado. Os pesquisadores manipulam e controlam a
variável independente para estudar seu efeito na
variável dependente.
Dois grupos de participantes
Controle versus Experimental

Antes de iniciar o experimento, o pesquisador atribui
aleatoriamente sua amostra a dois grupos diferentes:
o grupo controle e o grupo experimental. O grupo
controle não recebe manipulação da variável independente
(sem tratamento), enquanto o grupo experimental recebe
manipulação da variável independente.
MÓDULO TCC
Provavelmente sua maior vantagem é que estabelece relações de causa e efeito. Um
exemplo é a análise de produtividade na caprinocultura leiteira submetida a diferentes
sistemas de produção animal.
II. Pesquisa bibliográfica
Pode ser definida como qualquer pesquisa que requeira a coleta de informações
de materiais publicados. Esses materiais podem incluir recursos mais tradicionais,
como livros, revistas, periódicos, jornais e relatórios, mas também podem consistir em
mídia eletrônica, como filmes e gravações de áudio e vídeo, além de recursos online,
como sites, blogs e bancos de dados bibliográficos. O fácil acesso a computadores e
dispositivos móveis coloca inúmeras fontes de informação ao alcance dos pesquisado-
res quase instantaneamente.
Grande parte dos estudos exploratórios pode ser definida

como pesquisa bibliográfica. Permitir ao pesquisador ter
acesso a uma gama de fenômenos muito mais ampla do que
aqueles que ele poderia pesquisar diretamente é uma das
principais vantagens da pesquisa bibliográfica.
Essa vantagem se torna particularmente importante quando a pesquisa requer dados

muito dispersos pelo espaço. Seria custoso e demorado a um pesquisador percorrer
todo o território brasileiro em busca de dados sobre a produção de leite em pequenas
propriedades rurais, por exemplo.
III. Pesquisa documental
Ao contrário das pesquisas bibliográficas, feitas a partir de materiais já publicados, a

pesquisa documental utiliza materiais que não receberam tratamento científico
ou analítico. O grande objetivo desse tipo de pesquisa é complementar a pesquisa
bibliográfica. Por exemplo:
Análise de programas de acesso a crédito para fomento de uma atividade pe-

cuária na região Semiárida.

As maiores vantagens da pesquisa documental são que os
documentos compõem uma fonte rica de dados e que ela
tem um baixo custo financeiro, já que a análise dos docu-
mentos depende basicamente da disponibilidade de tempo
do pesquisador.
IV. Pesquisa de levantamento
É utilizada em estudos exploratórios e descritivos para confirmar ou negar infor-

mações dentro de um grupo controle, o qual pode ser de dois tipos: uma amostra ou
uma população (censo). Por exemplo:
Levantamento sobre a utilização de ovos na região administrativa de Planaltina

– DF.
A coleta de dados é feita através de questionários ou en-

trevistas. As vantagens desse tipo de pesquisa estão rela-
cionadas ao conhecimento direto da realidade, uma vez que
as próprias pessoas dão suas opiniões, obtenção de grande
número de dados e baixo custo.
V. Pesquisa participante
Corresponde à pesquisa que se desenvolve a partir da interação entre quem está

pesquisando e aquele que integra o contexto pesquisado. Nesse âmbito, o pes-
quisador não tem uma proposta de ação predefinida. A intenção é obter um conheci-
mento mais profundo do grupo, que tem plena consciência de que está sendo investi-
gado. Por exemplo:
Pesquisa participativa na elaboração de material didático para auxiliar na ges-

tão de marketing de pequenos produtores rurais focados na avicultura colonial.
MÓDULO TCC
VI. Pesquisa-ação
A postura do pesquisador é a de captar a perspectiva dos entrevistados, sem par-

tir de um modelo preestabelecido. Nesse contexto, a pesquisa é concebida e realiza-
da em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo. Por exemplo:
Pesquisa-ação na assistência técnica para utilização de software no controle re-

produtivo da cadeia produtiva de caprinos no município de Souza, na Paraíba.
VII. Estudo de caso
Esse é o tipo ideal quando o pesquisador deseja responder como e por que cer-
tos fenômenos acontecem. Além disso, essa estratégia é interessante para estudar
eventos do presente e quando a possibilidade de controle sobre comportamentos é
reduzida. Pode ou não ser realizado no campo. Por exemplo:
Gestão familiar da produção de leite, estudo de caso da Fazenda Serrota.
VIII. Investigação ex post factum
Essa configuração busca verificar a existência de relações entre variáveis sobre as

quais o pesquisador não tem controle ou não pode manipular, pois a pesquisa
se dá após a ocorrência do fenômeno ou fato. Além disso, o fenômeno ocorre natu-
ralmente. Por exemplo:
Análises feitas sobre os efeitos causados pela mudança climática na produção

de feno na região do Cerrado.
2.2 Amostra
Quando alguém realiza pesquisas em produção animal, raramente é possível coletar

dados de todas as unidades produtivas ou agroindustriais. Em vez disso, você selecio-
na uma amostra. A amostra é o grupo de unidades produtivas que participará
de fato da pesquisa.

Para tirar conclusões válidas de seus resultados, você deve decidir cuidadosamente
como selecionará uma amostra que seja representativa do grupo todo. Existem dois
tipos de métodos de amostragem:
Amostragem probabilística
Envolve seleção aleatória, permitindo que você faça

fortes inferências estatísticas sobre todo o grupo.
Amostragem não probabilística
Envolve a seleção não aleatória baseada em

conveniência ou outros critérios, permitindo que
você colete dados facilmente.
Antes de optar por um tipo de amostra, você precisa entender a diferença entre uma
população e uma amostra e identificar a população-alvo de sua pesquisa.
MÓDULO TCC
A população é todo o grupo
sobre o qual você deseja tirar
conclusões.
A amostra é o grupo específico

de indivíduos dos quais você
coletará dados.
A população pode ser definida em termos de localização geográfica, tamanho da

propriedade, espécie de produção e muitas outras características.
É importante definir cuidadosamente sua população-alvo de acordo com a finalidade

e os aspectos práticos do seu projeto.
Suponha que em seu TCC você deseje compreender aspectos relacionados à

gestão da qualidade na produção de lã. Os produtores de lã constituem a po-
pulação do estudo. No entanto, se você for entrevistar todos os produtores de
lã, sua pesquisa ficará inviável. Para delimitar seu estudo, você então decide
estudar a gestão da qualidade na produção de lã no município de Santana do
Livramento, no Rio Grande do Sul. Assim, a população-alvo da sua pesquisa
será a de produtores de lã no município de Santana do Livramento.
O número de indivíduos que você deve incluir em sua amostra depende de vários
fatores, incluindo o tamanho e a variabilidade da população e seu projeto de pesquisa.
Existem diferentes métodos para realizar a amostragem da sua população de pesqui-

sa. Esses métodos estão agrupados em Métodos de amostragem probabilística e
Métodos de amostragem não-probabilística.
a) Métodos de amostragem probabilística
Amostragem probabilística significa que cada membro da população tem uma chance
de ser selecionado. É um método usado principalmente em pesquisas quantitativas.
Existem quatro tipos principais de amostra probabilística:

Amostragem probabilística
Amostragem Amostragem Amostragem Amostragem por

aleatória simples sistemática estratificada conglomerados
Confira a seguir uma descrição de cada um desses tipos.
I. Amostragem aleatória simples
Todos os membros da população têm a mesma chance de serem selecionados. Sua

base de amostragem deve incluir toda a população. Para realizar esse tipo de
amostragem, você pode usar ferramentas como geradores de números aleatórios ou
outras técnicas baseadas inteiramente no acaso.
Você deseja selecionar uma amostra aleatória simples de dez unidades produ-
tivas de queijo da região. Você atribui um número a cada unidade produtiva,
baseado no universo de unidades produtivas da região, e usa um gerador de
números aleatórios para selecionar dez números e, em seguida, localiza as
unidades produtivas selecionadas.
II. Amostragem sistemática
É semelhante à amostragem aleatória simples, mas geralmente é um pouco mais fá-

cil de conduzir. Cada membro da população é listado com um número, mas em vez
de gerar números aleatoriamente, os indivíduos são escolhidos em intervalos
regulares.
Todas as unidades produtivas de queijo da região estão listadas em ordem

crescente. Dos dez primeiros números, você seleciona aleatoriamente um pon-
to de partida: o número seis. Do número seis em diante, cada décima unidade
na lista é selecionada (6, 16, 26, 36 e assim por diante), e você acaba com
uma amostra de dez unidades produtivas.
III. Amostragem estratificada
Envolve a divisão da população em subpopulações que podem diferir de maneiras

importantes. Esse método permite que você tire conclusões mais precisas, garantindo
que cada subgrupo seja representado adequadamente na amostra.
MÓDULO TCC
Para usar esse método, você divide a população em sub-
grupos (chamados estratos), com base na característica
relevante. A partir das proporções gerais da população, você
calcula quantos indivíduos devem ser amostrados de
cada subgrupo. Então você usa a amostragem aleatória ou
a sistemática para selecionar uma amostra de cada subgrupo.
A propriedade rural tem 800 funcionários do sexo masculino e 200 do sexo

feminino. Você deseja garantir que a amostra reflita o equilíbrio de gênero da
empresa. Então você classifica a população em dois estratos com base nisso
e usa a amostragem aleatória em cada grupo, selecionando 80 homens e 20
mulheres, o que dá uma amostra representativa de 100 pessoas.
IV. Amostragem por conglomerados
Envolve a divisão da população em subgrupos, mas cada subgrupo deve ter

características semelhantes à amostra inteira. Em vez de amostrar indivíduos de
cada subgrupo, você seleciona aleatoriamente subgrupos inteiros.
Se for possível, você pode incluir todos os indivíduos de

cada subgrupo da amostra. Se os próprios subagrupamen-
tos forem grandes, você também poderá amostrar indivíduos
de cada um deles, usando uma das técnicas citadas anterior-
mente. Esse método é bom para lidar com populações gran-
des e dispersas.
A empresa tem fazendas em 10 cidades em todo o país (todas com aproxima-

damente o mesmo número de funcionários em funções semelhantes). Você
não tem a capacidade de viajar para todas as fazendas para coletar seus da-
dos, então você usa a amostragem aleatória para selecionar 3 fazendas.
b) Métodos de amostragem não probabilística
Em uma amostra não probabilística, os indivíduos são selecionados com base em

critérios não aleatórios. Esse tipo de amostra é de acesso mais fácil e barato. As
técnicas de amostragem não probabilística são frequentemente utilizadas em pesqui-
sas exploratórias e qualitativas. Nesses tipos de pesquisa, o objetivo é desenvolver

uma compreensão inicial de uma população pequena ou pouco pesquisada. Existem
quatro tipos principais de amostragem não probabilística.
Amostragem não probabilística
Amostragem de
Amostragem de Amostragem Amostragem
resposta
conveniência intencional bola de neve
voluntária
I. Amostragem de conveniência
Inclui os indivíduos que são mais acessíveis ao pesquisador. Essa é uma maneira
fácil e barata de coletar dados iniciais, mas não há como saber se a amostra é repre-
sentativa da população, portanto, ela não pode produzir resultados generalizáveis.
Você está pesquisando questões relativas à utilização de financiamento agrí-

cola para aquisição de ordenhadeiras mecânicas em uma feira especializada.
Após cada compra de ordenhadeiras, você pede ao cliente que responda uma
pesquisa sobre o assunto. Essa é uma maneira conveniente de coletar dados,
mas como você pesquisou apenas clientes que frequentam a feira, a amostra
não é representativa de todos os produtores rurais da região.
II. Amostragem de resposta voluntária
Semelhante à de conveniência, uma amostra de resposta voluntária é baseada prin-

cipalmente na facilidade de acesso. O pesquisador, em vez de escolher os partici-
pantes e contatá-los diretamente, as pessoas se voluntariam (por exemplo, respon-
dendo a uma pesquisa pública online).
Você envia a pesquisa para todos os produtores de um sindicato rural sobre os

impactos de determinada política pública e muitos deles decidem responder.
Isso certamente pode lhe dar algumas dicas sobre o tema, mas as pessoas
que responderam provavelmente são aquelas que têm opiniões fortes sobre
a política pública, então você não pode ter certeza de que suas opiniões são
representativas de todos os produtores do sindicato.
MÓDULO TCC
III. Amostragem intencional
Esse tipo de amostragem envolve o pesquisador usando sua experiência para selecio-
nar uma amostra que seja mais útil para os propósitos da pesquisa.
Você quer saber mais sobre as opiniões e experiências de produtores na im-

plementação de novas tecnologias. Para isso, você seleciona propositalmente
um número de produtores com diferentes realidades de produção (grandes e
pequenos produtores, por exemplo) para coletar uma gama variada de dados
sobre suas experiências com inovações tecnológicas.
IV. Amostragem bola de neve
Se a população for de difícil acesso, a amostragem bola de neve pode ser usada para
recrutar participantes por meio de outros participantes. O número de pessoas
ao qual você tem acesso cresce, como uma “bola de neve”, à medida que entra em
contato com mais pessoas.
Você está pesquisando sobre a produção de leite em sua cidade. Como não há
uma lista de todos os produtores de leite na cidade, a amostragem probabilís-
tica não é possível. Você conhece uma pessoa que concorda em participar da
pesquisa e ela o coloca em contato com outros produtores que ela conhece na
região.
População-alvo
População
Amostra
É de fundamental importância a definição dos critérios que serão utilizados na

seleção da amostra do seu TCC. Por isso, você precisa garantir que a amostra foi
obtida por processos adequados, para que não haja comprometimento dos resultados.

2.3 Coleta de dados
A coleta de dados é uma etapa fundamental em cada estudo de pesquisa. Enten-

der como coletar dados para a pesquisa ajudará você a concluir seu trabalho com a
melhor qualidade.
Os dados podem ser divididos em duas categorias principais: dados qualitativos e

dados quantitativos.
Dados qualitativos
Classificação dada a um conjunto de dados que se

refere a atributos não mensuráveis. A pesquisa
qualitativa está intimamente associada a palavras,
sons, sentimentos, emoções, cores e outros
elementos não quantificáveis.
Dados quantitativos
Podem ser medidos usando números. Incluem

questionários com perguntas fechadas, métodos
de correlação e regressão, média, moda, mediana
e outros.
Os estudos qualitativos visam garantir maior nível de profundidade de compreensão

e os métodos de coleta de dados qualitativos incluem entrevistas, questionários com
perguntas abertas, grupos focais e observação.
Com base no objetivo de sua pesquisa, você pode coletar dados
qualitativos, quantitativos ou uma combinação de ambos.
Existem dois métodos de coleta de dados para um projeto – primário e secundário.
I. Método de coleta de dados primários
Dados primários são os tipos de dados que não existiam antes, ou seja, são desco-
bertas exclusivas de sua pesquisa. A coleta e a análise de dados primários normal-
mente requerem mais tempo e esforço para serem conduzidas em comparação com a
pesquisa de dados secundários.
MÓDULO TCC
Os métodos de coleta de dados primários podem ser divididos em dois grupos: quan-
titativos e qualitativos.
Dica
A escolha entre os métodos quantitativos ou qualitativos de
coleta de dados depende da área de sua pesquisa e da natu-
reza dos objetivos e metas da pesquisa.
II. Método de coleta de dados secundários
Envolve o uso de fatos e estatísticas que já foram publicados em livros, jornais, revis-
tas, periódicos, portais online etc. A aplicação de um conjunto apropriado de critérios
para selecionar os dados secundários a serem utilizados no estudo desempenha um
papel importante em termos de aumentar os níveis de validade e confiabilidade da
pesquisa. Esses critérios incluem, entre outros:
a) data de publicação;
b) confiabilidade da fonte;
c) qualidade das discussões;
d) profundidade das análises;
e) extensão da contribuição do texto para o desenvolvimento da área de pesquisa.
Verifique a seguir as vantagens e desvantagens do método de coleta de dados

secundários:
Economia de tempo, Não contribui para a
esforço e despesas. expansão da literatura,
pois deixa de produzir
dados novos.

2.4 Elaboração dos dados
Após a coleta dos dados, eles são elaborados e classificados. Antes da análise e
interpretação, os dados devem seguir os seguintes passos:
Seleção Codificação Tabulação
a) Seleção
Exame minucioso dos dados, a fim de detectar falhas ou erros, evitando informações
confusas, distorcidas ou incompletas, que podem prejudicar o resultado da pesquisa.
b) Codificação
Técnica operacional utilizada para classificar os dados em categorias e atribuir

códigos aos dados que se relacionam.
Suponha que você realizou algumas análises de qualidade de processos produ-

tivos de três propriedades que produzem leite (Fazenda Brechó, Fazenda Toca
da Mata e Sítio Barros). Visando facilitar a tabulação dos dados, você pode
chamar o processo da Fazenda Brechó de A, da Fazenda Toca da Mata de B e
do Sítio Barros de C.
Propriedades
Parâmetros de qualidade Repetição
A B C
R1
Gordura R2
R3
R1
Contagem de células somáticas
R2
(CCS)
R3
MÓDULO TCC
R1
Contagem bacteriana total (CBT) R2
R3
c) Tabulação
Disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na verificação das

inter-relações dos dados.
Propriedades
Parâmetros de qualidade Repetição
A B C
R1 3,5
Gordura R2 3,2
R3 3,5
R1 350.000
Contagem de células somáticas
R2 400.000
(CCS)
R3 380.000
R1 130.000
Contagem bacteriana total (CBT) R2 180.000
R3 100.000
2.5 Análise e interpretação dos dados
Depois de realizar as investigações, você deve analisar e interpretar os dados. Esse

é o processo pelo qual você deverá atribuir significado às informações que foram
coletadas e determinar as conclusões e implicações das informações encontradas.
Os dados brutos, ou seja, os dados que você coletou, deverão ser organizados e
resumidos. Para isso, você pode utilizar planilhas, tabelas, gráficos e/ou análises es-
tatísticas, que ajudarão a interpretar os dados.

A análise de dados quantitativos é representada em termos
matemáticos. Os termos estatísticos mais comuns incluem:
média, desvio padrão e distribuição de frequência.
Confira a seguir cada um deles.
a) Média
Representa a média numérica para um conjunto de respostas.
Na ponta do lápis
Suponha que você queira calcular a produtividade média
por hectare de uma propriedade rural que produz carne. Você
encontrou os seguintes números relativos aos últimos cinco
anos:
• 1,63 toneladas/hectare no ano de 2018.
Para saber a produtividade média de carne por hectare, você

deve somar a produção de 2018 a 2022 e dividir pelo número
de anos analisados.
Produtividade média (ton/ha) = 1,63 + 1,58 + 1,46 + 1,4 + 1,37

5
Produtividade média (ton/ha) = 7,44

5
Produtividade média = 1,49 toneladas/hectares
MÓDULO TCC
b) Desvio padrão
Representa a distribuição das respostas em torno da média e indica o grau de consis-

tência entre as respostas.
∑ | x − μ |²
DP =
N
Onde ∑ significa “somatório”
x é um valor do conjunto de dados
μ é a média do conjunto de dados
N é o número de dados na população.
Assim, o desvio padrão da produtividade de carne entre os anos de 2018 e 2022 é de:
(1,63 – 1,49)2 + (1,58 – 1,49)2 + (1,46 – 1,49)2 + (1,4 – 1,49)2 + (1,37 – 1,49)2
DP =
5
(0,14)2 + (0,09)2 + (-0,03)2 + (-0,09)2 + (-0,12)2

DP =
5
0,0340
DP =
5
DP = 0,0068
DP = 0,82

O desvio padrão, em conjunto com a média, proporciona uma compreensão melhor
dos dados.
Assim, a produtividade média de carne nos últimos 5 anos foi de 1,49 ± 0,082
toneladas/hectare.
Saiba mais
Para saber mais sobre o desvio padrão e o cálculo da média,
consulte a sua apostila sobre Matemática Básica e Financeira.
c) Distribuição de frequência
Indica a frequência de cada resposta. Por exemplo, se os entrevistados responderem

a uma pergunta usando uma escala de concordo/discordo, será indicada a porcenta-
gem de respondentes que selecionaram cada resposta na escala. A distribuição de
frequência fornece informações adicionais além da média, pois permite exami-
nar o nível de consenso entre os dados.
Frequência da comercialização de ovos caipiras na rede varejista de Belo

Horizonte.
Frequência de comercialização (%)
16
11
Frequentemente
De vez em quando
73
Raramente
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
MÓDULO TCC
Níveis mais altos de análise estatística (por exemplo, teste t,
análise fatorial, regressão, ANOVA) podem ser conduzidos com
os dados, mas para isso é preciso utilizar programas estatísticos.
A análise de dados qualitativos é realizada organizando os

dados em temas ou categorias comuns. Inicialmente, os da-
dos qualitativos parecem ser uma coleção de declarações ale-
atórias e desconexas. O objetivo e as perguntas da avaliação
podem ajudar a direcionar o foco na organização dos dados.
As estratégias, a seguir, também podem ser úteis ao analisar dados narrativos.
Grupos focais e entrevistas

□Leia e organize os dados de cada questão separadamente. Essa abordagem per-
mite focalizar uma questão de cada vez.
□Agrupe os comentários por temas, tópicos ou categorias. Essa abordagem permi-
te focalizar uma área de cada vez.
Documentos
□Codifique o conteúdo e as características dos documentos em várias categorias
(por exemplo, manual de treinamento – políticas e procedimentos, comunicação,
responsabilidades).
Observações
□Codifique padrões a partir do foco da observação (por exemplo, padrões compor-
tamentais – quantidade de tempo engajado e não engajado na atividade, tipo de
engajamento, comunicação, habilidades interpessoais).
2.6 Representação dos dados em tabelas, quadros e gráficos
Gráficos e tabelas são formas de comunicar informações visualmente. Devem ser uti-
lizadas para organizar as informações obtidas na sua pesquisa, bem como para
compará-las com outras pesquisas científicas e compartilhar as informações com
outras pessoas.

Digamos que em seu trabalho de con-
clusão de curso você queira mensurar a
produção de leite em relação ao núme-
ro de ordenhas diárias. Você iria avaliar
o aumento ou não da produção de leite
em função do número de ordenhas. Para
manter todas as suas medidas organi-
zadas, você provavelmente usaria uma
tabela.
Atenção
As tabelas são úteis para dados que descrevem dois fatores ou
variáveis diferentes, porque são lidas em duas direções.
Em seu experimento, você coletaria dados sobre duas coisas diferentes: o número
de ordenhas e a quantidade de leite produzida. Digamos que você registre os
números de ordenha na primeira coluna e as medições de quantidade leite produzida
na segunda coluna. Para ser claro, você especificaria quais unidades você está usando
para cada variável.
Esta é a aparência de uma tabela básica para a maioria dos experimentos científicos.
Número de Quantidade
ordenhas produzida
XX YY
XX YY
XX YY
Como a quantidade produzida pode aumentar em função do número de ordenhas,

dizemos que a quantidade depende do número de ordenhas. Portanto, neste caso, a
quantidade de leite produzida é chamada de variável dependente.
MÓDULO TCC
Uma variável dependente é o fator
que está sendo medido em um experimento,
que muda em resposta à variável independente.
O fator que não depende de nada é o número de
ordenhas. Ou seja, nada vai mudar se o número
de ordenhas for o mesmo durante o experimento.
Portanto, chamamos o número de ordenhas de
variável independente. O fator considerado
constante durante um experimento afeta a
variável dependente.
Nas tabelas, a variável independente geralmente é listada na primeira coluna e a vari-

ável dependente é listada à direita.
Variável Número de Quantidade Variável

independente ordenhas produzida dependente
XX YY
XX YY
XX YY
A tabela é uma ótima maneira de manter seus dados organizados. Mas não é tão fácil
tirar conclusões dando uma olhada rápida. A melhor maneira de ver essas informações
seria transformá-las em um gráfico de linhas.
Um gráfico de linhas descreve a relação entre as variáveis dependentes e

independentes.
Cada variável é plotada ao longo de um

dos dois eixos no gráfico. O eixo x é o Variável
eixo horizontal, que geralmente traça a dependente
variável independente. Como sua va-
y
riável independente é o número de or-
denhas, você plotará essa quantidade ao
longo do eixo x. O outro eixo é chamado
Variável
de eixo y. Este é o eixo vertical, que
independente
geralmente plota a variável dependen-
te. Portanto, sua variável dependente é a x
quantidade produzida.

No exemplo dado, na verdade, você terá duas linhas no gráfico: uma para mostrar a
quantidade de leite produzida pelas fêmeas em lactação e outra para mostrar o núme-
ro de ordenhas a que as fêmeas estão sendo submetidas.
Atenção
A principal diferença entre tabela e quadro está relacionada
ao conteúdo e à formatação. A informação central de uma
tabela é o dado numérico. Todos os outros elementos que a
compõem têm a função de complementá-la e explicá-la. Por sua
vez, a Associação Brasileira de Normas Técnicas não especifica
o tipo de conteúdo a ser incluído em um quadro.
Muito bem! Agora você já está preparado para desenvolver o seu pré-projeto! Como
você viu, a obtenção dos dados da sua pesquisa precisa ser planejada, para ga-
rantir a qualidade do seu trabalho.
Tópico 3: Modelos de TCC

Para realizar o processo de escrita do TCC, você poderá optar por escrevê-lo na forma
de relatório técnico ou plano de negócio.
3.1 Relatório técnico
Uma das principais formas de comunicação na agricultura é o relatório técnico.

No local de trabalho, o relatório é um documento de trabalho prático escrito por técni-
cos para clientes, supervisores ou para outros técnicos.
Um relatório técnico é descrito como

um documento científico que trans-
mite informações sobre pesquisas.
Ele deve ser escrito de maneira téc-
nica, objetiva e baseada em fatos.
Sua principal função é fornecer uma
declaração oficial dos resultados
da pesquisa.
Fonte: Shutterstock
MÓDULO TCC
Esses relatórios são emitidos para diversos fins. Veja estes exemplos:
• Informar à sociedade e/ou comunidade científica os resultados da pesquisa.
• Determinar a viabilidade de uma tecnologia e recomendar se a pesquisa

deve ser continuada.
• Detalhar as especificações técnicas (materiais, funções, características,

operação, potencial de mercado etc.).
Todo relatório tem um propósito além da apresentação de informações. Alguns propó-

sitos comuns são:
• Convencer o leitor de algo. Exemplo: convencer o agricultor de que a sua solu-

ção atenderá às necessidades dele.
• Persuadir o leitor a fazer algo. Exemplo: persuadir o pecuarista a aderir ao

processo de modernização do processo produtivo.
• Informar algo ao leitor (geralmente para um propósito adicional). Exemplo:

instruir outros técnicos que trabalharão com base nos seus resultados.
Dica
Ao planejar um relatório técnico, seu primeiro passo é saber
claramente qual é a finalidade dele, isto é, o que você quer que
o seu relatório alcance.
3.2 Plano de negócio
As atividades agrícolas encontram muitos desafios quando comparadas a outros ne-

gócios. Uma propriedade agrícola que não é organizada e não considera os desafios
climáticos, risco de produção e a demanda do mercado pode tomar grandes prejuízos.

Um plano de negócio agrícola
aborda esses desafios em potencial
e desenvolve estratégias para ame-
nizar essas diversidades, mantendo
o sucesso do empreendimento.
Fonte: Shutterstock
Um plano de negócio é um documento formal que evidencia as metas do negócio para

os próximos anos, bem como as possibilidades de alcançar essas metas. Produzir um
plano de negócio possibilita uma reflexão sobre os desafios que a empresa pode
enfrentar e como esses desafios podem ser superados.
Dica
Ao redigir o plano de negócio, certifique-se de considerar as
desvantagens, como quebra de safra devido à [falta de] quali-
dade ou à ocorrência de desastres naturais, como chuvas fortes
ou pragas.
Estime os riscos e tente evitá-los ao máximo, tomando todas as

precauções necessárias para proteger o seu agronegócio.
Algumas informações são importantes e devem estar presentes no plano de negócio.

São elas:
□Crie um resumo para seu negócio agrícola.

□Inclua objetivos e missões do seu negócio e explique os objetivos de curto e
longo prazo.
MÓDULO TCC
A missão é o propósito do negócio. É o porquê você deseja
iniciar um negócio agrícola e o que espera alcançar com esse
negócio. Além disso, também informa o que sua empresa fará e
as outras empresas ou entidades às quais você atenderá. Por-
tanto, sua declaração de missão deve incluir a identidade e os
valores centrais de sua empresa.
□Apresente uma breve revisão das tendências da indústria agrícola, os pa-

drões de crescimento e pontos de vista econômicos.
□Descreva todos os detalhes cruciais do seu negócio, incluindo a localização,
a área do terreno, o início das operações comerciais, a situação atual, os equipa-
mentos e materiais necessários para executar uma operação eficiente e o tipo de
negócio.
□Inclua os custos de materiais e suprimentos, como tratores, sementes, fer-
tilizantes e todos os outros itens necessários para operar o seu negócio agrícola.
□Descreva a força de trabalho do seu negócio agrícola e explique os insumos de
trabalho.
□Crie um organograma para explicar o fluxo de responsabilidade e acrescente
uma breve descrição do trabalho de cada cargo. Liste os departamentos separa-
damente e cada supervisor de departamento. Inclua o custo dos salários e benefí-
cios de cada funcionário e identifique os intervalos de pagamento, como folhas de
pagamento quinzenais ou mensais.
□Identifique os pontos fracos e fortes e as ameaças e oportunidades da sua
operação agrícola. Para isso, reúna o máximo de informações sobre coisas dife-
rentes, como oferta e demanda, tendências do setor, concorrentes e compradores.
Uma ótima ferramenta para lhe auxiliar nesta etapa é a Análise
SWOT. SWOT é uma ferramenta analítica que significa forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças. Ao realizar uma análise
SWOT, você pode conhecer os pontos fortes e fracos do seu
agronegócio por dentro. Além desses pontos, você também
pode aprender sobre as oportunidades e ameaças externas.
Elas podem incluir novos mercados e concorrentes, regulamen-
tações e restrições governamentais, além das condições econô-
micas predominantes.

□Explique as estratégias de marketing da sua operação agrícola.
□Pense em seus clientes-alvo e nos produtos e serviços que você deseja oferecer
a eles e crie um plano de marketing. Inclua uma previsão para o número de
clientes-alvo e o volume de vendas. Explique os métodos que serão usados para
alcançar essas vendas e clientes, como contratos governamentais, contratos ata-
cadistas e feiras comerciais.
□Explique as finanças da sua operação agrícola por escrito e inclua as demons-
trações financeiras reais.
A análise das finanças permite que você decida se precisa fa-
zer um empréstimo comercial para o plano de negócio da sua
operação agrícola. Portanto, avalie quanto dinheiro você tem e
quanto precisará para levar seu empreendimento adiante.
À medida que você trabalha no planejamento e implementação, não há problema em

mudar o foco ou ajustar as metas. É importante que a revisão do seu plano de negócio
ocorra com frequência.
Chegamos ao final do tema As etapas para a construção do TCC. Neste tema, você
aprendeu que é muito importante compreender a estrutura e os elementos do pré-pro-
jeto. Você deve ter percebido a importância do seu projeto de pesquisa, os objetivos
em realizá-lo e a maneira como será executado. Além disso, foi possível entender a im-
portância da criação do cronograma de atividades para realizar o seu pré-projeto den-
tro do prazo e, por fim, você conheceu as formas como o seu TCC pode ser organizado.
MÓDULO TCC
04
Estrutura do trabalho
de conclusão de curso
Tema 4: Estrutura do trabalho de
conclusão de curso
Ao produzir o pré-projeto, você tem uma definição clara sobre o processo e a es-
trutura da pesquisa. Se você puder apresentar uma ideia clara e razoável, relacio-
ná-la com outra literatura relevante, justificar sua importância, descrever um método
para investigá-la e decompô-la em uma sequência de etapas, então o seu pré-projeto
foi um sucesso.
Em outras palavras, o pré-projeto bem sucedido demonstra que, independentemente

da ideia, você conhece os passos envolvidos para transformá-la em um Trabalho de
Conclusão de Curso.
de:
• elaborar e aplicar instrumentos de pesquisa;
• realizar análise de dados; e
• elaborar a conclusão do trabalho.
MÓDULO TCC
Uma característica importante do TCC é que ele é organizado de maneira específica,
com uma estrutura clara. Essa estrutura torna mais fácil para o leitor navegar pelo
texto e entender melhor o material.
A estrutura do TCC é composta pelos elementos pré-textuais, elementos textuais

e elementos pós- textuais.
A seguir, conheça como é estruturado cada um desses elementos.
Pré-textuais
• Capa (obrigatório) • Lista de figuras (opcional)
• Folha de rosto (obrigatório) • Lista de tabelas (opcional)
• Dedicatória(s) (opcional) • Lista de abreviaturas e
• Agradecimento(s) (opcional) siglas (opcional)
• Epígrafe (opcional) • Lista de símbolos (opcional)
• Resumo (obrigatório) • Sumário (obrigatório)
Textuais Pós-textuais
• Introdução • Referências (obrigatório)
◦ Tema • Glossário (opcional)
◦ Problema • Apêndice(s) (opcional) -
◦ Hipótese documento elaborado
◦ Justificativa pelo autor
• Desenvolvimento • Anexo(s) (opcional) -
◦ Objetivo geral documento não
◦ Objetivos específicos elaborado pelo autor
◦ Metodologia • Índice(s) (opcional)
◦ Resultados e discussão
• Considerações finais
Tópico 1: Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são importantes e indispensáveis no TCC. Eles ante-
cedem o texto principal (introdução, desenvolvimento e considerações finais) e têm
como finalidade facilitar a apresentação do trabalho, trazendo informações de
identificação e utilização do trabalho.

Atenção
Alguns elementos devem, obrigatoriamente, estar presen-
tes no TCC, pois a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) entende que essas informações são fundamentais para
a organização do trabalho e compreensão do leitor. Outros ele-
mentos são secundários, o que significa que sua ausência não
interfere na compreensão do trabalho, sendo, por isso, sua in-
serção opcional.
1.1 Capa
A capa é a parte do trabalho em que são apresentadas informações indispensáveis

à identificação do TCC. Nela, precisam estar presentes:
□Nome da instituição.
□Polo da unidade de ensino.
□Nome do curso.
□Nome completo do autor.
□Título do trabalho e subtítulo (se houver).
□Cidade da instituição e abreviação do estado.
□Ano da entrega da versão final do trabalho.
O título é uma das partes mais importantes do seu TCC, pois é a primeira introdu-
ção que o leitor terá do seu trabalho. Por isso, você deve produzir um título que cha-
me a atenção e faça o leitor querer saber mais sobre o seu estudo.
O título do trabalho deve explicar, de maneira ampla, o que

foi pesquisado. Deve ser escrito de forma clara e concisa,
mas ao mesmo tempo deve fornecer informações completas
ao leitor sobre o que esperar do trabalho. Uma boa prática é
que o título não seja longo, pois pode se tornar confuso para
o leitor.
MÓDULO TCC
Confira, a seguir, algumas dicas sobre como escrever bons títulos.
□Pense em por que seu trabalho pode ser interessante para outras pessoas, e
tente deixar isso claro no título.
□Pergunte-se o que o seu trabalho visa resolver e o que você conseguiu de
resultados.
□Anote alguns possíveis títulos, e selecione aquele que melhor representa o
seu trabalho.
□Peça a opinião do seu tutor orientador presencial.
□Escreva o título após finalizar todo o trabalho, assim você terá uma visão ge-
ral dos objetivos e resultados alcançados.
□Use termos técnicos e evite abreviações.
□Nunca inclua um ponto final (.), pois seu título não é uma frase.
Confira, a seguir, um modelo de capa para o TCC.
Nome da Instituição, nome

da unidade e nome do curso:
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL fonte Times New Roman ou Arial,
POLO DE APOIO PRESENCIAL DE (NOME DO POLO) tamanho 14, negrito, maiúsculo,
CURSO TÉCNICO EM ZOOTECNIA centralizado e espaço entre linhas
3 espaços (enters) simples.
NOME COMPLETO DO ALUNO
Nome do aluno: fonte Times

New Roman ou Arial, tamanho
14, maiúsculo, centralizado e
Entre 12 e 16
espaços (enters)
espaço entre linhas simples.
Título do TCC: fonte Times New

Roman ou Arial, tamanho 14,
TÍTULO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
negrito, maiúsculo, centralizado e
CURSO:
e subtítulo se houver espaço entre linhas simples.
Subtítulo do TCC: fonte
Times New Roman ou Arial,
tamanho 14, negrito, minúsculo,
Entre 12 e 16 centralizado e espaço entre linhas
espaços (enters) simples.
Local e ano: fonte Times New

CIDADE - SIGLA DO ESTADO Penúltima linha Roman ou Arial, tamanho 14,
Ano Última linha maiúsculo, centralizado e espaço
entre linhas simples.

1.2 Folha de rosto
A folha de rosto traz algumas das informações presentes na capa, além de outras infor-
mações referentes à identificação do tipo de trabalho realizado. Verifique, a seguir,
quais são elas:
□Nome do autor.
□Título e subtítulo (se houver).
□Cidade da instituição e abreviação do estado.
□Ano da entrega da versão final do trabalho.
A folha de rosto deve apresentar um texto explicativo, abaixo do título, indicando a

natureza do documento (ex.: pré-projeto, trabalho de conclusão de curso), a insti-
tuição onde foi apresentado e o título pretendido, além do nome do tutor orienta-
dor presencial e a respectiva titularidade.
Confira, a seguir, um modelo de folha de rosto para o TCC.
Nome do aluno: fonte Times

New Roman ou Arial, tamanho
Nome completo do aluno 14, negrito, iniciais do nome em
maiúsculo, centralizado e espaço
12 espaços (enters)
Título do TCC: fonte Times New

TÍTULO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE Roman ou Arial, tamanho 14,
CURSO: negrito, maiúsculo, centralizado e
e subtítulo se houver
espaço entre linhas simples.
Entre 8 e 12 Subtítulo do TCC: fonte

espaços (enters) Times New Roman ou Arial,
tamanho 14, negrito, maiúsculo,
Trabalho de Conclusão de Curso centralizado e espaço entre linhas
apresentado ao Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR) como simples.
parte dos requisitos exigidos para a
Metade da folha obtenção de habilitação Técnica em
Zootecnia.
Tutor orientador presencial: Nome e

título do tutor orientador presencial Nota explicativa: fonte Times
New Roman ou Arial, tamanho 11
e espaço entre linhas simples.
12 espaços (enters)
Local e ano: fonte Times New

CIDADE - SIGLA DO ESTADO Penúltima linha Roman ou Arial, tamanho 14,
Ano Última linha maiúsculo, centralizado e espaço
MÓDULO TCC
1.3 Dedicatória
Mesmo que você tenha se esforçado para executar e escrever o TCC, você deve re-
conhecer que algumas pessoas foram importantes, pois facilitaram, inspiraram e/ou
influenciaram no desenvolvimento do seu trabalho, e por isso você gostaria de dedicar
o trabalho a elas.
Assim, a dedicatória no TCC é o elemento no qual o autor de-

dica o seu trabalho a alguém ou a várias pessoas, como forma
de homenagem. A dedicatória é bastante pessoal, e muitas
vezes é feita para membros da família, cônjuges, amigos ou
crenças.
Na sequência, verifique alguns exemplos de dedicatória.
Este trabalho é dedicado aos meus queridos pais, José Roberto de Carvalho
e Rosana de Carvalho, que me apoiaram e me incentivaram a realizar este
trabalho.
Dedico este trabalho a Deus Todo Poderoso, meu criador, meu forte pilar, minha
fonte de sabedoria, conhecimento e compreensão.
Dedico este trabalho aos meus amigos e familiares que acreditaram em mim e
me incentivaram para a realização deste trabalho.
Dedico este trabalho aos meus professores pela paciência e dedicação com que
me ensinaram ao longo de todos estes anos.
A folha de dedicatória para TCC possui o seguinte modelo:

A Deus, luz que guia.
Aos meus pais, João e Maria,
pois não mediram esforços para
possibilitar a minha formação.
Aos meus irmãos, José e Rita, pelo
incentivo em todos os momentos.
Atenção
O texto da dedicatória é opcional. Caso decida por escrever
uma dedicatória, lembre-se de que ela deve ser simples, curta
e objetiva, e deve ficar posicionada na parte inferior e à direita
da folha, a 8 cm da margem esquerda, fonte Arial ou Times New
Roman, fonte tamanho 12, espaçamento de 1,5 entre linhas.
MÓDULO TCC
1.4 Agradecimentos
A seção de agradecimentos é uma oportunidade para refletir sobre as pessoas e/ou

instituições que apoiaram e contribuíram profissionalmente com o seu trabalho. Se
uma pessoa ou instituição o ajudou dando conselhos, financiamento, orientação ou su-
porte prático, esse é um bom momento de você expressar sua gratidão à ajuda recebida.
Os agradecimentos devem ser feitos separadamente, devendo constar o nome da pes-

soa ou instituição homenageada, seu respectivo título, se houver, e os motivos da ho-
menagem, sendo este um elemento opcional.
Verifique, a seguir, um modelo de agradecimento para o TCC.
Agradecimentos: fonte
Times New Roman ou Arial,
AGRADECIMENTOS tamanho 12, negrito, maiúsculo,
2 espaços, centralizado e espaço entre
espaçamento de 1,5 linhas 1,5.
Agradeço aos meus tutores orientadores pela paciência e pelo
apoio durante o desenvolvimento do trabalho.
Ao SENAR, pela oportunidade de formação profissional.
À equipe pedagógica, por ter me apoiado quando mais precisei.
À banca examinadora, por todos as contribuições enriquecedoras
feitas a este trabalho.
Alinhamento justificado.
A todos os instrutores do Curso Técnico em Zootecnia, pela Fonte Times New Roman
excelência da qualidade técnica de cada um. ou Arial, tamanho 12.
A todos os meus colegas de curso, pelo convívio e experiências. Espaçamento entre linhas de 1,5.
Margem superior e esquerda
Muito obrigado! de 3 cm e margem inferior e
direita de 2 cm.
Texto com tamanho minúsculo.
Título em caixa alta e realce em
negrito.
1.5 Epígrafe
Uma epígrafe é um recurso estilístico que o autor utiliza no início do trabalho e

que serve como uma espécie de resumo ou prefácio que liga a obra a algo maior.
Tratam-se de frases, pensamentos ou provérbios relacionados, preferencialmente, ao

assunto tratado no trabalho. Se utilizadas citações de outro autor, devem ser seguidas
de referência.
Confira algumas dicas úteis para a construção desse elemento:
□Se você optar por usar uma citação, uma frase ou um pensamento, você deve
ter certeza de que a epígrafe se relaciona ao seu trabalho de alguma forma.
□Ao escolher uma epígrafe para seu TCC, tenha certeza que não foi usado em ex-
cesso ou que seja bastante comum. Realize uma pesquisa online para descobrir.
□Certifique-se de que a citação foi reescrita com precisão. Um dos maiores erros
que você pode cometer é escrever errado em uma epígrafe.
□Utilize algo que seja reconhecido na literatura. Procure algo que possa ser ve-
rificado da mesma forma que qualquer um de seus recursos acadêmicos.
O conteúdo do TCC não será afetado pela adição da epígrafe, sendo este um elemento
opcional.
Confira, a seguir, um modelo de epígrafe para o TCC.
Não é obrigatório escrever a

EPÍGRAFE palavra “Epígrafe”, mas, se for
escrita, utilizar fonte Times New
negrito e centralizado.
Fonte Times New Roman ou

Arial, tamanho: 10 (Arial) 12
(Times New Roman).
Espaçamento entrelinhas de
1,5 cm.
“Todo grande progresso da ciência resultou de
Destaque do texto em itálico.
uma nova audácia da imaginação”. Referência do autor do texto
(John Dewey) entre parênteses e com
alinhamento à direita/esquerda.
MÓDULO TCC
1.6 Resumo
Fornece ao leitor uma visão geral e sucinta do que você fez no seu TCC, sendo uma
parte muito importante do trabalho, pois, em muitos casos, essa é a primeira seção a
ser visualizada pelos leitores, que verificam se vale a pena ler o restante do trabalho.
Escrever um resumo é bastante desafiador, pois é fundamental ser breve, preciso
e conciso.
Atenção
Seu resumo deve responder a estas perguntas sobre o TCC:
• O que foi feito?
• Por que você fez isso?
• Como você fez isso?
• O que você encontrou?
• Por que essas descobertas são úteis e importantes?
Confira, a seguir, algumas orientações para a escrita do resumo.
□Escreva na terceira pessoa do singular com o verbo na voz ativa.

□Enfatize os objetivos, a metodologia, os resultados e as considerações fi-
nais mais importantes.
□Não apresente gírias, abreviações, referências, tópicos, ilustrações, tabelas,
fórmulas ou aspectos que não foram descritos no trabalho.
□Desenvolva essa seção apenas ao final do processo de escrita do trabalho.
Após o texto do resumo, é necessário inserir o termo “palavras-chave”.
Palavras-chave são palavras que representam o TCC. Elas

são importantes, pois aumentam as chances do seu traba-
lho ser encontrado pelos leitores. Recomendam-se de 3 a 5
palavras.
Confira, na sequência, um modelo de resumo para o TCC.

Resumo: fonte Times New
RESUMO
1 espaço, espaçamento de 1,5
Vários fatores influenciam o desempenho econômico e produtivo da negrito, maiúsculo, centralizado e
propriedade, dentre eles destaca-se a mortalidade de bezerros antes da espaço entre linhas 1,5.
desmama que é causada, principalmente, por fatores ambientes e/ou
por deficiência das características da habilidade materna. Objetivou-
se estudar a associação existente entre variáveis do comportamento
materno-filial e de conforto térmico de 20 vacas da raça Guzerá e suas
respectivas crias. O trabalho foi realizado em três fazendas localizadas
no Estado de Minas Gerais, integrantes do Programa Nacional de
Melhoramento do Guzerá para Leite, realizado pela Embrapa Gado de
Leite. Foi realizada análise de correlação de Pearson entre as variáveis
latência para ficar em pé, latência para mamar, tempo em contato com
a cria, tempo deitada e índice de temperatura e umidade médio. Houve
correlação significativa apenas entre as variáveis latência para ficar
em pé e latência para mamar. As latências para ficar em pé e mamar
podem ser utilizadas como indicadores de habilidade materna. Assim,
animais que levam maior tempo para ficarem em pé, também mamam
mais tardiamente, o que está diretamente relacionado ao índice de
temperatura e umidade durante e após o nascimento.
Palavra-chave: bezerro; colostro; comportamento materno; zebu.
Fonte: Praxedes et al. (2011).
1.7 Lista de figuras e tabelas
Caso o seu TCC faça uso de figuras e tabelas como complementos visuais do seu
texto, será necessário criar uma lista identificando esses elementos. Deverá haver
uma lista específica para figuras e outra para tabelas, nas quais devem ser apresen-
tadas as ocorrências desses elementos, na mesma ordem em que aparecem no texto,
com o respectivo número da página. A apresentação deve ser feita separadamente, ou
seja, em uma página listam-se as figuras e, em outra, as tabelas.
Dica
Ao longo do TCC, as figuras e tabelas devem ser reportadas no
texto com a primeira letra em maiúsculo, seguida de travessão
e a explicação da figura ou tabela.
MÓDULO TCC
Confira, a seguir, um exemplo de como apresentar imagens no texto.
O pasto da área experimental foi estabelecido em 2012 com o capim Mulato II. Durante três
versões agrostológicos (2012/2013, 2013/2014, 2014/2015) foram realizados experimentos
nessa área experimental. Após a condução desses experimentos, a área experimental ficou em
livre acesso para pastejo com vacas leiterias (Bos spp.) não lactantes com peso corporal médio
de 480 kg sob lotação contínua durante 18 meses, com intuito de manter os pastos em boas
condições e para remoção constante de massa de forragem como pode ser visto na Figura 4.
Figura 4 – Vacas leiteiras (Bos spp.) pastejando os piquetes da área experimental
Exemplo no texto
Exemplo de legenda
Fonte: Adaptado de Almeida (2018).
Confira, a seguir, um exemplo de como apresentar tabelas no texto.
Exemplo no31texto
Os indicadores zootécnicos das fazendas encontram-se relacionados na Tabela 1.
Tabela 1 - Indicadores zootécnicos de propriedades que exploram pecuária leiteira no sul da

Bahia.
Exemplo de legenda
Especificação Unidade Média Mínimo Máximo

Indicadores de tamanho
Produção anual de leite L/ano 91.217,78 27.010,00 196.721,50
Produção diária de leite L/dia 249,92 74,00 539,00
Área total ha 27,92 6,00 76,40
Número de vacas em lactação cab 26,69 8,60 63,00
Número total de vacas cab 37,42 11,08 92,30
Total do rebanho cab 80,46 30 207,10
Total de unidades animais UA 57,89 20,026 147,27
Mão de obra total dh/ano 516,74 116,00 937,00
Índices zootécnicos
Produtividade por vaca em lactação L/vaca/dia 9,46 7,83 11,81
Fonte: Adaptado de Santos et al. (2009).
Produtividade por total de vaca L/vaca/dia 7,04 5,80 9,04
Produtividade por vaca/ano L/vaca/ano 3452,90 2858,201 4314,076
Relação vacas em lactação por total de vacas % 74,09 68,20 77,59
Intervalo de partos meses 13,52 12,88 14,66
Relação vacas em lactação por total de vacas % 36,01 30,44 49,71
A seguir, confira um modelo de lista de figuras para o TCC.
Fonte Times New Roman ou Arial,

LISTA DE FIGURAS tamanho 12, negrito, maiúsculo,
1 espaço, espaçamento de 1,5 centralizado e espaço entre
Figura 1 - Vista da área experimental 22 linhas 1,5
Figura 2 - Médias pluviométricas e temperaturas mensais do 30
período experimental e médias pluviométricas e temperaturas
históricas (1917-2017)
Figura 3 - Vacas leiteiras (Bos spp.) pastejando os piquetes da 31
área experimental
Figura 4 - Croqui da área experimental 33
Figura 5 - Massa de forragem no interior da gaiola (A): Leitura 35
com prato ascendente de massa de forragem no interior da
gaiola (B) Fonte Times New Roman ou Arial,
Figura 6 - Coleta de amostras para estimar valor nutritivo da 37 tamanho 12, justificado e espaço
forragem entre linhas 1,5
Fonte: Adaptado de Almeida (2018).
1.8 Listas de símbolos, siglas e abreviaturas
Essa lista é composta por elementos que apresentam os símbolos, siglas e abrevia-
turas utilizadas no texto. Ao construir a lista, abreviaturas e siglas devem estar
em ordem alfabética, enquanto os símbolos devem estar de acordo com a ordem
apresentada no texto. Todos os elementos devem incluir seus significados.
Dica
Ao longo do TCC, símbolos, siglas e abreviaturas podem ser uti-
lizados sempre que for necessário. Ao final, criar a lista desses
elementos facilitará a leitura e entendimento do TCC, de modo
que não seja necessário explicar cada sigla ou abreviação ao
longo do texto, por exemplo.
MÓDULO TCC
Quando não estiverem presentes em número maior que dez, os seus significados
podem ser indicados em notas de rodapés ou no parágrafo em que está sendo empre-
gado, seguido de uma explicação entre parênteses.
A regulação dos defensivos agrícolas aplicados nos vegetais é uma das atribui-
ções do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Confira, a seguir, um modelo de lista de siglas para o TCC.

Arial, tamanho 12, negrito,
LISTA DE SIGLAS
maiúsculo, centralizado e espaço
Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária entre linhas 1,5
SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Arial, tamanho 12, justificado e
espaço entre linhas 1,5
1.9 Sumário
Corresponde à organização das principais divisões do trabalho (seções, subse-

ções, capítulos ou outras), sendo um dos últimos elementos a ser feito. Deve ser apre-
sentado na mesma ordem e grafia e seguir a mesma disposição numérica encontrada
no texto. O objetivo do sumário é facilitar a busca por informações no texto, por
meio da localização da página.

A seguir, confira algumas dicas para a construção de um sumário.
□Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário.

□As páginas devem ser contadas a partir da folha de rosto, porém, os números
só devem ser visualizados na primeira página da introdução do trabalho.
□Os títulos das seções devem ser escritos com letras maiúsculas, em negrito, e
antecedidos por algarismos arábicos, com exceção dos títulos pós-textuais.
□Nas subseções, apenas a primeira letra deve estar em maiúsculo.
□Havendo a necessidade de mais divisões no texto, devem ser escritas em
itálico.
□A última palavra de cada item deve estar interligada por uma linha de pontos
ao respectivo número de página.
Apresentamos, na sequência, um modelo de sumário para o TCC.

SUMÁRIO
Arial, tamanho 12, negrito,
1 INTRODUÇÃO 15 maiúsculo, centralizado e espaço
2 OBJETIVOS 16 entre linhas 1,5
2.1 Objetivo Geral 16
2.2 Objetivos Específicos 16
3 DESENVOLVIMENTO 17
3.1 Formatação do texto 17
3.1.1 As ilustrações 19
3.1.2 Equações e fórmulas 19
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
Arial, tamanho 12, justificado e
REFERÊNCIAS 23
espaço entre linhas 1,5
APÊNDICE A - Descrição 24
ANEXO A - Descrição 25
MÓDULO TCC
A seguir, apresentamos um exemplo de sumário.
35
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 05
2 DESENVOLVIMENTO 06
2.1 O SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural 06
2.2 O Programa de assistência técnica e gerencial (ATeG) do 07
SENAR
2.3 Benefícios da ATeG para propriedades rurais 09
3 A PRODUÇÃO LEITEIRA EM CURAÇÁ-BA 13
3.1 Produção e mercado do leite 13
3.2 Produção de vacas leiteiras 13
3.3 Vale do São Francisco 15
3.4 Região de Curaçá-BA 16
4 DESAFIOS DA ATeG EM CURAÇÁ-BA 18
4.1 O Projeto de produção leiteira Pedra Branca 18
4.1.1 Meio Ambiente 18
4.2 Perfil dos produtores assistidos pela ATeG 19
4.3 Desafios encontrados pelos produtores da região 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
Tópico 2: Elementos textuais

Nos elementos textuais, são apresentados todos os argumentos consolidados, de-
monstrando que o tema abordado tem sentido, é relevante e contribui para os estudos
científicos na produção animal. Os elementos textuais consistem em Introdução,
Desenvolvimento e Considerações Finais.

2.1 Introdução
A Introdução fornece informações introdutórias e relevantes.
Pense em sua introdução como um funil: comece de manei-

ra ampla, de forma que alguém que não é da área de pro-
dução animal entenda; em seguida, apresente informações
mais específicas, necessárias para que o leitor entenda o
problema que o trabalho aborda e o contexto geral em que se
enquadra.
Nessa etapa, introduza informações essenciais, mas sem entrar em muitos detalhes,
pois essa é a finalidade do item Desenvolvimento. Indique o problema da pesquisa e
a justificativa para a realização do trabalho. Apresente as possíveis soluções para re-
solução do problema e, em seguida, direcione o texto até chegar à pergunta específica
que você está tentando responder, o objetivo do trabalho.
Ao longo da introdução, apresente os conceitos, compare os re-
sultados obtidos em outros trabalhos, mostre ao leitor por que
seu estudo é importante. Atraia o interesse do leitor!
Durante o desenvolvimento da introdução do trabalho, é importante apresentar as

principais publicações científicas relacionadas, citando trabalhos importantes.
São necessários, na introdução, os seguintes elementos:
• Uma afirmação da importância do assunto.
• Citação de trabalhos anteriores sobre o tema abordado.
• Uma justificativa para o trabalho.
• Menção de alguns dos diferentes pontos de vista sobre o assunto.
Confira, a seguir, algumas dicas para desenvolver uma boa introdução.
□Evite uma introdução muito longa e desconexa, pois isso pode cansar o leitor. Não
esqueça que o mais importante está por vir – o desenvolvimento do TCC. Por isso,
seja breve e tenha foco. Delimite a introdução a uma ou duas páginas.
□Evite escrever a introdução como se estivesse contando uma história, e não des-
perdice palavras afirmando o óbvio.
MÓDULO TCC
□O texto deve ser imparcial, coerente, claro e objetivo. Deve ser escrito na
forma impessoal, ou seja, os verbos que aparecem no decorrer do texto devem
ser utilizados na terceira pessoa do singular.
□O TCC deve ser escrito de maneira formal e não deve incluir gírias ou linguagem
de conversação.
□Não repita simplesmente as ideias ou argumentos de outras pesquisas científicas.
Em vez disso, analise os trabalhos e explique como eles se relacionam com seu
ponto de vista.
□Seja ético na escrita do seu TCC. Quaisquer ideias que não sejam suas precisam
ser citadas, sejam parafraseadas ou citadas diretamente, para evitar plágio.
□Opte por escrever a introdução após concluir a pesquisa, assim você terá
uma visão macro do que o trabalho tinha como objetivos e o que ele alcançou
após ser executado.
2.2 Desenvolvimento
Essa seção é a parte principal da pesquisa e informa como o problema foi estudado.
Deve ser apresentada uma descrição detalhada dos procedimentos que foram realiza-
dos para alcançar o objetivo do trabalho.
Fazem parte desse item os objetivos, a revisão da literatura, materiais e méto-

dos, resultados e discussões.
Objetivos
Representam a meta que a pesquisa pretende alcançar, e têm origem no proble-

ma. Podem ser apresentados na introdução ou podem constituir um item à parte. A
escolha de como os objetivos serão apresentados fica a critério do estudante.
Dica
Quando for desenvolver essa seção, resgate os objetivos elabo-
rados no pré-projeto.
Revisão da literatura
A revisão bibliográfica, também chamada de referencial teórico, corresponde ao

levantamento da literatura que já foi publicada na área em que se está realizan-
do a pesquisa. Ela fornece uma visão geral do tema, permitindo identificar teorias,
métodos e lacunas relevantes na pesquisa. Ao realizar uma revisão bibliográfica, você
terá oportunidade de se familiarizar com o tema, desenvolver uma estrutura teórica e

metodológica para a sua pesquisa, e mostrar como sua pesquisa aborda o problema e/
ou contribui para o debate proposto no seu TCC.
A seguir, confira algumas dicas para te auxiliar na escrita da revisão bibliográfica.
□Tenha em mente o tema do seu trabalho antes de iniciar as buscas por litera-
turas que são relevantes para a sua pesquisa.
□Liste os principais termos (palavras-chave) relacionados ao seu objetivo.
□Utilize sites confiáveis; para isso, realize sua pesquisa em base de dados como
Google Escola, Science Direct e periódicos da Capes.
□Avalie e selecione as fontes. Faça uma leitura rápida do resumo do trabalho para
descobrir se ele é relevante para sua pesquisa. Para cada publicação, pergunte:
qual problema o autor está abordando? Quais são as principais teorias ou méto-
dos utilizados? Quais foram os principais resultados do estudo? Como esse estudo
se relaciona com o meu?
□Faça anotações enquanto lê os trabalhos selecionados, e cite as fontes utiliza-
das para evitar plágio.
□Reúna as informações e escreva os parágrafos, analisando as fontes.
A revisão bibliográfica pode ser organizada de diferentes maneiras:
Cronológica: o texto é escrito ao longo do tempo

até chegar aos dias atuais.
Temática: o texto é separado por temas centrais,

organizados em subseções.
Metodológica: as fontes de pesquisa usam uma

variedade de métodos de pesquisa.
Teórica: combinam-se vários conceitos teóricos

para criar uma estrutura para a pesquisa.
MÓDULO TCC
A depender da extensão do texto, é necessária a combinação de várias estratégias
para organizar a revisão bibliográfica. Por exemplo: a estrutura geral pode ser temáti-
ca, mas cada tema pode ser discutido cronologicamente.
Materiais e métodos
Consiste em descrever o conjunto de técnicas utilizadas na realização do tra-

balho, deixando claro onde e como foram obtidos os dados e como foram analisados.
É muito importante que haja transparência na descrição do estudo para demonstrar
que foram utilizados métodos cientificamente válidos e fornecer ao leitor informações
suficientes para recriar sua pesquisa.
Atenção
Os procedimentos realizados devem ser indicados em etapas,
incluindo detalhes como os modelos e as especificações de con-
figurações dos equipamentos utilizados, por exemplo.
Embora os parâmetros utilizados para a realização de uma pesquisa sejam variáveis,

a seguir, encontram-se os parâmetros mais comuns.
1 Tipo de pesquisa: bibliográfica, estudo de caso, experimental,

pesquisa de campo, entre outras.
2 Caracterização do local: descrição do local onde o

experimento foi realizado.
3 Caracterização da amostra: descrição da matéria-prima de

estudo (nome científico, variedade, origem, etc.).
Análises experimentais: passo a passo dos procedimentos

realizados, como a forma de coleta das amostras, preparação
4 das amostras, controles experimentais (temperatura de
armazenamento, embalagem), medidas experimentais (peso e
diâmetro, sólidos solúveis, etc.).
Análise estatística: maneira como os dados foram analisados

5 estatisticamente (ex.: o delineamento experimental utilizado,
teste de média, regressão linear etc.).

A descrição dos materiais e métodos é obrigatória apenas para o trabalho onde se re-
alizaram experimentos, seja por meio de práticas de laboratório ou por coleta de da-
dos em entrevistas, questionários ou formulários. Para tornar o TCC mais claro para o
leitor, recomenda-se que a seção Material e Métodos seja organizada por subseções
para cada procedimento descrito.
Resultados e discussões
Nessa seção, devem ser apresentados, de forma clara e precisa, os resultados da

pesquisa, que devem ser interpretados e discutidos com base em resultados encon-
trados em outros trabalhos científicos.
Antes de começar a escrever essa seção, defina como os

resultados serão apresentados ao leitor (gráficos, tabelas,
figuras ou quadros). Esses elementos devem ter legenda an-
tecedida de numeração. Escreva uma descrição que resuma
cada resultado, referindo-se aos números das tabelas ou figu-
ras correspondentes.
Discuta cuidadosamente seus resultados, destacando onde as informações são seme-

lhantes ou diferentes de outros estudos já publicados. Tente apresentar justificativas
para tais evidências, e seja o mais específico possível.
Dica
Evite abordar apenas os resultados estatisticamente significa-
tivos ou os que suportam suas hipóteses. Se for relatar uma
especulação ou opinião, certifique-se de que é relevante e,
antes de afirmação, use frases como “sugere-se que” ou “na
opinião dos autores”.
A seguir, apresentamos algumas orientações para a escrita de bons resultados.
□Pense como os resultados encontrados se relacionam com os objetivos do

TCC.
□Evite afirmações que vão além do que os resultados podem explicar.
□Discuta com franqueza. Se seus resultados foram inesperados, tente explicar o
porquê.
□Evite expressões inespecíficas como “temperatura mais alta” ou “a uma taxa
mais baixa”. Prefira descrições quantitativas (15ºC, 0,8%, respectivamente).
MÓDULO TCC
□Evite inserir novos termos ou referências não identificadas anteriormente na
introdução ou na revisão bibliográfica.
□Especulações sobre possíveis interpretações são permitidas, mas elas devem
estar baseadas em fatos e não em suposições.
□Se achar necessário, informe a realização de pesquisas adicionais para respon-
der às questões levantadas por seus resultados.
□Não esqueça: todos os resultados devem ser primeiro descritos/apresenta-
dos e só depois discutidos.
2.3 Considerações finais
Constituem uma parte importante e obrigatória do TCC, pois fornecem ao leitor res-
postas para o principal argumento do trabalho. Podem ser escritas em um pará-
grafo conciso que apresente, com base nos resultados, uma declaração sobre possíveis
mudanças no problema em estudo ou futuras oportunidades de pesquisa, ou podem
ser escritas em tópicos.
Para a construção das

considerações finais, é
importante que seja feita uma
reflexão sobre os objetivos do
TCC. Escreva um texto claro,
direto e evite repetir os
resultados do trabalho.
Tópico 3: Elementos pós-textuais

Compõem a última parte do TCC, e geralmente complementam o que foi exposto na
parte textual, sendo necessários para que os leitores tenham acesso às fontes de
estudo do autor. São elementos pós-textuais: referências, glossários, apêndices,
anexos e índices.
3.1 Referências
Elemento obrigatório que reúne todas as obras ou publicações científicas citadas

no texto. Devem estar presentes após as considerações finais e ordenadas em ordem
alfabética pelo sobrenome dos autores.

Ao finalizar a construção das referências, observe o seguinte:
□Ortografia dos nomes dos autores.

□Ano de publicações.
□Usos de “et al.”
□Pontuação.
□Se todas as referências estão incluídas.
Consulte o Tema 5: Apresentação do trabalho de conclu-
são de curso para ter mais informações sobre como estruturar
as referências do TCC.
3.2 Apêndices
Elemento onde o autor do TCC poderá inserir materiais (textos, documentos, figuras,
questionários, gráficos etc.) elaborados por ele mesmo e utilizados para comple-
mentar o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso. Esse elemento é utilizado
a fim de evitar que o leitor perca a linha de raciocínio ao ler o material. Os apêndices
devem ser incluídos após as referências, com o objetivo de melhorar o entendimento
do leitor sobre a pesquisa.
Para cada material adicionado, deve haver um apêndice correspondente, e eles devem
ser enumerados (APÊNDICE A, APÊNDICE B) e devem estar relacionados no sumário
do trabalho.
APÊNDICE A – Convite enviado às empresas para participação na aplicação do

questionário.
APÊNDICE B – Questionário às empresas produtoras de mudas certificadas.
MÓDULO TCC
3.3 Anexos
Elemento opcional que consiste em materiais destinados à compreensão do

texto, mas que, ao contrário do apêndice, foram elaborados por outros autores.
Se você achar necessário adicionar algum texto, reportagem,
imagem, cronograma ou qualquer outro material que facilitará
a compreensão do seu TCC, mas que foi elaborado por outros
autores, esse material deve constar como anexo.
Para cada material adicionado, deve haver um anexo correspondente, e eles devem ser
enumerados (ANEXO 1, ANEXO 2) e devem estar relacionados no sumário do trabalho.
Chegamos ao final do tema Estrutura do trabalho de conclusão de curso. Neste
tema, você conheceu todos os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que de-
vem integrar o seu Trabalho de Conclusão de Curso. Com essas informações, você será
capaz de apresentar um trabalho bem estruturado e com resultados relevantes para a
sua formação como Técnico em Zootecnia.

05
Apresentação do
trabalho de conclusão
de curso
Tema 5: Apresentação do trabalho de
conclusão de curso
Um dos principais fundamentos da ciência é a comunicação, pois o conhecimento ge-
rado deve ser disponibilizado aos pares para fomentar o debate e buscar sua legitima-
ção. Nesse sentido, a redação científica requer a observância de princípios que favore-
çam a apresentação e a compreensão do trabalho desenvolvido e de seus resultados.
Neste tema, iremos tratar sobre as definições mais relevantes no contexto da norma-
lização de trabalhos acadêmicos, e trazer orientações sobre a estrutura e os ele-
mentos que constituem o TCC, além de subsídios sobre a apresentação oral e visual
desse documento.
Este conteúdo foi elaborado em

conformidade com as normas ABNT
NBR 14724 Trabalhos acadêmicos –
Apresentação e ABNT NBR 15287 –
Projeto de pesquisa – Apresentação
da Associação Brasileira de Normas
Técnicas, apresentando, por vezes,
seus textos originais.

Essas normas são como regras de etiqueta e garantem um padrão de qualidade. O
objetivo principal delas é evitar erros, criar uma padronização dos trabalhos, e fazer
com que o conteúdo seja acessível e preciso.
Com os conhecimentos adquiridos, você desenvolverá as se-
guintes capacidades:
• aplicar as normas técnicas da ABNT;
• aplicar as regras gramaticais;
• desenvolver a oratória; e
• ter análise crítica sobre apresentações.
Tópico 1: Formatação geral

Neste tópico, você será orientado sobre como aplicar as regras de formatação utiliza-
das na produção do Trabalho de Conclusão de Curso.
1.1 Papel e fonte
Apresentaremos, a seguir, algumas orientações em relação ao tipo de papel e da en-

cadernação do TCC.
□Utilize papel branco no formato A4.

□Na versão preliminar, utilize a encadernação em espiral.
□Na versão definitiva, utilize brochura com lombada.
A seguir, analise algumas orientações em relação ao tipo e tamanho da fonte a se-

rem utilizados no TCC.
□Utilize a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12.

□Na capa e contracapa, utilize fonte no tamanho 14.
□Em tudo que não for corpo do texto, preferencialmente, usar fonte tamanho
10 uniforme em todo o documento. Exemplo: citações que ultrapassem três li-
nhas, legendas, fonte das tabelas e ilustrações e notas de rodapé.
MÓDULO TCC
1.2 Margens
Confira, a seguir, as orientações em relação à formatação das margens do documento.
□A margem superior e esquerda do documento deve ser formatada a 3,0 cm.

□A margem direita e inferior do documento deve ser formatada a 2,0 cm.
3,0 cm
3
Aluno de Tal
Aluno2 de Qual
3,0 2,0
cm cm
Dedicatória
A Deus, à minha esposa, aos meus filhos e a

todos os amigos que souberam compreender a
minha falta.
Cidade
ano
2,0 cm

Para trabalhos impressos anverso (frente) e verso, as orientações são as que
seguem:
□Margens no anverso: esquerda e superior devem ser formatadas a 3,0 cm; e

direita e inferior devem ser formatadas a 2,0 cm.
□Margens no verso: esquerda e inferior devem ser formatadas a 2,0 cm; e di-
reita e superior devem ser formatadas a 3,0 cm.
3,0 cm 3,0 cm
2,0 VERSO 3,0 3,0 ANVERSO 2,0

cm cm cm cm
2,0 cm 2,0 cm
1.3 Espaçamento entre linhas e parágrafos
Em seguida, verifique como utilizar adequadamente os espaçamentos entre linhas

e parágrafos no seu TCC.
□Digite o texto com espaçamento 1,5 entre as linhas.

□O espaçamento simples (1,0) deve ser usado nos seguintes itens do trabalho
acadêmico:
□em citações diretas que ultrapassem três linhas;
□legendas das tabelas e ilustrações;
□notas de rodapé e referências;
□na folha de rosto ao indicar: a natureza do trabalho, identificação da instituição
e seu objetivo.
MÓDULO TCC
1.4 Recuo de parágrafo
Confira a orientação para recuo de parágrafo no item que segue.
□Apresente os parágrafos do seu texto com recuo de 1,25 cm.
1.5 Justificação do texto e hifenização
O alinhamento de texto é um atributo de formatação de parágrafos que determina

a aparência do texto em um parágrafo inteiro. Nos próximos itens, confira algumas
orientações acerca do alinhamento do seu trabalho.
□O texto deve ocupar o espaço útil da página dentro dos limites especificados, e
deve ser justificado.
□Em um parágrafo justificado, o texto é alinhado com ambas as margens.
Para justificar o texto, selecione-o e, na guia Página Principal, no grupo Parágrafo,

clique em Justificar Texto.

Ao longo do seu trabalho, você não vai utilizar hifenização.
Glossário
Hifenização: Processo de separação de palavras no editor de
texto que ocorre no final de cada linha de um parágrafo ou texto.
Para desmarcar a hifenização do texto, clique em Guia Layout da Página, em Hife-

nização. Depois marque a opção Nenhuma.
MÓDULO TCC
1.6 Numeração das páginas e encadernação
Confira, nos itens que se seguem, orientações sobre como utilizar a numeração das
páginas do seu trabalho.
□Use números arábicos, iniciando a contagem a partir da folha de rosto.

□As páginas dos elementos pré-textuais são contadas no anverso e verso, mas
sem a impressão dos números.
□A numeração da página deve ser impressa a partir da Introdução, que é a
parte textual do trabalho.
□Apêndices e anexos tem numeração contínua, sequencial à do texto principal,
e, se houver mais de um volume, a numeração também será sequencial.
□A localização dos números das páginas deve ser: no anverso (frente), no canto
superior direito; e no verso, no canto superior esquerdo.
36
36 37
37
VERSO ANVERSO
1.7 Folha de rosto
A folha de rosto é um elemento obrigatório para projetos de pesquisa e TCC. Ela

possui as informações necessárias para a identificação do documento, e deve ser
inserida após a capa.

Confira, a seguir, as informações que devem constar no anverso, ou parte da frente da
folha de rosto.
□Nome do autor.
□Título.
□Subtítulo, se houver.
□Natureza do trabalho (Pré-projeto/TCC).
□Nome da instituição a que é submetido.
□Objetivo (obtenção do título de Técnico em Zootecnia).
□Nome do tutor orientador presencial.
□Local.
□Ano da defesa.
1.8 Tabelas e ilustrações
Para consolidar as informações sobre como utilizar e formatar tabelas, confira as

orientações a seguir.
□As tabelas devem ser simples, sendo preferível distribuir as informações em di-
versas tabelas do que concentrá-las em uma única.
□No texto, deve-se indicar o número da tabela, e evitar as citações “na tabela
acima”, “na tabela abaixo”, pois nem sempre é possível, na impressão do tra-
balho, colocar as tabelas no local desejado pelo autor.
□A tabela deve ser, tanto quanto possível, autoexplicativa, incluindo título claro
e descritivo, as unidades empregadas, data e fonte de dados.
□É dividida pelo mínimo possível de linhas na horizontal, e as bordas laterais
não podem ser fechadas.
Quanto à formatação, a tabela apresenta os seguintes elementos:
□Título.
□Cabeçalho.
□Conteúdo.
□Fonte.
□Se necessário, nota(s) explicativa(s) (geral e/ou específica).
Em relação às diferenças apresentadas entre tabela e quadro, destacamos:
MÓDULO TCC
Atenção
O quadro segue as mesmas especificações de formatação que
a tabela: título, cabeçalho, conteúdo, fonte e, se necessário,
nota(s) explicativa(s) (geral e/ou específica). No entanto, di-
ferentemente da tabela, ele terá suas laterais fechadas e sem
limite de linhas horizontais.
A seguir, confira alguns exemplos:
Especificações 2018 (b) 2019 (a) Var. % (a/b)
Estoque inicial 693.000 693.700 0,1

Produção 4.000.000 4.329.500 8,2
• Primeira safra (verão) 2.267.300 1.943.700 -14,3
• Segunda safra (safrinha) 1.732.700 2.385.800 37,7
Disponibilidade interna 4.693.000 5.023.200 7,0
Importação 4.880.760 4.686.900 -4,0
Oferta total 9.573.760 9.710.100 1,4
Consuma total 8.392.700 8.509.500 1,4
Animal 6.548.000 6.652.500 1,6
Avicultura de corte 2.625.000 2.680.000 2,1
Avicultura de postura 1.270.000 1.298.000 2,2
Suinocultura 975.500 980.000 0,5
Pecuária leiteira 432.000 435.000 0,7
Pecuária de corte 209.500 210.500 0,5
Outros animais 1.036.000 1.049.000 1,3
Industrial 1.399.000 1.409.000 0,7
Não comercial /autoconsumo
1
445.700 448.000 0,5
Exportação 433.860 450.000 3,7
Sementes e perdas 53.500 53.600 0,2
Demanda total 8.880.060 9.013.100 1,5
Estoque final 693.700 697.000 0,5
1
Estimado em 20% da produção.
Fonte: Elaborada a partir de dados da COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Safra 2018/29 -
sétimo levantamento. Acompanhamento da safra brasileira de grãos, Brasília, v. 6, n. 7, p. 1-69, abr.
2019. Disponível em: https://www.conab.gov.br/index.php/info-agro/safras/graos. Acesso em: maio 2019.
Tabela 1 – Estimativa de oferta e demanda por milho no estado de São Paulo em 2019 (em t).
Fonte: Instituto de Economia Agrícola, 2019, p.2.

Média - 19 24 28 46 56 189 233
GI: Gema Inchada; PV: Ponta Verde; BR: Brotação; FL: Florescimento; FR: Frutificação; CO: Colheita.
Produção de lã Valor da produção

Região fisiográfica Rebanho total
(kg) (Mil Reais)
Norte 604.210,00 0,00 0,00
Nordeste 14.359.997,00 0,00 0,00
Sudeste 607.392,00 7.872,00 60,00
Sul 3.940.573,00 8.254.835,00 76.601,00
Centro-Oeste 1.025.302,00 36.087,00 214,00
BRASIL 20.537.474,00 8.298.794,00 76.875,00
Quadro 1 – Produção de lã ovina em 2021

Fonte: IBGE, 2021.
Quanto às ilustrações, é importante destacar as seguintes orientações.
□Tudo que não é tabela é uma ilustração.

□Toda ilustração deve ser identificada na parte superior, da seguinte maneira:
□palavra que a determina, como: quadro, figura, gráfico, foto;
□número sequencial de ocorrência no texto em algarismos arábicos;
□travessão e respectivo título.
□A ilustração deve ser citada no texto e colocada o mais perto possível do trecho
que a menciona.
□A fonte consultada deve constar na parte inferior da ilustração, com legenda e
informações que ajudem a compreender ou interpretar a ilustração.
□Em caso de foto, imagem etc. de autoria própria, recomenda-se que seja
identificada com o nome do autor no canto inferior direito da imagem.
1.9 Equações e fórmulas
Em relação à equações e fórmulas, confira as orientações na sequência.
□Insira
as equações e fórmulas em trabalhos acadêmicos de forma que elas se
destaquem do texto.
□Utilizeuma entrelinha maior para favorecer a disposição de seus elementos,
índices e expoentes.
□Numere-as em algarismos arábicos entre parênteses e alinhados à direita.
MÓDULO TCC
c z
Onde:
P - precipitação (mm).
I - irrigação (mm).
D - drenagem (mm).
AC - ascensão capilar (mm). 9
ETc - evapotranspiração de cultura (mm).
P + 1 – D + AC – ETc ± R = ∆hz
R - escoamento superficial (mm). (01)
∆hz - variação da armazenagem (mm) desde a superfície do solo até a profundidade z.
Onde:
P - precipitação (mm).
I - irrigação (mm).
D - drenagem (mm).
AC - ascensão capilar (mm).
ETc - evapotranspiração de cultura (mm).
R - escoamento superficial (mm).
∆hz - variação da armazenagem (mm) desde a superfície do solo até a profundidade z.
1.10 Notas de rodapé
As notas de rodapé são utilizadas quando é preciso explicar algo sem quebrar a ideia
Todos esses cuidados são necessários, pois como os frutos são colhidos ainda verdes, os
principal do parágrafo. Pode ser uma nota explicativa, utilizada para esclarecimentos
danos podem não serem percebidos após a colheita. Ressalta-se, ainda, que manuseio inadequado
ou explanações, ou nota de referência, utilizada para referenciar uma citação que
durante a colheita também pode provocar raladuras na casca que, após a maturação, tornam-se
aparece no texto. A numeração das notas é feita por algarismos arábicos, devendo ter
manchas pretas no fruto. Assim, a identificação e correção de falhas no processo produtivos
numeração única e consecutiva, não devendo iniciar a numeração a cada página.
possibilitam a obtenção de frutos nutricionalmente seguros e adequados às exigências dos
consumidores
Apresentamos, (HONÓRIO,
na sequência, ABRAHÃO,
exemplos 1999). Dessa
desses forma, ode
dois tipos objetivo
notas. desse trabalho é
avaliar a viabilidade econômica de meios de transporte de cachos de banana como alternativa
para reduzir as perdas ocorridas em pequenas propriedades.
Fonte Arial ou Times New

Roman, fonte 10, espaçamento
simples,
Todos esses cuidados são necessários, pois como os frutos sãoalinhamento justificado
colhidos ainda verdes, os
danos podem não serem percebidos após a colheita. Ressalta-se, ainda, que manuseio inadequado
durante a colheita também pode provocar raladuras na casca que, após a maturação, tornam-se
manchas pretas no fruto. Assim, a identificação e correção de falhas no processo produtivos
¹ Nota explicativa nota explicativa nota explicativa. nota explicativa nota explicativa nota explicativa nota expli-
possibilitam a obtenção de frutos nutricionalmente seguros e adequados às exigências dos
cativa nota explicativa nota explicativa nota explicativa nota explicativa nota explicativa.
consumidores (HONÓRIO, ABRAHÃO, 1999). Dessa forma, o objetivo desse trabalho é
avaliar a viabilidade econômica de meios de transporte de cachos de banana como alternativa
Note quepara reduzir da
a partir as perdas
segundaocorridas em pequenas propriedades.
linha da mesma nota, deverá
alinhar-se abaixo da primeira
A adoção de técnicas na colheita e pós-colheita de bananas é fundamental para garantir a qualidade dos frutos nas
letra da primeira
prateleiras. palavra, de
forma a destacar o expoente
Exemplo de nota explicativa


in natura (TACO, 2011).
Atenção ao alinhamento a
partir da segunda linha.
¹ ZARDO, R. A. Canais de comercialização de produtos da agricultura familiar na região oeste do Paraná.

2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Departamento de Economia Rural e Extensão, Univer-
sidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012.
Exemplo de nota de referência.

Confira, nos itens a seguir, orientações de como utilizá-las:
□Utilize,
preferencialmente, fonte tamanho 10, e separe o texto por espaço
simples e traço de 5 cm contados da margem esquerda.
□Se tiver mais de uma linha, deve destacar o expoente, ficando a segunda
linha abaixo da primeira letra da primeira palavra.
1.11 Anexos
Elemento opcional, não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, com-
provação e ilustração.
Deve ser precedido pela palavra ANEXO, identificado por letras maiúsculas, travessão
e respectivo título. Confira, a seguir, um exemplo:
MÓDULO TCC
1.12 Instruções para títulos de seção
Seções são as partes em que se divide o texto do trabalho acadêmico. As seções

devem conter um título relacionado a elas, e o corpo do texto deve iniciar em outra linha.
Nos itens a seguir, confira algumas instruções de como devem ser formatados e ela-
borados os títulos de seção.
□Os títulos das seções e subseções são enumerados em algarismos arábicos,

alinhados à esquerda e separados por um espaço de caracteres. A separação
entre os títulos das subseções e o texto deve ser de 1,5.
□Havendo mais de uma linha de título, a segunda linha fica abaixo da primeira
letra da primeira palavra do título.
□Títulos das seções devem iniciar em uma nova página.
Alguns títulos não são enumerados, devem ser centralizados e ocupar fo-
lhas distintas. São eles:
□errata;
□agradecimentos;
□listas de ilustrações;
□abreviaturas, siglas e símbolos;
□resumo;
□sumário;
□referências;
□glossário;
□apêndice;
□anexos;
□índice.
Há ainda os elementos sem título, que também devem ser apresentados em
folhas distintas, a saber:
□dedicatória;
□epígrafe;
□folha de aprovação.
Tópico 2: Regras para citações das fontes de pesquisa

Neste tópico, conheceremos as regras para citar fontes de pesquisas bibliográficas
e entender como aplicá-las adequadamente no corpo do texto, partindo do princípio de
que devem ser elaboradas conforme a norma NBR 10520.
Na elaboração do trabalho acadêmico, são citadas informações extraídas de outras

publicações e fontes. Isso pode ocorrer de duas maneiras:

Citação direta: citação na íntegra.
Citação indireta: quando o texto se baseia na obra do autor consultado, mas sem
cópia literal.
De olho na lei
Esses procedimentos devem ser adotados em respeito aos di-
reitos autorais, Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,
que esclarece em seu Capítulo II Da Autoria das Obras In-
telectuais, Art. 11: “Autor é a pessoa física criadora de obra
literária, artística ou científica” (BRASIL, 1998).
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou

título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas.
De acordo com dados da ABPA (2022), o Brasil assumiu neste ano o posto de
segundo maior produtor de frango no mundo.
Quando estiverem entre parênteses, devem ser letras maiúsculas.
O Brasil assumiu neste ano o posto de maior produtor de frango no mundo

(ABPA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL, 2022)..
2.1 Citação direta
É a transcrição textual de parte da obra do autor consultado.
Para fazer uma citação direta, você deve copiar a fala do autor
pela qual você se interessou, colocando ela entre aspas duplas
para deixar claro que a fala não é sua, e claro, referenciando
o autor.
As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas
duplas. As citações podem aparecer antes ou depois do texto. A localização das cita-
ções deverá ser definida visando ao melhor entendimento e estética do texto.
MÓDULO TCC
Autor (ano) descreve o mercado interno do agronegócio como “largo [...], pou-
co exigente e lucrativo”
ou
“largo [...], pouco exigente e lucrativo.” (AUTOR, ano, número da página).
As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com
recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem
as aspas. No caso de documentos datilografados, deve-se observar apenas o recuo.
13
Como bem destaca o autor:.

O Brasil é o único país da América do Sul entre os dez maiores produtores de carne
suína. Sua posição é crescente, ganhando posições ano após ano. Em 1995, a partici-
pação do Brasil no total mundial era de 1,82 % e cresceu para 3,1 % no ano de 2012
(AUTOR, ano, número da página).
2.2 Citação indireta
É o texto baseado na obra consultada. O texto é escrito com suas próprias palavras,
respeitando a ideia original.
A citação indireta aparece ao longo do texto, como podemos ver nos exemplos.
No artigo consultado, os autores escreveram:
A suinocultura é uma atividade praticada em diversas regiões do mundo e tem

grande importância socioeconômica.
A citação indireta desse trecho pode ser feita de duas formas:
a) A produção de suínos é uma atividade de grande importância socioeconô-

mica em vários países do mundo (AUTOR, ano).
b) Segundo Autor (ano), a suinocultura se apresenta como importante ativi-

dade socioeconômica, sendo praticada em várias regiões do mundo.

2.3 Citação de citação
É a citação direta ou indireta de um texto cuja versão original não estava acessível.
A citação de citação também é conhecida como apud, que em latim significa “junto a”.
No meio acadêmico e científico, o termo é utilizado como sinônimo de “citado por”

nas referências bibliográficas, e é empregado sempre que se inserir no texto uma ci-
tação de um autor que foi encontrada em outra obra.
A seguir, confira um exemplo de citação:
Na história da extensão rural no Brasil, 1948 significa o início dos serviços ins-
titucionalizados de Extensão Rural (FONSECA, 1985 apud OLIVEIRA, 1999).
Nesse caso o leitor não teve acesso aos dados direto no material de Fonseca, e sim no
material de Oliveira que citou em seu texto as informações de Fonseca. Logo, a cita-
ção deve mencionar a origem dos dados originais.
2.4 Regras para citação de textos científicos pesquisados em bases de

dados online
Textos científicos pesquisados em base de dados online de-

vem ser citados pelo método “autor, data”. Basta informar
entre parênteses o autor e data (ano) da fonte citada.
(ALENCAR, 2022)
Tópico 3: Regras para as referências

Neste tópico, iremos conhecer e aplicar as regras da ABNT para apresentação das
referências bibliográficas utilizadas no trabalho.
A cada ocorrência de citação, é obrigatório referenciar a obra consultada, ou seja, a

fonte, no final do trabalho conforme a NBR 6023.
Para os efeitos dessa norma, aplicam-se as seguintes definições:
MÓDULO TCC
1) Autor(es): Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelec-
tual ou artístico de um documento.
2) Autor(es) entidade(s): Instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comi-

tê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por publicações
em que não se distingue autoria pessoal.
3) Capítulo, seção ou parte: Divisão de um documento, numerado ou não.
4) Documento: Qualquer suporte que contenha informação registrada, formando uma

unidade, que possa servir para consulta, estudo ou prova. Inclui impressos, ma-
nuscritos, registros audiovisuais, sonoros, magnéticos e eletrônicos, entre outros.
5) Edição: Todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Per-

tencem à mesma edição de uma obra todas as suas impressões, reimpressões,
tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem modificações,
independentemente do período decorrido desde a primeira publicação.
6) Editora: Casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável pela produção

editorial. Conforme o suporte documental, outras denominações são utilizadas:
produtora (para imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), en-
tre outras.
7) Monografia: Item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte,
ou que se pretende completar em um número preestabelecido de partes separadas.
8) Publicação periódica: Publicação em qualquer tipo de suporte, editada em uni-

dades físicas sucessivas, com designações numéricas e/ou cronológicas e destina-
da a ser continuada indefinidamente.
9) Referência: Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um do-

cumento, que permite sua identificação individual.
10) Separata: Publicação de parte de um trabalho (artigo de periódico, capítulo de

livro, colaborações em coletâneas etc.), mantendo exatamente as mesmas carac-
terísticas tipográficas e de formatação da obra original, que recebe uma capa, com
as respectivas informações que a vinculam ao todo, e a expressão “Separata de”
em evidência. As separatas são utilizadas para distribuição pelo próprio autor da
parte, ou pelo editor.
11) Subtítulo: Informações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo

ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento.
12) Suplemento: Documento que se adiciona a outro para ampliá-lo ou aperfeiçoá-lo,

sendo sua relação com aquele apenas editorial e não física, podendo ser editado
com periodicidade e/ou numeração própria.
13) Título: Palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um

documento.

3.1 Referência de livro
A forma mais simples de referência é quando temos somente um autor e a contribui-

ção se refere à obra completa.
Alguns elementos são essenciais na elaboração de uma referência de livro e devem ser
apresentados na seguinte ordem:
Autor. Título. Edição (a partir da 2a). Cidade: Editora, ano de publicação.
A seguir, confira um exemplo que ilustra esse padrão.
Wilson Motta Miceli Nome do autor
Derivativos de Nome da obra

Agronegócios:
Gestão de riscos
de mercado
Saint Paul Editora

São Paulo, 2008
Cidade e ano de publicação
MÓDULO TCC
Adaptando esses dados para a norma ABNT, temos o seguinte formato:
MICELI, W. M. Derivativos de Agronegócios: Gestão de risco de mercado.

São Paulo: Saint Paul, 2008.
Atenção
O título deve aparecer em negrito. Porém, se houver subtítu-
lo, ele deve aparecer sem o negrito após dois pontos.
Se o livro em questão contar com dois ou três autores, basta adicionar um ponto e vír-
gula e incluir o nome e sobrenome do segundo autor. O resultado deve seguir o padrão:
SOBRENOME, Nome Abreviado; SOBRENOME, Nome Abreviado. Título: sub-

título (se houver). Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de
publicação da obra.
Confira, na sequência, um exemplo que ilustra esse padrão.

Félix Schouchana, Hsia Hua Sheng Nome dos autores
Carlos Alberto Decotelli
Gestão de riscos Nome da obra
no agronegócio
Editora
FGV
Rio de Janeiro, 2013
SCHOUCHANA, F.; SHENG, H. H.; DECOTELI, C. A. Gestão de riscos no agro-

negócio. Rio de Janeiro: FGV, 2013.
Se o trabalho exige somente a citação de um capítulo, por não ter sido utilizado na
íntegra, temos duas situações: com um autor colaborador (diferente do autor do livro)
ou o autor do capítulo sendo o mesmo da obra.
MÓDULO TCC
Autor colaborador
No caso de haver um autor colaborador, devemos adotar a seguinte ordem:
AUTOR(es) do capítulo. Título da parte referenciada. In: AUTOR(ES) da obra

(ou editor etc.) Título da obra. Cidade: Editora, ano de publicação. Paginação
da parte referenciada.
Confira, na sequência, dois exemplos que ilustram esse padrão.
Mário Otávio Batalha (coordenador) Nome do autor da obra
Gestão Nome da obra
agroindustrial
4ª edição
Nome do capítulo, paginação

da parte referenciada
Marketing aplicado ao agronegócio,
p. 100-161
Andrea Lago da Silva e Eduardo Eugênio Spers Nome do autor do capítulo
Editora
Atlas
SILVA, A. L; SPERS, E. E. Marketing aplicado ao agronegócio. In: Batalha,

M.O. (Coord.). Gestão Agroindustrial. 4ª edição. Rio de Janeiro: Atlas, 2021.
p.100-161.

Neste outro caso temos:
Associação Brasileira de Criadores de Suínos Nome do autor da obra
Produção de suínos: Nome da obra

teoria e prática
1ª edição

da parte referenciada
Panorama da Produção de Suínos
no Brasil e no Mundo, p. 23-50
Luciano Roppa Nome do autor do capítulo
Editora
ABCS
Brasília, 2024
ROPPA, L. Panorama da Produção de Suínos no Brasil e no Mundo. In: ASSO-

CIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE SUÍNOS. Produção de suínos: teo-
ria e prática. 1. ed. Brasília: ABCS, 2014. p.23-50.
Mesmo autor do capítulo e obra
O destaque nesse tipo de método é a utilização do termo “In:” dentro da referência

bibliográfica.
Confira, a seguir, um exemplo:
MÓDULO TCC
Mário Otávio Batalha (coordenador) Nome do autor da obra
Gestão
agroindustrial Nome da obra
4ª edição

Estratégia aplicada ao agronegócio, da parte referenciada
p. 96-187
Mário Otávio Batalha e Alexandre Borges Santos
Nome do autor do capítulo
Editora
Atlas
BATALHA, M. O.; SANTOS, A. B. Estratégia Aplicada ao Agronegócio. In: Ges-

tão Agroindustrial. 4ª edição. Rio de Janeiro: Atlas, 2021. p. 96-187.
3.2 Referência de revista científica

Uma revista científica é uma publicação lançada periodica-
mente, com trabalhos acadêmicos, como uma forma de di-
vulgar e popularizar o conhecimento científico na forma de
resultados, avanços e descobertas de pesquisas. Portanto, é o
espaço no qual se encontram as novidades e atualizações de
qualquer área, contribuindo para o desenvolvimento do dis-
curso ou narrativa científica, bem como para a formação do
estado da arte da área.

O artigo de revista científica deve seguir a seguinte ordem:
SOBRENOME, Nome abreviado. Título do artigo. Título da Revista, Local de

publicação, número do volume, páginas inicial-final, mês e ano.
Confira, na sequência, um exemplo que ilustra esse padrão.
Revista de economia Título da revista
e agronegócio
Volume 17 | Número 3 | Viçosa | Março de 2020 Volume, número, Local de
publicação, mês e ano
Ineficiências alocativas e sua relação Título do artigo

com o crescimento da produtividade
agropecuária internacional
Adilson Giovanini, Kleverthon Clovis Saath e Nome do(s) autor(es)
Helberte João França Almeida.
p. 420-441
Página inicial-final
GIOVANINI, A; SAATH, K. C; ALMEIDA, H. J. Ineficiências alocativas e sua re-

lação com o crescimento da produtividade agropecuária internacional. Revista
de economia e Zootecnia, Viçosa, v. 17, n. 3, p. 420-441, mar. 2020.
MÓDULO TCC
Veja outro exemplo:
Revista Brasileira Título da revista
de Zootecnia
Volume 38 | Brasília | Julho de 2009 Volume, número, Local de
publicação, mês e ano
Suplementação da dieta de bovinos de corte Título do artigo

como estratégia de manejo das pastagens
Ricardo Andrade Reis, Ana Cláudia Ruggieri, Nome do(s) autor(es)

Daniel Rume Casagrande, Adriano Gomes Páscoa
p. 147-159
Página inicial-final
REIS, A. R.; RUGGIERI, A. C.; CASAGRANDE, D. R.; PÁSCOA, A. G. Suplemen-

tação da dieta de bovinos de corte como estratégia do manejo das pastagens.
Revista Brasileira de Zootecnia, Brasília, v. 38, p. 147-159, jul. 2009.

3.3 Referência de evento científico
Um evento científico é uma reunião de pesquisadores e

pessoas interessadas em determinado assunto onde ocorre o
compartilhamento e discussão de informações técnicas.
Esse tipo de evento permite a você a oportunidade de divulgar o seu trabalho de con-
clusão de curso por meio de uma apresentação que pode ser em formato oral (pa-
lestra) ou visual (banner).
Um evento científico pode ser do tipo congresso, seminário,

simpósio ou até mesmo uma palestra. Ao final do evento,
todos os trabalhos divulgados são reunidos em um produto
final do próprio evento, geralmente chamado de anais, atas
e proceeedings.
Alguns elementos são essenciais na elaboração de uma referência de evento científico,

e devem ser apresentados na seguinte ordem:
AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, número, ano, Cidade

onde se realizou o Congresso. Título (Anais ou Proceedings). Local de publica-
ção: Editora, data de publicação. Total de páginas ou volumes. Páginas inicial
e final do trabalho.
Confira, a seguir, um exemplo:
MACEDO, F. A. F.; MORA, N. H. A. P.; MEXIA, A. A.; SANTOS, C. A.; QUEIROZ,

E. O.; SANTELLO, G. A.; ZUNDT, M.; YAMAMOTO, S. M.; MACEDO, V. P. Pro-
dução Programa de Carne de Cordeiros. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ZOOTECNIA, 31., 2022, Manaus. Anais […]. Painel de Ruminantes. Manaus:
[s. n.], 2022. p. 73-81.
MÓDULO TCC
3.4 Referência de documentos jurídicos
A citação de documentos jurídicos inclui legislação, juris-

prudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos
textos legais).
Legislação
Compreende a constituição, as emendas constitucionais e os textos legais infra-

constitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas
as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades
públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução
normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outros).
Os elementos essenciais são:
Jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso de se tratar de normas). Título,

numeração, data. Dados da publicação.
No caso de Constituições e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acres-

centa-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.
Confira, a seguir, alguns exemplos:
SÃO PAULO (Estado). Decreto n° 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: cole-

tânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
BRASIL. Medida provisória n° 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário

Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF,
14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.
BRASIL. Decreto-lei n° 5.452, de 1 de maio de 1943. Lex: coletânea de legis-

lação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943. Suplemento.

BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
BRASIL. Congresso. Senado. Resolução n° 17, de 1991. Coleção de Leis da

República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/
jun. 1991.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional n° 9, de 9 de novembro

de 1995. Lex: legislação federal e marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./
dez. 1995.
3.5 Referência de material online
Quando se tratar de obras consultadas online, também são es-

senciais as informações sobre o endereço eletrônico, apre-
sentado entre os sinais < >, precedido da expressão “Dispo-
nível em:” e a data de acesso ao documento, precedida da
expressão “Acesso em:” opcionalmente acrescida dos dados
referentes a hora, minutos e segundos.
Confira, a seguir, alguns exemplos:
ALVES, C. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em: <http://
www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.
ABRANTES, T. Um guia para usar o “etc.” do jeito certo. Revista Exame, São
Paulo, 2013. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/um-guia-
-para-usar-o-etc-do-jeito-certo/>. Acesso em 10 out. 2018.
MÓDULO TCC
Tópico 4: Apresentando seu trabalho
Neste tópico, iremos aplicar as formas de apresentação do TCC a fim de compre-
ender os pontos importantes que devem ser considerados durante a apresentação do
As apresentações fazem parte da

comunicação profissional e acadê-
mica, por exemplo, para informar
resultados, relatar trabalhos, apre-
sentar propostas e compartilhar
conhecimentos.
O ideal é que, após preparar uma produção acadêmica escrita, você a apresente de
duas formas: oral e visual.
4.1 Apresentação oral
Ao final do processo de escrita do seu TCC, você será solicitado a desenvolver e fazer
uma apresentação oral e responder a perguntas da banca examinadora sobre seu
Desenvolver boas habilidades de fala e apresentação é
importante, pois essas habilidades serão úteis na sua vida
profissional.
Confira, a seguir, algumas dicas de como realizar uma boa apresentação oral.

□Utilize o momento da apresentação para comunicar seus pensamentos de ma-
neira envolvente e eficaz.
□Faça ensaios da sua apresentação. Concentre-se no tom, volume, escolha de
palavras, transições, pausas e ritmo.
□Observe os limites de tempo. Cronometre-se e revise conforme apropriado.
□Pratique sua apresentação diante de um amigo ou membro da família e peça
feedback.
□Mantenha-se calmo durante sua apresentação, lembre-se que você realizou
todo o trabalho e tem domínio do conteúdo escrito.
□Faça e mantenha contato visual com a banca examinadora.
□Mantenha uma postura profissional, não esqueça que você está se formando
como Técnico em Zootecnia.
□Cuidado com linguagem corporal é importante. Nada de mão no bolso.
□Fale de modo alto e claro.
□Use recursos visuais para enriquecer a apresentação.
□Não tenha receio de se corrigir.
□Use uma roupa confortável, mas adequada.
□Foco na mensagem. Evite fugir do assunto principal.
□Mão tremendo? Segure uma caneta para amenizar.
Aproveite o momento e o utilize para demonstrar o bom profissional que você se tornou!
4.2 Apresentação visual
Para ter sucesso na sua apresentação, você precisa planejá-la. Confira, a seguir,
algumas dicas de como preparar a sua apresentação.
□Verifique os critérios de avaliação cuidadosamente para esclarecer como deve-

rá ser a sua apresentação.
□Revise o seu trabalho escrito e determine a ideia central, ou seja, a mais im-
portante que você deseja apresentar, e identifique por que ela é a mais importante.
□Defina todos os detalhes relevantes que você precisará comentar durante a
apresentação.
□Estruture seu trabalho de maneira lógica e focada. Isso impede que você
salte de uma ideia para outra, o que pode dificultar a compreensão da banca
examinadora.
Na sequência, verifique como construir uma apresentação lógica e bem estruturada.
MÓDULO TCC
Introdução
1 Diga ao seu público quem você é, e apresente seu argumento principal

com as principais informações básicas. Deixe claro porque sua
apresentação é importante.
Corpo da sua apresentação

Essa deve ser a maior seção da sua apresentação. Explique como você
2 fez o trabalho e os resultados encontrados.
Recursos visuais esclarecem seus pontos e dão credibilidade à sua
apresentação.
Considerações finais
3 Uma conclusão responde aos objetivos. Finalize sua apresentação com
uma declaração simples e forte.
Referências bibliográficas
4 Ao final da apresentação, adicione as referências bibliográficas utilizadas
na apresentação.
Uma boa apresentação não é escrita palavra por palavra ou memorizada, mas é uma
discussão de um assunto que você conhece. Inclua apenas informações essen-
ciais, e lembre-se: você está falando com as pessoas, não lendo para elas.
Confira outras dicas para a montagem de uma apresentação visual:
□Menos é mais. Evite o excesso de texto em slides.

□Cuidado com cores fortes e chamativas.
□Crie um roteiro de apresentação e use-o para ensaiar.
□Faça dos slides um complemento para a apresentação oral.
□Utilize mídias de alta qualidade nos slides, como fotos, imagens e vídeos.
□Utilize transições nos slides.
□Faça uma apresentação dinâmica.
□Destaque o que é importante.
□Atente-se ao tempo da apresentação.
Chegamos ao final do tema Apresentação do trabalho de conclusão de curso. Nes-
te tema, você aprendeu a citar e referenciar fontes de pesquisa, além de formatar o tra-
balho de conclusão de curso. Também conheceu técnicas para apresentação em público.

Encerramento da Unidade Curricular
Parabéns, você chegou ao fim da Unidade Curricular Trabalho de Conclusão de Cur-
so do Módulo TCC - TCC Parte I e TCC Parte II!
Você conheceu as etapas necessárias para o desenvolvimento do pré-projeto e traba-

lho de conclusão de curso.
Ao longo da elaboração do pré-projeto, aprendeu a definir o seu tema de pesquisa,

usando como base os eixos temáticos, além de compreender como definir seus objeti-
vos, justificativa e cronograma de pesquisa. Além disso, você também aprendeu sobre
modelos e métodos de pesquisa, recebeu dicas sobre a formatação do trabalho escrito
e sobre como realizar a apresentação oral e visual durante a etapa de defesa do TCC.
Desejamos sucesso na sua vida profissional!
MÓDULO TCC
Referências
ABREU, U. G. P.; LOPES, P. S. Análise de Sistemas de Produção Animal – Bases
Conceituais. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2005.
ALMEIDA, O. G. Acúmulo, composição morfológica, e valor nutritivo da

forragem do capim Convert HD 364 em resposta ao manejo do pastejo sob
lotação contínua e rotativa. 2018. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2018. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/
tde-29062018-181530/publico/Otavio_Goulart_de_Almeida_versao_revisada.pdf>.
Acesso em: 31 out. 2022.
AMARAL, G. et al. Avicultura de postura: estrutura da cadeia produtiva, panorama

do setor no Brasil e no mundo e o apoio do BNDES. Disponível em: <https://web.
bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/9579/3/BS%2043%20Avicultura%20de%20
postura_estrutura%20da%20cadeia%20produtiva_corrigido_P_BD.pdf>. Acesso em:
12 nov. 2021.
ARRUDA, L. Administração rural e economia rural. Barra da Estiva: Instituto

formação, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORES DE CARNE. Beef Report

2022. Disponível em: <https://www.abiec.com.br/publicacoes/beef-report-2022/>.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e

documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

documentação: numeração progressiva das seções de um documento: apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

documentação – resumos. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

documentação – índice – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

documentação: trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

documentação – projeto de pesquisa - apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório Anual 2021. Disponível
em: <http://abpa-br.org/abpa-lanca-relatorio-anual-2021/>. Acesso em: 11 out.
2021.
BARROS, R. de C. F.; MARTINIUK, V. C. Gestão de pessoas no agronegócio.

Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da Fait, n. 1, maio, 2021.
Disponível em: <http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/
v82BsHjqowbzMYK_2021-8-30-16-39-28.pdf>. Acesso em: 4 dez. 2022.
BATALHA, M. O.; SANTOS, A. B. Estratégia Aplicada ao Agronegócio. In: BATALHA, M.

O. (coord.). Gestão Agroindustrial. 4. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2021. p. 96-187.
BIZINOTO, G. B. G.; SOUZA, C. B.; NERIS JUNIOR, C. P. Avaliação de indicadores

zootécnicos econômicos de propriedades leiteiras no estado de Goiás. Revista
Agrária Acadêmica, v. 5, n. 1, p. 178-189, 2022. Disponível em: <https://
agrariacad.com/2022/04/27/avaliacao-de-indicadores-zootecnicos-e-economicos-de-
propriedades-leiteiras-no-estado-de-goias/>. Acesso em: 11 out. 2022.
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XIMENES, L. J. Lácteos – Caderno Setorial. Ano 6, n. 181, ago. 2021. Disponível

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ZARDO, R. A. Canais de comercialização de produtos da agricultura familiar

na região oeste do Paraná. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização)
– Departamento de Economia Rural e Extensão, Universidade Federal do Paraná,
Curitiba, 2012.
MÓDULO TCC
SGAN 601 MÓDULO K - EDIFÍCIO ANTÔNIO
ERNESTO DE SALVO - 1º ANDAR - BRASÍLIA
DISTRITO FEDERAL - CEP: 70830-021
FONE: + 55 61 2109 1300
ETEC.SENAR.ORG.BR
SENAR.ORG.BR

2.01. Apostila Da UC TCC

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MÓDULO TCC

Trabalho de Conclusão de Curso

Curso Técnico EaD Senar

SENAR - Brasília, 2022

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

1. Agronegócio. 2. Ensino a distância.

Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

Tema 1: A importância do TCC na formação técnica profissional ���������������������� 15

Tópico 1: Razão e importância do pré-projeto e TCC �������������������������������������� 16

1.2 Objetivos e importância do pré-projeto e do TCC ��������������������������������������� 19

Tópico 2: As atribuições �������������������������������������������������������������������������������������� 20

2.1 Atribuições do aluno ��������������������������������������������������������������������������������������� 20

2.2 Atribuições do tutor a distância ��������������������������������������������������������������������� 21

2.3 Atribuições do tutor orientador presencial �������������������������������������������������� 21

2.4 Atribuições da banca examinadora ���������������������������������������������������������������� 22

Encerramento do tema ������������������������������������������������������������������������������������������� 22

Tema 2: Eixos temáticos do Curso Técnico em Zootecnia ������������������������������������ 24

Tópico 1: Eixo temático Operações de produção, manejo e bem-estar

1.1 Identificação e monitoramento dos sistemas de produção e

1.2 Identificação e aplicação de práticas de bem-estar animal nos

1.3 Monitoramento de práticas de manejo alimentar ���������������������������������������� 33

Tópico 2: Eixo temático Comercialização e distribuição dos produtos

2.1 Identificação dos mercados agropecuários e suas características ������������ 36

2.2 Análise de fontes de informações dos mercados agropecuários ��������������� 38

2.3 Comercialização dos produtos agropecuários ���������������������������������������������� 40

Tópico 3: Eixo temático Gestão do empreendimento rural na

3.1 Implementação das ações de gestão do empreendimento rural �������������� 44

3.2 Monitoramento de índices zootécnicos aplicados à gestão de

Tópico 4: Eixo temático Prestação de assistência técnica e consultoria

4.1 Importância da Assistência Técnica e Extensão Rural �������������������������������� 50

4.2 Assistência Técnica e Extensão Rural, metodologias e execução ������������� 52

4.3 Efeitos da Assistência Técnica e Extensão Rural no

Encerramento do tema ������������������������������������������������������������������������������������������� 56

Tema 3: As etapas para a construção do TCC �������������������������������������������������������� 58

Tópico 1: Planejamento do trabalho de conclusão de curso – pré-projeto �� 59

1.3 Objetivo geral e objetivos específicos ����������������������������������������������������������� 66

Tópico 2: Métodos de pesquisa ��������������������������������������������������������������������������� 70

2.4 Elaboração dos dados �������������������������������������������������������������������������������������� 91

2.5 Análise e interpretação dos dados ����������������������������������������������������������������� 92

2.6 Representação dos dados em tabelas, quadros e gráficos ������������������������ 96

Tópico 3: Modelos de TCC ������������������������������������������������������������������������������������ 99

Encerramento do tema ���������������������������������������������������������������������������������������� 103

Tema 4: Estrutura do trabalho de conclusão de curso �������������������������������������� 105

Tópico 1: Elementos pré-textuais ������������������������������������������������������������������� 106

1.7 Lista de figuras e tabelas ���������������������������������������������������������������������������� 115

1.8 Listas de símbolos, siglas e abreviaturas �������������������������������������������������� 117

Tópico 2: Elementos textuais �������������������������������������������������������������������������� 120

2.2 Desenvolvimento ������������������������������������������������������������������������������������������ 122

2.3 Considerações finais ������������������������������������������������������������������������������������ 126

Tópico 3: Elementos pós-textuais �������������������������������������������������������������������� 126

Encerramento do tema ���������������������������������������������������������������������������������������� 128

Tema 5: Apresentação do trabalho de conclusão de curso ������������������������������ 130

Tópico 1: Formatação geral ����������������������������������������������������������������������������� 131

1.3 Espaçamento entre linhas e parágrafos ����������������������������������������������������� 133

1.4 Recuo de parágrafo �������������������������������������������������������������������������������������� 134

1.5 Justificação do texto e hifenização ������������������������������������������������������������� 134

1.6 Numeração das páginas e encadernação �������������������������������������������������� 136

1.8 Tabelas e ilustrações ������������������������������������������������������������������������������������ 137

1.9 Equações e fórmulas ������������������������������������������������������������������������������������ 139

1.10 Notas de rodapé ����������������������������������������������������������������������������������������� 140

1.12 Instruções para títulos de seção �������������������������������������������������������������� 142

2.3 Citação de citação ���������������������������������������������������������������������������������������� 145

2.4 Regras para citação de textos científicos pesquisados em bases de

Tópico 3: Regras para as referências �������������������������������������������������������������� 145

Tema 1: A importância do TCC na formação técnica profissional �� 15

Tópico 1: Razão e importância do pré-projeto e TCC �� 16

1.2 Objetivos e importância do pré-projeto e do TCC �� 19

Tópico 2: As atribuições �� 20

2.1 Atribuições do aluno �� 20

2.2 Atribuições do tutor a distância �� 21

2.3 Atribuições do tutor orientador presencial �� 21

2.4 Atribuições da banca examinadora �� 22

Encerramento do tema �� 22

Tema 2: Eixos temáticos do Curso Técnico em Zootecnia �� 24

1.3 Monitoramento de práticas de manejo alimentar �� 33

2.1 Identificação dos mercados agropecuários e suas características �� 36

2.2 Análise de fontes de informações dos mercados agropecuários �� 38

2.3 Comercialização dos produtos agropecuários �� 40

3.1 Implementação das ações de gestão do empreendimento rural �� 44

4.1 Importância da Assistência Técnica e Extensão Rural �� 50

4.2 Assistência Técnica e Extensão Rural, metodologias e execução �� 52

Encerramento do tema �� 56

Tema 3: As etapas para a construção do TCC �� 58

Tópico 1: Planejamento do trabalho de conclusão de curso – pré-projeto �� 59

1.3 Objetivo geral e objetivos específicos �� 66

Tópico 2: Métodos de pesquisa �� 70

2.4 Elaboração dos dados �� 91

2.5 Análise e interpretação dos dados �� 92

2.6 Representação dos dados em tabelas, quadros e gráficos �� 96

Tópico 3: Modelos de TCC �� 99

Encerramento do tema �� 103

Tema 4: Estrutura do trabalho de conclusão de curso �� 105

Tópico 1: Elementos pré-textuais �� 106

1.7 Lista de figuras e tabelas �� 115

1.8 Listas de símbolos, siglas e abreviaturas �� 117

Tópico 2: Elementos textuais �� 120

2.2 Desenvolvimento �� 122

2.3 Considerações finais �� 126

Tópico 3: Elementos pós-textuais �� 126

Encerramento do tema �� 128

Tema 5: Apresentação do trabalho de conclusão de curso �� 130

Tópico 1: Formatação geral �� 131

1.3 Espaçamento entre linhas e parágrafos �� 133

1.4 Recuo de parágrafo �� 134

1.5 Justificação do texto e hifenização �� 134

1.6 Numeração das páginas e encadernação �� 136

1.8 Tabelas e ilustrações �� 137

1.9 Equações e fórmulas �� 139

1.10 Notas de rodapé �� 140

1.12 Instruções para títulos de seção �� 142

2.3 Citação de citação �� 145

Tópico 3: Regras para as referências �� 145

3.1 Referência de livro �� 147

3.2 Referência de revista científica �� 152

3.3 Referência de evento científico �� 155

3.4 Referência de documentos jurídicos �� 156

3.5 Referência de material online �� 157

Tópico 4: Apresentando seu trabalho �� 158

4.1 Apresentação oral �� 158

4.2 Apresentação visual �� 159

Encerramento do tema �� 160

Encerramento da Unidade Curricular �� 161