MATERIAL DE APOIO - Física 1 - Ilan Rodrigues & Bruno Carvalho

AlfaCon Concursos Públicos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Introdução à Cinemática��2
Introdução ao Método Científico na Física��2
Ramos da Física��2
Unidades de Medidas��2
Notação Científica��3
Ordem de Grandeza��3
Ponto Material��3
Movimento, Repouso e Referencial��3
Trajetória��4
Espaço ou Posição��4
Deslocamento Δs.��4
Velocidade Escalar Média��5
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
Introdução à Cinemática
Introdução ao Método Científico na Física
É o ramo da Física que compreende o estudo e a análise do movimento e repouso dos corpos, e
sua evolução no tempo, seus deslocamentos, sob a ação de forças, e seus efeitos subsequentes sobre seu
ambiente. A disciplina tem suas raízes em diversas civilizações antigas. Durante a Idade Moderna,
cientistas como Galileu, Kepler, e especialmente Newton, lançaram as bases para o que é conhecido
como Mecânica Clássica. A Mecânica Clássica é composta pelo conjunto de duas disciplinas, a Cine-
mática, que compreende ao estudo puramente descritivo do movimento, sem consideração das suas
causas, e a Dinâmica, que estuda a conexão do movimento com suas causas. O conjunto de disciplinas
que abarca a Mecânica convencional é muito amplo e é possível agrupá-las em quatro blocos principais:
Ramos da Física
O ser humano tem suas primeiras informações do Universo por meio de seus sentidos: vê a luz de
um relâmpago, ouve o som de um trovão e por meio do tato tem, entre outras, a noção de calor e frio.
Consequentemente, classificou os fenômenos observados de acordo com o sentido empregado na
observação. Relacionou a luz com a capacidade de ver, e daí surgiu uma ciência chamada Óptica. A
audição o estimulou a estudar as propriedades do som, e surgiu outra ciência, a Acústica. As noções
de quente e frio, sentidas pelo tato, motivaram o estudo do calor — a Termologia. O movimento é
um dos fenômenos mais comuns no dia a dia e foi o mais estudado até hoje, tendo dado origem à
Mecânica. Essas ciências (Óptica, Acústica, Termologia e Mecânica) foram muitas vezes estudadas
independentemente umas das outras, mas fazem parte do vasto mundo da Física. Hoje, elas consti-
tuem os ramos clássicos da Física. As propriedades elétricas da matéria só passaram a ser estudadas
profundamente a partir do século XIX, e esse estudo, conhecido como Eletricidade, é outro ramo da
Física. No século XX, a discussão da constituição da matéria deu origem à Física Nuclear.
Unidades de Medidas
Grandeza é a denominação dada a tudo que pode ser medido. Exemplo: temperatura, comprimen-
to, massa, tempo, velocidade. Para comparar as medidas das grandezas da mesma espécie, utilizamos
as unidades de medidas. Por exemplo: todos sabemos que 4kg expressa uma quantidade maior do que
600g de um mesmo produto, apesar de o número 4 ser menor do que o número 600. É que as unidades
de medida de massa (kg e g) são diferentes. Para compararmos as quantidades, devemos utilizar
unidades de medidas iguais. Atualmente o sistema de unidades oficial adota como medida de compri-
mento, o metro (m), como unidade de medida de massa, o quilograma (kg) e como unidade de medida
de tempo, o segundo(s), todos fazem parte do Sistema Internacional de Unidades (SI).
Algumas unidades do SI
2
Transformando unidades de comprimento
Transformando unidades de tempo
Notação Científica
Utilizar a notação científica significa exprimir um número da seguinte forma: N x 10m, em que n
é um expoente inteiro e N é tal que 1 ≤ N < 10.
Exemplo:
360 s = 3,60 x 102 s
0,0035 m = 3,5 x 10-3 m.
Ordem de Grandeza
Ponto Material
Um corpo é chamado de ponto material quando suas dimensões não interferem no estudo de um
determinado fenômeno. Exemplo: quando estudamos o movimento de um caminhão trafegando em
uma autoestrada, suas dimensões não são relevantes, podendo ser associado a um ponto. Todavia se
formos estudar o movimento do mesmo caminhão atravessando uma ponte de tamanho pequeno,
devemos levar em conta pelo menos uma das dimensões (comprimento).
Movimento, Repouso e Referencial
Chamamos de observador aquele que analisa o movimento de um determinado corpo e, de refe-
rencial, o local onde esse observador se encontra. Para um observador, o seu referencial se encontra
em repouso. Para saber se um veículo está em movimento ou repouso, são usados referenciais ligados
à Terra (um poste, uma edificação, por exemplo), mas, podemos adotar um referencial que esteja em
movimento com relação à Terra (interior de um veículo percorrendo uma via).
Um ponto material está em movimento em relação a um referencial quando sua posição em
relação a esse referencial se altera ao longo do tempo. Quando a posição do ponto material não se
altera ao longo do tempo com relação ao referencial adotado, dizemos que está em repouso com
relação a esse referencial. Por exemplo: uma pessoa sentada à beira da estrada observa o passagei-
ro de um ônibus que trafega pela via. Para essa pessoa, o passageiro se encontra em movimento,
enquanto que para um outro passageiro do mesmo ônibus se encontra em repouso. Movimento e
repouso são conceitos relativos, pois dependem do referencial adotado.
3
Trajetória
São as posições sucessivas ocupadas por um ponto material durante o movimento. Dependen-
do do formato da trajetória, o movimento é classificado em: retilíneo, curvilíneo, circular, elíptico
etc. O formato da trajetória de um corpo em movimento depende do referencial adotado. Exemplo:
considere um corpo abandonado de um avião voando a uma certa altura. Despreze a resistência do
ar. Para um observador no interior do avião, a trajetória do corpo é retilíneo (queda livre). Para um
observador na Terra, a trajetória é um arco de parábola.
Espaço ou Posição
Para localizarmos um ponto material em uma trajetória, definimos uma origem, chamada
origem das posições ou origem dos espaços. A posição ou espaço ocupado por um corpo em uma
trajetória é a medida da distância do ponto ocupado pelo ponto material até a origem, obedecendo ao
sentido da trajetória. Representaremos a posição, usando a letra S ou x.
Atenção!
O espaço apenas indica a posição de um ponto material. Não indica quanto ele andou, nem de
onde vem ou para onde vai.
Deslocamento Δs.
É a variação da posição do ponto material em um referido intervalo de tempo
ΔS = S – S0, onde S é a posição final e S0 a posição inicial. Quando o ponto material se movimen-
tar no sentido positivo da trajetória, o sinal do ΔS será positivo; quando se deslocar no sentido con-
trário da trajetória, o ΔS será negativo.
Obs.: o deslocamento mede a variação da posição ou espaço. Se um móvel partir de uma determinada
posição e retornar à posição de onde partiu em um certo intervalo de tempo, seu deslocamento será igual
a zero. Nesse caso, para determinarmos a “distância percorrida pelo ponto material” devemos somar o
deslocamento em módulo (valor sem o sinal negativo) para ir e para retornar ao ponto de partida.
4
Velocidade Escalar Média

Considere que um ponto material tenha se movimentado sobre uma trajetória efetuando um
deslocamento DS em um intervalo de tempo Dt, então a velocidade média do ponto material será o
quociente (divisão) entre o deslocamento e o intervalo de tempo, ou seja:
A velocidade é a grandeza que mede a taxa de variação da posição de um corpo com relação ao tempo.
Como, no Sistema Internacional, o deslocamento é medido em metros e o intervalo de tempo é
medido em segundos, a velocidade média é expressa em metros por segundo (m/s).
É de uso corrente a velocidade média medida em km/h.
Para transformarmos km/h em m/s, basta multiplicarmos o valor que temos em m/s por 3,6 e o
resultado estará em km/h.
Velocidades notáveis
→ 36 km/h = 20 m/s
→ 72 km/h = 20 m/s
→ 90 km/h = 25 m/s
→ 108 km/h = 30 m/s
→ 144 km/h = 40 m/s
Exercicios
01. Um automóvel percorre a metade de uma distância D com uma velocidade média de e a
outra metade com uma velocidade média de Nesta situação, a velocidade média do automó-
vel, ao percorrer toda a distância D, é de:
a) 12 m s
b) 14 m s
c) 16 m s
d) 18 m s
e) 32 m s
02. Um avião bombardeiro deve interceptar um comboio que transporta armamentos inimigos
quando este atingir um ponto A, onde as trajetórias do avião e do comboio se cruzarão. O
comboio partirá de um ponto B, às com uma velocidade constante igual a e percorrerá
uma distância de para atingir o ponto A. O avião partirá de um ponto C, com velocidade
constante igual a e percorrerá uma distância de até atingir o ponto A. Consideramos o
avião e o comboio como partículas descrevendo trajetórias retilíneas. Os pontos A, B e C estão
representados no desenho abaixo.
Para conseguir interceptar o comboio no ponto A, o avião deverá iniciar o seu voo a partir do
ponto C às:
a) 8 h e 15 min.
b) 8 h e 30 min.
5
c) 8 h e 45 min.
d) 9 h e 50 min.
e) 9 h e 15 min.
03. Um aventureiro resolve fazer uma viajem de 70,0 km no seu skate elétrico, partindo de sua
cidade às 5 h de um sábado. Sabe-se que ele, neste deslocamento, manteve o skate com veloci-
dade constante de 20,0 km/h, obedecendo à autonomia de 14,0 km e o tempo de recarga das
baterias de 2 h. Nessas condições, o veículo e seu condutor chegaram ao destino às:
a) 16 h e 30 min
b) 15 h e 40 min
c) 14 h e 50 min
d) 14 h e 00 min
e) 13 h e 10 min
Gabarito
01 - A
02 - C
03 - A
6
ÍNDICE
Estudo dos Vetores��2
Grandezas Escalares��2
Grandezas Vetoriais��2
Estudo dos Vetores��2
Representações dos Vetores��2
Adição Vetorial��3
Cálculo do Módulo do Vetor Resultante��3
1º Caso: Dois Vetores de Mesma Direção e Sentido. ( Α = 0º )��3
4º Caso: Dois Vetores em Direções Oblíquas��4
1
Estudo dos Vetores

Grandezas Escalares
São grandezas que, para serem totalmente descritas, basta dizer um número e a sua unidade.
Por exemplo, qual a sua idade? Quando lhe perguntam isso, você diz que tem, por exemplo, 18
anos. O “18” significa a quantidade, um número que representa a grandeza, o quão grande ela é, já
os “anos” significam a idade de medida que você determinou, poderiam ser dias, meses, quinzenas,
milênios, enfim. Simples, não é?
Alguns exemplos de grandezas escalares são: massa, tempo, volume, energia, trabalho, carga,
resistência elétrica, etc..
Grandezas Vetoriais
São grandezas que, para serem descritas de maneira total e detalhada, precisamos informar, além
de um número (módulo ou norma), a direção e o sentido.Por exemplo, quando lhe perguntaram a sua
idade, você não precisa dizer, “ah, tenho 18 anos para cima” ou “ah, tenho 18 anos na vertical”. Nesta
apostila, vamos abordar os vetores, que serão ferramentas que teremos para trabalhar com algumas
grandezas, como deslocamento, velocidade, aceleração, força, momento, campo elétrico, e por aí vai...
Sua vida de engenheiro dependerá MUITO desses vetores.
Estudo dos Vetores
Para introduzir o estudo dos vetores, visando à parte utilizada em Física I, partiremos de um
exemplo: imagine dois carros andando em uma pista, um com a velocidade de 10 m/s e o outro com
11 m/s, eles irão colidir em algum momento?
Um aluno, atento ao exemplo, percebe que a informação fornecida não está 100% completa, uma
vez que não sabemos de que forma os carros estão se comportando com suas velocidades expressas
na forma de escalares (números soltos).
Para completar as informações, precisaríamos de referenciais de direção e sentido dos móveis. É
exatamente neste ponto que encontramos uma das muitas utilizações dos vetores na Física I.
Outra forma de utilização dos vetores é na representação de forças sendo exercidas em corpos. Tendo em
mente uma das clássicas portas dos bares nos filmes de Velho Oeste, fica claro que aplicar a força de forma
diferente gera diferentes comportamentos na porta (abrir para fora ou para dentro). Por isso apenas dizer
quanto de força foi aplicado não é uma informação tão completa quanto a que um vetor de força transmitiria.
Representações dos Vetores

Os vetores são representados, de forma simples, como setas. Setas que começam na origem das
coordenadas de referência e terminam em um ponto. As partes dessa seta possuem nomes e funções
específicas. Um vetor é nomeado, em grande parte dos casos, por uma letra com uma “seta” em
cima: São as características do vetor:
Módulo: é o tamanho da seta, representa o escalar, o número associado ao vetor, ou seja, o vetor que
representa a velocidade de 11m/s será maior do que o de 10 m/s. O módulo é, por definição, uma
grandeza positiva, por isso associado ao tamanho e é representado da seguinte forma, ou então ,
lê-se “módulo do vetor v”;
2
Direção: é a reta associada à seta, logo, tomando como exemplo o plano, poderia ser a direção
nordeste – sudoeste, noroeste – sudeste, horizontal, vertical, (...);
Sentido: é a ponta da seta, ou seja, para onde a seta “aponta”. Cada direção possui dois sentidos, leste
ou oeste, norte ou sul, positivo ou negativo etc.
Adição Vetorial
Somar vetores é colocá-los em sequência e, mantendo suas características originais, descobrir o
tamanho e a orientação de um único vetor que fizesse o mesmo efeito, ou seja, que levasse do ponto
inicial ao ponto final em linha reta. Veja o exemplo a seguir:
Atenção 1!
“O vetor resultante sempre parte da origem do primeiro vetor até a extremidade do último.”
Outros exemplos:
Atenção 2!
Não importa a ordem em que você irá ajustar os vetores, pois se mantivermos seus módulos,
direção e sentido, o vetor resultante será o mesmo.
Cálculo do Módulo do Vetor Resultante

1º Caso: Dois Vetores de Mesma Direção e Sentido. ( Α = 0º )
3
4º Caso: Dois Vetores em Direções Oblíquas

( α = 30º, α = 45º, α = 60º, α = 120º, α = 135º, α = 150º )
Usando a regra do paralelogramo, temos:
4
Decomposição de vetores
UM VETOR NO PLANO, EM FUNÇÃO DOS VERSORES DOS EIXOS COORDENADOS

VERSOR é um VETOR UNITÁRIO de módulo (intensidade) igual a 1.Vamos associar um versor
a cada eixo, ou seja: o versor i no eixo dos x e o versor j no eixo dos y , conforme figura abaixo:
O par ordenado de versores (i, j) constitui o que chamamos de BASE do plano R 2, ou seja, base do
plano cartesiano Oxy.
Verifica-se que um vetor u = (x, y) , pode ser escrito univocamente como: u = x.i + y.j.
Qualquer vetor pode ser expresso em função de seus versores horizontais e verticais. Exemplo:
Cada divisão da figura abaixo tem 1 unidade. Representar cada vetor em função de e
Produto de um escalar por um vetor

Alguns exemplos de produto de escalar por vetor:
O produto de um escalar por um vetor dá como resultado um outro vetor, como podemos ver nos
exemplos acima.
5
→ Direção: a mesma do vetor;

→ Sentido: depende do sinal do escalar. Se o escalar for positivo o vetor mantém o sentido original,
se o escalar for negativo, a direção será invertida;
→ Módulo: produto do módulo do vetor pelo módulo do escalar.
Exercícios
01. Dois vetores têm módulos de 8 e 10, respectivamente. A respeito do vetor soma, podemos
afirmar que:
a) será zero.
b) terá um valor mínimo de 8 e máximo de 10.
c) terá um valor maior ou igual a 2 e menor ou igual a18.
d) terá um valor mínimo de 8 e máximo de 10.
e) terá o valor 3.
02. A figura mostra 5 forças representadas por vetores de origem comum, dirigindo-se aos vértices de um
hexágono regular. Sendo 10 N o módulo da força FC, a intensidade da resultante dessas 5 forças é:
a) 30 N.
b) 35 N.
c) 45 N.
d) 50 N.
e) 40 N.
03. Três forças F1, F2 e F3, contidas em um mesmo plano, estão aplicadas em uma partícula O,
conforme ilustra a figura. F 1 e F 2 têm módulos iguais a 10 N.
Qual deve ser o módulo de F3 para que a soma F1 + F2 + F3 tenha módulo nulo?
6
a) 50 N
b) 20 N
c) 35 N
d) 10 N
e) 70 N
Gabarito
01 - C
02 - A
03 - D
7
ÍNDICE
Introdução à Cinemática��2
O Vetor Deslocamento��2
Movimento em Duas Dimensões��2
Trajetória Retilínea��2
Velocidade Vetorial Média��2
Composição de Movimentos ��3
1
Introdução à Cinemática
O Vetor Deslocamento
Movimento em Duas Dimensões
Trajetória Retilínea
Velocidade Vetorial Média

Numa trajetória qualquer (retilínea ou curvilínea), a velocidade vetorial média é definida pela
razão entre o vetor deslocamento e o correspondente intervalo de tempo:
(o vetor velocidade média tem a mesma direção e o mesmo sentido do vetor deslocamento).
Num instante t1, um carro de Fórmula 1 encontra-se a 600m ao norte em relação ao box de sua
equipe e, 20s depois, a 800m a oeste do mesmo referencial. Determinar o módulo do deslocamento
vetorial ( r) e o módulo da velocidade vetorial média do carro (vm) entre esses dois instantes.
Na figura abaixo, temos:
Velocidade escalar média igual a:
Velocidade vetorial média igual a:
2
Aplicação
Solução:
Pelo Teorema de Pitágoras, calculamos o módulo do deslocamento escalar:
Composição de Movimentos
Você está olhando, de cima, a carroceria de um caminhão que está em repouso. Sobre a carroce-
ria, uma bola está se movendo com velocidade , em relação a ela, na direção e sentido indicados na
figura. Essa velocidade é chamada de velocidade relativa.
Em seguida, o caminhão adquire movimento retilíneo e uniforme de direção horizontal e sentido para
a direita, com velocidade em relação à Terra. Essa velocidade é chamada de velocidade de arrastamento.
Segundo o princípio da independência de movimentos (Galileu Galilei), a bola apresentará

dois movimentos parciais: o primeiro em relação à carroceria ( ) , e o segundo, provocado pelo
deslocamento do caminhão ( ), e cada movimento acontece como se o outro não existisse e os
dois acontecem ao mesmo tempo.
A velocidade da bola em relação à Terra (vista por uma pessoa na Terra), que é chamada de velo-
cidade resultante, será , tal que:
3
Exemplo de composição de movimentos:

1) Um vagão que se movimenta em relação à Terra e dois garotos que se movimentam em relação ao
vagão. Baseando-se na figura abaixo, considere:
VV ,T = 4 m/s módulo da velocidade do vagão em relação à Terra (velocidade de arrastamento).

VB, V = 1m/s módulo da velocidade de B em relação ao vagão (velocidade relativa).
VC,V =1m/s módulo da velocidade de C em relação ao vagão (velocidade relativa).
D – – – uma pessoa em repouso em relação ao vagão.
P – – – uma árvore em repouso em relação à Terra.
Velocidade resultante do garoto B em relação à arvore (Terra ).
VB,T = VV ,T + VB, V = 4m/s + 1m/s = 5m/s
Velocidade resultante do garoto C em relação à arvore (Terra ).
VC, T = VV ,T – VC, V = 4m/s – 1m/s = 3 m/s
Velocidade relativa do garoto B em relação ao garoto C.
VB,C = VB ,V + VC, V = 1m/s + 1m/s = 2m/s
2) Uma esteira que se movimenta em relação à Terra e uma pessoa (mulher) que se movimenta em
relação à esteira . E Baseando-se na figura abaixo, considere:
4
Ve,T = 5 km/h módulo da velocidade da esteira em relação à Terra (velocidade de arrastamento).

Vm, e = 1m/s módulo da velocidade da mulher em relação à esteira (velocidade relativa).
H – – – um homem em repouso em relação à Terra.
Velocidade resultante da mulher em relação ao homem ( Terra )
Vm, T = Vm ,e – Ve, T = 5 km/h – 5 km/h = 0
Exemplos clássicos:
a) A velocidade ( ) do barco em relação à margem, quando ele sobe o rio.
b) A velocidade ( ) do barco (em relação à margem), quando ele desce o rio.
Para a travessia de barcos no rio.
5
Chuva no para-brisas de um automóvel em movimento em relação à Terra.

Mesmo que a chuva caia na vertical, para o observador fixo na Terra, o motorista – um observador
dentro do automóvel em movimento que esteja vendo o para-brisas – vê a chuva bater obliquamente.
Considere um carro movendo-se com velocidade constante de 60 km/h. Começa a chover e o

motorista observa que as gotas de água da chuva caem formando um ângulo de 30° com a vertical.
Considerando que, em relação à Terra, as gotas caem verticalmente, qual a velocidade em que as
gotas de água caem em relação ao carro?
Sen30o=Vc/Va – – – 1/2 =60/Va – – – Va=120km/h

VEJA O CASO INTERESSANTE DO TRATOR DE ESTEIRA
ico probl trator de esteira
Imagine um trator de esteira, com o da foto acima, e que se mova da esquerda para a direita com
velocidade escalar V em relação ao solo (referencial R fixo no chão).
Quando o trator se move com velocidade escalar V em relação ao chão, os eixos dos motores
que movem a esteira giram tal que cada ponto da esteira também desliza com velocidade V, mas
com relação ao trator. Certo?
Assim, enquanto o trator avança (para direita) com velocidade V em relação ao chão, pontos
da parte superior da esteira avançam com velocidade V também para a direita, mas em relação ao
trator. E pontos da parte inferior da esteira retrocedem (andam para trás), para a esquerda, com velo-
cidade V também relativa ao trator. Para entender melhor isso, veja a ilustração a seguir.
6
Note que representamos:

Um ponto fixo no chão chamado de R (referencial).
Outro ponto fixo T no trator e que avança para a direita em relação a R com velocidade VT de módulo V.
Um terceiro ponto fixo, na parte superior da esteira, que chamamos de S e que avança para a
direita em relação ao trator T com velocidade VS de módulo V.
E um quarto ponto fixo na parte inferior da esteira representado por I que se move para a esquerda
em relação ao trator T com velocidade VI de módulo V.
Agora pense, calcule e responda: quais os valores das velocidades escalares de cada um dos pontos
do trator (T, S e I) indicados na figura acima em relação ao chão, ou seja, em relação ao ponto R?
O ponto T que representa o trator se move em relação ao chão (ponto R) com velocidade VS, R =
VS= V. Isso é tranquilo!
Já o ponto S tem movimento em relação a T com velocidade V para a direita. Mas T, por sua vez,
já está se movendo também com velocidade V para a direita com relação a R. Assim, a velocidade de
S em relação a R será VS, R = V + V = 2V.
E o ponto I anda para a esquerda em relação a T com velocidade V. Mas T, como já dissemos, está
se movendo com velocidade V para a direita com relação a R. Logo, a velocidade de I em relação a R
será VI,R = V – V = 0.
A imagem abaixo mostra o resultado dos cálculos acima.
Parece muito estranho que partes diferentes do mesmo trator possam ter velocidades tão diferen-
tes de valores 0 (nula), V e 2V, não? Mais estranho ainda que uma dessas partes (I) está em repouso
no referencial R! Mas o raciocínio acima nos convence de que é verdade!
Para visualizar melhor o que está acontecendo com o trator, pense no motorista que está parado
em relação ao ponto T, mas se move em relação ao chão (R) com velocidade V. Sempre que ele olhar
para a esteira, verá um ponto S na sua parte superior avançando em relação ao próprio trator, já que
S tem o dobro da velocidade do próprio trator em relação ao chão. Isso é equivalente a dizer que os
pontos S da parte superior da esteira ultrapassam o próprio trator o tempo todo! Enquanto isso, cada
ponto I da parte inferior da esteira “gruda” no chão enquanto o trator avança, ou seja, fica parado em
relação ao ponto R, até que “descole” do piso e comece a mover-se para a parte superior da esteira.
Mas o motorista do trator vê o tempo todo o ponto S indo para trás, assim como R vai ficando para
trás na medida em que o trator avança.
Tudo isso confirma que, classicamente, qualquer movimento é relativo!
Exercícios
01. Um bote de assalto deve atravessar um rio de largura igual a 800m, numa trajetória perpendicu-
lar à sua margem, num intervalo de tempo de 1 minuto e 40 segundos, com velocidade constante.
Considerando o bote como uma partícula, desprezando a resistência do ar e sendo constante e
igual a 6 m/s a velocidade da correnteza do rio em relação à sua margem, o módulo da velocidade do
7
bote em relação à água do rio deverá ser de:
a) 4 m/s
b) 6 m/s
c) 8 m/s
d) 10 m/s
e) 14 m/s
02. Um menino está sobre um vagão-prancha de 10 m de comprimento, que se desloca sobre
trilhos retilíneos com velocidade constante de módulo 36 km/h em relação ao solo. Em certo
momento, o menino começa a se deslocar da parte de trás do vagão e alcança a sua frente após
5,0 s, com passadas regulares.
Um aluno faz as seguintes afirmações, para o intervalo de tempo considerado:

I. a velocidade do menino, em relação ao vagão, tem módulo igual a 8,0 m/s.
II. a velocidade do menino, em relação ao solo, tem módulo igual a 12 m/s.
III. o deslocamento do menino, em relação ao solo, tem módulo igual a 50 m.
IV. o deslocamento do menino, em relação ao vagão, tem módulo igual a 10 m.
São corretas:
a) I, II, III e IV.
b) apenas I II e III.
c) apenas II e IV.
d) apenas I e III.
e) apenas III e IV
03. Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio Amazonas,
mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação a água. Quanto tempo o barco
leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos
b) 13 horas e 20 minutos
c) 7 horas e 20 minutos
d) 10 horas
e) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.
Gabarito
01 - D
02 - C
03 - B
8
ÍNDICE
Movimento Retilíneo Uniforme��2
Função Horária do MRU��2
Movimento Progressivo��2
Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)��3
Velocidade Escalar Relativa��3
Movimentos no Mesmo Sentido��3
Movimentos em Sentidos Opostos��3
1
Movimento Retilíneo Uniforme

Movimentos que possuem velocidade escalar instantânea constante (não nula) são chamados
movimentos uniformes. Portanto, se a velocidade escalar é a mesma em todos os instantes, ela
coincide com a velocidade escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo considerado:
Função Horária do MRU

No movimento uniforme, a velocidade escalar instantânea é constante e coincide com a velocidade
escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo. Portanto, de resulta . Fazendo
, vem:
Sendo assim, no movimento uniforme, o móvel percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.
A função horária do movimento uniforme é do primeiro grau em t. Nessa função, s0 e v são constantes
com o tempo; v é a velocidade escalar do movimento; v > 0 quando o movimento é progressivo; v < 0 quando
o movimento é retrógrado. Vejamos alguns exemplos, considerando s em metros e t em segundos:
Movimento Progressivo
2
Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
Essas funções definem o MU em qualquer tipo de trajetória.
Velocidade Escalar Relativa

Um bom motorista deve ter, ainda que intuitivamente, noções de velocidade escalar relativa. Isso
é sempre necessário no trânsito, sobretudo, na realização de ultrapassagens. Será que a velocidade
do meu carro em relação ao veículo da frente é suficientemente grande para que a ultrapassagem seja
realizada em segurança, antes do início da faixa contínua ou da próxima curva?
Em regra, velocidades são medidas em relação ao solo. Esse é o referencial “natural”. Assim,
quando alguém diz que a velocidade de um automóvel é de 100 km/h, a magnitude dessa grandeza
está estimada em relação a um referencial fixo na superfície terrestre. O conceito de velocidade
escalar relativa, porém, estabelece medidas de velocidade escalar de uma partícula em relação à
outra. Temos dois casos a considerar:
Movimentos no Mesmo Sentido
Veja alguns exemplos:
Movimentos em Sentidos Opostos
3
Veja alguns exemplos:
Exercícios
01. Um móvel completa 1 3 de um percurso com o módulo da sua velocidade média igual a 2 km h e o
restante com o módulo da velocidade média igual a 8 km h. Sendo toda a trajetória retilínea, podemos
afirmar que a velocidade média desse móvel durante todo o percurso, em km h, foi igual a :
a) 4
b) 5
c) 6
d) 10
02. Um trem de 150 m de comprimento se desloca com velocidade escalar constante de 16 m s.

Esse trem atravessa um túnel e leva 50 s desde a entrada até a saída completa de dentro dele. O
comprimento do túnel é de:
a) 500 m
b) 650 m
c) 800 m
d) 950 m
e) 1.100 m
03. Dois automóveis A e B encontram-se estacionados paralelamente ao marco zero de uma

estrada. Em um dado instante, o automóvel A parte, movimentando-se com velocidade escalar
constante VA = 80 km/h. Depois de certo intervalo de tempo, Ät , o automóvel B parte no
encalço de A com velocidade escalar constante VB = 100 km/h. Após 2 h de viagem, o motoris-
ta de A verifica que B se encontra 10 km atrás e conclui que o intervalo Ät , em que o motorista
B ainda permaneceu estacionado, em horas, é igual a:
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,00
d) 4,00
Gabarito
01 - A
02 - B
03 - B
4
ÍNDICE
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado��2
Aceleração Escalar��2
Movimento Acelerado e Movimento Retardado��2
Função Horária da Velocidade no MUV��3
Função Horária Do Espaço no MUV��3
Equação de Torricelli para o MUV no MUV��3
Velocidade Escalar Média no MUV��3
1
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado

Os movimentos são classificados em movimentos uniformes, que possuem velocidade escalar
constante, e movimentos variados, cuja velocidade escalar varia com o tempo. Os movimentos de ve-
locidade escalar variável são os mais comuns. Em geral, uma pessoa andando, um carro se deslocan-
do etc. têm velocidades escalares variáveis no tempo. No movimento uniforme, a velocidade escalar
média calculada em qualquer intervalo de tempo é sempre a mesma, e igual à velocidade escalar em
qualquer instante. Esse fato não ocorre no movimento variado. Nos movimentos variados, devemos
distinguir duas velocidades: a velocidade escalar média, definida em um determinado intervalo de
tempo, e a velocidade escalar instantânea.
Aceleração Escalar
Num movimento variado, seja v1 a velocidade escalar do móvel no instante t1, e v2 a velocidade
escalar no instante posterior t2. Seja ΔV = V2 – V1 a variação da velocidade no intervalo de tempo
Δt. A aceleração escalar média am no intervalo de tempo Δt é, por definição:
Observe que a aceleração escalar média é a grandeza que indica quanto varia a velocidade escalar
em um dado intervalo de tempo.
A aceleração escalar pode ser positiva ou negativa, conforme Δv seja positivo ou negativo, já que
Δt é positivo. No movimento uniforme a velocidade escalar é constante e a aceleração escalar é nula.
Quando a aceleração escalar instantânea é a mesma em todos os instantes, ela coincide com a acele-
ração escalar média em qualquer intervalo de tempo.
Movimento Acelerado e Movimento Retardado

Movimento acelerado: o módulo da velocidade escalar aumenta no decurso do tempo.
Movimento retardado: o módulo da velocidade escalar diminui no decurso do tempo.
O sinal da aceleração escalar depende do sinal da variação da velocidade (ΔV) e, de acordo com
a orientação da trajetória, o movimento acelerado pode ser progressivo (a favor da orientação da tra-
jetória) ou retrógrado (contra a orientação da trajetória). O mesmo ocorre no movimento retardado.
Num movimento acelerado, a velocidade escalar e a aceleração escalar têm o mesmo sinal: ou
ambas são positivas ou ambas são negativas.
Nm movimento retardado, a velocidade escalar e a aceleração escalar têm sinais contrários:
quando uma é positiva, a outra é negativa, e vice-versa.
2
Função Horária da Velocidade no MUV

Sendo v0 a velocidade escalar no instante t = 0, denominada velocidade inicial, e v a velocidade
escalar em um instante t, temos:
Essa função estabelece como varia a velocidade escalar no decurso do tempo no movimento uni-
formemente variado: v0 e a são constantes, e a cada valor de t corresponde um único valor de v.
Função Horária Do Espaço no MUV

Todo MUV possui aceleração escalar constante com o tempo e velocidade escalar variável de
acordo com a função V = V0 + a.t. Para que sua descrição seja completa, devemos também conhecer
sua função horária dos espaços, isto é, como os espaços s variam no decurso do tempo. É possível
demonstrar* que a função horária do MUV é uma função do 2º grau em t do tipo:
Em que s0 é o espaço inicial, v0 é a velocidade escalar inicial e a é a aceleração escalar constante

do MUV. As variáveis s e t se correspondem; a cada valor de t obtemos, em correspondência, um
único valor de s.
Equação de Torricelli para o MUV no MUV

Há muitos casos nos quais interessa relacionar a velocidade escalar v em função do espaço s, o
que é feito com o emprego da chamada equação de Torricelli, que deduzimos a seguir. Elevando ao
quadrado ambos os membros de V = V0 + a.t, obtemos:
Comparando com a função horária:
Ou ainda:
Velocidade Escalar Média no MUV
3
Exercícios
01. Um móvel descreve um movimento retilíneo uniformemente acelerado. Ele parte da posição inicial
igual a 40 m com uma velocidade de 30 m / s, no sentido contrário à orientação positiva da trajetória,
e a sua aceleração é de 10 m / s2 no sentido positivo da trajetória. A posição do móvel no instante 4s é:
a) 0m
b) 40 m
c) 80 m
d) 100 m
e) 240 m
02. Um trem deve partir de uma estação A e parar na estação B, distante 4 km de A. A aceleração
e a desaceleração podem ser, no máximo, de 5,0 m s2 , e a maior velocidade que o trem atinge é
de 72 km h. O tempo mínimo para o trem completar o percurso de A a B é, em minutos, de:
a) 1,7
b) 2,0
c) 2,5
d) 3,0
e) 3,4
03. Um carro está desenvolvendo uma velocidade constante de 72 km h em uma rodovia federal.
Ele passa por um trecho da rodovia que está em obras, onde a velocidade máxima permitida é
de 60 km h. Após 5 s da passagem do carro, uma viatura policial inicia uma perseguição,
partindo do repouso e desenvolvendo uma aceleração constante. A viatura se desloca 2,1km
até alcançar o carro do infrator. Nesse momento, a viatura policial atinge a velocidade de:
a) 20 m/s
b) 24 m/s
c) 30 m/s
d) 38 m/s
e) 42 m/s
Gabarito
01 - A
02 - E
03 - E
4
ÍNDICE
Gráficos do M.U. e MUV��2
Gráficos��2
Gráficos do MU��2
Gráficos do MUV��2
Função S = f (t)��2
1
Gráficos do M.U. e MUV

Gráficos
Nos fenômenos físicos, há grandezas que se inter-relacionam e variam segundo determinadas
funções. No caso particular de um movimento, o espaço s varia em função do tempo t. Uma forma
simples para indicar essa função é a tabela horária; outra forma é procurar a expressão analítica s =
f(t). Mais uma apresentação para a função s = f(t) é a construção de um gráfico, com o qual se mostra
a relação entre as variáveis espaço s e tempo t. Construções gráficas com duas variáveis são feitas no
chamado plano cartesiano. É o plano constituído por dois eixos x e y, perpendiculares entre si, que se
interceptam num ponto denominado origem.
Gráficos do MU
A função horária do movimento uniforme é uma função do 1º grau em t.
ATENÇÃO!
“A trajetória do movimento NÃO é determinada pelo gráfico.”
Gráficos do MUV
Função S = f (t)
No MUV, S = f(t) é uma função do 2° grau em t:
2
Representação gráfica da função S = f(t) do MUV
Analisando um pouco mais o gráfico, temos:

Considere o caso em que a aceleração escalar é positiva. Até o ponto Q, chamado vértice da
parábola, a função s = f(t) é decrescente — a velocidade escalar é negativa. A partir do vértice Q a
função é crescente — a velocidade escalar é positiva. No vértice Q o móvel muda de sentido — sua
velocidade escalar é nula. Comparando-se os sinais da velocidade escalar e da aceleração escalar,
concluímos que o movimento é retardado até o vértice Q (v e a têm sinais contrários) e acelerado
após o vértice Q (pois v e a têm o mesmo sinal). A velocidade escalar v muda de sinal, mas a acelera-
ção escalar a permanece constante e positiva.
Considere agora o caso em que a aceleração escalar é negativa. Até o vértice da parábola, a função s
= f(t) é crescente — a velocidade escalar é positiva. Depois do vértice, a função é decrescente — a veloci-
dade escalar é negativa. No vértice Q, o móvel muda de sentido — sua velocidade escalar é nula. Com-
parando-se os sinais da velocidade escalar e da aceleração escalar, concluímos que o movimento é re-
tardado até o vértice Q (v e a têm sinais contrários) e acelerado após o vértice Q (pois v e a têm o mesmo
sinal). A velocidade escalar v muda de sinal, mas a aceleração escalar a permanece constante e negativa.
Função V = f (t)
No MUV, V = f(t) é uma função do 1° grau em t:
3
Representação gráfica da função v = f(t) no MUV
Função a = f (t)
No MUV, a aceleração escalar é uma função constante com o tempo e seu gráfico é uma reta
paralela ao eixo t, acima dele se a aceleração for positiva ou abaixo, se a aceleração for negativa.
Representação gráfica da função a = f(t) no MUV
Exercícios
01. Um objeto desloca-se numa trajetória retilínea durante 18 segundos. O gráfico ilustra as
posições em função do tempo deste objeto.
A análise deste movimento nos permite concluir que:

a) o objeto tem velocidade nula no instante t = 18,0 s.
b) a velocidade do objeto no instante t = 9,0 s é zero.
c) trata-se do movimento retilíneo uniforme.
d) o objeto somente é acelerado entre os instantes 0 e 9,0s.
02. Para melhorar a mobilidade urbana na rede metroviária é necessário minimizar o tempo entre
estações. Para isso a administração do metrô de uma grande cidade adotou o seguinte proce-
dimento entre duas estações: a locomotiva parte do repouso em aceleração constante por um
terço do tempo de percurso, mantém a velocidade constante por outro terço e reduz sua veloci-
dade com desaceleração constante no trecho final, até parar.
4
Qual é o gráfico de posição (eixo vertical) em função do tempo (eixo horizontal) que representa o
movimento desse trem?
a)
b)
c)
d)
e)
03. A posição (x) de um móvel em função do tempo (t) é representada pela parábola no gráfico a seguir.
Durante todo o movimento o móvel estava sob uma aceleração constante de módulo igual a
2 m s2 . A posição inicial desse móvel, em m, era:
a) 0
b) 2
c) 15
d) −8
Gabarito
01 - B
02 - C
03 - C
5
alfaconcursos.com.br
SUMÁRIO
Movimentos na vertical sob ação exclusiva da gravidade ................................................................................ 2
Queda livre .................................................................................................................................................... 2
Lançamento vertical ...................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
MOVIMENTOS NA VERTICAL SOB AÇÃO EXCLUSIVA DA

GRAVIDADE
QUEDA LIVRE
O movimento vertical de um corpo próximo ao solo é chamado de queda livre quando o
corpo é abandonado no vácuo ou se considera desprezível a ação do ar. Seu estudo é idêntico
ao de um lançamento na vertical, o qual difere da queda livre somente por apresentar uma
velocidade inicial vertical. Esses movimentos são descritos pelas mesmas funções horárias. A
aceleração do movimento vertical de um corpo no vácuo é denominada aceleração da gravidade
e indicada por g. Como o movimento se realiza nas proximidades da superfície terrestre, a
aceleração da gravidade é considerada constante. Assim, a queda livre e o lançamento na
vertical são movimentos uniformemente variados (MUV). O valor da aceleração da gravidade,
tomado ao nível do mar e a uma latitude de 45°, é g = 9,8066 m/s².
Na resolução de exercícios, para efeito de cálculo, arredondamos para 10 m/s². Note que a
aceleração da gravidade tem um valor bastante alto quando comparado aos valores de aceleração de
veículos. Seu valor de praticamente 10 m/s² significa uma variação de velocidade de 10 m/s em cada
segundo, ou seja, de 36 km/h em cada segundo. Assim, em apenas 4 s de queda, um corpo atingiria
144 km/h se não houvesse a resistência do ar.
Corpos em queda livre a partir do repouso percorrem, em intervalos de tempo sucessivos

e iguais, distâncias que crescem proporcionalmente aos números ímpares, 1, 3, 5 ..., o que
corresponde a uma progressão aritmética (P. A.).
MUDE SUA VIDA!

2
LANÇAMENTO VERTICAL
À medida que o corpo lançado verticalmente para cima sobe (fig. A), sua velocidade
escalar decresce em módulo até se anular na altura máxima (fig. B). Nesse instante ocorre
mudança do sentido do movimento e o móvel passa a descer em movimento acelerado (fig. C).
Orientando-se a trajetória para cima no percurso subida-descida, apenas o sinal da

velocidade escalar muda. A aceleração escalar é negativa, independentemente de o corpo subir
ou descer (a= - g).
Orientando-se a trajetória para baixo, a velocidade escalar muda de sinal, mas a

aceleração escalar é positiva, independentemente de o corpo subir ou descer (a = +g).
Podemos resolver todos os problemas de queda livre e lançamento vertical utilizando as relações:
MUDE SUA VIDA!

3
Lembrando sempre que na queda livre V0 = 0, pois o móvel parte do repouso.
EXERCÍCIOS
1. Considere um tubo disposto verticalmente, no qual se realizou o vácuo. Um dispositivo
faz uma bolinha metálica ser abandonada dentro do tubo, em sua extremidade superior.
Sabendo que esse experimento é realizado na superfície da Terra, podemos afirmar que
a bolinha:
a) Não cai, porque não existe gravidade no vácuo.
b) Cai em movimento retilíneo e uniforme.
c) Cai com uma aceleração tanto maior quanto mais intenso for o seu peso.
d) Cai com a mesma aceleração com que cairia nas vizinhanças da Lua.
e) Cai com aceleração de módulo aproximadamente igual a 9,8 m/s², independentemente
da intensidade de seu peso.
2. Uma partícula é abandonada a partir do repouso, de um ponto situado a 270 m acima do
solo. Dividindo-se essa altura em três partes tais que sejam percorridas em intervalos de
tempo iguais, temos:
a) h1= 30 m; h2 = 90 m; h3 = 150 m
b) h1= 40 m; h2 = 80 m; h3 = 120 m
c) h1= 10 m; h2 = 20 m; h3 = 30 m
d) h1= 20 m; h2 = 20 m; h3 = 20 m
e) h1= 150 m; h2 = 90 m; h3 = 30 m
GABARITO
1. E
2. A
Referências
Os fundamentos da física
HELOU, Ronaldo e NEWTON. Tópicos de Física, 10 ed. São Paulo, Saraiva.
RAMALHO; NICOLAU; TOLEDO. Os fundamentos da Física. 10. ed., São Paulo: Moderna, 2012.
https://augustomelofisica.wixsite.com/fisicafundamental/material-de-estudo
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
LANÇAMENTO OBLÍQUO ................................................................................................................................... 2
DECOMPOSIÇÃO DOS MOVIMENTOS ........................................................................................................... 2
ANÁLISE MATEMÁTICA DAS COMPONENTES. ............................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
LANÇAMENTO OBLÍQUO
DECOMPOSIÇÃO DOS MOVIMENTOS
Agora, é possível descrever o movimento parabólico da bola de futebol. Usando o
Princípio de Galileu, pode-se decompor o lançamento oblíquo nas direções horizontal e vertical.
Considerando que o deslocamento da bola ocorra em um ambiente com resistência do ar
desprezível e que ela esteja sujeita somente à aceleração da gravidade, é possível afirmar que:
 Na direção horizontal, o movimento é uniforme (M.U.);
 Na direção vertical, o movimento é uniformemente variado (M.U.V.).
As figuras a seguir ilustram a aplicação do Princípio de Galileu. Note que, realmente, cada
movimento componente parece se realizar como se o outro não existisse.
Nas figuras anteriores, a projeção horizontal realiza um movimento retilíneo uniforme

(M.R.U.), e, portanto, sua aceleração (ax) é nula (ax = 0). Já a projeção vertical realiza um
movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V.), e, portanto, sua aceleração (aY) é
constante e não nula, tendo módulo igual ao da aceleração da gravidade g (|aY| = g).
ANÁLISE MATEMÁTICA DAS COMPONENTES.

Consideremos o eixo y com origem no ponto de lançamento e orientado para cima. A
aceleração escalar do movimento vertical será: a = - g.
MUDE SUA VIDA!

2
Para a vertical do movimento sob a ação da gravidade, o módulo da velocidade vertical Vy

diminui à medida que o corpo sobe, anula-se no ponto mais alto e aumenta à medida que o
corpo desce. Representa-se a velocidade Vy em várias posições do corpo e, como o movimento
na direção vertical é uniformemente variado, valem as funções:
Para calcularmos a altura máxima atingida pelo corpo, podemos utilizar a relação:
Para horizontal, o eixo x com origem no ponto de lançamento e orientado no sentido da

velocidade horizontal Vx, dada pela projeção sobre esse eixo da velocidade de lançamento v0.
O módulo da velocidade horizontal Vx é dado por:
A figura mostra que, qualquer que seja o ponto da trajetória em que o corpo esteja, a vel cidade
horizontal é sempre a mesma, ou seja, Vx é constante.
Assim, sendo um movimento uniforme, a função horária do movimento horizontal pode

ser escrita deste modo:
ou ainda
Por essa fórmula, verifica-se que o alcance máximo (Amáx.) para o lançamento, com dada
velocidade v0, é obtido quando θ = 45°.
ATENÇÃO GUERREIRO!
Lançamentos de projéteis com ângulos complementares apresentarão o mesmo alcance.
EXERCÍCIOS
1. Durante um jogo de futebol, um goleiro chuta uma bola fazendo um ângulo de 30º com
relação ao solo horizontal. Durante a trajetória, a bola alcança uma altura máxima de 5,0
m. Considerando que o ar não interfere no movimento da bola, qual a velocidade que a
bola adquiriu logo após sair do contato do pé do goleiro?
Dado: g = 10 m/s²
a) 5,0 m/s
b) 25 m/s
c) 10 m/s
d) 50 m/s
MUDE SUA VIDA!

3
e) 20m/s
2. A figura a seguir mostra uma das cenas vistas durante a Copa das Confederações no
Brasil. Os policiais militares responderam às ações dos manifestantes com bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha em uma região totalmente plana onde era possível
avistar a todos.
Suponha que o projétil disparado pela arma do PM tenha uma velocidade inicial de 200
m/s ao sair da arma e sob um ângulo de 30º com a horizontal. Calcule a altura máxima do
projétil em relação ao solo, sabendo-se que ao deixar o cano da arma o projétil estava a 1,70 m
do solo.
Despreze as forças dissipativas e adote g = 10 m/s².
a) 401,70 m
b) 501,70 m
c) 601,70 m
d) 701,70 m
e) 801,70 m
GABARITO
1. E
2. B
Referências
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
LANÇAMENTO HORIZONTAL ............................................................................................................................. 2
Princípio de Galileu – Independência dos movimentos ................................................................................ 2
Análise matemática das componentes ......................................................................................................... 2
Vertical (Queda livre)................................................................................................................................. 2
Horizontal (MRU) ....................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
LANÇAMENTO HORIZONTAL
PRINCÍPIO DE GALILEU – INDEPENDÊNCIA DOS MOVIMENTOS
Na análise de movimentos compostos, como os lançamentos não verticais, torna-se
necessário aplicar o Princípio de Galileu, também conhecido como Princípio da Independência
dos Movimentos Simultâneos. Esse princípio afirma o seguinte:
Para um corpo que realiza um movimento composto, cada um dos movimentos que o compõem se
processa como se os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo.
Alguns, talvez, imaginem que o corpo A toca o solo primeiro, pois percorreu uma distância
menor que o corpo B. Pode ser que outros já pensem que B chega primeiro, devido à velocidade
com que foi lançado. No entanto, se for
desprezada a resistência do ar, a velocidade
(horizontal) de lançamento de B não influenciará
em seu movimento (vertical) de queda. Isso faz
com que os dois corpos levem o mesmo tempo
para atingir o solo. Veja que a componente
vertical da velocidade de B tem o mesmo
comportamento que a própria velocidade de A no
decorrer do tempo. O Princípio de Galileu
garante que, realmente, esses dois corpos
chegam simultaneamente ao solo.
ANÁLISE MATEMÁTICA DAS COMPONENTES

VERTICAL (QUEDA LIVRE)
É um movimento vertical, sob a ação exclusiva da gravidade. Trata-se de um movimento
uniformemente variado, pois sua aceleração se mantém constante (aceleração da gravidade).
A vertical do movimento obedecerá às equações da queda livre.
HORIZONTAL (MRU)
É um movimento uniforme, pois não existe nenhuma aceleração na direção horizontal; o
corpo o realiza por inércia, mantendo a velocidade v0 com que foi lançado.
MUDE SUA VIDA!

2
Em cada ponto da trajetória, a velocidade resultante v do corpo, cuja direção é tangente à

trajetória, é dada pela soma vetorial da velocidade horizontal v0, que permanece constante, e
da velocidade vertical vy, cujo módulo varia, pois a aceleração da gravidade tem direção vertical.
O alcance do movimento será dado pela relação:

A = Vx . tqueda
ATENÇÃO, GUERREIRO!
Dois corpos, um abandonado de uma altura H e outro lançado horizontalmente da mesma
altura, chegarão simultaneamente ao solo, pois apresentam as mesmas componentes verticais
para velocidade (a vertical de ambos se trata de uma queda livre).
EXERCÍCIOS
1. (Vunesp-SP) Duas pequenas esferas idênticas, 1 e 2, são lançadas do parapeito de uma
janela, perpendicularmente à parede, com velocidades horizontais v1 e v2, com v2 > v1,
como mostra a figura, e caem sob a ação da gravidade.
A esfera 1 atinge o solo num ponto situado à distância x1 da parede, t1 segundos depois
de abandonar o parapeito, e a esfera 2, num ponto situado à distância x2 da parede, t2 segundos
depois de abandonar o parapeito. Desprezando a resistência oferecida pelo ar e considerando
o solo plano e horizontal, podemos afirmar que:
a) x1 = x2 e t1 = t2.
b) x1 > x2 e t1 < t2. i
c) x1 < x2 e t1 < t2.
d) x1 < x2 e t1 = t2.
e) x1 = x2 e t1 > t2.
MUDE SUA VIDA!

3
2. O puma é um animal que alcança velocidade de até 64,8 km/h e pode caçar desde
roedores e coelhos até animais maiores, como alces e veados. Considere um desses
animais que deseja saltar sobre sua presa, neste caso, um pequeno coelho, conforme a
figura a seguir.
O puma chega ao ponto A com velocidade horizontal de 5 m/s e se lança para chegar à
presa, que permanece imóvel no ponto B. Desconsiderando a resistência do ar e adotando g =
10 m/s², pode-se afirmar que o:
a) Puma vai tocar o solo 20 cm antes da posição do coelho.
b) Puma cairá exatamente sobre o coelho, alcançando sua presa.
c) Puma vai chegar ao solo, no nível do coelho, após 0,5 s do início de seu salto.
d) Puma vai cair 30 cm à frente do coelho, dando possibilidade de a presa escapar.
e) Puma vai cair 30 cm antes da posição da presa.
3. De um avião descrevendo uma trajetória paralela ao solo, com velocidade v, é
abandonada uma bomba de uma altura de 2 000 m do solo, exatamente na vertical que
passa por um observador colocado no solo. O observador ouve o “estouro” da bomba no
solo depois de 23 segundos do lançamento da mesma. Dados: aceleração da gravidade g
= 10 m/s²; velocidade do som no ar = 340 m/s.
A velocidade do avião no instante do lançamento da bomba era, em quilômetros por hora,
um valor mais próximo de:
a) 200
b) 210
c) 180
d) 300
e) 150
GABARITO
1. D
2. A
3. C
Referências
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
CINEMÁTICA VETORIAL ..................................................................................................................................... 2
Velocidade e aceleração vetoriais ................................................................................................................. 2
VETOR DESLOCAMENTO ............................................................................................................................ 2
VETOR velocidade ...................................................................................................................................... 2
velocidade vetorial média ......................................................................................................................... 3
ACELERAÇÃO vetorial ................................................................................................................................ 3
Aceleração tangencial................................................................................................................................ 4
Aceleração centrípeta................................................................................................................................ 4
Aceleração vetorial .................................................................................................................................... 5
Exercícios ........................................................................................................................................................... 6
Gabarito ......................................................................................................................................................... 6
MUDE SUA VIDA!

1
CINEMÁTICA VETORIAL
VELOCIDADE E ACELERAÇÃO VETORIAIS
Em cinemática vetorial, velocidade, aceleração e deslocamento são caracterizados como
grandezas vetoriais. Essas grandezas podem ser representadas por vetores, tendo, portanto,
módulo, direção e sentido.
Anteriormente, tratamos a velocidade e a aceleração como grandezas escalares e, por
essa razão, elas foram chamadas de velocidade escalar e aceleração escalar. Neste módulo, a
velocidade e a aceleração são caracterizadas como grandezas vetoriais. Estudaremos a
velocidade vetorial média e a instantânea, bem como a aceleração vetorial média e a
instantânea.
VETOR DESLOCAMENTO
Um ponto material ocupa num instante t1 a posição P1 cujo espaço é s1. No instante
posterior t2, o ponto material ocupa a posição P2 de espaço s2 (fig. 1). Entre essas posições, a
variação do espaço é ΔS = s2 – s1. O vetor d, representado pelo segmento orientado de origem
P1 e extremidade P2, recebe o nome de vetor deslocamento do ponto material entre os
instantes t1 e t2.
Como a trajetória da figura 1 é curvilínea, o módulo do vetor deslocamento é menor que
o módulo da variação de espaço.
No caso de uma trajetória retilínea da figura 2, o módulo do vetor deslocamento é igual

ao módulo da variação de espaço.
O deslocamento vetorial sempre conecta duas posições na trajetória. Sua

“origem” coincide com o ponto de partida da partícula e sua extremidade (ou
ponta) aguçada, com o ponto de chegada.
VETOR VELOCIDADE
A imagem seguinte mostra um esmeril lançando fagulhas metálicas que se encontram a
altas temperaturas. Essas fagulhas são pedacinhos incandescentes que se desprendem tanto
do metal lixado quanto do esmeril.
MUDE SUA VIDA!

2
Observe que o esmeril está girando, e a trajetória das fagulhas é tangente à trajetória dos
pontos do esmeril, que estão em contato com o metal. Uma fagulha que se solta do esmeril no
ponto P apresenta um vetor velocidade com as seguintes características:
 Módulo: igual ao módulo da velocidade escalar instantânea no ponto P.
 Direção: tangente à trajetória no ponto P.
 Sentido: o mesmo sentido do movimento no ponto P.
Tendo em vista as características anteriores, conclui-se um importante fato: o vetor

velocidade de um corpo em movimento apresenta sempre as seguintes características:
VELOCIDADE VETORIAL MÉDIA

Vimos que a velocidade escalar média vm é o quociente entre a variação do espaço Δs e o
correspondente intervalo de tempo Δt:
A velocidade vetorial média é o quociente entre o vetor deslocamento d e o

correspondente intervalo de tempo St:
ACELERAÇÃO VETORIAL
Considere uma partícula que, percorrendo uma trajetória como a esquematizada na
figura abaixo, passa pela posição P1 no instante t1 com velocidade vetorial V1 e pela posição P2
no instante t2 com velocidade vetorial V2.
MUDE SUA VIDA!

3
De P1 para P2, a partícula experimenta uma variação de velocidade vetorial dada por:
A aceleração vetorial média da partícula no intervalo de t1 a t2 é definida por:
ACELERAÇÃO TANGENCIAL
A aceleração tangencial at possui as seguintes características:
 Módulo: igual ao módulo da aceleração escalar.
 Direção: tangente à trajetória.
 Sentido: o mesmo de v, se o movimento for acelerado, ou oposto ao de v, se o
movimento for retardado.
ACELERAÇÃO CENTRÍPETA
A aceleração centrípeta acp possui as seguintes características:
MUDE SUA VIDA!

4
 módulo: é dado pela expressão , na qual v é a velocidade escalar do

móvel e R é o raio de curvatura da trajetória;
 Direção: perpendicular à velocidade vetorial em cada ponto;
 Sentido: orientado para o centro de curvatura da trajetória.
ACELERAÇÃO VETORIAL
A soma vetorial at + acp define a aceleração vetorial a do movimento.
MUDE SUA VIDA!

5
EXERCÍCIOS
1. Dois vetores V1 e V2 formam entre si um ângulo θ e possuem módulos iguais a 5
unidades e 12 unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a
13 unidades, podemos afirmar corretamente que o ângulo θ entre os vetores V1 e V2
vale:
a) 0°
b) 45°
c) 90°
d) 180°
Aplicando a lei dos cossenos no ΔABC e sabendo que cos (180° − θ) = − cos θ, temos:
2
13= 52 + 122 − 2 ⋅ 5 ⋅ 12 ⋅ cos (180° − θ)
169 =25 + 144 + 120 cos θ
cos θ = 0
∴ θ = 90°
2. Um ponto material percorre uma trajetória circular de raio R = 20 m com movimento

uniformemente variado e aceleração escalar a = 5 m/s2. Sabendo-se que no instante t =
0 sua velocidade escalar é nula, determine no instante t = 2 s os módulos da:
a) Velocidade vetorial.
b) Aceleração tangencial.
c) Aceleração centrípeta.
d) Aceleração vetorial.
GABARITO
1. C
2. A
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
MOVIMENTO CIRCULAR .................................................................................................................................... 2
VELOCIDADE E ACELERAÇÃO VETORIAIS ....................................................................................................... 2
DESLOCAMENTO ANGULAR (ΔΦ) .............................................................................................................. 2
VELOCIDADE ESCALAR ANGULAR MÉDIA (ѠM)........................................................................................ 3
ACELERAÇÃO ANGULAR............................................................................................................................. 3
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU) .............................................................................................. 4
................................................................................................................................................................... 4
ASSOCIAÇÕES DE POLIAS E ENGRENAGENS .............................................................................................. 5
CONTATO DIRETO OU CONEXÃO POR CORREIAS OU CORRENTES ........................................................... 6
AS VELOCIDADES ESCALARES LINEARES DOS PONTOS PERIFÉRICOS DAS POLIAS TÊM O MESMO
MÓDULO.................................................................................................................................................... 6
................................................................................................................................................................... 6
................................................................................................................................................................... 6
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 8
MUDE SUA VIDA!

1
MOVIMENTO CIRCULAR
VELOCIDADE E ACELERAÇÃO VETORIAIS
Nos parques de diversões, muitas são as atrações que envolvem movimentos circulares.
Entre elas, destacam-se o carrossel, a roda-gigante, o chapéu mexicano e a xícara maluca. O
funcionamento de diversos utensílios domésticos também envolve movimentos circulares,
como ventiladores, enceradeiras, liquidificadores, batedeiras, furadeiras, ou mesmo tocadores
de CDs e DVDs. Se pensarmos nas máquinas que fazem parte do nosso dia a dia, também se
manifestam vários movimentos circulares. É o que se verifica em rodas de veículos, volantes,
ponteiros de relógios, polias, engrenagens, etc. Assim, devido à sua grande abrangência
prática, os movimentos circulares requerem um olhar atento e detalhada compreensão,
especialmente nesse momento em que encerramos a Cinemática para nos lançarmos aos
estudos da Dinâmica.
DESLOCAMENTO ANGULAR (Δφ)
Quando pontos materiais descrevem trajetórias circulares, podemos determinar suas
posições por meio de ângulos centrais A (letra grega fi minúscula) em lugar do espaço s
medido na própria trajetória. O espaço s permite determinar a posição P do ponto
material em cada instante; o ângulo φ também localiza P e, por isso, é chamado espaço
angular. O espaço angular
S é chamado espaço linear para diferenciar do espaço angular φ.
O deslocamento angular (Δφ) é a variação do espaço angular, muito semelhante ao

deslocamento linear (ΔS), ΔS = S – S0.
 Para o deslocamento angular, tem-se:
Δφ = φ – φ0
Pode-se, ainda, determinar a relação entre o espaço angular (Δφ) e o espaço linear (ΔS).
Para isso, basta multiplicar a grandeza angular pelo raio (R):
ΔS = Δφ . R
MUDE SUA VIDA!

2
VELOCIDADE ESCALAR ANGULAR MÉDIA (Ѡm)

Vamos conceituar agora uma grandeza própria dos movimentos giratórios, especialmente dos
movimentos circulares, que expressa rapidez de “varredura” de ângulos.
Velocidade angular instantânea Ѡ é o valor limite ao qual tende a velocidade angular

média, quando o intervalo de tempo Δt tende a zero .
Relação entre a velocidade escalar v e a velocidade angular Ѡ

De S1 = φ1.R e S2 = φ2.R, vem: S2 - S1 = (φ2 - φ1).R ou ΔS = Δφ.R Dividindo ambos os
membros da última igualdade por Δt, resulta:
Considerando o intervalo de tempo Δt tendendo a zero , a igualdade anterior se

torna:
Sendo v = Ѡ.R, tem-se que a velocidade angular do corpo em movimento ocorre

durante o mesmo intervalo de tempo da velocidade linear, então a = α.R.
ACELERAÇÃO ANGULAR
A aceleração angular (α) corresponde à razão entre a variação da velocidade angular
média (Δѡ) e o respectivo intervalo de tempo (Δt), ou seja:
Aceleração Angular Instantânea (α)
MUDE SUA VIDA!

3
A aceleração angular instantânea é o valor da aceleração angular limite quando o tempo

tende ao seu menor valor, zero (Δt = O).
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)

No movimento uniforme, o ponto material percorre distâncias iguais em intervalos de
tempo iguais. No caso particular do Movimento Circular Uniforme (MCU), como a trajetória é
circular, decorre que o intervalo de tempo de cada volta completa é sempre o mesmo, isto é,
de tempos em tempos iguais o ponto material passa pela mesma posição. Portanto, o MCU é
um movimento periódico. Seu período (T) é o intervalo de tempo de uma volta completa. O
número de voltas na unidade de tempo é sua frequência f:
Período (T) - Determina o menor intervalo de tempo para que o movimento se repita com as
mesmas características que o definem.
Frequência (f) - Representa o número de repetições de um fenômeno (n) durante um certo
intervalo de tempo (.ó.t) utilizado para sua realização. No caso de um pêndulo simples, é o
número de vezes que ele sai do ponto A e retorna ao mesmo ponto, realizando um ciclo
completo, por unidade de tempo.
A função horária do movimento uniforme é:
Dividindo pelo raio:
Adotando-se φ0 = 0, quando o ponto material completa uma volta tem-se: φ = 2π rad e t

= T (período).
MUDE SUA VIDA!

4
ASSOCIAÇÕES DE POLIAS E ENGRENAGENS

Polias e engrenagens comparecem isoladas ou associadas em inúmeros mecanismos,
desde os mais delicados até aqueles de grande porte. É o que se verifica em relógios
mecânicos, molinetes e carretilhas de pesca, moendas, trituradores, bicicletas, motocicletas,
motores de veículos automotivos, caixas de câmbio, etc.
Mesmo Eixo
Na situação esquematizada ao lado, há duas engrenagens – uma verde e uma azul –
rigidamente fixadas a um mesmo eixo, que provoca rotação uniforme no sistema. Nesse caso,
é importante notar que cada giro do eixo também imprime um giro completo a cada uma das
engrenagens. Isso significa que os intervalos de tempo gastos pelas engrenagens em uma
revolução são os mesmos, o que implica o mesmo período de rotação:
Essa conclusão abrange também a frequência, f, e a velocidade escalar angular, v.
As velocidades escalares lineares dos pontos periféricos das engrenagens, v, no entanto,

são diferentes. Sendo a velocidade escalar angular constante, os valores de v crescem na
proporção direta dos respectivos raios das trajetórias, segundo a expressão:
No caso, tem-se, do esquema, que Rverde > Razul, logo:
MUDE SUA VIDA!

5
Contato Direto ou Conexão por Correias ou Correntes

Na transmissão por contato há inversão no sentido do movimento, o que não ocorre na
transmissão por corrente (ou correia). No entanto, as velocidades lineares dos pontos
periféricos das duas rodas, em cada instante, têm o mesmo módulo em ambas as situações.
As velocidades escalares lineares dos pontos periféricos das polias têm o mesmo módulo.
EXERCÍCIOS
1. Duas polias, A e B, ligadas por uma correia inextensível têm raios R A = 60 cm e
RB = 20 cm, conforme o desenho abaixo. Admitindo que não haja escorregamento da correia
e sabendo que a frequência da polia A é fA = 30 rpm, então a frequência da polia B é
a) 10 rpm
b) 20 rpm
c) 80 rpm
d) 90rpm
e) 120 rpm
MUDE SUA VIDA!

6
Para a situação dada, temos:

v A = vB
2πfA R A = 2πfBRB
30 ⋅ 60 = fB ⋅ 20
∴ fB =
90 rpm
2. Duas polias estão acopladas por uma correia que não desliza. Sabendo-se que o raio da
polia menor é de 20 cm e sua frequência de rotação f1 é de 3.600 rpm qual é a frequência de
rotação f2 da polia maior, em rpm cujo raio vale 50 cm?
a) 9.000
b) 7.200
c) 1.440
d) 720
 v1 = 2 ⋅ π ⋅ R1 ⋅ f1
 ⇒ v1 = v 2 ⇒ 2 ⋅ π ⋅ R1 ⋅ f1 = 2 ⋅ π ⋅ R 2 ⋅ f2 ⇒ R1 ⋅ f1 = R 2 ⋅ f2 ⇒
 v 2 = 2 ⋅ π ⋅ R 2 ⋅ f2
R1 ⋅ f1 20 ⋅ 3.600
f2
= f2
⇒= ⇒ f2 1.440 rpm.
=
R2 50
3. Considere uma polia girando em torno de seu eixo central, conforme figura abaixo. A
velocidade dos pontos A e B são, respectivamente, 60 cm s e 0,3 m s.
A distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a velocidade angular da polia, respectivamente,

valem:
a) 10 cm e 1,0 rad s
b) 20 cm e 1,5 rad s
c) 40 cm e 3,0 rad s
d) 50 cm e 0,5 rad s
e) 60 cm e 2,0 rad s
MUDE SUA VIDA!

7
Dados:
= v A 60 cm= s; vB 0,3m
= s 30 cm= s; AB 10 cm.
Da figura dada:
R A = RB + AB ⇒ RB = R A − 10.
Os dois pontos têm mesma velocidade angular.
v v 60 30
ωA =ωB ⇒ A = B ⇒ = ⇒ 2 (R A − 10 ) =R A ⇒ R A =20 cm.
R A RB R A R A − 10
O diâmetro da polia é igual ao dobro do raio do ponto A.
D = 2 RA ⇒ D = 40 cm.
vA 60
A velocidade angular da polia é igual à do ponto A. ω =ωA = = ⇒ ω =3 rad s.
R A 20
GABARITO
1. D
2. C
3. C
MUDE SUA VIDA!

8
SUMÁRIO
LEIS DE NEWTON ............................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO À DINÂMICA ........................................................................................................................... 2
O QUE É FORÇA?........................................................................................................................................ 2
FORÇA RESULTANTE .................................................................................................................................. 3
PRINCÍPIO DA INÉRCIA (PRIMEIRA LEI DE NEWTON) .................................................................................... 3
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA (SEGUNDA LEI DE NEWTON) ...................................................... 3
PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO (TERCEIRA LEI DE NEWTON) ....................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
LEIS DE NEWTON
INTRODUÇÃO À DINÂMICA
A partir da dinâmica dos corpos, fundamentada nas Leis de Newton, começa-se uma
nova fase nos estudos de Física e na análise dos movimentos dos corpos. Para a compreensão
desse estudo, entretanto, é necessário conhecer alguns conceitos fundamentais para o estudo
da Dinâmica.
O QUE É FORÇA?
Na Cinemática, estudamos diversas situações em que a aceleração vetorial não era nula,
ou seja, as partículas movimentavam-se com velocidade vetorial variável. É o que acontece,
por exemplo, nos movimentos acelerados, em que há aumento do módulo da velocidade no
decorrer do tempo. Entretanto, esses movimentos de aceleração não nula foram apresentados
sem que fosse feita uma pergunta fundamental: quem é o agente físico causador da
aceleração? E a resposta aqui está: é a força. Somente sob a ação de uma força é que uma
partícula pode ser acelerada, isto é, pode experimentar variações de velocidade vetorial ao
longo do tempo. Diz-se, então, que:
Força é o agente físico cujo efeito dinâmico é a aceleração.
Forças de contato - são aquelas que, para existir, necessitam da ação prática do contato,
como é o caso da força de atrito.
Forças de campo - são aquelas que não necessitam do contato entre os corpos para existir.
Como exemplo, tem-se a força gravitacional entre o Sol e os planetas.
MUDE SUA VIDA!

2
FORÇA RESULTANTE
A força resultante de equivale a uma força única que, atuando sozinha, imprime
ao bloco a mesma aceleração que imprimiriam se agissem em conjunto. Considere a
partícula da figura ao lado submetida à ação de um sistema de n forças. A resultante desse
sistema de forças é a soma vetorial das n forças que o compõem:
ATENÇÃO!
A resultante não é uma força a mais a agir na partícula; é apenas o

resultado de uma adição vetorial.
PRINCÍPIO DA INÉRCIA (PRIMEIRA LEI DE NEWTON)

Um ponto material é chamado isolado quando não existem forças atuando nele ou
quando as forças aplicadas ao ponto têm soma vetorial nula. O Princípio da Inércia (ou
Primeira Lei de Newton) estabelece:
Um ponto material isolado está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
Isso significa que um ponto material isolado possui velocidade vetorial constante. Em
outras palavras, um ponto material isolado está em equilíbrio estático (repouso) ou em
equilíbrio dinâmico (movimento retilíneo uniforme). A aplicação de uma força (ou de um
sistema de forças cuja soma vetorial não seja nula) em um ponto material produz nele uma
variação de velocidade.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA DINÂMICA (SEGUNDA LEI DE

NEWTON)
Newton estabeleceu uma lei básica para a análise geral das causas dos movimentos,
relacionando as forças aplicadas a um ponto material de massa m constante e as acelerações
que provocam. Sendo Fr a soma vetorial (resultante) das forças aplicadas e a a aceleração
adquirida, a Segunda Lei de Newton estabelece:
MUDE SUA VIDA!

3
Se F é a resultante das forças que agem em uma partícula, então, em

consequência de F, a partícula adquire na mesma direção e no mesmo sentido da
força uma aceleração a, cujo módulo é diretamente proporcional à intensidade
da força. A expressão matemática da 2ª Lei de Newton é:
PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO (TERCEIRA LEI DE NEWTON)

Sempre que dois corpos quaisquer A e B interagem, as forças exercidas são mútuas.
Tanto A exerce força em B, como B exerce força em A. A interação entre corpos é regida pelo
princípio da ação e reação (ou Terceira Lei de Newton).
Ao empurrar o bloco, o homem aplica sobre ele uma força , que convencionaremos
chamar de força de ação.
Será que o bloco também ”empurra” o homem? Sim! Mostram fatos experimentais que,
se o homem exerce força no bloco, este faz o mesmo em relação ao homem. O bloco aplica no
homem uma força , dirigida para a esquerda, que convencionaremos chamar de força de
reação.
A toda força de ação corresponde uma de reação, de modo que essas forças
têm sempre mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos, estando
aplicadas em corpos diferentes.
ATENÇÃO!
O par “ação e reação” sempre atuará em corpos distintos.
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
1. (EsPCEx – AMAN - 2012) Um corpo de massa igual a 4 kg é submetido à ação
simultânea e exclusiva de duas forças constantes de intensidades iguais a 4 N e 6 N,
respectivamente. O maior valor possível para a aceleração desse corpo é de:
a) 10,0 m/s²
b) 6,5 m/s²
c) 4,0 m/s²
d) 3,0 m/s²
e) 2,5 m/s²
2. (EEAr 2017) Sobre uma mesa sem atrito, um objeto sofre a ação de duas forças F1 = 9
N e F2 = 15 N que estão dispostas de modo a formar entre si um ângulo de 120°. A
intensidade da força resultante, em newtons, será de
3. (EEAr 2016) Quando um paraquedista salta de um avião sua velocidade aumenta até
certo ponto, mesmo antes de abrir o paraquedas. Isso significa que em determinado
momento sua velocidade de queda fica constante. A explicação física que justifica tal
fato é:
a) ele perde velocidade na queda porque saiu do avião.
b) a força de atrito aumenta até equilibrar com a força peso.
c) a composição da força peso com a velocidade faz com que a última diminua.
d) ao longo de toda a queda a resultante das forças sobre o paraquedista é nula.
GABARITO
1. E
2. B
3. B
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
FORÇAS DA DINÂMICA ...................................................................................................................................... 2
CONHECENDO OUTRAS FORÇAS ................................................................................................................... 2
FORÇA PESO............................................................................................................................................... 2
FORÇA NORMAL ........................................................................................................................................ 2
................................................................................................................................................................... 3
FORÇA DE TRAÇÃO .................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
FORÇAS DA DINÂMICA
CONHECENDO OUTRAS FORÇAS
A partir da dinâmica dos corpos, fundamentada nas Leis de Newton, começa-se uma
nova fase nos estudos de Física e na análise dos movimentos dos corpos. Para a compreensão
desse estudo, entretanto, é necessário conhecer algumas forças para o estudo da Dinâmica.
FORÇA PESO
Todos os corpos possuem uma propriedade intrínseca: a massa. A força peso é a força
com que os corpos são atraídos à Terra, e sua intensidade é calculada obtendo-se o produto da
massa pela aceleração da gravidade. Assim, tem-se matematicamente que:
Um corpo é tanto mais pesado quanto mais intensa for a força de atração gravitacional
exercida pelo planeta sobre ele. Por outro lado, todos sabemos que, se largarmos uma laranja
ou outros corpos nas proximidades da Terra, eles cairão verticalmente, indo de encontro à
superfície do planeta. Isso se deve também a uma interação de natureza gravitacional que
ocorre entre a Terra e o corpo, que recebe uma força atrativa dirigida para o centro de massa
do planeta. Essa força é o que, na ausência de atritos, faz o corpo despencar em movimento
acelerado até colidir com o solo.
É importante destacar que a aceleração produzida pela força gravitacional (peso) é a

aceleração da gravidade (g), que constitui o vetor característico da interação de campo entre a
Terra e o corpo. Para pontos situados fora da Terra, o vetor g e a força peso têm a mesma
orientação: são radiais à “esfera” terrestre e dirigidos para o seu centro.
E você, quanto pesa? Não se esqueça de multiplicar a sua massa pela aceleração da
gravidade, cujo valor na Terra é constante, e, para efeito de cálculo, adota-se o valor g;, 10
m/s². Vale lembrar que a massa de uma pessoa na Terra é a mesma na Lua. No entanto, o seu
peso é, aproximadamente, 6 vezes menor na Lua.
FORÇA NORMAL
Uma das forças de contato mais frequentes é a força normal. Sempre que existir contato
entre dois corpos, haverá força normal. Considerando-se um notebook em cima de uma mesa:
o computador exerce uma força de compressão sobre a área do contato da mesa, e a mesa
devolve essa mesma força em sentido contrário. As forças Fn e - Fn constituem um par de
MUDE SUA VIDA!

2
forças de ação e reação. É importante lembrar que a força normal não forma um par de ação e
reação com a força peso. Embora, em uma superfície horizontal, a força peso e a força normal
que atuam em um corpo equilibrem-se, nem sempre a força peso tem a mesma direção da
força normal. Assim, a força normal existe independente da força peso, sendo impossível
constituírem um par de forças de ação e reação.
Quando empurramos um bloco contra uma parede, há forças de contato entre o bloco e a
parede. Analogamente aparecem forças de contato entre uma mesa e um corpo apoiado sobre
ela.
Veja um esquema resumido de um par de forças de ação e reação envolvendo a força

normal e a força peso. A força normal, assim como qualquer tipo de força medida no SI, possui
como unidade o newton (N).
ATENÇÃO!
A força normal é sempre perpendicular à superfície de apoio.
FORÇA DE TRAÇÃO
Quando se puxa um objeto por meio de um fio, a força aplicada se transmite de uma
extremidade a outra. Essa transmissão de força que ocorre em fios ou mesmo em barras
rígidas é chamada de força de tração. Neste estudo, o fio será o agente físico transmissor da
força de uma extremidade a outra. Serão considerados fios ideais os que:
• são inextensíveis, ou seja, aqueles cujo comprimento não se altera quando são
tracionados;
• apresentam massa desprezível em relação aos corpos tracionados;
• possuem flexibilidade, ou seja, não é possível empurrar um corpo com esse tipo
de fio.
Considere uma pessoa puxando um corpo por meio de um cabo. Observe esse
movimento dividido em três partes:
MUDE SUA VIDA!

3
Quando um cabo é puxado ou tracionado, ele tentará impedir a separação entre os

corpos. Assim, o homem aplicará uma força sobre a caixa, e a caixa aplicará uma força sobre o
homem, utilizando um agente transmissor: o cabo.
EXERCÍCIOS
1. Qual par de forças abaixo representa um par de ação e reação?
a) O peso do bloco e a reação normal da mesa sobre o bloco.
b) A força de atração que a Terra faz sobre um bloco e a força de atração que o bloco faz
sobre a Terra.
c) O peso de um navio e o empuxo que a água faz sobre a embarcação.
d) Uma força horizontal puxando um bloco sobre uma mesa e a força de atrito da mesa
sobre o bloco.
2. Em uma operação de resgate, um helicóptero sobrevoa horizontalmente uma região
levando pendurado um recipiente de 200 kg com mantimentos e materiais de primeiros
socorros. O recipiente é transportado em movimento retilíneo e uniforme, sujeito às
forças peso (P), de resistência do ar horizontal (F) e tração (T), exercida pelo cabo
inextensível que o prende ao helicóptero.
Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical vale θ que sen θ = 0,6,
cos θ = 0,8 e g = 10 m/s², a intensidade da força de resistência do ar que atua sobre o
recipiente vale, em N:
a) 500.
b) 1 250.
c) 1 500.
d) 1 750.
e) 2 000.
3. (EEAr 2016) Quando um paraquedista salta de um avião sua velocidade aumenta até
certo ponto, mesmo antes de abrir o paraquedas. Isso significa que em determinado
momento sua velocidade de queda fica constante. A explicação física que justifica tal
fato é:
a) ele perde velocidade na queda porque saiu do avião.
b) a força de atrito aumenta até equilibrar com a força peso.
c) a composição da força peso com a velocidade faz com que a última diminua.
d) ao longo de toda a queda a resultante das forças sobre o paraquedista é nula.
GABARITO
1. B
2. C
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
PESO APARENTE ................................................................................................................................................ 2
RETOMANDO A FORÇA PESO ........................................................................................................................ 2
AFINAL, AS BALANÇAS SÃO MEDIDORES DE PESO OU MASSA? ................................................................... 2
DINÂMICA NO ELEVADOR ......................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
PESO APARENTE
RETOMANDO A FORÇA PESO
Nossa força peso (P = m.g), sempre apontando para baixo atua sobre uma superfície de
contato, de modo que esta aplica sobre nós uma força normal (FN) sempre perpendicular,
geralmente aplicada em nossos pés, e, neste caso, apontando para cima. Normal e peso, por
atuarem sobre o mesmo corpo, não são um par de ação e reação.
Quando entramos em um elevador, de acordo com o seu movimento, podemos
experimentar diferentes sensações. Lembrando que, de acordo com a 1ª Lei de Newton, o corpo,
por inércia, tende a manter seu estado, seja ele de repouso ou de MRU. E de acordo com o
princípio fundamental da Dinâmica, a força resultante (FR) pode ser calculada por FR = m.a,
onde m é a massa do corpo e a é a aceleração desenvolvida por ele.
AFINAL, AS BALANÇAS SÃO MEDIDORES DE PESO OU MASSA?

As balanças, como as encontradas em banheiros, farmácias ou supermercados, são
dinamômetros acionados pela força de compressão que exercemos sobre elas, cuja intensidade
é igual à do nosso peso nas condições da avaliação. Esses dispositivos, no entanto, indicam em
seus mostradores uma medida de massa – em quilogramas, por exemplo – que está mais de
acordo com o hábito das pessoas, que teriam dificuldade em expressar pesos em newtons ou
quilogramas- força. Onde se deveria ler “980 N” ou “100 kgf”, por exemplo, o fabricante grafa
“100 kg”.
DINÂMICA NO ELEVADOR
Ao observar dinamicamente uma pessoa de massa m e peso P no interior de um elevador,
tem-se que ela aplica uma força ( FN) sobre o piso do elevador, de forma que, pela Terceira Lei
de Newton, a superfície do piso do elevador reage e aplica sobre a pessoa uma força ( -FN ). Vale
ressaltar que, à pessoa, já está aplicada a força peso ( P ). Se for considerado, então, que o piso
do elevador é um prato de uma balança que foi graduada na unidade de newton, o mostrador
da balança, por sua vez, deverá indicar o módulo da força aplicada sobre o piso do elevador.
No caso de o elevador estar em repouso (parado) ou em movimento com velocidade
constante (subindo ou descendo), a resultante das forças aplicadas sobre uma pessoa é nula,
resultando que o peso da pessoa venha a ter módulo igual ao da força que ela aplica sobre o
piso do elevador.
Nas situações em que o elevador se encontra em movimento com aceleração escalar não
nula, a força resultante não será mais nula FN #. P, e, com isso, a balança não marcará o peso
real da pessoa, e sim, seu peso aparente (PAP ).
MUDE SUA VIDA!

2
Elevador subindo acelerado: Elevador subindo retardado:
Elevador descendo acelerado: Elevador descendo retardado:
EXERCÍCIOS
1. A dinâmica é a parte da Mecânica que estuda os movimentos dos corpos, analisando as
causas que explicam como um corpo em repouso pode entrar em movimento, como é
possível modificar o movimento de um corpo ou como um objeto em movimento pode
ser levado ao repouso. Com base nos conhecimentos da Dinâmica, é correto afirmar:
a) A leitura de uma balança que se encontra dentro de um elevador que está subindo com
aceleração constante de módulo igual 3,0m/s2, quando uma pessoa de massa m = 60,0
kg está sobre ela, tem um valor igual a 780,0N, considerando-se g = 10,0m/s2.
b) Uma partícula de massa 5,0 kg submetida à ação de uma força de intensidade F = 10 N
sofre uma aceleração constante a = 5 m/s².
c) A força de reação ao peso de um corpo está aplicada na superfície de apoio desse corpo.
d) Um corpo em movimento tende, por sua inércia, a manter constante sua aceleração.
e) A aceleração de um corpo que se desloca em linha reta independe da força resultante
sobre ele.
2. Um elevador está descendo e atinge o repouso com uma aceleração cuja intensidade é de
5,0 m/s². Considerando-se uma pessoa de massa m = 60 kg, em pé sobre uma balança no
interior do elevador, a leitura da balança, durante a parada do elevador, em n, é igual a:
a) 800 N
b) 900 N
c) 250 N
d) 300 N
MUDE SUA VIDA!

3
GABARITO
1. A
2. B
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
FORÇA ELÁSTICA ................................................................................................................................................ 2
O QUE É ? ....................................................................................................................................................... 2
LEI DE HOOKE ................................................................................................................................................ 2
................................................................................................................................................................... 2
TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA .................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
FORÇA ELÁSTICA
O QUE É ?
A Força Elástica é a força aplicada pela mola em determinado objeto. Por exemplo, uma
mola sendo deformada pela mão de um homem; nesse caso, a mão e a mola acabam trocando,
no momento do contato, forças de ação e reação.
 OBS: É denominada FORÇA DE RESTITUIÇÃO, quando a força aplicada aponta para
a posição em que a extremidade livre da mola não tenha sido deformada, ou seja,
ela é sempre oposta à deformação X causada no corpo em questão.
LEI DE HOOKE
Sendo uma homenagem ao físico inglês Robert Hooke, que teorizou a deformação do
corpo elástico ao ser deformada, essa lei tem como objetivo verificar a deformação do corpo
elástico ao se expandir.
• Hooke, representou matematicamente sua teoria por meio de uma equação:
• FEL = Força Elástica ( N )

• K = Constante Elástica da Mola (N/m)
• X = Deformação da Mola ( m )
Imagem da esquerda
À medida que a mão do operador é deslocada horizontalmente para a esquerda, provocando
compressão na mola, ela recebe a força elástica (Fel) dirigida horizontalmente para a direita.
Imagem da direita
À medida que a mão do operador é deslocada verticalmente para baixo, provocando
alongamento na mola, ela recebe a força elástica (Fel) dirigida verticalmente para cima.
MUDE SUA VIDA!

2
TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA

Definição de trabalho:
Trabalho é uma grandeza física relacionada à transferência de energia devido à atuação de
uma determinada força, ou seja , quando aplicamos uma força em um objeto e este sofre um
deslocamento, isso significa que estamos realizando trabalho. Sobre isso, podemos concluir
que o trabalho só ocorre se possuir energia.
Fórmula do trabalho da força elástica:
Como a intensidade da Força Elástica é variável, seu trabalho será calculado por meio do
gráfico da FEL em função de X :
• O módulo do trabalho da FEL é dado pela “área” A, destacada no diagrama.

ATENÇÃO!
O Trabalho da Força Elástica pode ser:
• Resistente ( - ) : quando a mola é alongada ou comprimida;
• Motor ( + ) : quando a mola volta à sua situação inicial de equilíbrio.
 O trabalho da força elástica independe da trajetória de seu ponto de aplicação.
MUDE SUA VIDA!

3
EXEMPLO
O caso de um garoto que vai lançar uma pedra utilizando um estilingue. Na fase de
tracionamento, em que as tiras de borracha do objeto são esticadas, as forças elásticas
realizam sobre a mão do garoto um trabalho resistente ( negativo ). No entanto, no ato do
lançamento essas forças passam a realizar sobre a pedra um trabalho motor ( positivo).
EXERCÍCIOS
1. (EsPCEx - Aman, 2020) O sistema de polias, sendo uma fixa e três móveis, encontra-se
em equilíbrio estático, conforme mostra o desenho.
A constante elástica da mola, ideal, de peso
desprezível, é igual a 50 N/cm e a força F na
extremidade da corda é de intensidade igual a
100N. Os fios e as polias, iguais, são ideais.
O valor do peso do corpo e a deformação sofrida
pela mola são, respectivamente
a) 800 N e 16 cm
b) 400 N e 8 cm
c) 600 N e 7 cm
d) 800 N e 8 cm
E) 950 N e 10 cm
2. (EEAr 2019) Uma mola está suspensa verticalmente próxima à superfície terrestre,
onde a aceleração da gravidade pode ser adotada como 10 m/s². Na extremidade livre
da mola é colocada uma cestinha de massa desprezível, que será preenchida com
bolinhas de gude, de 15 g cada. Ao acrescentar bolinhas à cesta, verifica-se que a mola
sofre uma elongação proporcional ao peso aplicado. Sabendo-se que a mola tem uma
constante elástica k = 9 N/m, quantas bolinhas é preciso acrescentar à cesta para que a
mola estique exatamente 5 cm?
A) 1
B) 3
C) 5
D) 10
MUDE SUA VIDA!

4
GABARITO
1. D
2. B
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
PLANO INCLINADO ............................................................................................................................................ 2
CONHECENDO AS FORÇAS............................................................................................................................. 2
DECOMPONDO AS FORÇAS ....................................................................................................................... 2
APLICAÇÕES DO PLANO INCLINADO.......................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 7
MUDE SUA VIDA!

1
PLANO INCLINADO
CONHECENDO AS FORÇAS
Observe a figura abaixo. Ela representa uma situação que chamamos, na Física, de plano
inclinado. Nesse plano inclinado, sem atrito, há um bloco de massa m, e as forças que nele
atuam são: a força peso , direcionada para baixo em virtude da atração da Terra; e a força
normal N , exercida pelo plano inclinado, perpendicular à superfície de contato. Podemos ver
que essas duas forças não possuem a mesma direção, portanto elas nunca irão se equilibrar.
Nesse caso, como são as únicas forças exercidas sobre o bloco, elas admitem uma resultante
que faz o plano com aceleração constante .
Analisemos o comportamento de um bloco de massa m apoiado sobre um plano
inclinado de ângulo ? em relação à horizontal; desprezemos os atritos.
Conforme podemos observar na figura, as forças que atuam sobre esse corpo são:
* x : força de atração gravitacional (força PESO);

* N : força de reação ao contato do bloco com a superfície de apoio (força NORMAL).
Para simplificarmos a análise matemática desse tipo de problema, costumamos
decompor as forças que atuam sobre o bloco em duas direções:
* tangente: paralela ao plano inclinado (chamaremos de direção X);
* normal: perpendicular ao plano inclinado (chamaremos de direção Y).
DECOMPONDO AS FORÇAS
Assim, ao decompormos a força peso , temos: *
* x : componente tangencial do peso do corpo; responsável pela descida do bloco;

* y : componente normal do peso; é equilibrado pela reação normal N do plano. Os módulos
de xe y são obtidos a partir das relações da figura:
Detalhamento ampliado da figura anterior.
MUDE SUA VIDA!

2
Agora, aplicando a Segunda Lei de Newton em módulo (FR = m . a) às forças exercidas

sobre o bloco, tem-se:
APLICAÇÕES DO PLANO INCLINADO
rampas de acesso.
A escada em caracol é um tipo de plano inclinado.
MUDE SUA VIDA!

3
O princípio do plano inclinado foi usado pelos egípcios ao construírem pirâmides há 4.000
anos.
EXERCÍCIOS
1. .(EsPCEx -AMAN, 2018) Um bloco A de massa 100 kg sobe, em movimento retilíneo
uniforme, um plano inclinado que forma um ângulo de 37° com a superfície horizontal.
O bloco é puxado por um sistema de roldanas móveis e cordas, todas ideais, e
coplanares. O sistema mantém as cordas paralelas ao plano inclinado enquanto é
aplicada a força de intensidade F na extremidade livre da corda, conforme o desenho
abaixo.
Todas as cordas possuem uma de suas extremidades fixadas em um poste que

permanece imóvel quando as cordas são tracionadas.
Sabendo que o coeficiente

de atrito dinâmico entre o bloco A e o plano inclinado é de
0,50, a intensidade da força F é:
Dados: sen 37° =0,60 e cos 37° =0,80

Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m s2 . .
a) 125 N
b) 200 N
c) 225 N
d) 300 N
e) 400 N
MUDE SUA VIDA!

4
Comentário:
N Pcos37
= = ° 1000 ⋅ 0,8 ⇒ = N 800 N
F'= P sen37° + Fat = 1000 ⋅ 0,6 + 0,5 ⋅ 800 ⇒ F'= 1000 N
Como há 3 roldanas, devemos ter que:
F' 1000
F
= =
23 8
∴F =125 N
2. (EFOMM - 2019) A figura que se segue mostra uma plataforma, cuja massa é de 100 kg,
com um ângulo de inclinação de 30° em relação à horizontal, sobre a qual um bloco de
5 kg de massa desliza sem atrito. Também não há atrito entre a plataforma e o chão, de
modo que poderia haver movimento relativo entre o sistema e o solo. Entretanto, a
plataforma é mantida em repouso em relação ao chão por meio de uma corda
horizontal que a prende ao ponto A de uma parede fixa.
A tração na referida corda possui módulo de:
25
N
a) 2
b) 25 N
c) 25 3 N
25
N
d) 4
25
3N
e) 2
MUDE SUA VIDA!

5
Comentário:
Para o bloco, temos que:
Aceleração na direção do movimento:

=5a 50 sen30
= ° ⇒ a 5 m s2
Aceleração na direção horizontal:
5 3
=a' acos30°=
⇒ a' m s2
2
Força horizontal que o bloco aplica na plataforma:
5 3 25 3
F =5 ⋅ ⇒F= N
2 2
Sendo assim:
25 3
T= F= N
2
3. Em um local onde a aceleração da gravidade é g, as partículas idênticas, 1 e 2, são

lançadas simultaneamente, e sobem sem atrito ao longo dos planos inclinados AC e BC,
respectivamente, conforme figura a seguir.
A partícula 2 é lançada do ponto B com velocidade v 0 e gasta um tempo t para chegar

ao ponto C.
Considerando que as partículas 1 e 2 colidem no vértice C, então a velocidade de

lançamento da partícula 1 vale:
a) 3 ⋅ v 0 − 5t
b) 3 ⋅ v 0 − t
c) 2 ⋅ v 0 + t
d) v 0 − 5t
MUDE SUA VIDA!

6
Comentário:
Aceleração das partículas 1 e 2 :
1
mgsen30°= ma1 ⇒ 10 ⋅ = a1 ⇒ a1= 5 m s2
2
3
° ma2 ⇒ 10 ⋅ = a2 ⇒ a2= 5 3 m s2
mgsen 60=
2
Deslocamentos das partículas 1 e 2 :
5t 2
s1 v 01 t −
Δ=
2
5 3t 2
Δs=
2 v0 t −
2
Da geometria da figura, temos que:
5t 2
v 01 t − 2
Δs1 2 ⇒ v t − 5t 15t 2
tg60
= ° ⇒= 3 0 = 3v 0 t −
Δs2 5 3t 2 1 2 2
v0 t −
2
∴ v 01= 3v 0 − 5t
GABARITO
1. A
2. E
3. A
MUDE SUA VIDA!

7
SUMÁRIO
FORÇA DE ATRITO ...................................................................................................................................... 2
GRÁFICO DA FORÇA DE ATRITO ................................................................................................................. 2
LEIS DE ATRITO .......................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 4
MUDE SUA VIDA!

1
FORÇADE ATRITO
Considere um corpo de peso P em repouso sobre uma superfície horizontal. Vamos
aplicar ao corpo uma força F que tende a deslocá-lo na direção horizontal. As superfícies em
contato apresentam rugosidades que se opõem ao deslocamento do corpo. As forças que
agem no corpo por meio da superfície, têm uma resultante R que pode ser decomposta em
duas forças componentes, Fn e Fat .
• Fn: É a reação normal à superfície e equilibra o peso P .
• Fat: Chamada de Força de Atrito, pois seu sentido é contrário ao movimento ou a
tendência de movimento do corpo em relação a superfície.
• Para que a Força de Atrito seja realizada vai depender do material da superfície,
pois cada um tem suas características próprias podendo ser menos lisos ou mais
polidos.
ATENÇÃO!
Na Força de Atrito existem dois tipos: Força de Atrito Estático e Força de Atrito
Dinâmico.
Fat ESTÁTICO: Quando não há movimento do corpo em relação a superfície. Porém, ela pode
ser Força de Atrito Estático Máxima, quando a intensidade da Força F for superior à do atrito.
Fat DINÂMICO: Havendo movimento em relação superfície.
GRÁFICO DA FORÇA DE ATRITO

• Com o corpo em situação de repouso, o módulo da força aplicada sobre ele vai
aumentando, assim também aumenta o módulo da força de atrito.
• No momento em que o corpo fica na iminência do movimento, a força aplicada
no corpo se iguala ao módulo da força de atrito máxima, em que qualquer
acréscimo na força aplicada sobre ele fará o seu movimento.
• Com o corpo em movimento, passa a agir a força de atrito cinética, cujo módulo
é constante e menor que o da força de atrito estática máxima.
MUDE SUA VIDA!

2
LEIS DE ATRITO
 Força de Atrito Estática Máxima e a Força de Atrito Dinâmico têm intensidades
diretamente proporcionais à intensidade da Força Normal de compressão entre os
corpos que se atritam.
FÓRMULAS:
Fat: Força de Atrito Estático
µ: Coeficiente de Atrito Estático
Fn: Força Normal
Fat: Força de Atrito Dinâmico

µ: Coeficiente de Atrito Dinâmico
FN: Força Normal
OBS:
• Os Coeficientes de atrito µe eµd dependem da natureza dos corpos em contato,
do estado de polimento e lubrificação.
MUDE SUA VIDA!

3
• µe e µd são grandezas adimensionais.

• Sendo FAT(D) < FAT(E), resulta µd < µe.
• Quando µe e µd possuírem valores muito próximos, consideramos µe = µd, assim
indicaremos por µ .
EXERCÍCIOS
1. (Epcar - Afa, 2017) Na situação da figura a seguir, os blocos A e B têm massas
mA = 3 kg e mB = 1 kg O atrito entre o bloco e o plano horizontal de apoio é desprezível, e
o coeficiente de atrito estático entre B e A vale µe = 0,4 O bloco está preso numa mola ideal,
inicialmente não deformada, de constante elástica k = 160 N/m que, por sua vez, está presa
ao suporte S.
O conjunto formado pelos dois blocos pode ser movimentado produzindo uma
deformação na mola e, quando solto, a mola produzirá certa aceleração nesse conjunto.
Desconsiderando a resistência do ar, para que não escorregue sobre a deformação máxima
que a mola pode experimentar, em vale:
a) 3,0
b) 4,0
c) 10
d) 16
2. (Efomm, 2016) Os blocos A e B da figura pesam 1,0 kN e estão ligados por um fio ideal
que passa por uma polia sem massa e sem atrito. O coeficiente de atrito estático entre
os blocos e os planos é 0,6 Os dois blocos estão inicialmente em repouso. Se o bloco B
está na iminência de movimento, o valor da força de atrito, em newtons, entre o bloco A
e o plano, é:
Dado: cos 30° = 0,87
a) 60
b) 70
c) 80
d) 85
e) 90
MUDE SUA VIDA!

4
GABARITO
1. C
2. B
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
FORÇA CENTRÍPETA ........................................................................................................................................... 2
FORÇA CENTRÍPETA ................................................................................................................................... 2
ORIENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 3
FORÇA TANGENCIAL .................................................................................................................................. 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
FORÇA CENTRÍPETA
• No estudo da Cinemática, a aceleração vetorial de um ponto material pode ser
decomposta em duas componentes: aceleração tangencial ( at ) e aceleração
centrípeta ( ac ) .
Aceleração Tangencial: quando varia o módulo da velocidade:
 Direção tangente à trajetória;
 Sentido do movimento ( caso seja acelerado ) ou sentido oposto ( caso seja
retardado);
 Módulo igual ao valor absoluto da aceleração escalar .
Aceleração Centrípeta: Quando varia a direção da velocidade:
 Direção perpendicular à trajetória;
 Sentido apontando para o centro da trajetória;
 Módulo:
FORÇA CENTRÍPETA
• Com base no Princípio Fundamental da Dinâmica, para produzir uma aceleração
num ponto material, deve ser aplicada uma força resultante F tal que F = m . a
• Nessas condições, se um ponto material descreve uma curva, existe aceleração
centrípeta e, portanto, existem forças com componentes normais à trajetória. A
resultante das forças componentes normais à trajetória recebe o nome de
resultante centrípeta ou força centrípeta.
• Assim, a intensidade da componente centrípeta da força resultante fica
determinada por:
ATENÇÃO!
 Para m e v constantes, |Fcp| é inversamente proporcional a R. Isso significa que,
quanto mais “fechada” é a curva (menor raio de curvatura), maior é a intensidade
da força centrípeta requerida pelo móvel. Reduzindo-se R à metade, por exemplo,
|Fcp| dobra.
 Para m e R constantes, |Fcp|é diretamente proporcional ao quadrado de v.Assim,
para uma mesma curva (raio constante), quanto maior é a velocidade v,maior é a
intensidade da força centrípeta requerida pelo móvel. Dobrando-se v, por exemplo,
|Fcp| quadruplica.
MUDE SUA VIDA!

2
OBS: Sendo W velocidade angular, expressemos |Fcp| em função de m, v e R:
ORIENTAÇÃO
• Conforme definimos, a componente Fcp tem, a cada instante, direção normal à
trajetória e sentido para o centro de curvatura. Note que Fcp é perpendicular à
velocidade vetorial em cada ponto da trajetória. A figura abaixo ilustra a
orientação de Fcp:
OBS: A componente centrípeta da força resultante (Fcp) tem por função variar a direção da
velocidade vetorial ( V ) da partícula móvel. Isso se explica pelo fato de Fcp e V serem
perpendiculares entre si
• Nos movimentos curvilíneos, V varia em direção ao longo da trajetória e quem
provoca essa variação é a componente Fcp, que, nesses casos, é não nula.
• Já nos movimentos retilíneos, V não varia em direção, o que implica, nessas
situações, que a componente Fcp seja nula.
EXEMPLOS
A Lua em seu movimento orbital ao redor da Terra: para um referencial inercial ligado ao
centro da Terra, a Lua descreve um movimento praticamente circular, em que sua velocidade
vetorial varia em direção ao longo da trajetória. O que, no entanto, provoca essa variação na
direção da velocidade vetorial da Lua, mantendo-a em sua órbita? É a força de atração
gravitacional (Fg) exercida pela Terra, que, estando sempre dirigida para o centro da trajetória,
desempenha a função de resultante centrípeta no movimento circular.
MUDE SUA VIDA!

3
Um carro, ao percorrer o trecho curvo em movimento uniforme, tem sua velocidade

vetorial variando em direção de ponto para ponto. Desprezando a influência do ar, tem-se que
a força responsável por esse fato é a força de atrito, que o carro recebe do asfalto por intermédio
dos seus pneus. A força de atrito (Fat), estando dirigida em cada instante para o centro da
trajetória, é a resultante centrípeta que mantém o carro em movimento circular e uniforme.
FORÇA TANGENCIAL
Seja m( massa da partícula ) e at a aceleração produzida por Ft . Aplicando a Segunda Lei
de Newton, teremos:
Conforme sabemos, o módulo de at é igual ao módulo da aceleração escalar :
MUDE SUA VIDA!

4
Assim, a intensidade da componente tangencial da força resultante pode ser expressa por:
OBS: A resultante de todas as forças será o somatório da Força Centrípeta mais a Força
Tangencial.
EXERCÍCIOS
1. (EEAr, 2019) Uma criança gira no plano horizontal, uma pedra com massa igual a 40g
presa em uma corda, produzindo um Movimento Circular Uniforme. A pedra descreve
uma trajetória circular, de raio igual a 72 cm sob a ação de uma força resultante
centrípeta de módulo igual a 2 N. Se a corda se romper, qual será a velocidade, em m/s,
com que a pedra se afastará da criança?
Obs.: desprezar a resistência do ar e admitir que a pedra se afastará da criança com uma
velocidade constante.
a) 6
b) 12
c) 18
d) 36
2. (EsPCEx -Aman, 2018) Uma partícula com carga elétrica negativa igual a - 10-8 C
encontra-se fixa num ponto do espaço. Uma segunda partícula de massa igual a 0,1g e
carga elétrica positiva igual a + 10-8C descreve um movimento circular uniforme de raio
10 cm em torno da primeira partícula. Considerando que elas estejam isoladas no vácuo
e desprezando todas as interações gravitacionais, o módulo da velocidade linear da
partícula positiva em torno da partícula negativa é igual a
Dado: considere a constante eletrostática do vácuo igual a 9.109 N.m²/C².
a) 0,3 m/s
b) 0,6 m/s
c) 0,8 m/s
d) 1,0 m/s
e) 1,5 m/s
GABARITO
1. A
2. A
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA ......................................................................................................... 2
TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE .................................................................................................. 2
TRABALHO MOTOR OU ATIVO ...................................................................................................................... 2
TRABALHO RESISTENTE OU PASSIVO ........................................................................................................ 2
TRABALHO NULO ........................................................................................................................................... 3
TRABALHO DA FORÇA DE ATRITO.............................................................................................................. 3
TRABALHO DA FORÇA PESO .......................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA

• Na Física, o termo TRABALHO é utilizado quando falamos no Trabalho realizado
por uma força, ou seja, um Trabalho Mecânico. Uma Força aplicada em um corpo
realiza um Trabalho quando produz um deslocamento no corpo.
• Utilizamos a letra grega (τ) para representar o Trabalho.
• No SI a unidade do Trabalho é medida em Joule ( J ).
• Quando uma força tem a mesma direção do movimento o Trabalho realizado é
positivo τ > 0.
• Agora ,quando a força é contrária ao movimento o Trabalho passa a ser negativo
τ<0.
• Lembrando que o Trabalho só acontece se tiver a presença de energia.
TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE
Considere um pequeno bloco que se desloca sobre uma reta, desde uma posição A até
outra posição B, sob ação de um sistema de Forças. Seja d o vetor deslocamento eF uma força
constante, entre as que atuam sobre o bloco. Seja o ângulo entre F e d . Define – se a grandeza
escalar trabalho da força F que atua no deslocamento d:
τ = F . d . cos (θ)
Sendo F a intensidade força e d o módulo do vetor deslocamento.

TRABALHO MOTOR OU ATIVO
O ângulo θ é agudo ( varia entre 0° a 90° ), então o Trabalho vai ser positivo, pois COS >0.
Nesse caso a força F favorece ao deslocamento e essa força (o agente que a está aplicando)
fornece energia ao corpo.
TRABALHO RESISTENTE OU PASSIVO

O ângulo θ é obtuso ( varia de 90° a 180°), então o Trabalho vai ser negativo, pois COS < 0
. Nesse caso a força F se opõe ao deslocamento e essa força ( o agente que a está aplicando)
retira energia do corpo.
MUDE SUA VIDA!

2
TRABALHO NULO
Ocorre quando θ é igual a 90° ou 270° , pois COS 90° = COS 270° = 0 . Então, o Trabalho
será nulo, pois
A força F não influi no deslocamento não fornecendo e nem retirando energia do corpo.
ATENÇÃO!
• Como o Trabalho é uma grandeza escalar, se várias forças agirem sobre o corpo
num mesmo deslocamento de A para B ( dAB), o Trabalho da força resultante pode
ser calculado pelo somatório de cada força que age sobre o corpo isoladamente.
• Se o Trabalho da Força Resultante for positivo, ele vai ser motor, mas se ele for
negativo vai ser resistente e, se for nulo, o corpo vai estar em MRU.
TRABALHO DA FORÇA DE ATRITO
• Como a força de atrito sempre vai no sentido oposto do movimento, o seu ângulo
vai ser igual a 180° . COS 180 = - 1 . Assim o Trabalho da Força de Atrito será
negativo, pois :
τFat = F . d . cos (180º)

TRABALHO DA FORÇA PESO
• Um ponto material de massa m desloca – se desde uma posição A até a B, num
local onde a aceleração da gravidade é g , suposta constante . Nessas condições, o
peso P = m . g é constante . Seu Trabalho ao longo da trajetória AB é dado por:
MUDE SUA VIDA!

3
OUTRA REPRESENTAÇÃO:
OBS: Na descida o peso realiza Trabalho positivo, favorecendo a queda, e na subida o
τ=m.g.h
Trabalho será negativo, dificultando a queda.
EXERCÍCIOS
1. (EsPCEx - Aman, 2020) No plano inclinado abaixo, um bloco homogêneo encontra-se sob
a ação de uma força de intensidade F = 4N, constante e paralela ao plano. O bloco percorre
a distância que é igual a 1,6m, ao longo do plano com velocidade constante.Desprezando-
se o atrito, então a massa do bloco e o trabalho realizado pela força peso quando o bloco
se desloca do ponto para o ponto são, respectivamente, dados: adote a aceleração da
gravidade g = 10 m/s²
MUDE SUA VIDA!

4
2. Um plano inclinado com 5 m de comprimento é usado como rampa para arrastar uma
caixa de 120 kg para dentro de um caminhão, a uma altura de 1,5 m, como representa a
figura abaixo.
Considerando que a força de atrito cinético entre a caixa e a rampa seja de 564 n o trabalho
mínimo necessário para arrastar a caixa para dentro do caminhão é: (g = 9,8 m/s²)
a) 846 J
b) 1056 J.
c) 1764 J.
d) 2820 J.
e) 4584 J.
GABARITO
1. B
2. E
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
POTÊNCIA E RENDIMENTO ................................................................................................................................ 2
POTÊNCIA ...................................................................................................................................................... 2
POTÊNCIA INSTANTÂNEA .......................................................................................................................... 2
GRÁFICO DA POTÊNCIA EM FUNÇÃO DO TEMPO ..................................................................................... 2
UNIDADES .................................................................................................................................................. 3
RENDIMENTO ............................................................................................................................................ 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
POTÊNCIA E RENDIMENTO
POTÊNCIA
É uma grandeza associada à rapidez da execução do trabalho de uma força. É representada
da seguinte maneira:
 P: Potência ( W ou J/S )
 T: Trabalho ( J )
 Δτ: Intervalo de Tempo ( S )
POTÊNCIA INSTANTÂNEA
É a medida da quantidade de trabalho realizada em um intervalo de tempo muito pequeno
tendendo a zero. Matematicamente, a sua representação pode ser descrita desta maneira:
GRÁFICO DA POTÊNCIA EM FUNÇÃO DO TEMPO
No gráfico cartesiano da potência em função do tempo, a Área w é numericamente igual

ao valor absoluto do trabalho realizado. A(área W) = | T | ( trabalho)
MUDE SUA VIDA!

2
UNIDADES
A unidade de medida para POTÊNCIA no Sistema Internacional denomina-se watt e seu
símbolo é W. .
OBS: O watt é a potência constante de uma força que realiza um trabalho de 1 Joule em cada
segundo: 1 WATT = 1 J / S
Essa unidade revelou-se demasiado pequena para muitas aplicações práticas, sendo, por
isso, largamente utilizado em múltiplo do watt, o quilowatt ( kW ).
1KW = 1000W
Existem também unidades especiais de potência, que são o cavalo-vapor (cv) e o horse-
power(hp).
1 CV = 735,5 W E 1HP = 745,7 W
RENDIMENTO
Na prática, quando uma máquina realiza trabalho, parte da energia total fornecida para o
sistema é dissipada por algum motivo. Sendo assim, é possível considerar essa razão de
utilização da potência total por meio da seguinte relação:
• = rendimento
• Pu : Potência Útil
• Pt : Potência Total
 A potência total é a soma da potência útil mais a potência dissipada
ATENÇÃO!
• Não existe na prática, rendimento maior ou igual a 100%, ou seja, o rendimento
é menor que 100%, mas é maior ou igual a 0%.
• É muito comum o rendimento ser representado em percentagem.
• O rendimento é calculado pelo quociente entre duas grandezas de mesma unidade, dessa
maneira, torna-se uma grandeza adimensional, ou seja, não tem unidade.
EXERCÍCIOS
1. “Gelo combustível” ou “gelo de fogo” é como são chamados os hidratos de metano que se
formam a temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada. São geralmente
encontrados em sedimentos do fundo do mar ou sob a camada de solo congelada dos
polos. A considerável reserva de gelo combustível no planeta pode se tornar uma
promissora fonte de energia alternativa ao petróleo.
Considerando que a combustão completa de certa massa de gelo combustível libera uma
quantidade de energia igual a E = 7,2 MJ, é correto afirmar que essa energia é capaz de manter
aceso um painel de LEDs de potência P = 2 kW por um intervalo de tempo igual a:
a) a) 1 minuto.
b) b) 144s
c) c) 1 hora.
d) d) 1 dia.
MUDE SUA VIDA!

3
2. O Brasil é um dos países de maior potencial hidráulico do mundo, superado apenas pela
cChina, pela Rússia e pelo Congo. Esse potencial traduz a quantidade de energia
aproveitável das águas dos rios por unidade de tempo. Considere que, por uma cachoeira
no rio São Francisco de altura h = 5 m, a água é escoada numa vazão z = 5 m3/s. Qual é a
expressão que representa a potência hídrica média teórica oferecida pela cachoeira,
considerando que a água possui uma densidade absoluta d = 1000 kg/m3, que a
aceleração da gravidade tem módulo g = 10 m/s2 e que a velocidade da água no início da
queda é desprezível?
a) 0,25 MW
b) 0,50 MW
c) 0,75 MW
d) 1,00 MW
e) 1,50 MW
GABARITO
1. C
2. A
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
ENERGIA MECÂNICA E SUAS CONSERVAÇÕES .................................................................................................. 2
ENERGIA MECÂNICA ...................................................................................................................................... 2
ENERGIA CINÉTICA..................................................................................................................................... 2
TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA .............................................................................................................. 2
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL ...................................................................................................... 3
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA ................................................................................................................ 4
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA ...................................................................................................... 4
SISTEMAS DISSIPATIVOS ............................................................................................................................ 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
ENERGIA MECÂNICA E SUAS CONSERVAÇÕES

ENERGIA MECÂNICA
A Energia Mecânica é a capacidade que um corpo tem de realizar trabalho. Porém, para
que essa energia ocorra, é necessário que tenha tanto Energia Cinética como a Energia
Potencial, pois a resultante da Energia Mecânica é o somatório da Cinética e da Potencial.
Logo:
ENERGIA CINÉTICA
É a energia que está associada ao movimento de um corpo. A Energia Cinética é
representada da seguinte maneira:
 Unidade de medida é o Joule ( J ).

 Apresenta exclusivamente valores positivos.
 Ela é proporcional ao quadrado da sua velocidade, se a velocidade duplica a Energia
Cinética aumentará em quatro vezes.
EXEMPLO:
Um exemplo é a colisão entre dois veículos ocasionadas pelo excesso de velocidade; nessa
batida, a alta velocidade e a massa do automóvel proporcionam uma quantidade de Energia
Cinética muito grande.
OBS:
• Caso o automóvel colidisse com um muro, por exemplo, essa Energia Cinética
acabaria sendo dissipada em forma de barulho ou calor.
TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA
O Trabalho da resultante das forças agentes em um corpo em determinado deslocamento
mede a variação de Energia Cinética ocorrida nesse deslocamento.
MUDE SUA VIDA!

2
O trabalho realizado pela força F é dado por: τ= F . d . Porém, F = m . a e a = V2 – V20/2d

Substituindo na equação do trabalho : τ = m . a . d = m . d . V2 – V20 / 2d.
Ficaremos com : τ = m . V2/2 - m . V20/2 que pode ser representado por :
Τ = ECV - ECV0
 Quando a resultante realiza trabalho motor, a energia cinética aumenta.
 Quando a resultante realiza trabalho resistente, a energia cinética diminui.
 Quando não tem variação da energia cinética entre dois pontos, significa que o corpo
realizou um trabalho nulo.
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL
É a Energia que trata do estado de separação entre dois corpos que se atraem mutuamente
devido à força gravitacional. Então, podermos concluir que quando elevamos um corpo de
massa m a uma altura h, estamos transferindo energia em forma de trabalho. Lembrando que
essa energia, quando usada, é transformada em Cinética.
EXEMPLO:
Uma pessoa encontra-se em repouso, prestes a pular de Bungee Jump. Ela terá uma
Energia Potencial Gravitacional, pois temos presente nessa situação a massa da pessoa, a
gravidade e altura de onde o indivíduo vai pular. Lembrando que, após o salto, a Energia
Potencial vai ser transformada em Energia Cinética.
MUDE SUA VIDA!

3
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA

Essa Energia está associada às propriedades elásticas de um corpo, por exemplo, uma
mola. Sua representação é igual à do Trabalho da Força Elástica, representado da seguinte
forma:
EXEMPLO:
Na imagem a seguir, percebemos que a mola faz um trabalho de comprimento e de
relaxamento, mas também se observa que tem uma transferência de Energia da mola para o
projétil que está no processo de disparo. Assim, concluímos que a Energia Potencial Elástica
da mola proporcionou o surgimento da Energia Cinética, através do projétil de bala.
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

É quando um sistema isolado, constituído por corpos que interagem apenas com forças
conservativas, faz com que a Energia Mecânica seja constante. Por exemplo, um corpo é
abandonado, em certo espaço, ele vai perdendo Energia Potencial Gravitacional, mas, ao mesmo
tempo, ganha Energia Cinética por causa do aumento da velocidade.
SISTEMAS DISSIPATIVOS
São as transformações da Energia Mecânica em outros tipos de energias, ou seja, a
tendência é a modificação. Exemplos: Energia Térmica e Sonora.
EXEMPLO:
O Efeito Joule é uma demonstração do sistema dissipativo, pois a corrente elétrica possui
Energia Cinética e, como ela vai transformada em calor, caso esteja utilizando um resistor,
como exemplo, a cinética vai passar a ser Energia Térmica.
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
1. Uma pequena pedra de massa 2,0 kg acha-se no fundo de um poço de 10 m de
profundidade. Sabendo que, no local, a aceleração da gravidade tem módulo 10 m/s²,
indique a alternativa que traz o valor correto da energia potencial de gravidade da pedra
em relação à borda do poço e a velocidade com que a pedra chegaria ao fundo do poço se
fosse abandonada de sua borda:
a) –2,0 · 102 J e 10 √2 m/s
b) 20 J e 8 √3 m/s
c) 2,0 · 102 J e 2 √5 m/s
d) 4 . 10² J e 10 √3 m/s
e) –20 J e 8√2 m/s
2. Um corpo de massa 2,0 kg é lançado do ponto A, conforme indicado na figura, sobre um
plano horizontal, com uma velocidade de 20 m/s. Em seguida, sobe uma rampa até atingir
uma altura máxima de 2,0 m, no ponto B.
Sabe-se que o calor, gerado no processo, foi todo absorvido pelo corpo e que um
termômetro sensível, ligado ao corpo, acusa uma variação de temperatura de 1ºC.
Indique a energia dissipada na forma de calor e altura máxima atingida pelo corpo, caso
não houvesse dissipação de energia, respectivamente.
a) 400 J e 2m
b) 40 J e 20 m
c) 360 J e 20 m
d) 360 J e 8 m
e) 250 J e 10 m
GABARITO
1. A
2. B
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO ...................................................................................................... 2
QUANTIDADE DE MOVIMENTO ................................................................................................................. 2
IMPULSO .................................................................................................................................................... 2
GRÁFICO DO IMPULSO .............................................................................................................................. 2
TEOREMA DO IMPULSO............................................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Possuindo um papel fundamental na mecânica, a Quantidade de Movimento ou Momento
Linear é a grandeza vetorial que tem relação com outras duas grandezas fundamentais, massa
e velocidade. É expressa da seguinte maneira:
Q=M.V
 A direção e o sentido são os mesmos do vetor v.
 No Sistema Internacional ( SI ) a unidade de medida é Kg (massa ) . m/s (velocidade )
EXEMPLO:
Sabendo que a massa de um guepardo é de 70kg e sua velocidade é de 100 m/s . Qual é
o valor da sua quantidade de movimento?
Aplicando na fórmula, teremos:
Q = 70 . 100 = 7000
Resposta: 7 . 103 Kg . m/s
Analisando bem, podemos relacionar a Energia Cinética com a Quantidade de Movimento,
pois no Momento Linear termos Q = m . v , fazendo uma relação obtemos v = Q / m . Dessa
maneira, aplicando na fórmula da Energia Cinética adquirimos a seguinte expressão:
EC = M . V 2/2 ; SUBSTITUINDO O V TEREMOS : EC = Q2 /2.M

IMPULSO
É a aplicação de uma força F em determinado corpo durante um intervalo de tempo Δt.
Sua representação é dada por:
I = F . ΔT
 O módulo do Impulso só será igual a força F vezes o intervalo de tempo Δt, se F for
constante.
 O sentido e a direção são os mesmos de F.
 No Sistema Internacional, a unidade é medida em N (Força) . s ( Tempo).
GRÁFICO DO IMPULSO
 Quando o módulo da força F variável é necessário, utiliza a propriedade dos gráficos,
no caso são as Áreas utilizadas no cálculo do módulo do Impulso I.
MUDE SUA VIDA!

2
Nesses casos, temos:

I = Área compreendida entre o gráfico e o eixo do tempo.
TEOREMA DO IMPULSO
O impulso da resultante das forças que atuam sobre certo ponto material em determinado
intervalo de tempo é igual à variação da quantidade de movimento do ponto material no mesmo
intervalo de tempo.
F = m . a (1)
a = ΔV / ΔT ; ( V – V0 ) / ΔT (2)
• Substituindo 2 em 1 :
F = M . ( V – V0 ) / ΔT; F . ΔT =M . V – M . V0
I TOTAL = Q FINAL -Q INICIAL
OBS:
Podemos concluir que o impulso e a Quantidade de Movimento são grandezas de mesma
espécie, pois a primeira é dada pela a variação da segunda.
EXERCÍCIOS
1. Uma esfera de massa 2,0 kg que se encontra inicialmente com velocidade de 5 m/s, sofre
a ação de uma força de 10 N, por uma distância de 7,5 m. Calcule o valor do impulso
recebido por essa esfera, aplicando:
a) A expressão impulso: I = F . Δt
b) O teorema do impulso: I = ΔQ
MUDE SUA VIDA!

3
2. Um corpo de massa 38 kg percorre um eixo orientado com velocidade escalar igual a 15

m/s. No instante t0 = 0, aplica-se sobre ele uma força resultante cujo valor algébrico varia
em função do tempo, conforme o gráfico seguinte:
Admitindo que a força seja paralela ao eixo, calcule a velocidade escalar do corpo no
instante
t = 14 s.
GABARITO
1. a) 10 N.s b) 10 N.s
2. v = 20 m/s
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
SISTEMA MECÂNICO ISOLADO .......................................................................................................................... 2
SISTEMA ISOLADO ..................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO ...................................................................................................................................................... 3
MUDE SUA VIDA!

1
SISTEMA MECÂNICO ISOLADO

SISTEMA ISOLADO
Um sistema mecânico é denominado isolado de forças externas quando a
resultante das forças externas atuantes sobre ele for nula.
Uma partícula em equilíbrio é o caso mais elementar de sistema mecânico isolado.

Estando em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, a resultante das forças que agem
sobre ela é nula. Vejamos outro exemplo: admita que dois patinadores, inicialmente em repouso
sobre uma plataforma plana e horizontal, se empurrem mutuamente, conforme sugerem os
esquemas ao lado. Desprezando os atritos e a influência do ar, os dois patinadores constituem
um sistema mecânico isolado, pois a resultante das forças externas atuantes no conjunto é nula.
De fato, as únicas forças externas que agem em cada patinador são a força da gravidade (peso)
e a força de sustentação da plataforma (normal), que se equilibram. Entretanto, uma pergunta
surge naturalmente: as forças trocadas entre eles no ato do empurrão não seriam resultantes,
uma vez que cada patinador, pela ação da força recebida, tem seu corpo acelerado a partir do
repouso? E a resposta é simples: sim, essas forças (ação e reação) são as resultantes que
aceleram cada corpo, porém são forças internas ao sistema, não devendo ser consideradas no
estudo do sistema como um todo. De fato, a soma dos impulsos das forças internas F e -F (forças
de ação e reação trocadas pelos patinadores no ato do mútuo empurrão) é nula e, por isso, essas
forças não participam da composição do impulso total externo exercido sobre o sistema.
EXERCÍCIOS
1. Considere o esquema a seguir, em que, inicialmente, tanto o homem quanto o carrinho
estão em repouso em relação ao solo. No local não há ventos, e a inﬂuência do ar é
desprezível. O carrinho é livre para se mover para a esquerda ou para a direita sobre
trilhos horizontais, sem atrito.
2. Um homem de massa 70 kg, sentado em uma cadeira de rodas inicialmente em repouso

sobre o solo plano e horizontal, lança horizontalmente um pacote de massa 2,0 kg com
velocidade de intensidade 10 m/s. Sabendo que, imediatamente após o lançamento, a
velocidade do conjunto homem-cadeira de rodas tem intensidade igual a 0,25 m/s,
calcule a massa da cadeira de rodas.
a) 12 kg
b) 10 kg
c) 25 kg
d) 30 kg
e) 60 kg
MUDE SUA VIDA!

2
GABARITO
1. 6 m
2. B
MUDE SUA VIDA!

3
SUMÁRIO
CHOQUES MECÂNICOS ...................................................................................................................................... 2
COLISÕES MECÂNICAS ............................................................................................................................... 2
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO .................................................................................................................. 2
CLASSIFICAÇÕES DAS COLISÕES ................................................................................................................ 2
CHOQUE PERFEITAMENTE ELÁSTICO: ........................................................................................................... 2
CHOQUE PARCIALMENTE ELÁSTICO : ........................................................................................................... 3
CHOQUE PLÁSTICO OU INELÁSTICO: ............................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
MUDE SUA VIDA!

1
CHOQUES MECÂNICOS
COLISÕES MECÂNICAS
Define-se Choque Mecânico ou Colisão quando dois corpos se encontram e há interação
entre eles, exercem uma força F em um pequeno intervalo de tempo. Além disso, em uma colisão
existem dois momentos que devem ser analisados: Deformação e Restituição.
Deformação: Inicia-se no momento em que os corpos se encontram e acabam ocasionando um
deformação mútua, e termina quando um dos corpos para em relação ao outro.
Restituição: Esse momento tem marco inicial no momento que os corpos param e termina
quando eles se separam. Além disso, vale ressaltar que essa fase não acontece em todos os tipos
de colisões, essas interações Impulsivas possuem ação durante um intervalo muito pequeno e
tem variação na hora da colisão.
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO
Sendo muito importante na área dos Choques Mecânicos, o Coeficiente de Restituição (e )
é a razão entre os módulos da velocidade relativa depois do choque e antes do choque. Vamos
utilizar o seguinte esquema para chegar à representação do Coeficiente de Restituição.
Imagine uma colisão entre dois corpos, sem alteração da direção. Podemos concluir que
o módulo da Velocidade Relativa (aproximação)é a diferença do módulo velocidade do corpo X,
antes do choque, com o corpo Y , antes do choque também.
Representação:
VAP= VX – VY
Depois do choque a Velocidade Relativa (afastamento ) é a diferença entre o módulo da
velocidade do corpo X , depois do choque , com o corpo Y , também depois do choque.
Representação:
VAF =VX – VY
Agora podemos representar a fórmula do Coeficiente de Restituição ( e ) :
E = | VAF | / | VAP|
ATENÇÃO!
Lembrando os conceitos do cálculo da Velocidade Relativa :
 Quando dois corpos se movem em sentidos contrários:
VREL = V1 + V2
 Quando se movem no mesmo sentido:
VREL = V1 –V 2
CLASSIFICAÇÕES DAS COLISÕES

CHOQUE PERFEITAMENTE ELÁSTICO:
• Tanto a Quantidade de Movimento como a Energia Cinética são conservadas.
• Só existe na teoria.
• Possuem o Coeficiente de Restituição ( e ) = 1.
MUDE SUA VIDA!

2
EXEMPLO:
Antes de a colisão acontecer : Depois de a colisão acontecer:
Concluímos que:
CHOQUE PARCIALMENTE ELÁSTICO :

• Não obtém conservação de Energia Cinética.
• Coeficiente de Restituição ( e ) é entre 0 e 1.
• Possui conservação da Quantidade de Movimento.
EXEMPLO:
Antes de a colisão acontecer : Depois de a colisão
acontecer :
Concluímos que :
CHOQUE PLÁSTICO OU INELÁSTICO:

• Coeficiente de Restituição ( e ) = 0.
• Não possui Energia Cinética conservada.
• Tem conservação da Quantidade de Movimento.
MUDE SUA VIDA!

3
EXEMPLO:
Antes de a colisão acontecer:
| Vap| = V1 + V 2
| Vap| = 80 + 60
| Vap| = 140 Km/h
Após a colisão acontecer:
| Vaf| = 0
Concluímos que:
EXERCÍCIOS
1. (EsPCEx - Aman, 2012) Um canhão, inicialmente em repouso, de massa 600 kg dispara
um projétil de massa 3 kg com velocidade horizontal de 800 m/s. Desprezando todos os
atritos, podemos afirmar que a velocidade de recuo do canhão é de:
a) 2 m/s
b) 4 m/s
c) 6 m/s
d) 8 m/s
e) 12 m/s
2. Em um cruzamento da cidade de Campina Grande, durante uma manhã de muita chuva,
um automóvel compacto com massa de 1 600 kg que se deslocava de Oeste para Leste,
com uma velocidade de módulo 30 m/s, colidiu com uma
picape (camionete) com massa de 2 400 kg que se deslocava
do Sul para o Norte, avançando o sinal vermelho, com uma
velocidade de módulo 15 m/s, conforme a figura a seguir.
Felizmente, todas as pessoas, nesses veículos, usavam cintos
de segurança e ninguém se feriu. Porém os dois veículos se
engavetaram e passaram a se mover, após a colisão, como um
único corpo, numa direção entre Leste e Norte. Desprezando-
se o atrito entre os veículos e a pista, o módulo da velocidade
dos carros unidos após a colisão, em m/s, foi de:
MUDE SUA VIDA!

4
a) 15.
b) 16.
c) 18.
d) 20.
e) 22.
3. A figura representa a situação imediatamente anterior à colisão unidimensional entre
duas partículas A e B:
Sabendo que a massa de B é o dobro da de A e que o coeficiente de restituição da colisão

vale 0,8, calcule as velocidades escalares de A e B imediatamente após o choque.
MUDE SUA VIDA!

5
GABARITO
1. B
2. A
3. VA’ = - 3 m/s e VB’ = 1 m/s
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
ESTÁTICA - EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL. .......................................................................................... 2
DEFINIÇÃO DE EQUILÍBRIO ............................................................................................................................ 2
O MÉTODO DA DECOMPOSIÇÃO ................................................................................................................... 3
TEOREMA DE LAMY ....................................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
ESTÁTICA - EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL.

DEFINIÇÃO DE EQUILÍBRIO
O Equilíbrio é o somatório das forças que atuam em determinado corpo, mas a resultante
dessa soma deve ser nula para que seja equilíbrio, então as forças participativas também devem
ser nulas. Por meio da Segunda Lei de Newton, podemos fazer essa comprovação da seguinte
maneira:
a=0 Fr = m . a Fr = m . 0
Fr = 0
ENTÃO:
F1 = 0 ; F2 = 0 ; F3 = 0 ; ... ; FN = 0
FR = F1+ F2 + F3 + ... + FN
FR =0
• Observando o somatório de várias forças com a aceleração igual a zero,
obviamente, a sua resultante também vai ser zero, dessa forma, determinado
corpo vai estar em Equilíbrio.
ATENÇÃO!
Nota-se que, quando a aceleração é zero, a Força vai ser nula, então a aceleração é
fundamental para saber se o corpo vai estar em equilíbrio, seja ele Estático ou Dinâmico.
 Equilíbrio Estático: Quando um corpo está em repouso.
EXEMPLO
 Ressaltando que ele pode ser de três tipos : Estável, Instável e Indiferente
 Equilíbrio Dinâmico : Quando o corpo está em Movimento Retilíneo Uniforme (
MRU )
EXEMPLO: Um carro com uma velocidade constante diferente de zero e uma aceleração igual a
zero.
MUDE SUA VIDA!

2
O MÉTODO DA DECOMPOSIÇÃO
Sejam F1, F2 e F3 três forças coplanares e concorrentes em 0. Escolhe-se, inicialmente, um
sistema de eixos cartesianos de referência no mesmo plano das forças. Se a força resultante
desse sistema é nula, decorre que as projeções dessas forças nos eixos 0x e 0y também terão
resultantes nulas.
Equilíbrio no eixo x:
Fresx = 0 ⇒ F1 cos α = F2 cos β
Equilíbrio no eixo y:
Fresy = 0 ⇒ F1 sen α = F2 sen β = F3
De modo geral:
MUDE SUA VIDA!

3
TEOREMA DE LAMY
Quando uma partícula, sujeita à ação de três forças, está em equilíbrio, os
módulos das forças são proporcionais aos senos dos ângulos determinados pelas
outras duas forças.
Seja a situação proposta pelo teorema acima:
Podemos demonstrar essa relação construindo o polígono de forças:
Aplicando a Lei dos senos extraímos a relação:
EXERCÍCIOS
1. (Efomm 2020) Duas esferas condutoras idênticas de carga q = 2,0 µC estão penduradas
em fios não condutores de comprimento D = 30,0 cm, conforme apresentado na figura
abaixo. Se o ângulo entre os fios vale θ = 90º, qual é o valor das massas das esferas?
Dado: constante dielétrica k = 9,0 x 109 N.m²/C²; aceleração da gravidade
( g = 10,0m/s²).
a) 20 g
b) 40 g
c) 60 g
d) 80 g
e) 100 g
MUDE SUA VIDA!

4
2. (Eear 2018) Um pedreiro decidiu prender uma luminária de 6 kg entre duas paredes.
Para isso dispunha de um fio ideal de 1,3 m que foi utilizado totalmente e sem nenhuma
perda, conforme pode ser observado na figura. Sabendo que o sistema está em equilíbrio
estático, determine o valor, em N, da tração que existe no pedaço AB do fio ideal preso à
parede. Adote o módulo da aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s².
a) 30
b) 40
c) 50
d) 60
3. (Espcex (Aman) 2011) Um bloco de massa m = 24 kg é mantido suspenso em equilíbrio

pelas cordas L e Q, inextensíveis e de massas desprezíveis, conforme figura abaixo. A
corda L forma um ângulo de 90° com a parede e a corda Q forma um ângulo de 37° com
o teto. Considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s², o valor da força de tração
que a corda L exerce na parede é de:
(Dados: cos 37° = 0,8 e sen 37° = 0,6)
a) 144 N
b) 180 N
c) 192 N
d) 240 N
e) 320N
GABARITO
1. A
2. C
3. E
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
TORQUE DE UMA FORÇA E EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO ................................................................... 2
MOMENTO BINÁRIO OU CONJUGADO.......................................................................................................... 3
MOMENTO RESULTANTE DE UM BINÁRIO ................................................................................................ 3
EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO............................................................................................................ 4
O TEOREMA DAS TRÊS FORÇAS ..................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
MUDE SUA VIDA!

1
TORQUE DE UMA FORÇA E EQUILÍBRIO DE UM CORPO

EXTENSO
No nosso cotidiano muitas vezes realizamos alguns conceitos físicos e nem reparamos
bem nisso. Por exemplo, se o pneu de um carro fura, obviamente o seu dono irá trocá-lo pelo
pneu reserva, conhecido como step, e para retirá-lo vai ter que utilizar uma chave de roda (com
corpo extenso para menor quantidade de força) para fazer a remoção, pois se for fazer o uso da
mãos para retirar terá uma enorme dificuldade. Por isso, utilizamos ferramentas, porque por
meio delas conseguirmos aplicar uma força que consequentemente vai fazer esse mecanismo
ter a tendência de rotacionar. Dessa maneira, caracterizamos essa capacidade de imprimir uma
rotação, apresentada por uma força, de Momento da Força ou Torque de uma Força em relação
a um polo.
• Sejam F a força aplicada no ponto A do corpo rígido, O o polo em torno do qual o
corpo rígido pode girar e d a distância do polo O à linha de ação da força (d é
denominado braço de alavanca e é sempre medido na perpendicular baixada do
polo à linha de ação da força).
• Concluímos que o Momento da Força em relação ao ponto O é o produto do

módulo da Força pelo braço de alavanca d :
MF = F . d
ATENÇÃO!
• Quando o movimento for no sentido horário o seu sinal será negativo ( - ) . Agora,
quando for no sentido anti-horário o sinal será positivo ( + ).
• No Sistema Internacional ( S.I ) adota-se N . m como unidade de medida de Força
e distância.
• Lembrando que o Torque ou Momento da Força é uma grandeza vetorial, mas
aqui só trabalharemos com o Momento Escalar da Força.
EXEMPLO:
MUDE SUA VIDA!

2
MOMENTO BINÁRIO OU CONJUGADO

Caracteriza-se como um sistema que tem a participação de duas forças com Intensidades
iguais, Sentidos opostos e linhas paralelas entre si. Além disso, quando um corpo sofre uma
ação desse sistema, ele tende a possuir os efeitos de Rotação e Torção.
EXEMPLO: O volante de um automóvel, quando segurado com as duas mãos e fazendo uma
curva, produzirá uma Força Binária.
MOMENTO RESULTANTE DE UM BINÁRIO

Vamos imaginar o seguinte esquema, temos duas forças F1 e F2 que são coplanares de
mesmo módulo. O Momento Resultante será basicamente a soma das forças componentes do
sistema. Pegando a imagem a seguir como exemplo, teremos:
Considerando os Momentos Binários no marco O, encontraremos a Resultante:

 Como as forças são de mesma intensidade, podemos representar elas com F ( F1 =
F2)
Mbinário= MF1+ MF2

Mbinário= - F1.x1 + F2.x2
Mbinário= F ( x2 – x1)
 Como d é a distância entre X2 e X1, temos:
d= x2 – x1
MUDE SUA VIDA!

3
 Substituindo, ficamos com:
Mbinário= F . d
EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO
Para que tenha esse equilíbrio, são impostas duas condições:
1) Todas as forças atuantes no corpo devem ser nulas. Logo, o Movimento de Translação não
acontecerá.
Fr = 0
2) O somatório de todos os Momentos que nele atuam devem ser nulos. Logo, não haverá
movimento de rotação.
Mhorário = Manti-horário
Isso implica que:
M=0
• Ressaltando que não haverá a necessidade de por um sinal positivo ou negativo,
pois trabalharemos em seus módulos.
EXEMPLO!
• Na figura abaixo, uma garotinha e uma mulher estão brincando em uma gangorra,
mas a brincadeira não é proporcional por conta que a mulher possui um peso
maior e também tem uma distância maior. Porém, se ela reduz essa distância para
próximo do ponto de rotação da gangorra, ficando em paralelo ao eixo, a
brincadeira será igualitária e ambas poderão brincar normalmente.
O TEOREMA DAS TRÊS FORÇAS

Resulta na ação de três forças coplanares em determinado corpo. Nas seguintes situações,
teremos as representações dessas forças.
AS TRÊS FORÇAS PRECISAM ESTAR PARALELAS ENTRE SI.
MUDE SUA VIDA!

4
• Percebe-se que as forças F1 e F2 não possuem as mesmas intensidades, mas

possuem a condição de equilíbrio.
AS TRÊS FORÇAS SÃO CONCORRENTES EM UM MESMO PONTO:

• Considere o seguinte exemplo de uma escada sobre uma superfície horizontal
com atrito e uma superfície vertical sem atrito, sendo ela lisa.
• Nesse equilíbrio, o somatório dos Momentos deverá ser nulo em relação ao
ponto O.
• Se d = 0 , concluímos que a força F também tem linha de atuação passando pelo

ponto 0. Portanto, a utilização desse Teorema das Três Forças ajuda a encontrar
a direção de outra força por meio das duas que já atuam.
MUDE SUA VIDA!

5
EXERCÍCIOS
1. (EFOMM - 2020) Um motorista de 80 kg notou que o pneu de seu carro estava furado.
Para trocá-lo, utilizou uma chave de 40 cm de comprimento e o peso de seu corpo,
atuando perpendicularmente à extremidade da chave, para soltar os parafusos. Devido à
oxidação dos parafusos, o rapaz não conseguiu afrouxá-los com a força aplicada.
Felizmente, havia um pedaço de barra de aço no porta-malas do seu veículo, que pôde ser
usado como alavanca. Suponha que fosse possível soltá-los com a chave original, caso o
motorista pesasse 100 kg. Qual deve ser o comprimento mínimo da barra de aço, para
que ele consiga trocar os pneus do carro?
Considere g = 10 m/s².
a) 5,0 cm
b) 10,0 cm
c) 15,0 cm
d) 20,0 cm
e) 25,0 cm
2. (Uma barra cilíndrica homogênea, de peso 200 N e 10,0 m de comprimento, encontra-se
em equilíbrio, apoiada nos suportes A e B, como representa a figura.
a) Calcule as intensidades RA e RB das reações dos apoios A e B sobre a barra.

b) Usando-se uma corda leve, um bloco metálico de peso 400 N é dependurado na barra
em um ponto C à direita de B. Determine a máxima distância x de B a C de modo que a
barra não tombe.
GABARITO
1. B
2. a) RA = 75 N e RB = 125 N
a) x = 1,5 m
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
ALAVANCAS E CENTRO DE MASSA .................................................................................................................... 2
CENTRO DE GRAVIDADE ................................................................................................................................ 2
CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRO DE MASSA ............................................................................................. 3
EQUILÍBRIO DOS CORPOS SUSPENSOS .......................................................................................................... 3
EQUILÍBRIO DOS CORPOS APOIADOS ............................................................................................................ 4
EQUILÍBRIO ESTÁVEL ................................................................................................................................. 4
EQUILÍBRIO INSTÁVEL ................................................................................................................................ 5
EQUILÍBRIO INDIFERENTE .......................................................................................................................... 5
ALAVANCAS ................................................................................................................................................... 5
TALHA EXPONENCIAL .................................................................................................................................... 7
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 8
GABARITO ...................................................................................................................................................... 8
MUDE SUA VIDA!

1
ALAVANCAS E CENTRO DE MASSA

CENTRO DE GRAVIDADE
É um tipo de sistema que ajuda a fazer uma certa suposição do Peso Total de um corpo
e onde ele é mais propício na sua atuação. Isso ajuda no estudo dos corpos extensos e em
objetos com muitos pontos materiais.
• Adotando o seguinte plano com as forças peso P1eP2no eixo x :
• Para continuarmos, temos que encontrar aquela CG no ponto das abcissas ( X ),

que é o nosso Centro de Gravidade. Para encontrá-lo, vamos considerar que os
momentos participantes são nulos :
MP1 = MP2
P1. d1 = P2 . d2
P1(XCG – X1) = P2 (X2 – XCG)
XCG(P1 +P2)= P1 . X1+ P2 . X2
• Agora quando temos várias partículas, a representação é da seguinte fórmula:
 X são o eixo das abcissas e Y o eixo das ordenadas que, consequentemente, são as
representações dos P1 P2 ... Pn.
 XCG eYCG representam o ponto de aplicação do Centro de Gravidade.
MUDE SUA VIDA!

2
CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRO DE MASSA

Quando um corpo apresenta um formato geométrico simétrico e uma distribuição
homogênea de sua massa, é possível encontrar aonde o Centro de Gravidade vai atuar, seja em
um eixo ou em algum ponto.
EXEMPLOS
• Podemos considerar o CG fora de um corpo , mas sendo o corpo de massa
homogênea como no caso dessa aliança:
• Em uma esfera o seu CG coincidir com o seu centro:
ATENÇÃO!
• Quando a aceleração da gravidade possa ser constante o CG (Centro de Gravidade) é
coincidente com CM ( Centro de Massa ).
EQUILÍBRIO DOS CORPOS SUSPENSOS

Caso um corpo seja suspenso por um ponto S só entrará em equilíbrio se o Centro de Suspensão
e o Centro de Gravidade estiverem em uma mesma vertical, podendo ser algum desses três:
ESTÁVEL: Quando o Centro de Gravidade estiver abaixo do Centro de Suspensão.
INSTÁVEL: Ocorre quando o Centro de Gravidade estiver acima do Centro de Suspensão.
INDIFERENTE: Quando Centro de Gravidade e Centro de Suspensão são coincidentes.
MUDE SUA VIDA!

3
EQUILÍBRIO DOS CORPOS APOIADOS

Para que um corpo apoiado esteja em equilíbrio, é necessário que a vertical traçada pelo
centro de gravidade dele passe “dentro” da base de apoio. Caso passe por fora, ocasionará um
movimento de rotação.
• Ressaltando que o equilíbrio dos corpos apoiados pode ser Estável, Instável e
Indiferente.
EQUILÍBRIO ESTÁVEL
• É quando certo corpo volta à sua posição de equilíbrio inicial. Após ter sido
deslocado da posição inicial o Centro de Massa é alterado para posições
superiores. A força peso faz com que o corpo retome a sua posição inicial.
EXEMPLO: A suspensão de um carro quando é comprida e em seguida retorna a sua posição
inicial, ou seja, ela volta a seu equilíbrio.
MUDE SUA VIDA!

4
EQUILÍBRIO INSTÁVEL
• Considera-se Equilíbrio Instável quando um corpo é afastado da sua posição
inicial de equilíbrio, gerando a tendência de afastamento ainda mais dela. Sobre
isso, acontece nos corpos que possuem o Centro de Massa acima do ponto em
que estão suspensos.
EXEMPLO: Um Elefante em cima de uma bola.
EQUILÍBRIO INDIFERENTE
• Define-se Equilíbrio Indiferente quando temos um corpo que, por mais que
obtenha um afastamento, ele continuará em equilíbrio. Ressalta-se que isso
acontece por causa da coincidência do ponto de suspensão do corpo com o
Centro de Gravidade.
EXEMPLO: Se analisamos uma xícara em cima de uma mesa, vamos observar que, por mais
que ela tenha uma afastamento, o seu equilíbrio ainda será mantido.
ALAVANCAS
A alavanca é um tipo de máquina simples, que consiste essencialmente de uma barra
alongada que pode girar em torno de um ponto de apoio. Ressalta-se que existem três tipos de
Alavancas.
• Utilizaremos Fp como Força Potente ; Fr Força Resistente.
MUDE SUA VIDA!

5
INTERFIXAS
É quando apresenta o ponto de apoio entre os pontos de aplicação da força potente e da
força resistente. Exemplos:
INTER-RESISTENTES
É quando apresenta o ponto de aplicação da força resistente entre os pontos de apoio e
de aplicação da força potente.
MUDE SUA VIDA!

6
INTERPOTENTE
Apresenta o ponto de aplicação da força potente entre o ponto de aplicação da força
resistente e o ponto de apoio.
TALHA EXPONENCIAL
Basicamente, é o conjunto de polias móveis e uma fixa. Vamos de exemplo:
• Na primeira polia móvel, a força de tração no cabo sustenta, de cada lado,
metade da intensidade da força peso P aplicada na polia. Recordemos que a
polia ideal é desprovida de massa.
• E o processo se repete nas seguintes.

• Percebermos que para uma única polia utiliza-se:
• E se repete nas seguintes:
MUDE SUA VIDA!

7
• E aplicando em N polias, teremos :
EXERCÍCIOS
1. O arranjo de polias da figura é preso ao teto para erguer uma massa de 24 kg, sendo os
fios inextensíveis, e desprezíveis as massas das polias e dos fios. Desprezando os atritos,
determine:
O valor do módulo da força necessário para equilibrar o sistema F.
a) 40N
b) 60N
c) 80N
d) 100N
e) 120N
GABARITO
1. B
MUDE SUA VIDA!

8
SUMÁRIO
HIDROSTÁTICA – DENSIDADE E PRESSÃO.......................................................................................................... 2
MASSA ESPECÍFICA OU DENSIDADE ABSOLUTA ............................................................................................ 2
MASSA ESPECÍFICA DE ALGUNS MATERIAIS .............................................................................................. 3
DENSIDADE DE UM CORPO ........................................................................................................................... 3
DENSIDADE RELATIVA.................................................................................................................................... 4
CONCEITO DE PRESSÃO ................................................................................................................................. 4
PRESSÃO EXERCIDA POR UMA COLUNA LÍQUIDA ......................................................................................... 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 7
GABARITO ...................................................................................................................................................... 7
MUDE SUA VIDA!

1
HIDROSTÁTICA – DENSIDADE E PRESSÃO

Essa parte da Física é voltada para o estudo do equilíbrio dos fluídos. Define-se fluídos,
indistintamente, aquilo que possui forma líquida ou em formato de gases. Sobre isso, os
líquidos não possuem uma forma definida, mesmo o seu volume sendo definido. Já os gases
não adquirem forma e volume próprios.
Se pegarmos uma garrafa com dois litros de água e colocarmos esse líquido em outro
recipiente, o seu volume continuará o mesmo, só não a sua forma. Agora, quando temos uma
massa de gás acontecerá uma ação chamada de expansibilidade que é quando a massa de gás
tende a ocupar todo o volume que lhe é proposto. Além disso, devemos dizer que a formada
porção de massa de gás é o recipiente que a contém.
MASSA ESPECÍFICA OU DENSIDADE ABSOLUTA

Sendo a razão entre a massa de uma amostra pelo o volume ocupado, a Densidade
Absoluta quando obtém pressão e temperaturas constantes é calculada da seguinte maneira:
No Sistema Internacional, utiliza-se kg por m3como medida.
Outras representações de medidas:
MUDE SUA VIDA!

2
MASSA ESPECÍFICA DE ALGUNS MATERIAIS

(g/m3) MATERIAL (g/m3)
MATERIAL
0,001 Ferro 7,86
Ar( 20○C e 1atm)
0,10 Cobre 8,96
Isopor
0,92 Prata 10,49
Gelo
1,00 Chumbo 11,35
Água
1,26 Mercúrio 13,55
Glicerina
2,00 Ouro 19,32
Concreto
270 Platina 21,45
Alumínio
ATENÇÃO!!!
Pode ser que em determinadas situações o Peso Específico seja solicitado, o seu cálculo é
dado pelo Peso do Fluído por Volume ocupado:
• No Sistema Internacional a unidade é N/m3
DENSIDADE DE UM CORPO
Densidade(d) de um corpo é a razão do quociente de sua massa(m) pelo volume
delimitado por sua superfície externa (Vext) :
EXEMPLO:
Os navios modernos são metálicos, basicamente construídos em aço. Por ser um
material de elevada densidade, o aço afunda rapidamente na água quando considerado em
porções maciças. No entanto, os navios flutuam na água porque, sendo dotados de
descontinuidades internas (partes ocas), apresentam densidade menor que a desse líquido.
MUDE SUA VIDA!

3
DENSIDADE RELATIVA
Chama-se densidade de uma substância A relativa a outra B o quociente das respectivas
massas específicas das substâncias A e B quando a mesma temperatura e pressão:
Caso os volumes sejam considerados iguais teremos:

• É uma grandeza adimensional por serem de mesmas unidades.
CONCEITO DE PRESSÃO
Quando pegamos em uma caneta e pressionamos um de nossos dedos na ponta desse
objeto, estamos realizando uma Força em um Área. Agora, pegando um caderno no lugar
dessa caneta, e fazendo o mesmo procedimento, também possuímos Força e Área. Porém, a
área da caneta é menor que a do caderno, isso significa que quanto menor a Área maior será a
Força, ou seja, são grandezas inversamente proporcionais. Sobre isso, concluímos que Pressão
é uma Força aplicada por uma Área.
• Considere a figura acima, em que a superfície de área A, está sujeita a uma

distribuição de forças cuja resultante é F. A componente tangencial de Fa é Ft, e
a componente normal de Fa é Fn.
• F exerce na superfície, e é obtida dividindo-se o módulo da componente normal
de F em relação a Fn pela correspondente área A:
MUDE SUA VIDA!

4
• No Sistema Internacional a unidade é medida em N/m2que é denominada de

Pascal:
NOTA:
No nível do mar a pressão atmosférica é igual a 1atm ou 105Pa
• Observe as setas vermelhas. Elas indicam mais forças radiais de compressão que
a atmosfera exerce sobre a superfície do planeta. São essas forças que produzem
a pressão atmosférica.
• Uma outra unidade de medida em Pressão é o PSI que é utilizado nos

calibradores de pneus:
PRESSÃO EXERCIDA POR UMA COLUNA LÍQUIDA

Considerando a figura a seguir, observamos este recipiente contendo um líquido
homogêneo de massa específica, em equilíbrio sob a ação da gravidade. Seja h a altura do nível
do líquido no reservatório, isolemos, no meio fluido, uma coluna cilíndrica imaginária do
próprio líquido, com peso de módulo P e área da base A.
MUDE SUA VIDA!

5
A referida coluna exerce uma pressão média (p) na base do reservatório, que pode ser
calculada por:
No entanto, fazendo as seguintes substituições:
Como a coluna é cilíndrica, podemos calcular o volume desta maneira:
Assim, substituímos III em II, e logo após IV em I:
CURIOSIDADE
Vamos considerar que um mergulhador mergulhe verticalmente 10 metros na água de
um lago com massa específica de 1. 103 kg/m3 . Adotando também a aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2 vamos obter:
Assim, concluímos que a cada 10 metros de profundidade do mergulhador na água, há

um aumento de 1,0 . 105Pa ou 1,0 atm na pressão exercida sobre ele.
MUDE SUA VIDA!

6
EXERCÍCIOS
1. (Eear 2016) No interior de um pneu de bicicleta a pressão é de aproximadamente 2,5 .
105 N/m². Para encher o pneu até tal pressão, é utilizada uma bomba cujo êmbolo
possui um diâmetro de 6 cm. Qual o valor da força mínima, em N, que deve ser aplicada
sobre a manivela da bomba para encher o pneu da bicicleta? (Considere π = 3)
a) 475
b) 575
c) 675
d) 775
2. Para impedir que a pressão interna de uma panela de pressão ultrapasse um certo
valor, em sua tampa há um dispositivo formado por um pino acoplado a um tubo
cilíndrico, como esquematizado na figura abaixo. Enquanto a força resultante sobre o
pino for dirigida para baixo, a panela está perfeitamente vedada. Considere o diâmetro
interno do tubo cilíndrico igual a, e a massa do pino igual a. Na situação em que apenas
a força gravitacional, a pressão atmosférica e a exercida pelos gases na panela atuam no
pino, a pressão absoluta máxima no interior da panela é:
Note e adote: π = 3
1 atm = 105 N/m²
g = 10 m/s²
a) 1,1 atm
b) 1,2 atm
c) 1,4 atm
d) 1,8 atm
e) 2,2 atm
GABARITO
1. C
2. C
MUDE SUA VIDA!

7
SUMÁRIO
TEOREMA DE PASCAL E VASOS COMUNICANTES.............................................................................................. 2
TEOREMA DE PASCAL .................................................................................................................................... 2
DEMONSTRAÇÃO ....................................................................................................................................... 2
CONSEQUÊNCIA DO TEOREMA DE PASCAL ................................................................................................... 4
PRESSÃO ABSOLUTA E PRESSÃO EFETIVA ..................................................................................................... 4
PRESSÃO ABSOLUTA .................................................................................................................................. 4
PRESSÃO EFETIVA ...................................................................................................................................... 5
VASOS COMUNICANTES ................................................................................................................................ 6
UM LÍQUIDO EM EQUILÍBRIO .................................................................................................................... 6
DOIS LÍQUIDOS IMISCÍVEIS EM EQUILÍBRIO .............................................................................................. 7
PRENSA HIDRÁULICA ..................................................................................................................................... 8
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 10
GABARITO .................................................................................................................................................... 10
MUDE SUA VIDA!

1
TEOREMA DE PASCAL E VASOS COMUNICANTES

TEOREMA DE PASCAL
Blaise Pascal (1623-1662) nasceu em Clermont-Ferrand, França, tendo manifestado,
ainda criança, grande habilidade em Matemática. Estudou Geometria, Probabilidade e Física,
chegando a importantes descobertas. Aos 19 anos de idade criou uma calculadora
revolucionária mecânica, na qual permitia que as pessoas pudessem fazer operações
aritméticas mesmo sem saber os algoritmos. Além disso, embrenhou-se na Filosofia e na
Teologia, deixou muito claro a sua insatisfação com as coisas meramente racionais: “O
CORAÇÃO TEM RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE”.
Antes da demonstração, vamos considerar o seguinte: um incremento de pressão
comunicado a um ponto qualquer de um líquido incompressível em equilíbrio, transmite-se
integralmente a todos os demais pontos do líquido, bem como às paredes do recipiente.
DEMONSTRAÇÃO
Utilizando um cilindro como experimento que contém um líquido homogêneo,
incompressível e em equilíbrio sob a ação da gravidade. Teremos ele aprisionado por um
êmbolo livre, de peso P. Adotando dois pontos, sendo o ponto 1 aquele situado sob o êmbolo,
e o ponto 2 situado a uma profundidade h. E em seguida aplicando essas informações no
Teorema de Stevin, obteremos:

Se um corpo for depositado sobre o êmbolo, a pressão no ponto 1 será incrementada de
Delta P, a nova pressão no ponto 1 (p'1) será dada por:
Se observarmos bem temos como base a expressão I. Logo, podemos constatar que a
variação de p1 acarreta em p2, já que as componentes não modificam, altura, gravidade e a
massa específica são constantes nesse caso. Calculemos, então, a nova pressão (p'2) exercida
no ponto 2:
MUDE SUA VIDA!

2
Concluímos que o incremento de pressão Delta P dado ao ponto 1, transmitiu-se,

manifestando-se também no ponto 2.
EXEMPLOS
Vejamos a seguir algumas situações em que o Teorema de Pascal é fundamental na

função de alguns dispositivos:
1. Elevador hidráulico de automóveis.
2. Mecanismo hidráulico de abaixamento e recolhimento de trem de pouso de aviões.
3. Multiplicadores hidráulicos de forças em retroescavadeiras.
MUDE SUA VIDA!

3
CONSEQUÊNCIA DO TEOREMA DE PASCAL

Todos os pontos de um líquido em equilíbrio exposto à atmosfera ficam submetidos à
pressão atmosférica.
Vamos adotar o seguinte sistema com um recipiente que possui certa quantidade de
líquido evácuo: Sejam os pontos 1 e 2 pertencentes ao líquido, tal que 1 se encontre na
superfície livre e 2 a uma profundidade h. Nas condições descritas, a pressão no ponto 1 é
nula, pois a esse ponto
sobrepõe-se o vácuo. Assim:
No ponto 2, a pressão deve-se exclusivamente à camada líquida de altura h. Então:
Destampando o recipiente, a pressão no ponto 1 ficará incrementada de variação P igual

a P0 em que P0 é a pressão atmosférica do local. A nova pressão P`1 no ponto 1 será dada por:
Conforme o Teorema de Pascal, entretanto, esse incremento de pressão deverá

transmitir-se integralmente também ao ponto 2. Por isso, a nova pressão P`2 no ponto 2 será
dada por:
PRESSÃO ABSOLUTA E PRESSÃO EFETIVA

PRESSÃO ABSOLUTA
É a soma da pressão exercida pela coluna líquida com a pressão atmosférica.
MUDE SUA VIDA!

4
Podemos representar graficamente da seguinte forma:
PRESSÃO EFETIVA
É a pressão exercida exclusivamente pela camada líquida que se sobrepõe ao referido
ponto:
Podemos representar graficamente da seguinte forma:
MUDE SUA VIDA!

5
VASOS COMUNICANTES
UM LÍQUIDO EM EQUILÍBRIO
Utilizando o recipiente a seguir, admita que um mesmo líquido homogêneo preencha os
três ramos existentes no sistema, suposto em equilíbrio.
Em relação à linha de nível indicada, sejam h1, h2 e h3, respectivamente, as alturas das
colunas líquidas nos ramos (1), (2) e (3). Podemos então fazer o cálculo da Pressão Absoluta
nesses pontos para ver se h1 = h2=h3:
Percebemos que h1 = h2 = h3, dessa forma notamos que a imagem não corresponde.
NOTA!!!
Em um sistema de vasos comunicantes abertos nas extremidades superiores, situados
em um mesmo ambiente e preenchidos por um mesmo líquido em equilíbrio, tem-se, em
todos os vasos, a mesma altura para o nível livre do líquido.
EXEMPLOS
 Analisando a imagem abaixo percebemos que os vasos comunicantes possuem um

único líquido. Sobre isso, observe que independentemente da forma dos tubos, a
altura atingida pelo líquido em cada um deles, medida a partir de um determinado
nível, é sempre a mesma.
MUDE SUA VIDA!

6
Sendo outro tipo de vaso comunicante que se comunicar com o corpo principal o bule é
utilizado, geralmente, para servir chá ou café. Nesse exemplo a superfície livre da bebida fica à
mesma altura h em relação à linha de base do sistema, tanto no bico como no corpo principal.
DOIS LÍQUIDOS IMISCÍVEIS EM EQUILÍBRIO

É quando temos em um recipiente vários líquidos imiscíveis (não se misturam) em
equilíbrio, as várias camadas líquidas apresentam massa específica crescente da superfície
para o fundo.
• Adotando o seguinte tubo contendo dois líquidos imiscíveis, A e B em equilíbrio.
MUDE SUA VIDA!

7
• Passando uma linha de nível pela superfície de separação dos líquidos, temos
que hA = hB. Notamos também que os pontos 1 e 2 pertencentes ao líquido A, por
estarem no mesmo nível, devem suportar pressões totais iguais. Dessa forma,
temos:
 PONTO 1
 PONTO 2
 PONTO 1 = 2
 ASSIM:
PRENSA HIDRÁULICA
É a utilização de dispositivos que vão fazer a multiplicação de forças. Em sua versão mais
elementar, a prensa hidráulica é um tubo cujos ramos têm áreas da seção transversal
diferentes. Normalmente esse tubo é preenchido com um líquido viscoso (em geral, óleo).
Pegando a seguinte imagem como exemplificação:
MUDE SUA VIDA!

8
Quando uma força F1é aplicada provocamos um incremento de pressão nos pontos do
líquido vizinhos da base desse pistão. Esse acréscimo de pressão é transmitido integralmente
aos demais pontos do líquido, o que é justificado pelo Teorema de Pascal. Isso significa que os
pontos vizinhos da base do pistão 2 também recebem o acréscimo de pressão e, por isso,
exercem uma força F2 na base desse pistão.
Observem o Pistão 1 e o Pistão 2:
LOGO:
ATENÇÃO!!!
Supondo que os pistões 1 e 2 sejam circulares, com raios, respectivamente, iguais a R1 e
R2, temos:
LOGO:
 Embora a prensa hidráulica multiplique forças, não multiplica trabalho (Princípio

de Conservação da Energia). Desprezando dissipações, os trabalhos realizados
sobre os dois êmbolos têm valores absolutos iguais.
 A expressão a seguir define a vantagem mecânica da prensa hidráulica, que é o
fator de multiplicação de força oferecido pela máquina.
MUDE SUA VIDA!

9
EXERCÍCIOS
1. Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldades de locomoção, é utilizado,
em ônibus e automóveis, o elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba
elétrica, para forçar um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra mais larga, e
dessa forma acionar um pistão que movimenta a plataforma. Considere um elevador
hidráulico cuja área da cabeça do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação
que sai da bomba. Desprezando o atrito e considerando uma aceleração gravitacional de 10
m/s2, deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em uma cadeira de rodas de 15 kg sobre a
plataforma de 20 kg.
Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, para que o
cadeirante seja elevado com velocidade constante?
a) 20 N
b) 100 N
c) 200 N
d) 1 000 N
e) 5 000 N
2. (Efomm 2017) O tipo de manômetro mais simples é o de tubo aberto, conforme a figura
abaixo.
Uma das extremidades do tubo está conectada ao recipiente que contém um gás a uma
pressão e a outra extremidade está aberta para a atmosfera. O líquido dentro do tubo em
forma de U é o mercúrio, cuja densidade é 13,6 x 10³ kg/m³. Considere as alturas h1 = 5,0 cm e
h2 = 8,0 cm. Qual é o valor da pressão manométrica do gás em pascal?
Dado: g = 10 m/s²
a) 4,01 x 10³
b) 4,08 x 10³
c) 40,87 x 10²
d) 4,9 x 104
e) 48,2 x 10²
GABARITO
1. C
2. B
MUDE SUA VIDA!

10
SUMÁRIO
TEOREMA DE ARQUIMEDES (EMPUXO) ............................................................................................................ 2
PESO APARENTE ........................................................................................................................................ 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4
MUDE SUA VIDA!

1
TEOREMA DE ARQUIMEDES (EMPUXO)

Filósofo, matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego, Arquimedes
(287a.C. - 212a.C.) foi quem descobriu como calcular o empuxo. Esse teorema consiste na
aplicação de uma força exercida por um fluido no estado de equilíbrio quando um corpo é
imerso total ou parcialmente. Tal força tem sempre direção vertical, sentido de baixo para
cima e intensidade igual à do peso do fluido deslocado pelo corpo. Sobre isso, aplicando essa
teoria na prática temos como demonstração um navio flutuando no mar.
• A resultante das ações da água sobre a esfera é o empuxo E, força vertical e

dirigida para cima. A intensidade de E é igual à do peso do fluido deslocado pela
esfera. Assim, podemos calcular o empuxo da seguinte maneira:
ATENÇÃO P/ CARACTERÍSTICAS
 O empuxo só é considerado quando as ações do fluido sobre o corpo estão em
equilíbrio.
 A linha de ação do empuxo passa sempre pelo centro de gravidade da porção fluida
que ocupava o local em que está o corpo.
 O empuxo não tem nenhuma relação geral com o peso do corpo imerso, cuja
intensidade pode ser maior que a do empuxo, menor que ela ou igual à do empuxo.
 Para Vfd e g constantes, E é diretamente proporcional a Uf.
 Para Uf e g constantes, E é diretamente proporcional a Vfd.
EXEMPLOS
1) pegando uma bola de pingue-pongue, uma esfera maciça de aço, sendo respectivamente A e
B. Temos que esses dois corpos estão totalmente imersos na água. É claro que a esfera B é
mais pesada que a bola A, porém, por terem o mesmo volume externo, A e B deslocam
volumes iguais de água e, por isso recebem empuxos de mesma intensidade:
Nesse experimento quando o bloco é introduzido na jarra preenchida com água até o nível do
MUDE SUA VIDA!

2
2) seu bico, certo volume do líquido extravasa, sendo recolhido no recipiente lateral. O volume
extravasado é o mesmo do bloco, a intensidade do empuxo recebido por ele é igual à do peso
do líquido deslocado:
3) na imagem a seguir, um balão inflado com um gás menos denso que o ar mantém suspensa,
em repouso, uma pedra presa por um barbante. Nessa situação o sistema apresenta-se em
equilíbrio, sendo a intensidade do peso total igual a intensidade do empuxo do ar.
PESO APARENTE
Considerando certo corpo totalmente imerso em um fluido. O volume do fluido
deslocado é igual ao volume do corpo. Supondo que a densidade do corpo seja maior do que a
do líquido. Consequentemente, o corpo fica sujeito a uma força resultante vertical com sentido
de cima para baixo que é denominada de Peso Aparente, sendo calculada por:
Pap = Pc – E
MUDE SUA VIDA!

3
EXERCÍCIOS
1. (Efomm 2020) Uma esfera de densidade µesf está próxima à superfície de um lago
calmo e totalmente submersa quando é solta, demorando 4,0 s para atingir a
profundidade de h = 40,0 m. Suponha que a densidade do lago seja µH2O = 10³ kg/m³.
Qual é, então, a densidade da esfera? Considere g = 10 m/s².
a) 1,0 x 10³ kg/m³
b) 2,0 x 10³ kg/m³
c) 4,0 x 10³ kg/m³
d) 8,0 x 10³ kg/m³
02. (Espcex (Aman) 2015) No interior de um recipiente vazio, é colocado um cubo de
material homogêneo de aresta igual a 0,40 m e massa M = 40 kg. O cubo está preso a
uma mola ideal, de massa desprezível, fixada no teto de modo que ele fique suspenso no
interior do recipiente, conforme representado no desenho abaixo. A mola está presa ao
cubo no centro de uma de suas faces e o peso do cubo provoca uma deformação de 5 cm
na mola. Em seguida, coloca-se água no recipiente até que o cubo fique em equilíbrio
com metade de seu volume submerso. Sabendo que a densidade da água é de 1000
kg/m³, a deformação da mola nesta nova situação é de:
Dado: g = 10 m/s²
a) 3,0 cm
b) 2,5 cm
c) 2,0 cm
d) 1,5 cm
e) 1,0 cm
GABARITO
1. B
2. E
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL – LEIS DE KEPLER ...................................................................................................... 2
LEIS DE KEPLER .............................................................................................................................................. 2
PRIMEIRA LEI – LEIS DAS ÓRBITAS ............................................................................................................. 2
SEGUNDA LEI – LEI DAS ÁREAS .................................................................................................................. 3
TERCEIRA LEI – LEI DOS PERÍODOS ............................................................................................................ 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
MUDE SUA VIDA!

1
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL – LEIS DE KEPLER

Responsável por desvincular a Astronomia da Teologia e ligar com a Física, Johannes
Kepler era dono de uma personalidade indagadora e obstinada. Esse professor de Matemática
e Astronomia, conhecedor das teorias de Copérnico, herdou um grande acervo de informações
e medidas. Tais “ingredientes “ajudaram a encontrar notórias regularidades nos movimentos
planetários. Logo, mesmo sem uma comprovação através de cálculos matemáticos, ele pôde
formular três generalizações que são conhecidas como Leis de Kepler.
LEIS DE KEPLER
PRIMEIRA LEI – LEIS DAS ÓRBITAS
Tendo um referencial no Sol, os planetas realizam uma movimentação que descreve
Órbitas Elípticas, dessa maneira, o Sol ocupa um dos focos da Elipse.
• Quando o ponto da órbita for próximo do Sol, chamamos de Periélio.
• Quando o ponto da órbita estiver afastado do Sol, chamamos de Afélio.
Pegando como base a imagem a seguir, percebemos que a distância entre Afélio e Periélio
possibilita determinar não só o diâmetro da órbita do planeta, mas também o seu Raio Médio,
como mostra a imagem do lado:
• Podemos concluir que o raio médio da órbita é o semieixo maior da elipse.

• No sistema solar, Mercúrio é o planeta que descreve maior órbita com
excentricidade. Já nos outros planetas, a órbita é praticamente, circular.
Analisando a tabela abaixo, apresentamos o valor da excentricidade da órbita de
cada planeta.
MUDE SUA VIDA!

2
• O fato de existirem órbitas praticamente circulares não invalida, contudo, a

primeira Lei de Kepler, já que a circunferência é um caso particular de elipse que
tem os focos coincidentes.
SEGUNDA LEI – LEI DAS ÁREAS
É o segmento das áreas varridas pelo vetor-posição de um planeta em relação ao centro
do Sol que são diretamente proporcionais aos respectivos intervalos de tempo gastos, ou seja,
o vetor posição de um planeta em relação ao centro do Sol varre áreas iguais em intervalos de
tempo iguais.
• Podemos escrever a área e o intervalo de tempo da seguinte forma:
• Va é a velocidade areolar, sendo a rapidez com que o vetor posição do planeta,

que tem origem no centro do Sol e extremidade no centro do planeta, varre as
respectivas áreas.
• Pegando como exemplificação a imagem a seguir:
• Sendo rA , rB , rC e rD os vetores posição que estão associados aos instantes tA , tB

, tC e tD E A1 e A2 as áreas varridas pelo vetor posição nos intervalos de tempo 1
e 2. Como propõe a Segunda Lei de Kepler, teremos :
• A Velocidade Areolar para um dado planeta do sistema solar é constante.

Entretanto, não quer dizer que o movimento do planeta ao longo de sua órbita
seja uniforme.
MUDE SUA VIDA!

3
Ø No Periélio, o planeta tem velocidade de translação com intensidade máxima;

Ø No Afélio, o planeta tem velocidade de translação com intensidade mínima;
Ø Na transição do Periélio para o Afélio, o movimento é retardado;
Ø Na transição do Afélio para o Periélio, o movimento é acelerado.
• Os movimentos acelerados e retardados só ocorrem por causa da Força de
Atração Gravitacional que o Sol aplica no planeta. Tal força sempre está dirigida
para o centro de massa do Sol. Além disso, do afélio para o periélio, a força
gravitacional admite uma componente tangencial no sentido da velocidade,
ocorrendo o contrário do periélio para o afélio.
• Caso um planeta descreva uma órbita circular, o seu movimento será uniforme.
TERCEIRA LEI – LEI DOS PERÍODOS

É a relação diretamente proporcional entre o período de revolução de um planeta ao redor
do Sol e o raio médio da órbita do planeta, sendo constante o quociente do raio médio da órbita,
R3, pelo quadrado do período de revolução (ou translação), T2, em torno do Sol. Representamos
da seguinte forma:
• KP é a constante de Kepler e seu valor depende apenas da massa do Sol e das

unidades de medida.
Na tabela abaixo, estão relacionados os oito planetas do sistema solar com seus
respectivos raios médios de órbita (R) e períodos de revolução (T). Na coluna à direita,
aparecem os valores do quociente R3 / T2 para cada caso.
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
1. A 2ª Lei de Kepler (Lei das áreas) permite concluir que:

a) as áreas varridas pelo vetor-posição de um planeta em relação ao centro do Sol são
diretamente proporcionais aos quadrados dos respectivos intervalos de tempo gastos;
b) a intensidade da velocidade de um planeta ao longo de sua órbita em torno do Sol é
máxima no periélio;
c) a intensidade da velocidade de um planeta ao longo de sua órbita em torno do Sol é
máxima no afélio;
d) o intervalo de tempo gasto pelo planeta em sua translação do afélio para o periélio é
maior que o intervalo de tempo gasto por ele na translação do periélio para o afélio;
e) o movimento de translação de um planeta em torno do Sol é uniforme, já que sua
velocidade areolar é constante.
2. (Efomm 2019) Um planeta possui distância ao Sol no afélio que é o dobro de sua distância
ao Sol no periélio. Considere um intervalo de tempo Dt muito pequeno e assuma que o
deslocamento efetuado pelo planeta durante esse pequeno intervalo de tempo é
praticamente retilíneo. Dessa forma, a razão entre a velocidade média desse planeta no
afélio e sua velocidade média no periélio, ambas calculadas durante o mesmo intervalo
Dt, vale aproximadamente
1
a)
2
2
b)
2
1
c)
3
2
1
d)
8
e) 2
MUDE SUA VIDA!

5
GABARITO
1. B
2. A
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
FORÇA E ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL ........................................................................................................... 2
GRÁFICO .................................................................................................................................................... 3
CAMPO GRAVITACIONAL............................................................................................................................... 3
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL – PONTO EXTERNO AO ASTRO................................................................. 4
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL – SUPERFÍCIE DO ASTRO .......................................................................... 4
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL – PONTO INTERNO AO ASTRO ................................................................. 4
GRÁFICO DE G EM FUNÇÃO DE X .............................................................................................................. 5
VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL DEVIDO À ROTAÇÃO DO ASTRO ........................................... 5
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE NO EQUADOR DO ASTRO .......................................................................... 6
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE NOS POLOS DO ASTRO .............................................................................. 6
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
GABARITO ...................................................................................................................................................... 7
MUDE SUA VIDA!

1
FORÇA E ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL

As Leis de Kepler descrevem uma cinemática do sistema planetário. Porém, observando
pelo ponto de vista dinâmico, que tipo de força o Sol realiza sobre os planetas, em que acaba
obrigando-os a se moverem com base nas Leis de Kepler?
Foi por meio de Isaac Newton que essa pergunta foi respondida da seguinte maneira:
Newton analisou o movimento da Lua e chegou à conclusão de que o mesmo tipo de força que
faz os corpos caírem na Terra era o que a Terra realizava sobre a Lua, assim mantendo-a em
órbita. Logo, foram denominadas de Forças Gravitacionais. Além disso, Newton também
concluiu que essas forças são um dos agentes responsáveis por manter os planetas em órbita.
Utilizou-se das Leis de Kepler e acabou descobrindo que as Forças Gravitacionais
possuem intensidades que dependem diretamente das massas do Sol e do planeta, mas são
inversamente do quadrado da distância entre eles.
Fazendo o uso da imagem acima como exemplificação, notamos que as intensidades de

FAB e FBA são diretamente proporcionais ao produto das massas mA e mB, mas inversamente
proporcionais ao quadrado da distância d. Representado por F a intensidade de FAB ou de FBA,
podemos escrever que:
Sendo G a constante da gravitação e seu valor numérico, num mesmo sistema de unidades,
independe do meio em que os corpos se encontram. Atualmente, o valor de G é:
MUDE SUA VIDA!

2
GRÁFICO
Vamos observar o gráfico abaixo e analisar a variação da intensidade (F) da força de
atração gravitacional em função da distância d entre seus centros de gravidade.
• Como F é inversamente proporcional ao quadrado de d, temos a seguinte tabela

para demonstrar essa representação:
CAMPO GRAVITACIONAL
Define-se como campo gravitacional toda massa que tem capacidade de criar em torno de
si um campo de forças. Por exemplo, uma estrela e um simples asteroide possuem ao seu redor
um campo gravitacional. Além disso, a intensidade do campo gravitacional em certo ponto
aumenta junto com a massa geradora do campo e diminui com a distância até essa massa.
• O campo gravitacional é considerado Atrativo quando partículas submetidas
exclusivamente aos seus efeitos são “puxadas” para junto da massa geradora.
• Em um campo gravitacional, as Linhas de Força são linhas que representam, em
cada ponto, a orientação da força que atua em uma partícula submetida
exclusivamente aos efeitos desse campo.
• Aceleração Gravitacional é a grandeza que caracteriza o campo gravitacional,
sendo aceleração adquirida por uma partícula deixada exclusivamente aos efeitos
do campo. Suas direções são as mesmas e o mesmo sentido das linhas de força,
ou seja, é radial ao astro e dirigida para o seu centro.
MUDE SUA VIDA!

3
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL – PONTO EXTERNO AO ASTRO

Considerando o astro da imagem abaixo, possuindo raio R e massa M, exercendo uma
Força Gravitacional em um corpo de massa m e situado a uma altura h em relação a sua
superfície, podemos calcular a intensidade dessa força pela Lei de Newton da Atração das
Massas. Então, chegaremos à seguinte fórmula que expressa a Aceleração Gravitacional:
• Sendo G a Constante da Gravitação
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL – SUPERFÍCIE DO ASTRO

Adotando a altura h igual a zero e substituindo na fórmula anterior, nota-se que a
intensidade da aceleração gravitacional será representada por:
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL – PONTO INTERNO AO ASTRO

Para pontos internos ao astro, o valor de g é diretamente proporcional à distância do
ponto considerado ao centro do astro. Calcula-se da seguinte maneira:
• g é aceleração gravitacional no ponto interno;

• r é o raio do astro;
• K é uma constante, representada por:
MUDE SUA VIDA!

4
• Sendo G a Constante da Gravitação;

• Massa específica uniforme e igual a m.
GRÁFICO DE G EM FUNÇÃO DE X
A intensidade da aceleração da gravidade varia em função da distância x ao centro do
astro, conforme representa o gráfico ao lado.
VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL DEVIDO À

ROTAÇÃO DO ASTRO
MUDE SUA VIDA!

5
Um corpo de prova de massa m, colocado sobre a superfície do astro em um ponto A de

latitude w, descreverá uma circunferência de raio r e centro no eixo yy’, com velocidade angular
v. Em A, o corpo de prova ficará sujeito à força de atração gravitacional F, que admite duas
componentes, Fcp e P, conforme representa a figura acima. A componente Fcp é a força
centrípeta necessária para que o corpo realize o movimento circular e uniforme acompanhando
a rotação do astro.
• A componente P, por sua vez, traduz o peso aparente do corpo, isto é, a indicação
que seria fornecida por um dinamômetro situado no ponto A, caso o corpo de
prova fosse dependurado nesse aparelho.
• P = mg, em que g é o valor aparente da aceleração da gravidade no ponto A.
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE NO EQUADOR DO ASTRO
Como R = r a intensidade da força centrípeta será máxima. Isso significa que o peso
aparente terá intensidade mínima, já que a força de atração gravitacional tem intensidade
constante. O cálculo será por meio:
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE NOS POLOS DO ASTRO

Sendo r = 0, a força centrípeta será nula. Isso significa que o peso aparente terá
intensidade máxima, igual à intensidade da força de atração gravitacional. Calcula-se através da
seguinte expressão:
• Como não há influência do movimento de rotação do astro, podemos dizer que o

valor aparente da aceleração da gravidade coincide com o valor real.
EXERCÍCIOS
1. (Espcex (Aman) 2012) Consideramos que o planeta Marte possui um décimo da massa
da Terra e um raio igual à metade do raio do nosso planeta. Se o módulo da força
gravitacional sobre um astronauta na superfície da Terra é igual a 700 N, na superfície de
Marte seria igual a:
a) 700 N
b) 280 N
c) 140 N
d) 70 N
e) 17,5 N
MUDE SUA VIDA!

6
2. (Epcar (Afa) 2016) Considere a Terra um Planeta esférico, homogêneo, de raio R, massa
M concentrada no seu centro de massa e que gira em torno do seu eixo E com velocidade
angular constante ω, isolada do resto do universo.
Um corpo de prova colocado sobre a superfície da Terra, em um ponto de latitude φ,
descreverá uma trajetória circular de raio r e centro sobre o eixo E da Terra, conforme a figura
abaixo.
!
Nessas condições, o corpo de prova ficará sujeito
!
a uma força de atração gravitacional
F, que admite duas componentes, uma centrípeta, Fcp , e outra que traduz o peso aparente do
!"
corpo, P.
Quando φ = 0°, então o corpo de prova está sobre a linha do equador e experimenta um
valor aparente da aceleração da gravidade igual a ge . Por outro lado, quando φ = 90°, o corpo
de prova se encontra em um dos Polos, experimentando um valor aparente da aceleração da
gravidade igual a gp .
ge
Sendo G a constante de gravitação universal, a razão vale
gp
ω2R3
a) 1 -
GM
b)
( GM - ω2r ) R2
GM
2
1- ω r
c)
GM
GMR2 - ω2r 2
d)
GM
GABARITO
1. B
2. A
MUDE SUA VIDA!

7
SUMÁRIO
VELOCIDADE ORBITAL E ENERGIA MECÂNICA.................................................................................................. 2
SATÉLITES ...................................................................................................................................................... 2
MOVIMENTO DE SATÉLITE GENÉRICO....................................................................................................... 2
VELOCIDADE DE ESCAPE ................................................................................................................................ 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
MUDE SUA VIDA!

1
VELOCIDADE ORBITAL E ENERGIA MECÂNICA

SATÉLITES
MOVIMENTO DE SATÉLITE GENÉRICO
Considere a imagem abaixo na qual um satélite genérico de massa m gravita em órbita
circular em torno de um planeta de massa M. Representemos por r o raio da órbita e por G a
Constante da Gravitação. Lembrando que, se a órbita descrita pelo satélite é circular, seu
movimento é uniforme.
DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE ORBITAL (V)

Como o seu movimento circular é uniforme, a força gravitacional que o satélite recebe
desse planeta é a resultante centrípeta desse movimento.
DETERMINAÇÃO DO PERÍODO DE REVOLUÇÃO (T)

Percebe-se que T independe da massa do satélite, sendo proporcional à raiz quadrada do
cubo de r. Se um outro satélite, com massa diferente do primeiro, descrevesse a mesma órbita,
esta seria percorrida com o mesmo período de revolução.
MUDE SUA VIDA!

2
• Para qualquer corpo em órbita de uma grande massa central, o quociente é

constante. A constante, denominada constante de Kepler, no caso do sistema
solar, nada mais é que o quociente que de fato só depende da massa central (M).
DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE AREOLAR (VA)

Quando o satélite realiza uma volta completa em sua órbita, seu vetor-posição em relação
ao centro do planeta varre uma área A = πr2 durante um intervalo de tempo T. Substituindo na
Segunda Lei de Kepler tanto a área com o intervalo de tempo iremos encontrar Va:
• Note que independe da massa do satélite, mas depende do raio da órbita (r) e da
massa do planeta (M).
Considere um planeta de raio R e massa M. Seja m a massa de um satélite em órbita
circular em torno do planeta à altitude h.
A força da interação gravitacional entre M e m é responsável pela aceleração centrípeta
necessária para manter m em órbita. Essa aceleração é a própria aceleração da gravidade à
altitude h:
acp = gh. A partir dessa igualdade, tanto podemos determinar a velocidade orbital como o
período de revolução do satélite em torno do planeta.
MUDE SUA VIDA!

3
Conhecida a velocidade do satélite, a uma determinada altura, determinamos sua energia

cinética:
!" !⋅"
𝑣=# 𝑣$ =
# #
"' ! 𝐺𝑀𝑚
Como 𝐸& = , temos:
$ 𝐸& =
2𝑅
Demonstra-se que a energia potencial gravitacional, adotando-se referencial no infinito, é

dada por:
)!*⋅"
𝐸( =
#
O sinal negativo significa que, em todos os pontos do campo gravitacional, a energia

potencial gravitacional é menor do que no infinito. No campo gravitacional, a energia mecânica
se conserva, isto é, Emec = Ep + Ec = constante.
VELOCIDADE DE ESCAPE
Velocidade de escape é a menor velocidade com que se deve lançar um corpo da superfície
terrestre para que este se livre da atração da Terra, isto é, chegue ao infinito com velocidade
nula.
Corpo no infinito: Ec = 0; Ep = 0 (referencial no infinito)
!⋅#!" %&! $⋅%&

Portanto: $
− '
=0 𝑣( = % '
Substituindo os valores de G, M (massa da Terra) e R (raio médio da Terra), vem:

𝑣(≈**,, km/s
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
1. Considere a existência de um planeta homogêneo, situado em uma galáxia distante, e as
informações sobre seus dois satélites apresentadas na tabela.
Satélite Raio da órbita circular Velocidade orbital
X 9R VX
Y 4R VY
Sabe-se que o movimento de X e Y ocorre exclusivamente sob ação da força gravitacional

do planeta.
VX
Determine a razão .
VY
$
a)
,
-
b) ,
,
c) .
*
d) $
*
e) -
2. (Efomm 2018) Patrick é um astronauta que está em um planeta onde a altura máxima
que atinge com seus pulos verticais é de 0,5 m. Em um segundo planeta, a altura máxima
alcançada por ele é seis vezes maior. Considere que os dois planetas tenham densidades
uniformes µ e 2µ 3, respectivamente. Determine a razão entre o raio do segundo planeta
e o raio do primeiro.
a) 1 2
b) 1 4
c) 1 6
d) 1 8
e) 1 10
GABARITO
1. A
2. B
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA ............................................................................................................... 2
FONTES DE LUZ .............................................................................................................................................. 2
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE LUZ ........................................................................................................ 3
MEIOS DE PROPAGAÇÃO DA LUZ .................................................................................................................. 4
MEIOS TRANSPARENTES ............................................................................................................................ 4
MEIOS TRANSLÚCIDOS .............................................................................................................................. 4
MEIOS OPACOS .......................................................................................................................................... 5
FENÔMENOS ÓPTICOS .................................................................................................................................. 5
REFLEXÃO REGULAR .................................................................................................................................. 5
REFLEXÃO DIFUSA...................................................................................................................................... 5
REFRAÇÃO REGULAR E DIFUSA.................................................................................................................. 6
................................................................................................................................................................... 6
ABSORÇÃO DA LUZ .................................................................................................................................... 6
A COR DOS OBJETOS ...................................................................................................................................... 7
PRINCÍPIO DA PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ........................................................................................... 7
OS ECLIPSES ............................................................................................................................................... 8
CÂMARA ESCURA DE ORIFÍCIO .................................................................................................................. 9
ÂNGULO VISUAL ........................................................................................................................................ 9
PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE DOS RAIOS DE LUZ................................................................................... 10
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS RAIOS DE LUZ .................................................................................... 10
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 10
GABARITO .................................................................................................................................................... 12
MUDE SUA VIDA!

1
PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

No nosso cotidianotemos vários acontecimentos que são estudados pela Física, e um
deles em envolve o comportamento da luz, na qual consegue ter propagação em diferentes
meios, sendo o estudo da Óptica Geométrica responsável por examinar tal fenômeno.Nesse
estudo a luz em propagação é representada graficamente por linhas que contém a direção e o
sentido essas linhas orientadas são denominadas de raios de luz.
Quando temos um conjunto de raios de luz passamos a chamar de feixes de luz que
podem ser convergentes, divergentes ou paralelos.
• CONVERGENTE: Conjunto de raios luminosos que coincidem em um mesmo
ponto.
• DIVERGENTE: Conjunto de raios luminosos que divergem a partir de um ponto.
• PARALELO: Conjunto de raios luminosos paralelos entre si.
FONTES DE LUZ
Só é possível visualizar um corpo por conta que ele emiteluz que incide nos olhos, logo,
possibilitando a diferenciação de cores, formatos e entre outras características.Sendo assim,
podemos classificar os corpos em luminosos ( fonte primária) ou iluminados ( fontes
secundárias).
• CORPOS LUMINOSOS: São corpos que emitem luz própria, mas podem ser
incandescentes ou luminescentes. Por exemplo, a chama de uma vela ou os
raios solares são classificados como incandescentes, já luminescentes podem
ser fluorescentes (emissão de luz enquanto dura a ação do agente exercitador)
como uma lâmpada, ou, podem ser fosforescentes (emitem luz por certo tempo
mesmo com o fim da ação do agente exercitador) como no caso interruptor de
lâmpadas.
MUDE SUA VIDA!

2
• CORPOS ILUMINADOS : São aqueles corpos que refletem a luz recebida de

outras fontes. Por exemplo, a lua, roupas, sapatos etc.
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE LUZ

Existem dois tipos de fontes: pontual (puntiforme) e extensa.
• FONTE PONTUAL: Possui dimensões desprezíveis em relação ao ambiente em
estudo, mas também pode emite infinitos raios de luz mesmo sendo uma fonte
com representação de um único ponto. Por exemplo, uma vela que ilumina um
objeto a uma longa distância ou uma mini lâmpada em uma arena de futebol.
• FONTE EXTENSA: Diferente da pontual a fonte extensa passa a considerar
relevante as dimensões da fonte em relação ao ambiente de estudo. Além disso,
ainda pode ser uma fonte com infinitos pontos de luz. Por exemplo, o Sol que
ilumina o planeta Terra ou uma vela que próxima a um copo.
ATENÇÃO!!!
Dependendo da fonte a luz emitida poderá ser monocromática ( simples ) ou
policromática ( composta).
MUDE SUA VIDA!

3
• MONOCROMÁTICA: Emite uma única cor como a lâmpada amarela feita de

vapor de sódio.
• POLICROMÁTICA: Emissão de superposição de luzes com cores diferentes,
exemplo, a luz solar (branca).
 Quando a luz policromática incide nos olhos do observador ela emite uma
sensação de uma cor na qual não coincide com nenhuma das cores componentes. O
exemplo mais claro é a luz emitida pelo Sol. A natureza da luz branca pode ser
evidenciada quando ela passa por um prisma, ocasionando na separação dela com
as luzes monocromáticas que lhe compõe
 Qualquer que seja a luz monocromática (vermelha, alaranjada, amarela, verde,
azul, anil e violeta) a sua velocidade no vácuo será a mesma que é em torno de
300.000 Km/s
 Em meios matérias a velocidade da luz varia dependendo do tipo de luz
monocromática. Além disso, o valor é sempre menor que a velocidade da luz no
vácuo.
MEIOS DE PROPAGAÇÃO DA LUZ

MEIOS TRANSPARENTES
São objetos vistos com nitidez mesmo com diversos meios matérias através deles. Logo,
o meio transparente permite a propagação de luz, mas também possuem uma trajetória
regular, observe a imagem abaixo:
MEIOS TRANSLÚCIDOS
Nesse meio a visualização de objetos ocorre, mas, não possui nitidez e a trajetória é
irregular.
MUDE SUA VIDA!

4
MEIOS OPACOS
Diferente dos meios transparentes e translúcidos, o meio opaco não realiza a
propagação de luz.
FENÔMENOS ÓPTICOS
Os fenômenos ópticos são determinados pela transição dos raios de luz de um primeiro
meio (por exemplo, ar) para o segundo meio (por exemplo, água, papel), tendo em vista
também a superfície separação entre esses dois meios. Nesse processo temos cinco tipos de
fenômenos: Reflexão Regular, Reflexão Difusa (difusão), Refração Regular, Refração
Difusa e Absorção da Luz.
REFLEXÃO REGULAR
Quando um feixe de raios paralelos está se propagando no meio1 e incide na superfície
de separação S e acaba retornando para o meio 1 com o paralelismo dos raios, determinamos
de Reflexão Regular . Por exemplo, a superfície polida de um metal.
REFLEXÃO DIFUSA
A Reflexão Difusa consiste na propagação de feixe de luz no meio 1que acaba incidindo
na superfície de separação S e retornando para o meio 1, mas os raios voltam com direções
diferentes, ou seja, nesse fenômeno o paralelismo não participando. A parede que nos vemos é
exemplo desse processo, pois ela reflete difusamente os raios de luz que acaba chegando aos
nossos olhos.
MUDE SUA VIDA!

5
REFRAÇÃO REGULAR E DIFUSA

Determinamos uma Refração Regular quando um feixe de luz em propagação no meio 1
incide no meio 2 passando pela superfície de separação S , isso ocorre quando a luz em
propagação no ar incide na superfície livre da água de uma piscina, logo, possibilita que uma
pessoa veja o Sol, como mostra a figura A . Já a Refração Regular acontece se o meio for
translúcido, assim os
raios perdem o paralelismo quando passam da superfície de separação S e propagação se no
Meio 2, observe a figura B .
ABSORÇÃO DA LUZ
Diferente da Reflexão e Refração, nesse processo a luz que de propaga no meio 1 não
incide no meio 2 e nem retorna para o meio 1 , ficando somente na superfície de separação S
que é aquecida pelos raios de luz já que eles são uma forma de energia.
MUDE SUA VIDA!

6
A COR DOS OBJETOS

A luz branca possui uma infinidade de luzes monocromáticas que são divididas em sete
cores principais: Vermelho, Alaranjado, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta. Uma pessoa
consegue ver cada corpo com uma determinada cor da seguinte forma: se a luz branca incide
em um corpo e o corpo absorve toda a gama de cores, refletindo somente a cor azul, o corpo é
de corazul. Logo, o corpo branco reflete difusamente toda luz branca incidente, já o corpo
negro absorve todas as cores, mas não reflete difusamente nenhuma cor.
PRINCÍPIO DA PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ

Esse princípio define que em meios transparentes e homogêneos, a luz se propaga em
linha reta, por exemplo, a sombra, penumbra e o eclipses são resultados desse princípio.
• SOMBRA: Região do espaço na qual não recebe a luz direta da fonte.
• PENUMBRA: Região do espaço que recebe uma parte da luz direta da fonte.
Observe a imagem abaixo e perceba a diferença entre sombra e penumbra.
• D: Disco opaco
• A: Anteparoopaco
MUDE SUA VIDA!

7
OS ECLIPSES
O Eclipse é a formação de sombra e penumbra entre o Sol, a Lua e a Terra. Nesse
procedimento temos cinco variações de Eclipses : Total do Sol, Parcial do Sol, Anular do Sol,
Total da Lua e Parcial da Lua.
• ECLIPSE TOTAL DO SOL: A visualização desse fenômeno ocorre na região de

sombra da Lua
• ECLIPSE PARCIAL DO SOL: A visualização desse fenômeno ocorre na região de
penumbra da Lua
• ECLIPSE TOTAL DA LUA: A visualização desse fenômeno ocorre na região de
sombra da Terra
• ECLIPSE PARCIAL DA LUA: A visualização desse fenômeno ocorre na região de
penumbra da Terra
 O ponto A é o Eclipse Total do Sol .

 O ponto B é o Eclipse Parcial do Sol .
 O ponto C caracteriza a posição do observador para ver o Eclipse Lunar L .
• ECLIPSE ANULAR DO SOL: É o prolongamento do cone da sombra da Lua que
intercepta a superfície terrestre.
MUDE SUA VIDA!

8
CÂMARA ESCURA DE ORIFÍCIO

Considerando uma caixa de paredes opacas que contém uma pequena abertura em umas
das paredes da caixa, permitindo a entrada de luz . Pondo um objeto AB em frente à câmara os
raios de luz provenientes desse objeto passam pelo orifício na caixa, formando uma imagem
proporcional do objeto, mas invertida, sendo a imagem. A expressão abaixo mostra a relação
entre a altura do objeto m, altura da imagem n, distância do objeto até a câmara a e
comprimento da câmara b.
• Quando se tem o aumento do orifício a passagem de luz aumenta, mas a nitidez

da imagem da câmara diminui
• O lado direito do objeto equivale ao lado esquerdo da imagem já que ela é
invertida.
ÂNGULO VISUAL
O ângulo visual tem relação com os raios de luz que saem de um corpo e incidem nos
olhos de uma pessoa. Além disso, o ângulo visual depende da extensão do objeto e da sua
posição em relação ao observador. Quanto maior for a distância do objeto em relação ao olho
do observador menor será o ângulo visual ou quanto menor for a distância do objeto maior
será o ângulo visual.
MUDE SUA VIDA!

9
PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE DOS RAIOS DE LUZ

Esse princípio constata que a trajetória de um raio de luz permanecerá constante
mesmo se inverter o seu sentindo de propagação.
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS RAIOS DE LUZ

Se tivermos dois ou mais raios de luz , emitidos por fontes diferentes que cruzam – se as
suas trajetórias não terão mudanças, ou seja, elas seguem de forma independente. Por
exemplo, vários refletores de luz durante uma festa.
EXERCÍCIOS
1. (Eear 2019) Considere um observador frente a três anteparos, em um meio homogêneo
e transparente, cada um com um orifício em seu respectivo centro, conforme mostra a
figura que se segue. Através desses orifícios, o observador consegue enxergar a chama
de uma vela devido a um princípio da Óptica Geométrica denominado __________.
MUDE SUA VIDA!

10
a) Princípio da independência dos raios de luz.

b) Princípio da reversibilidade dos raios de luz.
c) Princípio da propagação retilínea da luz.
d) Princípio da reflexão dos raios de luz.
2. 02. Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura H do solo. Um atleta de altura
h passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante v. Se H =
5m, h = 2m e v = 6m/s, determine a velocidade, em m/s, com que a sombra da parte
superior da cabeça do atleta se desloca no solo.
3. (Eear 2016) Um aluno da Escola de Especialistas de Aeronáutica que participaria de

uma instrução de rapel ficou impressionado com a altura da torre para treinamento.
Para tentar estimar a altura da torre, fincou uma haste perpendicular ao solo, deixando-
a com 1m de altura. Observou que a sombra da haste tinha 2 m e a sombra da torre
tinha 30 m.
Desta forma, estimou que a altura da torre, em metros, seria de:

a) 10
b) 15
c) 20
d) 25
MUDE SUA VIDA!

11
GABARITO
1. C
2. 10 m/s
3. B
MUDE SUA VIDA!

12
SUMÁRIO
REFLEXÃO DA LUZ E ESPELHOS PLANOS............................................................................................................ 2
REFLEXÃO DA LUZ .......................................................................................................................................... 2
LEIS DA REFLEXÃO ..................................................................................................................................... 2
ESPELHOS PLANOS......................................................................................................................................... 3
FORMAÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO PLANO ........................................................................................ 3
IMAGENS DE UM OBJETO EXTENSO .......................................................................................................... 3
CAMPO VISUAL DE UM ESPELHO PLANO .................................................................................................. 4
TRANSLAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO ..................................................................................................... 5
ROTAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO ........................................................................................................... 5
ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS ......................................................................................................... 6
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 7
GABARITO ...................................................................................................................................................... 9
MUDE SUA VIDA!

1
REFLEXÃO DA LUZ E ESPELHOS PLANOS

REFLEXÃO DA LUZ
A Reflexão consiste no processo em que a luz incide numa superfície que separa os dois
meios e retorna para o seu meio de origem, esse fenômeno é dividido em dois tipos: Difusa e
Especular
(Regular)
• REFLEXÃO DIFUSA: Essa reflexão é resultado de corpos que não apresentam
uma superfície refletora como um espelho. A superfície plana e polida que faz o
trabalho de refletir a luz regularmente é denominado de espelho plano.
• REFLEXÃO ESPECULAR ou REGULAR: Definida pelo processo de um feixe de

luz no qual incide em uma superfície refletora e retorna regularmente para o
meio de origem. Logo, esse tipo de reflexão permite a formação de imagens.
LEIS DA REFLEXÃO
Para entendermos melhor as Leis da Reflexão vamos representar graficamente a luz que
se reflete numa superfície na qual contém o raio incidente ( RI ) e o raio refletido ( RR ) ,
mas também uma reta perpendicular à superfície no ponto de incidência, na qual denomina-
se de normal ( N ).
MUDE SUA VIDA!

2
 PRIMEIRA LEI: Caracterizada por apresentar os raios incidentes, refletores, reta

normal e a superfície refletora, pertencentes ao mesmo plano, ou seja, são
coplanares.
 SEGUNDA LEI : O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
ESPELHOS PLANOS
Os Espelhos Planos são formados por um placa vidro na qual é colocada uma película de
prata, denominada de superfície refletora. Logo, a luz que incide nesse tipo de superfície é
refletida regularmente, resultando na formação de imagens.
FORMAÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO PLANO
Considere um ponto luminoso P colocado diante de um espelho plano, no qual os raios
emitidos por ele sofrem reflexão regular . Caso uma pessoa observe esse espelho terá a
impressão de que os raios de luz recebidos são de origem do ponto P’ que está situado no
prolongamento dos raios refletidos.
Sendo assim, o ponto P’ que parece provir os raios que o observador recebe é
determinado de ponto – imagem virtual, agora o ponto P é definido como ponto – objeto
real , pois é dele que realmente vieram os raios luminosos. Logo, podemos concluir que:
• Ponto Objeto: Interseção efetiva dos raios luminosos
• Ponto Virtual: Interseção do prolongamento de raios luminosos
• Ponto objeto P e ponto imagem P’ são equidistantes do espelho
• Os pontos objeto e imagem são de naturezas opostas, ou seja, se o objeto é real a
imagem será virtual, e vice-versa.
IMAGENS DE UM OBJETO EXTENSO
Caracteriza-se um objeto extenso como um conjunto de pontos objeto ( A , B , C ... ) .
Nesse procedimento o espelho conjuga o chamado pontos imagens ( A’ , B ' , C ' ... ) que são as
imagens constituídas do objeto que possui uma simetria com o mesmo. Dessa maneira, objeto
e imagem são simétricos em relação ao espelho.
MUDE SUA VIDA!

3
• Outra característica desse processo é a formação de imagens que são

determinadas de enantiomorfas, isto é, são invertidas da direita para a
esquerda e não de baixo para cima.
• Objeto e imagem são de naturezas diferentes, pois todo objeto real conjuga uma
imagem virtual.
• O espelho plano não adúltera o tamanho da imagem em relação ao objeto, ou
seja , objeto e imagem possui as mesmas medidas.
CAMPO VISUAL DE UM ESPELHO PLANO
O campo visual é a região vista por um observador, através da reflexão no espelho plano
. Determinando a imagem do ponto O como O’ , no qual é simétrico a O , e em seguida basta
encontrar a imagem de O’ de O e unir O’ com os bordos do espelho. Logo, a região que estiver
sombreada é o campo visual.
MUDE SUA VIDA!

4
 O Campo Visual vai depender do tamanho e da posição do espelho, mas também da

posição do olho do observador.
TRANSLAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO
Tendo em conta um ponto – objeto P diante de um espelho plano, no qual passa por uma
translação de uma distânciad que fará a posição do espelho ter uma alteração, passando de A
para B , logo, a imagem de P passa de P1para P2 , resultando no deslocamento D que vai no
mesmo sentido do espelho. Portanto, caso um espelho plano translada uma distância d numa
direção perpendicular a seu plano o objeto fixo translada terá a imagem representada no
dobro do deslocamento:
• Se os deslocamentos são simultâneos podemos chegar na conclusão de que o

espelho plano com uma velocidade v terá a imagem do objeto fixo translada
com o dobro da velocidade:
ROTAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO

Fazendo o uso da demonstração a seguir, observa se que o espelho plano passar por uma
rotação de um ângulo α, o raio que é refletido em relação ao raio refletido 1 sofrerá uma
rotação angular igual a 2α. Sendo assim, podemos concluir que o ângulo de rotação dos raios
refletidos é o dobro do ângulo de rotação do espelho.
MUDE SUA VIDA!

5
ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS

Os Espelhos Planos apresentam apenas uma imagem de cada objeto. Entretanto, se
colocamos dois espelhos planos juntos formando um ângulo teremos mais de duasimagem,
isso é resultado das várias reflexões nos dois espelhos. Além disso, quanto maior for o ângulo
maior será a quantidade de imagens. Para realizarmos o cálculo do número de imagens nesse
processo iremos fazer uma razão entre 360° e o ângulo formado entre os espelhos e em
seguida subtrair por 1 para dar o número exato de imagens.
Essa expressão é utilizada nas seguintes situações:

• Quando a razão de 360° por α resultar um número par em qualquer posição do
objeto entre os dois espelhos.
• Quando a razão de 360° por α resultar um número ímpar, mas, o objeto deve
estar exatamente no plano bissetor do ângulo entre os espelhos
ATENÇÃO!!!
• Teoricamente, se o ângulo entre os espelhos for 0° a quantidade de imagens

deveria ser infinita, porém, não acontece, pois a cada reflexão uma parte da luz é
absorvida pelo espelho o que impossibilita essa característica.
• As imagens que são resultados das reflexões ímpares são de caráter
enantiomorfas do objeto. Por outro lado, as imagens pares são igual e
superponíveis ao objeto.
MUDE SUA VIDA!

6
EXERCÍCIOS
1. (Epcar (Afa) 2011) Um objeto luminoso é colocado em frente ao orifício de uma câmara
escura como mostra a figura abaixo.
Do lado oposto ao orifício é colocado um espelho plano com sua face espelhada voltada
para o anteparo translúcido da câmara e paralela a este, de forma que um observador em A
possa visualizar a imagem do objeto estabelecida no anteparo pelo espelho. Nessas condições,
a configuração que melhor representa a imagem vista pelo observador através do espelho é
a)
b)
c)
d)
2. Com três soldados colocadas entre dois espelhos planos fixos, um diretor de cinema
consegue uma cena onde são vistas no máximo 24 soldados . O ângulo entre os espelhos
vale:
a) 10°
b) 25°
c) 30°
d) 45°
e) 60°
3. (Efomm 2016) Um espelho plano vertical reflete, sob um ângulo de incidência de 10°, o
topo de uma árvore de altura H, para um observador O, cujos olhos estão a 1,50 m de
altura e distantes 2,00 m do espelho. Se a base da árvore está situada 18,0 m atrás do
observador, a altura H, em metros, vale
Dados: sen(10
= °) 0,17; cos(10
= °) 0,98;=
tg(10°) 0,18
MUDE SUA VIDA!

7
a) 4,0
b) 4,5
c) 5,5
d) 6,0
e) 6,5
MUDE SUA VIDA!

8
GABARITO
1. D
2. D
3. C
MUDE SUA VIDA!

9
SUMÁRIO
ESPELHOS ESFÉRICOS ................................................................................................................................... 2
ELEMENTOS DE UM ESPELHO ESFÉRICO ............................................................................................... 2
ESPELHOS ESFÉRICOS DE GAUSS .............................................................................................................. 3
FOCOS DE UM ESPELHO ESFÉRICO DE GAUSS ....................................................................................... 3
PROPRIEDADE DOS ESPELHOS ESFÉRICOS ............................................................................................ 4
CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO ESFÉRICO ............................................................................. 5
ESPELHO CONVEXO .............................................................................................................................. 5
ESPELHO CÔNCAVO ............................................................................................................................. 5
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 7
GABARITO ................................................................................................................................................ 8
MUDE SUA VIDA!

1
ESPELHOS ESFÉRICOS
Espelho Esférico é definido por ser uma calota esférica na qual uma de suas superfícies é refletora.
Quando a superfície refletora é interna, o espelho é côncavo, mas se a superfície for externa, o espelho
é convexo.
ELEMENTOS DE UM ESPELHO ESFÉRICO
Os Espelhos Esféricos possuem as seguintes características:
 Centro de Curvatura ( C ): Centro da superfície esférica;

 Vértice do Espelho ( V ): Polo da calota;
 Raio de Curvatura ( R ): Raio da superfície esférica;
 Eixo Principal: Reta definida pelo centro de curvatura e o vértice;
 Eixo Secundário: Qualquer reta que passa somente pelo centro de curvatura;
 Abertura do Espelho: É o ângulo plano determinando pelos eixos secundários que passam
pelos pontos A e B;
MUDE SUA VIDA!

2
 Plano Frontal: Qualquer plano perpendicular ao eixo principal;

 Plano Meridional: É o plano que possui o eixo principal.
ESPELHOS ESFÉRICOS DE GAUSS

Os Espelhos Planos apresentam uma característica de mostrar imagens sem nitidez e com deformação.
O físico Alemão, Carl Friedrich Gauss, observou por meio de estudos que existe certa condição para
que o Espelho Esférico imite uma imagem com maior nitidez. Essa condição relata que uma parte útil
do espelho esférico em torno do vértice é menor que um ângulo de 10°, logo, essa região permite uma
nitidez maior das imagens. Os Espelhos Esféricos que obedecem essa condição são determinados de
Espelhos Esféricos de Gauss.
FOCOS DE UM ESPELHO ESFÉRICO DE GAUSS

 O Foco Principal de um Espelho Esférico é o ponto de encontro dos raios refletidos
(côncavo) ou de seus prolongamentos (convexo).
 No espelho côncavo o foco é real (espelho convergente), já o convexo tem o foco virtual
(espelho divergente).
Observe a seguir a imagem de um espelho côncavo ( A ) e convexo ( B ) .
 Determina-se como Foco Secundário os raios paralelos que incidem nos espelhos esféricos
paralelamente a um de seus eixos secundários, no qual resulta em feixes refletidos de forma
convergente ( côncavo ) ou divergente ( convexo ) .
Observe a seguir a imagem de um espelho côncavo ( A ) e convexo ( B ) .
MUDE SUA VIDA!

3
 Define-se como Plano Focal o foco principal e secundário em um plano frontal. Observe a
imagem abaixo com o plano A ( côncavo ) e B ( convexo ) .
 Resultando que o foco F situa-se entre o centro de curvatura C e o vértice V.
PROPRIEDADE DOS ESPELHOS ESFÉRICOS

1. Quando um raio incide de forma paralela no eixo principal, ele é refletido em uma direção que
passa pelo foco principal.
2. Quando um raio passa pelo foco principal, ele será refletido paralelamente pelo eixo
principal.
3. Todos os raios incidem sobre o centro de curvatura, são refletidos sobre si mesmo.
MUDE SUA VIDA!

4
4. Os raios emitidos que passam pelo vértice são refletidos simetricamente pelo eixo principal.
CONSTRUÇÃO DE IMAGENS NO ESPELHO ESFÉRICO

ESPELHO CONVEXO
No Espelho Convexo suas características são de proporcionar uma imagem virtual, direta e menor.
 VIRTUAL: Acontece pelo cruzamento do prolongamento dos raios refletidos.

 DIREITA: Quando o objeto e imagem estão no mesmo semiplano do eixo principal.
 MENOR: A distância do objeto para a imagem passa a impressão dela ser menor.
ESPELHO CÔNCAVO
No Espelho Côncavo temos cinco tipos de casos com características diferentes:
MUDE SUA VIDA!

5
1) Quando temos um objeto além do centro de curvatura, ou seja, estando entre o centro de curvatura e o
foco, a imagem será real, invertida e menor que o objeto.
2) Caso o espelho côncavo tenha um objeto sobre o centro de curvatura a sua imagem será real,
invertida e do mesmo tamanho do objeto.
3) Caso um objeto esteja entre o centro de curvatura e o foco as características da imagem

passam a ser real, invertida e maior que o objeto.
4) Quando um objeto é colocado sobre o foco não ocorrerá a formação de imagens, isto é, uma
imagem imprópria.
MUDE SUA VIDA!

6
5) Neste caso o objeto está situado entre o vértice e o foco, logo, a imagem formada será virtual,
direta e maior.
EXERCÍCIOS
01. (Espcex (Aman) 2018) O espelho retrovisor de um carro e o espelho em portas de elevador são, geralmente,
espelhos esféricos convexos. Para um objeto real, um espelho convexo gaussiano forma uma imagem:
a) real e menor.
b) virtual e menor.
c) real e maior.
d) virtual e invertida.
e) real e direita.
MUDE SUA VIDA!

7
02. A concha de aço inoxidável representada na figura pode ser usada para demonstrar propriedades dos
espelhos esféricos. Uma dessas propriedades consta de uma das alternativas abaixo. Indique:
a) Para objetos colocados à direita, num afastamento

inferior a um quarto do diâmetro, as imagens são
invertidas.
b) Para objetos colocados à esquerda, num afastamento

inferior a um quarto do diâmetro, as imagens são
invertidas.
c) Imagens virtuais só podem ser obtidas para objetos

colocados à esquerda.
d) Para objetos colocados à direita, num afastamento inferior a um quarto do diâmetro, as imagens são
direitas.
e) Imagens virtuais só podem ser obtidas para objetos colocados à direita.
03. Desloca-se uma pequena lâmpada acesa ao longo do eixo principal de um espelho esférico côncavo, até
que a posição da imagem formada pelo espelho coincida com a posição do objeto. Nesse caso, a imagem é
invertida e a distância da lâmpada ao espelho é de 24 cm. Qual a distância focal do espelho?
GABARITO
1. B
2. D
3. 12 cm
MUDE SUA VIDA!

8
SUMÁRIO
ESPELHOS ESFÉRICOS – ESTUDO ANALÍTICO................................................................................................. 2
O REFERENCIAL DE GAUSS ....................................................................................................................... 2
EQUAÇÃO DE GAUSS ............................................................................................................................ 3
AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL......................................................................................................... 4
REGRA DOS SINAIS ............................................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 5
GABARITO ................................................................................................................................................ 5
MUDE SUA VIDA!

1
ESPELHOS ESFÉRICOS – ESTUDO ANALÍTICO
O estudo analítico está relacionado com a representação de formas geométricas que auxiliam na
determinação de posição e no tamanho da imagem, no estudo dos Espelhos Esféricos.
O REFERENCIAL DE GAUSS
O Referencial de Gauss é um sistema de coordenadas que auxiliam na determinação da posição e da
altura da imagem formada no Espelho Esférico. Esse sistema é constituído por uma origem, o eixo das
abcissas e ordenadas.
 ORIGEM: Vértice do Espelho.

 EIXO DAS ABCISSAS: Direção do eixo principal que tem sentido contrário ao da luz incidente.
 EIXO DAS ORDENADAS: Direção perpendicular ao eixo principal e com sentido ascendente.
ESPELHO CÔNCAVO ESPELHO CONVEXO
 Objetos e imagens reais contém valores positivos no eixo das Abcissas.

 Imagens virtuais no eixo das Ordenadas têm característica negativa.
 As Abcissas tanto dos objetos como das imagens são representadas, respectivamente, por pe
p’, resultando:
OBJETO REAL p >0
IMAGEN REAL p'>0
R VIRTUAL p'<0
 As Abcissas do foco e do centro de curvatura no espelho côncavo são positivas, mas no espelho
convexo passa a ser negativa, observe:
MUDE SUA VIDA!

2
ESPELHO CÔNCAVO F> 0 ; R > 0

ESPELHO CONVEXO F<0;R<0
 No eixo das Abcissas f do foco F tem como definição a distância focal do espelho que é a
distância da imagem formada e o ponto de convergência dos raios de luz. A expressão a seguir
é utilizada para calcular essa distância, sendo f ( distância focal ) e R ( Raio de Curvatura ).
 Quando O (objeto) e I (imagem) tiverem o mesmo sinal, a imagem será direita em relação ao
objeto.
 Quando O ( objeto ) e I ( imagem ) estiverem com sinais opostos a imagem será invertida em
relação ao objeto.
EQUAÇÃO DE GAUSS
MUDE SUA VIDA!

3
Essa equação está relacionada com o eixo das Abcissas dos objetos p, imagens p’ e a distância focal f,
sendo representada da seguinte forma:
 Outra forma de representação é quando adotamos que R = 2f, fazendo a substituição

teremos:
AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL

Determina-se como Aumento Linear a razão da altura da imagem I pela altura do objeto O. Além
disso, possui relação com o eixo das Abcissas p e p’, observe a expressão:
Outra maneira de representar essa fórmula é mesclando junto com a equação de Gauss, resultando:
REGRA DOS SINAIS
Real : p > 0 Virtual : p < 0

OBJETO
Real: p ' > 0 Virtual: p’ < 0
IMAGEM
Côncavo R > 0 e f > 0 Convexo R < 0 e f < 0
ESPELHO
Direita I > 0 Direita I < 0
ALTURA DA IMAGEM
PARA O > 0
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
01. (Eear - 2019) Uma árvore de natal de 50 cm de altura foi colocada sobre o eixo principal de um
espelho côncavo, a uma distância de 25 cm de seu vértice. Sabendo-se que o espelho possui um raio de
curvatura de 25 cm com relação a imagem formada, pode-se afirmar corretamente que:
a) É direita e maior do que o objeto, estando a 20 cm do vértice do espelho.
b) É direita e maior do que o objeto, estando a 25 cm do vértice do espelho.
c) É invertida e maior do que o objeto, estando a 25 cm do vértice do espelho.
d) É invertida e do mesmo tamanho do objeto, estando a 25 cm do vértice do espelho.
02. (Espcex (Aman) 2019) Uma jovem, para fazer sua maquiagem, comprou um espelho esférico de
Gauss. Ela observou que, quando o seu rosto está a 30 cm do espelho, a sua imagem é direita e três
vezes maior do que o tamanho do rosto.
O tipo de espelho comprado pela jovem e o seu raio de curvatura são, respectivamente,
a) côncavo e maior do que 60 cm.

b) convexo e maior do que 60 cm.
c) côncavo e igual a 30 cm.
d) côncavo e menor do que 30 cm.

e) convexo e menor do que 30 cm.
GABARITO
1. D
2. A
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
REFRAÇÃO DA LUZ – LEI DE SNELL..................................................................................................................... 2
REFRAÇÃO DA LUZ ..................................................................................................................................... 2
ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO (REFRIGÊNCIA) ..................................................................................... 3
LEIS DA REFRAÇÃO ........................................................................................................................................ 3
PRIMEIRA LEI – LEI DA ASSOCIAÇÃO ENTRE OS RAIOS E A NORMAL ........................................................ 3
SEGUNDA LEI – LEI DE SNELL ..................................................................................................................... 3
ÍNDICE DE REFRAÇÃO RELATIVO ............................................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
MUDE SUA VIDA!

1
REFRAÇÃO DA LUZ – LEI DE SNELL

REFRAÇÃO DA LUZ
A Refração é um fenômeno que consiste na passagem de feixes de luz de um meio para outro. Nessa
transição entre meios, a velocidade de propagação da luz terá, obrigatoriamente, uma modificação. No
geral, a refração é acompanhada por um desvio na trajetória da luz, isso é consequência da mudança
realizada na velocidade. No entanto, quando a luz incide na superfície de maneira perpendicular, a luz
não terá mudança na sua velocidade, ou seja, a refração ocorrerá sem desvio da trajetória.
A refração da luz encontra-se no nosso dia a dia, mas nem sempre nos lembramos. Por exemplo, dois
copos, um cheio e um vazio, ambos com uma moeda no fundo. O observador não vai consegui
visualizar a moeda em relação ao primeiro copo, passando para o segundo copo em que a visualização
da moeda já é certa, pelo fenômeno da refração, pois os raios de luz que incidem na água do copo
chegam até a moeda por causa do desvio ocasionando pela mudança de meio, possibilitando a
visualização do objeto.
MUDE SUA VIDA!

2
ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO (REFRIGÊNCIA)

O índice de refração é a razão da velocidade no vácuo pela velocidade de propagação no meio
analisado, representada pela seguinte expressão:
• Sendo C a velocidade de propagação da luz no vácuo e V a velocidade de propagação da luz no

meio analisado.
• Quanto maior for o índice de refração, mais refringente será.
• Quanto menor for o índice de refração, menos refringente será.
• O índice de refração n é uma grandeza adimensional para qualquer material, pois:
• No vácuo, todas as luzes possuem a mesma velocidade de propagação, mas, quando são
incididas em um meio, a velocidade mudará dependendo da cor da luz, sendo ela violeta
(máximo) ou vermelha (mínimo).
LEIS DA REFRAÇÃO
PRIMEIRA LEI – LEI DA ASSOCIAÇÃO ENTRE OS RAIOS E A NORMAL
A primeira lei determina que no processo de refração o raio incidente, o raio retratado e a reta normal
são do mesmo plano, ou seja, coplanares.
SEGUNDA LEI – LEI DE SNELL

A segunda lei consiste em que cada par de meios e cada luz monocromática que se refrata é uma
constante do produto do seno do ângulo de incidência e reflexão com a normal e o índice de refração
do meio.
MUDE SUA VIDA!

3
• N1: Índice de refração do meio um

• N2: Índice de refração do meio dois
• Sen i: Seno do ângulo de incidência
• Sen r: Seno do ângulo de reflexão
 A Lei de Snell pode ser representada também da seguinte forma:
• Quando um meio tem um grande índice de refração, ele é o mais refringente, logo, o que tiver o
menor índice será o menos refringente.
ÍNDICE DE REFRAÇÃO RELATIVO

Passando a considerar dois meios, 1 e 2com índices de refração absolutos N1e N2, podemos definir o
índice de refração relativo do meio N1,2do meio 1 em relação ao meio 2 e o índice de refração relativo
N2,1 do meio 2 sobre o 1:
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
01. (Eear 2019) Considerando as velocidades de propagação da luz em dois meios

homogêneos e distintos, respectivamente iguais a 200.000 km/s e 20.000 km/s determine o
índice de refração relativo do primeiro meio em relação ao segundo. Considere a velocidade
da luz no vácuo, igual a 300.000 km/s:
a) 0,6
b) 1,0
c) 1,6
d) 1,7
02. (Espcex (Aman) 2017) Um raio de luz monocromática propagando-se no ar incide

no ponto O, na superfície de um espelho, plano e horizontal, formando um ângulo de 30° com
sua superfície.
Após ser refletido no ponto O desse espelho, o raio incide na superfície plana e
horizontal de um líquido e sofre refração. O raio refratado forma um ângulo de 30° com a reta
normal à superfície do líquido, conforme o desenho abaixo.
Sabendo que o índice de refração do ar é 1, o índice de refração do líquido é:
3 3
Dados: sen30° =1 2 e cos 60° =1 2; sen 60° = e cos30° = .
2 2
3
a)
3
3
b)
2
c) 3
2 3
d)
3
e) 2 3
MUDE SUA VIDA!

5
GABARITO
1. A
2. C
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
REFRAÇÃO DA LUZ ....................................................................................................................................... 2
ÂNGULO LIMITE ....................................................................................................................................... 2
REFLEXÃO TOTAL ..................................................................................................................................... 2
REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA ........................................................................................................................ 3
MIRAGENS ............................................................................................................................................... 3
ARCO-ÍRIS ............................................................................................................................................ 4
MUDE SUA VIDA!

1
REFRAÇÃO DA LUZ
ÂNGULO LIMITE
Considerando um raio de luz monocromática que se propaga do meio menos refringente para o mais
refringente e fazendo a aplicação da Lei de Snell, vamos notar que os índices de refração são valores
constantes, logo, se aumentarmos o ângulo de incidência I, o ângulo de refração R também terá um
aumento, demonstrando que I > R. Quando o ângulo de incidência tende a chegar no seu valor máximo
que é 90°, o ângulo de refração tende para um valor máximo L < 90°, sendo definido por ângulo
limite. Portanto, o ângulo limite é um valor que bem definido para cada par de meios e luz
monocromáticas.
 Utiliza-se a seguinte expressão para calcular o ângulo limite:
REFLEXÃO TOTAL
O fenômeno da Reflexão Total é quando a luz se propaga do meio mais refringente para o menos
refringente, não ocorrendo a refração, isso acontece quando o ângulo de incidência é superior ao
ângulo limite. Além disso, não há refração de nenhuma parte da luz.
MUDE SUA VIDA!

2
REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA
De acordo com o Princípio de Propagação Retilínea da Luz, a luz tem como característica a propagação
em meios transparentes e homogêneos. Entretanto, a atmosfera não é um meio homogêneo, pois a
densidade é baixa, consequentemente, o índice de refração diminui. Além disso, ela é mais rarefeita
quanto maior a altitude, a densidade atmosférica e seu índice de refração diminui da superfície para o
espaço.
A consequência desse processo é que o astro visto da Terra por um observador na posição P’ aparente,
sendo diferente da posição real P, isso é resultado da luz emitida do astro que penetra na atmosfera
terrestre e passa pelas camadas menos refringentes para as camadas mais refringentes, logo, a sua
direção inicial terão mudanças até chegar no observador que terá a impressão de que ela provém de
uma direção tangencial.
MIRAGENS
A formação de miragens tem relação com o fenômeno da refração, esse processo ocorre quando um
feixe de luz se propaga por um meio com índices de refrações diferentes, isso ocasiona em um desvio
que possibilita a formação da miragem. No processo da miragem temos uma imagem especular, na
qual é determinada por ser um tipo de isomeria espacial que avalia a capacidade das moléculas de
transpor a luz polarizada. Observe o exemplo abaixo:
 Os raios de luz que partem do objeto à distância, passam de um meio menos refringente para
um meio mais refringente, fazendo com que se afastem da normal até ocorrer reflexão total em
uma das camadas. Logo, os raios sobem até chegar aos olhos do observador que vê a imagem
especular.
MUDE SUA VIDA!

3
ARCO-ÍRIS
Sendo um fenômeno natural, o Arco-Íris ocorre quando se tem uma dispersão da luz solar em gotas da
chuva, nesse processo a luz do Sol ( Branca ) se dispersa em várias cores e em seguida passa por uma
reflexão na parede das gotas da chuva.
 A luz vermelha que emerge das gotículas forma com a luz solar incidente um ângulo de 42° ou
43°, já a luz violeta ocorre em um ângulo de 40° ou 41°.
 Na visão de um observador no ponto O, o Arco-Íris é visto da seguinte maneira :
MUDE SUA VIDA!

4
EXERCÍCIOS
01. (Efomm - 2017) O aquário da figura abaixo apresenta bordas bem espessas de um material cujo
índice de refração é igual a √3. Um observador curioso aponta uma lanterna de forma que seu feixe de
luz forme um ângulo de incidência de 60°, atravessando a borda do aquário e percorrendo a trajetória
AB. Em seguida, o feixe de luz passa para a região que contém o líquido, sem sofrer desvio, seguindo a
trajetória BC
Considere o índice de refração do ar igual a 1,0. O feixe de luz emergirá do líquido para o ar no ponto
C?
3
.
a) Sim, e o seno do ângulo refratado será 3
3
.
b) Sim, e o seno do ângulo refratado será 2
3
.
c) Não, e o seno do ângulo limite será 2
d) Não, pois o seno do ângulo refratado é menor que o seno do ângulo limite.
e) Não, pois o seno do ângulo refratado é maior que o seno do ângulo limite.
02. (Espcex (Aman) 2015) Uma fibra óptica é um filamento flexível, transparente e cilíndrico, que
possui uma estrutura simples composta por um núcleo de vidro, por onde a luz se propaga, e uma
casca de vidro, ambos com índices de refração diferentes.
Um feixe de luz monocromático, que se propaga no interior do núcleo, sofre reflexão total na superfície
de separação entre o núcleo e a casca segundo um ângulo de incidência α, conforme representado no
desenho abaixo (corte longitudinal da fibra).
MUDE SUA VIDA!

5
Com relação à reflexão total mencionada acima, são feitas as afirmativas abaixo.
I. O feixe luminoso propaga-se do meio menos refringente para o meio mais refringente.
II. Para que ela ocorra, o ângulo de incidência α deve ser inferior ao ângulo limite da superfície de
separação entre o núcleo e a casca.
III. O ângulo limite da superfície de separação entre o núcleo e a casca depende do índice de refração
do núcleo e da casca.
IV. O feixe luminoso não sofre refração na superfície de separação entre o núcleo e a casca.
Dentre as afirmativas acima, as únicas corretas são:
a) I e II.
b) III e IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I e III.
GABARITO
1. E
2. B
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
DIOPTRO PLANO, LÂMINAS DE FACES PARALELAS E PRIMAS . ...................................................................... 2
DIOPTRO PLANO ...................................................................................................................................... 2
LÂMINAS DE FACES PARALELAS ................................................................................................................ 3
PRIMAS .................................................................................................................................................... 4
PRIMAS DE REFLEXÃO TOTAL ............................................................................................................... 5
DISPERSÃO LUMINOSA......................................................................................................................... 6
O PRISMA DE NEWTON ........................................................................................................................ 7
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 8
GABARITO ................................................................................................................................................ 9
MUDE SUA VIDA!

1
DIOPTRO PLANO, LÂMINAS DE FACES PARALELAS E

PRIMAS
DIOPTRO PLANO
O Dioptro Plano é definido por ser um conjunto de meios homogêneos transparentes que são
separados por uma superfície plana. Por exemplo, a água de uma piscina e o ar que são separados
pela superfície.
 Quando encontramos um objeto dentro da água, temos a impressão de que ele se encontra
perto da superfície. Outro caso, é observar uma piscina cheia e pensar que a profundidade dela
é menor do que realmente é. Nesses dois experimentos, a “impressão” que o observador tem é
ocasionada pela luz que se refratou ao passar pela superfície de separação entre o ar e água.
 Observe na imagem abaixo que P’ é dado como a imagem do objeto P, sendo que ele é a
imagem virtual do objeto, para o observador P’ é o objeto dentro da água. Um exemplo bem
simples de entender é quando se tenta pegar um peixe, o observador verá somente a imagem
virtual que está acima da posição real.
MUDE SUA VIDA!

2
 A imagem abaixo nos mostra como se forma a imagem no ar se o observador está dentro
d’água. A imagem do objeto P’ é virtual e fica mais longe da superfície, enquanto, objeto P
permanece no seu ponto de origem.
 Como as distâncias X e X’ são proporcionais aos índices de refração dos dois meios,
utiliza-se a seguinte expressão:
 Sendo n o índice de refração do meio incidente e n’ o índice de refração do meio de

emergência.
LÂMINAS DE FACES PARALELAS

As Lâminas de Faces Paralelas são um conjunto de três meios homogêneos transparentes que são
separados por duas superfícies planas e paralelas, por exemplo, a vidraça de uma janela que é
composta pelos dioptros ar – vidro e vidro–ar, resultando no paralelismo entre as superfícies de
separação.
 Quando os meios externos são iguais, o raio emergente ( R’ ) é paralelo ao raio incidente ( R ),
isso ocasiona apenas um desvio lateral( D ) do raio luminoso ao atravessar a lâmina.
MUDE SUA VIDA!

3
 Caso o raio incida na lâmina de maneira perpendicular às suas faces, ele passará sem que
ocorra o desvio lateral.
 A observação de um objeto por meio das Lâminas de Faces Paralelas é na verdade uma imagem
virtual conjugada pela lâmina, mas para os olhos do observador, ela comporta-se como objeto
real.
 Observe que P’está mais próximo da lâmina do que o objeto P.
 O Desvio Lateral poder ser calculado por meio da seguinte expressão geométrica:
 d: desvio lateral.
 e: espessura da lâmina.
 q1: Ângulo de incidência.
 q2: Ângulo de refração.
PRIMAS
O Prima é um sistema com três meios homogêneos e transparentes que são separados por duas
superfícies planas não paralelas. Observe a seguir os elementos de um prisma.
MUDE SUA VIDA!

4
 ARESTA: Interseção das faces planas.

 ÂNGULO DE REFRIGÊNCIA: É o ângulo entre as faces do prisma.
 BASE: É a terceira face do prisma.
 SECÇÃO PRINCIPAL: Secção Transversal na qual é determinada pelo plano que é
perpendicular à aresta.
Adotando um prisma de vidro no ar, na qual a luz monocromática passa por ele, como mostra a
imagem abaixo, podemos determinar algumas relações geométricas.
 No triângulo de cor bege temos:
 No triângulo de cor azul temos a fórmula do desvio, representada da seguinte maneira:
PRIMAS DE REFLEXÃO TOTAL

Em um prisma, o raio luminoso no seu interior pode sofrer reflexão total. Essa luz dentro do prisma
tem como característica a propagação do meio mais refringente para o menos refringente, isso faz com
que o ângulo de incidência na segunda face possa ser maior que o ângulo limite ( R2>L ).
 PRISMA DE AMICI: Os raios incidem de maneira perpendicular sofrendo um desvio de 90°,

ocasionando uma reflexão total nos raios. Observe que dentro do prisma os raios os incidem
por um ângulo de 45° que é maior que o ângulo limite de 42°.
MUDE SUA VIDA!

5
 PRISMAS DE PORRO: Os raios incidem de maneira perpendicular, sofrendo um desvio

de 180 °, tornando os raios emergentes paralelos aos incidentes. Mas faces do prisma
ocorre duas reflexões totais, nesse prisma o ângulo de incidência 45° é maior que o
ângulo limite 42°.
DISPERSÃO LUMINOSA
Sabemos que a luz vermelha é a de maior velocidade e a luz violeta a de menor velocidade, mas
nós índices de refração, a luz violeta tem valor máximo, já a luz vermelha possui valor mínimo.
Adotando a luz branca (policromática) que ao atravessar uma placa de vidro tem as suas componentes
desviadas, esse desvio acontece por causa da velocidade que não é a mesma para todas as
componentes. Vale ressaltar que o maior ângulo de refração corresponde à luz vermelha, o menor
ângulo de refração equivale à luz violeta.
MUDE SUA VIDA!

6
 Observe que na imagem abaixo a luz vermelha se afasta da normal, enquanto, a luz
violeta se aproxima da normal.
 Nos primas, a dispersão luminosa acontece desta forma:
O PRISMA DE NEWTON
MUDE SUA VIDA!

7
O fenômeno do Arco-Íris foi explicado por Isaac Newton por meio de uma associação de prismas na
qual pode decompor e recompor a luz branca, em seguida decompondo novamente.
 Newton não foi o primeiro a criar um Arco-Íris artificial com um prisma, mas foi o primeiro a
provar que a luz branca é a mistura de diferentes cores.
EXERCÍCIOS
01. (Espcex (Aman) 2014) Uma fonte luminosa está fixada no fundo de uma piscina de profundidade
igual a 1,33 m.
Uma pessoa na borda da piscina observa um feixe luminoso monocromático, emitido pela fonte, que
forma um pequeno ângulo α com a normal da superfície da água, e que, depois de refratado, forma um
pequeno ângulo β com a normal da superfície da água, conforme o desenho.
MUDE SUA VIDA!

8
A profundidade aparente “h” da fonte luminosa vista pela pessoa é de:

Dados: sendo os ângulos α e β pequenos, considere tgα = senα e tgβ = senβ
• índice de refração da água: nágua=1,33.
• índice de refração do ar: nar = 1.
a) 0,80 m.
b) 1,00 m.
c) 1,10 m.
d) 1,20 m.
e) 1,33 m.
02. (Eear 2017) A tirinha abaixo utiliza um fenômeno físico para a construção da piada. Que fenômeno
é esse?
a) Reflexão
b) Refração
c) Difração
d) Propagação retilínea da luz
GABARITO
1. B
2. B
MUDE SUA VIDA!

9
SUMÁRIO
LENTES ESFÉRICAS – ESTUDO GRÁFICO............................................................................................................. 2
COMPORTAMENTO ÓPTICO DAS LENTES ESFÉRICAS ................................................................................ 3
FOCOS DE UMA LENTE DELGADA .................................................................................................................. 5
FOCO IMAGEM .......................................................................................................................................... 5
FOCO DO OBJETO ...................................................................................................................................... 5
RAIOS NOTÁVEIS............................................................................................................................................ 6
FORMAÇÃO DE IMAGENS NA LENTE ESFÉRICA ............................................................................................. 8
LENTES DIVERGENTES................................................................................................................................ 8
LENTES CONVERGENTES ............................................................................................................................ 8
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 10
GABARITO .................................................................................................................................................... 12
MUDE SUA VIDA!

1
LENTES ESFÉRICAS – ESTUDO GRÁFICO

Tendo como característica o sistema óptico constituído por três meios homogêneos e
transparentes separados por uma superfície plana e esférica ou duas superfícies esféricas, as Lentes
Esféricas têm como componentes:
 CENTRO DE CURVATURA ( O1 e O2 )
 RAIO DE CURVATURA ( R1 e R2 )
 VÉRTICE ( V1e V2) : Interseção do eixo principal com as faces
 ESPESSURA ( e ): Distância entre os vértices
 EIXO PRINCIPAL: Reta comum ao centro de curvatura
No estudo das Lentes Esféricas vamos ter seis casos possíveis que são subdivididos em dois grupos
em relação a sua forma geométrica:
 LENTES DE BORDA FINA OU DELGADA: apresentam a parte periférica menos espessa do que
a parte central.
A lente três é denominada de côncavo-convexa por conta do raio de curvatura da face côncavo ser
maior que a convexa.
MUDE SUA VIDA!

2
 LENTES DE BORDA GROSSA OU ESPESSAS: apresentam a parte periférica mais espessa do

que a central.
A lente três é denominada de convexo-côncavo por conta do raio de curvatura da face convexa
ser maior que o côncavo.
COMPORTAMENTO ÓPTICO DAS LENTES ESFÉRICAS

Sabemos que quanto ao comportamento uma lente pode ser convergente (raios paralelos que
incidem em um ponto) ou divergente( raios paralelos que saem de um ponto ). No caso das lentes
delgadas o comportamento é convergente, enquanto, as lentes espessas são divergentes.
No entanto, a classificação anterior também pode ser ao contrário, isso vai depender da relação entre
os índices de refração do material e do meio em que está imerso.
MUDE SUA VIDA!

3
 A imagem abaixo nos mostra uma Lente Espessa com comportamento convergente. Observe
que na Lente de plano – côncavo N2 < N1, ou seja, a lente é menos refringente que o meio
externo.
 A imagem abaixo nos mostra uma Lente Delgada que tem comportamento divergente.
Observe que na Lente de plano – convexo N2 < N1 , ou seja, a lente é menos refringente que o
meio externo.
LENTES BORDAS DELGADAS BORDAS ESPESSAS
CONVERGENTE N lente> N meio N lente< N meio

N lente< N meio N lente> N meio
DIVERGENTE
OBS!!!
Quando temos o cruzamento entre uma lente delgada e o eixo principal teremos o processo
chamado de centro óptico que é determinado por não mudar a trajetória dos raios que passam pela
lente delgada, ou seja, não sofrerá nenhum tipo de desvio. Qualquer raio que passe pelo centro óptico
é denominado de eixo secundário.
MUDE SUA VIDA!

4
FOCOS DE UMA LENTE DELGADA

FOCO IMAGEM
O Foco da Imagem ( F' ) consiste em um ponto imagem, no qual convergem os raios de luz
paralelos incidentes ao eixo principal da lente, isso após a refração. Na figura A, a imagem é de
natureza real, já na figura B a natureza da imagem é virtual.
FOCO DO OBJETO
O Foco do Objeto ( F ) é o ponto objeto em que a lente emite um ponto imagem impróprio.
Além disso, nas lentes de caráter convergente o objeto é real, enquanto nas lentes divergentes o foco
objeto é virtual. Na figura A temos uma lente convergente e na figura B uma lente divergente.
MUDE SUA VIDA!

5
RAIOS NOTÁVEIS
Assim como os Espelhos Esféricos, nas Lentes Esféricas alguns raios seguem determinadas
condições para que aconteça a representação de uma imagem, observe a seguir as condições:
 PRIMEIRO RAIO NOTÁVEL: Os raios que incidem no centro óptico atravessam a lente
sem sofrer desvio.
 SEGUNDO RAIO NOTÁVEL: Os raios que incidem paralelamente no eixo principal acabam
emergindo em uma direção que passa pelo foco imagem.
MUDE SUA VIDA!

6
 TERCEIRO RAIO NOTÁVEL: Consiste na incidência do raio pelo foco objeto que segue
paralelamente ao eixo principal.
QUARTO RAIO NOTÁVEL: Todo o raio que incide na lente passando pelo ponto
antiprincipal A será emergido passando pelo ponto antiprincipal.
MUDE SUA VIDA!

7
FORMAÇÃO DE IMAGENS NA LENTE ESFÉRICA

A construção gráfica de imagens nas Lentes Esféricas é idêntico ao que foi aplicado no estudo
dos Espelhos Esféricos.
LENTES DIVERGENTES
Do mesmo modo que acontece nos Espelhos Esféricos, apenas um caso citado, sendo a imagem
A’ B' com características virtuais, direitas e menor.
LENTES CONVERGENTES
 PRIMEIRO CASO: Consiste em um objeto real situado antes do ponto antiprincipal objeto C.
Esse processo resulta na formação da imagem entre o foco da imagem F' e o ponto
antiprincipal C’. A imagem formada tem como característica: real, invertida e menor.
 SEGUNDO CASO: Objeto situado sobre o ponto antiprincipal objeto C. A imagem formada A’B'
é caracterizada por ser real, invertida e do mesmo tamanho do objeto.
MUDE SUA VIDA!

8
 TERCEIRO CASO: Objeto real que está situado entre o ponto antiprincipal e o foco objeto. A
imagem formada é caracterizada por ser real, invertida e maior. Esse caso representa os
projetores multimídias.
 QUARTO CASO: Quando o objeto se encontra no foco principal a formação da imagem é no

infinito, sendo denominada de imagem imprópria.
MUDE SUA VIDA!

9
 QUINTO CASO: Caso o objeto esteja situado sobre o foco e o centro óptico, a imagem formada
será virtual, direita e maior que o objeto. Esse processo está presente nas lupas.
EXERCÍCIOS
01. (Espcex (Aman) 2020) Um objeto retilíneo e frontal XY, perpendicular ao eixo principal, encontra-se diante
de uma lente delgada convergente. Os focos F e F', os pontos antiprincipais A e A ' e o centro óptico " O "
estão representados no desenho abaixo.
Com o objeto XY sobre o ponto antiprincipal A, pode-se afirmar que a imagem X ' Y ', desse objeto é:
Dados: OF  FA e OF'  F' A '

a) real, invertida, e do mesmo tamanho que XY.
b) real, invertida, maior que XY.
c) real, direita, maior que XY.
d) virtual, direita, menor que XY.
MUDE SUA VIDA!

10
e) virtual, invertida, e do mesmo tamanho que XY.
02. (G1 - col. naval 2017) Com relação à óptica geométrica, analise as afirmativas abaixo.
A energia solar é a conversão da luz solar em eletricidade, quer diretamente, utilizando energia fotovoltaica (PV)
ou indiretamente, utilizando energia solar concentrada (CSP). Sistemas CSP usam lentes ou espelhos para focar
uma grande área de luz solar em uma pequena viga, enquanto a PV converte a luz em corrente elétrica usando o
efeito fotoelétrico.
Sendo assim, pode-se afirmar que, no sistema CSP:
I. as lentes são côncavas e possuem comportamento óptico divergente.

II. as lentes são convexas e possuem comportamento óptico convergente.
III. os espelhos são côncavos e podem produzir imagem virtual.
IV. os espelhos são convexos e podem produzir imagem virtual.
V. a pequena viga encontra-se no ponto focal dos espelhos e das lentes.
Assinale a opção correta.

a) Somente as alternativas I e III são verdadeiras.
b) Somente as alternativas II e IV são verdadeiras.
c) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, IV e V são verdadeiras.
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras.
MUDE SUA VIDA!

11
GABARITO
1. A
2. C
MUDE SUA VIDA!

12
SUMÁRIO
LENTES ESFÉRICAS – ESTUDO ANALÍTICO ..................................................................................................... 2
O REFERENCIAL DE GAUSS ....................................................................................................................... 2
DISTÂNCIA FOCAL E VERGÊNCIA DE UMA LENTE .................................................................................. 3
A EQUAÇÃO DOS PONTOS CONJUGADOS OU EQUAÇÃO DE GAUSS ...................................................... 4
EQUAÇÃO DO AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL .................................................................................. 5
EQUAÇÃO DOS FABRICANTES OU EQUAÇÃO DE HALLEY ....................................................................... 6
ASSOCIAÇÃO DE LENTES ....................................................................................................................... 6
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 6
GABARITO ................................................................................................................................................ 7
MUDE SUA VIDA!

1
LENTES ESFÉRICAS – ESTUDO ANALÍTICO

O REFERENCIAL DE GAUSS
O estudo analítico possibilita a determinação da altura e posição da imagem, isso, contendo a altura e
posição real do objeto. O Referencial de Gauss é um sistema de coordenadas que auxilia na
determinação da imagem, observe que na imagem A temos uma lente convergente e na B uma lente
divergente.
Analise a tabela abaixo e veja as características do referencial de Gauss.
EIXO ORIGEM DIREÇÃO SENTIDO

CENTRO ÓPTICO - O EIXO PRINCIPAL CONTRÁRIO À LUZ
ABCISSAS DO OBJETO
INCIDENTE
P
CENTRO ÓPTICO - O EIXO PRINCIPAL COINCIDENTE À LUZ
ORDENADAS DA
INCIDENTE
IMAGEM P'
CENTRO ÓPTICO - O PERPENDICULAR AO DE BAIXO PARA CIMA
ORDENADAS OBJETO (
EIXO PRINCIPAL
o ) E IMAGEM ( i )
 Dessa forma, podemos concluir que no referencial de Gauss a imagem real tem Abcissa
positiva, enquanto a imagem virtual possui Abcissa negativa.
Observe nas imagens abaixo que nas extremidades A do objeto e A' da imagem, terão as ordenadas
positivas ou negativas , dependendo de onde estão situadas, seja acima ou abaixo do eixo principal.
MUDE SUA VIDA!

2
 Quando o ( objeto ) é positivo e i ( imagem ) negativo , ambos no referencial de Gauss, a

imagem formada será invertida em relação ao objeto.
Quando o ( objeto ) e i ( imagem ) possuem sinais iguais a imagem formada será direita em
relação ao objeto.
DISTÂNCIA FOCAL E VERGÊNCIA DE UMA LENTE

A Distância Focal é determinada por ser o foco principal entre objeto e imagem. Porém, mesmo
contendo dois focos principais ( F e F' ), considera-se apenas uma distância focal ( f ) , pois os meios
externos às lentes são considerados idênticos . Vale ressaltar que nas lentes convergentes (imagem A)
a distância focal tem característica positiva, enquanto nas lentes divergentes ( imagem B )o aspecto é
negativo .
MUDE SUA VIDA!

3
 A Vergência ou Convergência ( D ) de uma lente é uma grandeza definida por ser o inverso da
sua distância focal. Utiliza-se como unidade usual a dioptria que equivale ao objeto inverso do
metro ( m – 1 ). Além disso, quando a lente é divergente, a vergência passará a ser negativa,
assim como a distância focal.
A EQUAÇÃO DOS PONTOS CONJUGADOS OU EQUAÇÃO DE GAUSS
A Equação de Gauss é uma relação entre as Abcissas do objeto ( P ), Abcissas da imagem ( P') e a
distância focal ( f ) da lente, resultando em :
MUDE SUA VIDA!

4
EQUAÇÃO DO AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL

Essa equação tem como característica definir quantas vezes a imagem é maior ou menor que o objeto:
No Aumento Linear podemos fazer uma representação por meio da relação entre as Abcissas do objeto
e imagem, por meio de uma semelhança de triângulos como mostra a figura abaixo:
Isso permite representar a seguinte expressão:
Outro tipo de representação no Aumento Linear é dado pela relação entre as Abcissas do objeto e
distância focal, essa relação resulta na seguinte fórmula:
 Quando o Aumento Linear passa a ser positivo, ele terá certas características:
 O e I com sinais iguais = imagem direita.

 P e P' com sinais opostos = imagem virtual, mas só ocorre se o objeto for real ( p >
0).
 Quando o Aumento Linear passa a ser negativo, ele terá certas características:
MUDE SUA VIDA!

5
 O e I com sinais opostos = imagem invertida.

 P e P' com sinais iguais = imagem real, mas só ocorre se objeto for real ( p > 0 ).
EQUAÇÃO DOS FABRICANTES OU EQUAÇÃO DE HALLEY

Edmond Halley, matemático e astrônomo inglês, deduziu uma fórmula que possibilite o cálculo da
distância focal de uma lente esférica, observe:
 F: Distância Focal.
 n1 - n2: Índices de Refração.
 R1 - R2: Raios de Curvatura das Faces.
 Quando o raio de curvatura for maior que zero ( positivo ) ele será de face convexa.
 Quando o raio de curvatura for menor que zero ( negativo ) ele será de face côncava.
 Caso exista uma face plana o raio tende ao infinito.
ASSOCIAÇÃO DE LENTES
Quando temos duas ou mais lentes associadas, utiliza-se o teorema das vergências que consiste na
vergência da lente equivalente de uma associação de lentes justapostas que é igual a soma das
vergências das lentes associadas:
Como a vergência é dada pelo inverso da distância focal podemos representar a distância focal da
seguinte maneira:
EXERCÍCIOS
MUDE SUA VIDA!

6
01. (Eear - 2018) Um objeto é colocado perpendicularmente ao eixo principal e a 20 cm de uma lente
divergente estigmática de distância focal igual a 5cm. A imagem obtida é virtual, direita e apresenta
2cm de altura. Quando essa lente é substituída por outra convergente estigmática de distância focal
igual a 4cm e colocada exatamente na mesma posição da anterior, e mantendo-se o objeto a 20 cm da
lente, a imagem agora apresenta uma altura de _____.
a) 2,5.
b) 4,0.
c) 5,0.
d) 10,0.
02. (Efomm - 2017) Um estudante decidiu fotografar um poste de 2,7m de altura em uma praça
pública. A distância focal da lente de sua câmera é de 8,0 cm e ele deseja que a altura da imagem em
sua fotografia tenha 4,0 cm. A que distância do poste o estudante deve se posicionar?
a) – 540 cm.
b) – 548 cm.
c) 532 cm.
d) 542 cm.
e) 548 cm.
GABARITO
1. A
2. E
MUDE SUA VIDA!

7
SUMÁRIO
OLHO HUMANO E OS DEFEITOS DA VISÃO ............................................................................................... 2
DEFEITOS DA VISÃO ................................................................................................................................. 3
MIOPIA ................................................................................................................................................ 3
HIPERMETROPIA .................................................................................................................................. 4
PRESBIOPIA .......................................................................................................................................... 5
ASTIGMATISMO ................................................................................................................................... 5
CATARATA............................................................................................................................................ 5
ESTRABISMO ........................................................................................................................................ 6
DALTONISMO ....................................................................................................................................... 6
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 6
GABARITO ................................................................................................................................................ 7
MUDE SUA VIDA!

1
OLHO HUMANO E OS DEFEITOS DA VISÃO

O olho humano é um sistema complexo que contêm vários meios transparentes nos quais a luz
atravessa. Sendo constituído por inúmeros constituintes: Córnea ( calota esférica frontal ) , o Humor
Aquoso , Cristalino ( funciona como uma lente biconvexa ) e o Corpo Vítreo . A parte posterior é
opaca na qual têm três camadas: Retina ( camada interna que se estende pelo corioide) , Esclera (
protege e da sustentação mecânica para o olho) e Corioide( camada irrigada de vasos sanguíneos ) .
 Utiliza-se o termo olho reduzido para facilitar o estudo do olho humano representado na
imagem abaixo.
 L: Lente Delgada Convergente que representa os meios transparentes (córnea, humor aquoso,
cristalino e corpo vítreo), sendo situada a 5 mm da córnea e a 15 mm da retina (fundo do olho).
 A formação de imagem no olho humano é semelhante à de uma câmara fotográfica, pois a

imagem projetada na retina é real, invertida e menor que o objeto. A função do Íris é de
controla a entrada de luz, já a pupila tem um diâmetro variável, funcionando como um
obturador fotográfico.
MUDE SUA VIDA!

2
 Para que a formação da imagem ocorra sempre na retina, o olho dispõe de um mecanismo,
acomodação visual, que resulta na modificação da distância focal da lente L, isto é , quanto
mais o objeto se aproxima, os músculos ciliares acabam tendo uma contração que muda as
curvaturas das faces do cristalino , ou seja, alterando os seus raios de curvatura,
consequentemente também a sua distância focal.
DEFEITOS DA VISÃO
MIOPIA
Sendo um dos mais frequentes erros de refração que prejudica a visão à distância, a miopia
proporciona para uma pessoa a formação de imagem visual à frente da retina, sendo que ela deve ser
formada diretamente na retina. Esse problema pode ter relação com o olho com maiores dimensões ou
com o cristalino que deve ter uma distância focal curta. Pessoas que adquirem miopia geralmente
sentem alguns sintomas: dificuldade de identificar objetos a distância, ler algum livro com palavras
pequenas. Para corrigir esse problema, utiliza-se uma lente divergente, lentes de contato ou um
procedimento cirúrgico, mas isso vai depender da situação do indivíduo.
 Observe que na imagem abaixo temos um caso de miopia com o objeto no infinito, ou seja, ele
está em uma distância na qual a visualização não ocorre por causa do problema visual.
 Veja que com uma lente corretora a visualização à distância de um olho míope tem melhora.
MUDE SUA VIDA!

3
HIPERMETROPIA
A Hipermetropia tem como característica a dificuldade de enxergar objetos próximos ou na leitura de
textos. Esse problema óptico tem origem no globo ocular, tratando-se de uma alteração na refração,
ocasionando na mudança de direção dos raios luminosos que incidem atrás da retina e não em cima
como deveria ser em um olho normal. Para corrigir esse defeito, o olho deve se tornar hipermetrope
mais convergente, fazendo com que se associe a uma lente convergente.
 Observe que para visualizar o objeto, a pessoa com hipermetropia tem de realizar um esforço
de acomodação. Na primeira não tem esforço, já na segunda temos o esforço.
MUDE SUA VIDA!

4
 Na imagem abaixo temos uma situação de hipermetropia com uma lente corretora.
 A lente corretora deverá fornecer uma imagem no ponto próximo ( PP ) , isso acontece quando
a lente é colocada a 25 cm do olho. Para calcular a distância focal da lente corretora usa-se a
 O sinal negativo é por conta da imagem fornecida pela lente ser virtual.
PRESBIOPIA
Chamada de “vista cansada”, a presbiopia tem como característica a diminuição da capacidade de
acomodação do cristalino, isso proporciona no afastamento do ponto próximo mesmo que a visão à
distância se mantenha normal. Esse tipo de problema surge na maioria dos casos em pessoas com mais
de 40 anos. A correção da presbiopia ainda não tem um tratamento definido, mas ela pode ser
corrigida por meio de lentes convergentes com uma graduação específica para perto, dependo da
situação do paciente.
ASTIGMATISMO
O astigmatismo apresenta uma distorção na visão, seja para perto ou longe, isso acontece quando a
córnea apresenta uma maior curvatura em uma direção. A córnea de uma pessoa astigmática é
ovalada, nesse tipo de situação os raios de luz não chegam ao mesmo ponto na retina, alguns são
direcionados para mais de um ponto na retina ou para pontos à frente ou atrás. A imagem para essa
pessoa ficará distorcida, desfocada ou deformada, sintomas como dor de cabeça e sensação de ardor
na visão passam a ser frequentes, isso vai variar de acordo com o grau da situação. A correção para
esse problema é feita com lentes cilíndricas
CATARATA
No olho humano temos o cristalino que funciona como uma lente biconvexa. A catarata faz com o
cristalino tenha a perda da sua transparência, mas essa perda não é imediata, pelo contrário, ela é
lenta e progressiva, diminuindo até não incidir luz nos olhos.
MUDE SUA VIDA!

5
ESTRABISMO
O Estrabismo é um desalinhamento dos eixos ópticos, sendo ocasionado pela falta de movimentação
dos músculos dos olhos. Nesse tipo de problema a pessoa não consegue direcionar simultaneamente
os seus dois eixos ópticos, proporcionando a formação de imagens desiguais nos olhos.
DALTONISMO
O Daltonismo tem relação com aperda de percepção das cores. Existem casos em que os portadores só
conseguem ver preto e branco ou em tons cinzentos, mas também tem alguns que são conseguem
enxergar cores primárias, além de outras situações. Vale ressaltar que o físico e químico inglês John
Dalton era portador dessa anomalia e realizou estudos sobre esse problema que resultou na origem do
nome Daltonismo.
EXERCÍCIOS
01. (G1 - col. naval - 2016) A visão é um dos principais sentidos usados pelos seres humanos para perceber
o mundo e a figura abaixo representa de forma muito simplificada o olho humano, que é o veículo
encarregado de levar essas percepções até o cérebro.
Sendo assim, com base na figura acima, é correto afirmar que o olho é:
a) míope e a correção é feita com lente convergente.

b) míope e a correção é feita com lente divergente.
c) hipermetrope e a correção é feita com lente convergente.
d) hipermetrope e a correção é feita com lente divergente.
e) normal e, nesse caso, não precisa de correção.
MUDE SUA VIDA!

6
02. (Espcex (Aman) 2016) Um estudante foi ao oftalmologista, reclamando que, de perto, não
enxergava bem. Depois de realizar o exame, o médico explicou que tal fato acontecia porque o ponto
próximo da vista do rapaz estava a uma distância superior a 25 cm e que ele, para corrigir o problema,
deveria usar óculos com “lentes de 2,0 graus”, isto é, lentes possuindo vergência de 2,0 dioptrias.
Do exposto acima, pode-se concluir que o estudante deve usar lentes
a) divergentes com 40 cm de distância focal.

b) divergentes com 50 cm de distância focal.
c) divergentes com 25 cm de distância focal.
d) convergentes com 50 cm de distância focal.
e) convergentes com 25 cm de distância focal.
GABARITO
1. B
2. D
MUDE SUA VIDA!

7
SUMÁRIO
INSTRUMENTOS ÓPTICOS ................................................................................................................................. 2
INSTRUMENTOS DE PROJEÇÃO ..................................................................................................................... 2
CÂMERA FOTOGRÁFICA............................................................................................................................. 2
CÂMERA DIGITAL ....................................................................................................................................... 3
PROJETOR .................................................................................................................................................. 4
INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÃO ................................................................................................................ 4
LUPA OU MICROSCÓPIO SIMPLES ............................................................................................................. 4
MICROSCÓPIO COMPOSTO ....................................................................................................................... 5
LUNETA ASTRONÔMICA ............................................................................................................................ 6
LUNETA TERRESTRE ................................................................................................................................... 7
LUNETA DE GALILEU ...................................................................................................................................... 8
BINÓCULO...................................................................................................................................................... 8
TELESCÓPIO ............................................................................................................................................... 9
FORMAÇÃO DE IMAGEM NO TELESCÓPIO REFLETOR ................................................................................... 9
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 9
GABARITO .................................................................................................................................................... 11
MUDE SUA VIDA!

1
INSTRUMENTOS ÓPTICOS
No estudo óptico analisamos a parte envolvendo espelhos, lentes, defeitos visuais
fenômenos que envolvem a natureza, esses aspectos constituem a base teórica para a
implementação dos instrumentos ópticos na qual possui um papel importante na história da
humanidade, seja na área da Fotografia, Biologia, Astronomia, comprovação de fatos
Históricos e entre outros.
 Os instrumentos ópticos são classificados em dois tipos: Instrumentos de Projeção e

Instrumentos de Observação .
INSTRUMENTOS DE PROJEÇÃO
Os instrumentos de projeção obtém características associadas a projeção de imagens
reais , na qual pode ser representada em um anteparo, filme ou numa tela.
CÂMERA FOTOGRÁFICA
Sendo um dispositivo utilizado para a captura de imagens reais invertidas, as câmeras
fotográficas são constituídas por componentes responsáveis na hora de obter a fotografia
como a objetiva, diafragma e obturador. Vale ressaltar que as câmeras possuem uma
câmara escura que também participa do procedimento.
 OBJETIVA: Caracterizada por ser um sistema convergente com uma ou mais
lentes, esse componente resulta na projeção da imagem real invertida da
fotografia em um anteparo fotossensível na qual sofre reações com elementos
fotoquímicos ou fotoelétrico, isso faz com que a imagem fique gravada.
 DIAFRAGMA: Responsável por gradua a quantidade de luz que entra.
 OBTURADOR: Possui a função de regular o intervalo de tempo quando o filme fica
exposto a luz.
MUDE SUA VIDA!

2
Na câmera fotográfica o sistema de foco funciona da seguinte maneira:

• Quando o objeto se aproxima a imagem acaba não sendo projetada sobre o
filme, para que ela retorne é necessário que faça o afastamento da lente.
Observe a figura abaixo:
CÂMERA DIGITAL
Diferente das câmeras analógicas a digital não possui um filme fotográfico e sim um
sensor na qual é constituído por várias células que são sensíveis a luz. Essas células dão
origem a sinais eletrônicos que são transformados em sinais digitais, isso possibilita no
armazenamento em cartões de memória, CD's e entre outros.
MUDE SUA VIDA!

3
• Vale salientar que os sinais digitais na câmera são convertidos em analógicos

que acaba resultando na visualização da imagem.
• Nas imagens digitais a menor região que forma imagem é determinada de PIXEL
e o conjunto desse elemento forma a fotografia da câmera. Quanto maior for a
imagem maior será a quantidade de pixel.
PROJETOR
Este mecanismo é utilizado para propor a projeção da imagem real do objeto em uma
tela. Nesse processo a imagem final será de caráter invertido e é ampliada, podendo ter
comportamento de um objeto real para vários espectadores diferentes. Além disso, para uma
melhor visualização da imagem projetada, o equipamento deve se encontrar em um ambiente
escurecido. Um aparelho bem conhecido, principalmente, no meio escolar é o projetor de
slides e filmes, observe na figura os seus componentes e funções.
• E: Espelho Côncavo
• F: Fonte de Luz
• A objetiva no projetor é um sistema de lentes convergentes
INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÃO
Os instrumentos de observação obtêm características associadas a projeção de imagens
finais virtuais. Além disso, existem os instrumentos de aumento que proporcionam
imagens virtuais direitas e maiores que o objeto, outro tipo de instrumento é o de
aproximação que tem como aspecto um ângulo visual maior.
LUPA OU MICROSCÓPIO SIMPLES

A lupa é um instrumento de observação que propõem, através, de uma lente
convergente imagens virtuais, direitas e maior que o objeto real. Por meio da representação
abaixo podemos analisar como funciona a formação da imagem I em ponto O do objeto.
Perceba que o objeto real está situado entre o foco e a lupa.
MUDE SUA VIDA!

4
• Chamamos de microscópio simples quando a lupa e o objeto estão fixados a

suportes estáveis.
MICROSCÓPIO COMPOSTO
O microscópio composto é um instrumento óptico utilizado na visualização de objetos
com dimensões pequenas, o seu sistema é constituído por duas lentes convergentes que estão
associadas com eixos coincidentes. A primeira lente é a objetiva próxima do objeto, já a
segunda é a ocular que possibilita a visualização da imagem fornecida pela objetiva.
• Veja, na figura a seguir, a formação de imagens no microscópio composto
• Note que o objeto observado está situado um pouco além do foco – objeto (F1)
da objetiva, a imagem (i1) formada pela objetiva é real, invertida e maior que o
objeto. Para a ocular essa imagem é o objeto, sendo assim ela proporciona a
imagem final desse sistema (i2) na qual é virtual, invertida e maior que o objeto.
MUDE SUA VIDA!

5
• Para calcular o aumento linear transversal do microscópio utiliza-se a

• Para calcular o aumento linear transversal do microscópio composto usa se

a seguinte expressão:
 Observe que AobeAocpossuem a seguinte representação :
LUNETA ASTRONÔMICA
A Luneta é um instrumento utilizado na observação de objetos a longa distância, mas
quando se trata de uma Luneta Astronômica a observação passa a ser de astros. Para que essa
visualização ocorra é necessário de duas lentes convergentes, simples ou composta, sendo
uma a objetiva e a outra ocular . Veja a figura abaixo para compreender a formação de imagem
na luneta astronômica.
• A objetiva apresenta uma grande distância focal e a imagem (i1) proporcionada

por ela é de aspecto real, invertido , porém, a ocular trata como um objeto, logo,
fazendo a formação da imagem final ( i 2 ) com caráter invertido e virtual.
MUDE SUA VIDA!

6
ATENÇÃO!!!
Na Luneta Astronômica não ocorre um aumento linear transversal e sim um
aumento do ângulo visual (G), esse aumento tem relação sobre o ângulo visual em
que a imagem final é fornecida pelo instrumento (θ’) e o ângulo visual na qual o
astro é observado a olho nu (θ).
• Tal relação é apresentada pela seguinte expressão:
• Outras duas representações são mostradas da seguinte maneira:

1) Usa-se na relação entre as tangentes desses mesmos ângulos
2) O aumento do ângulo visual de uma lente é dado pela relação da distância focal da
objetiva ( F1 ) pela distância focal da ocular (F2) :
LUNETA TERRESTRE
A Luneta Terrestre, diferente da Astronômica, não apresenta imagem invertida quando
utilizada na observação de objetos na Terra e sim uma imagem final direita. O procedimento
de inversão da imagem é variável, pois existem vários tipos de lunetas terrestres, por
exemplo, o Binóculo e a Luneta de Galileu.
MUDE SUA VIDA!

7
LUNETA DE GALILEU
A Luneta de Galileu é constituída por uma lente divergente usada como ocular na qual
possui pequena distância focal. No sistema abaixo a imagem ( i 1 ) está no sistema focal da
lente objetiva, na qual proporciona essa imagem, isso acontece por causa do objeto está
afastado. Essa imagem fornecida passa a ser um objeto para a lente divergente que origina
uma imagem virtual, ficando situada entre o foco principal da imagem ( F 2 ) e ponto ante
principal do objeto (C 2) . Dessa maneira, a imagem final ( i 2 ) será de aspecto direita.
BINÓCULO
O Binóculos é um instrumento formado pela junção de duas lunetas terrestres, sendo
cada uma delas constituídas por uma objetiva e a ocular, além do prisma de Porro que faz a
inversão da imagem final. Esse aparelho é utilizado na visualização de objetos a longa
distância.
• Observe na figura abaixo o processo da trajetória da luz no Binóculo
MUDE SUA VIDA!

8
TELESCÓPIO
Diferente da Lunetas o Telescópio é um aparelho que não faz a utilização de uma lente
objetiva e sim de um espelho côncavo, esférico ou parabólico. O motivo de se usar espelhos no
lugar de lentes objetivas é por causa que eles apresentam menos defeitos. Geralmente, nos
grandes observatórios os telescópios possuem espelhos parabólicos, mas quando se trata de
amadores os espelhos são esféricos.
FORMAÇÃO DE IMAGEM NO TELESCÓPIO REFLETOR

A imagem ( I 1 ), real e invertida fornecida pelo espelho E encontra se no seu plano focal,
essa imagem ( I 1 ) é considerada um pequeno objeto para o plano E' que acaba ocasionando
na formação da imagem ( I 2 ) . No entanto, essa imagem passar a ser um objeto para a ocular
L que forma a imagem final (I 3)
EXERCÍCIOS
1. Uma lupa com 5,0 cm de distância focal amplia cinco vezes o tamanho de um pequeno
objeto luminoso. Nessas condições, determine a distância entre o objeto e sua imagem.
MUDE SUA VIDA!

9
2. Em uma aula sobre óptica, o professor explica aos seus alunos o funcionamento básico
de um microscópio óptico composto, que pode ser representado por duas lentes
convergentes, a objetiva e a ocular. Quando o objeto a ser visualizado é colocado
próximo à objetiva, uma imagem ampliada II é formada entre a ocular e o foco da
ocular, como esquematizado na figura. Essa imagem é, então, ampliada pela ocular,
gerando a imagem III, vista pelo observador.
MUDE SUA VIDA!

10
GABARITO
1. 16 cm
2. a)
b)
II . Real
III. Virtual
MUDE SUA VIDA!

11
SUMÁRIO
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) ..................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 2
2. MOVIMENTO PERIÓDICO .......................................................................................................................... 2
3. MOVIMENTO OSCILATÓRIO ...................................................................................................................... 2
4. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES ........................................................................................................ 3
5. FUNÇÃO HORÁRIA DA ELONGAÇÃO NO MHS ........................................................................................... 3
6. FUNÇÃO HORÁRIA DA VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA .................................................................. 4
7. FUNÇÃO HORÁRIA DA ACELERAÇÃO ESCALAR INSTANTÂNEA.................................................................. 4
8. VELOCIDADE ESCALAR NO MHS EM FUNÇÃO DA ELONGAÇÃO ................................................................ 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
MUDE SUA VIDA!

1
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

1. INTRODUÇÃO
O estudo dos movimentos oscilatórios, dentre os quais se enquadram os chamados
movimentos harmônicos simples, tem importantes aplicações. Com ele, pode-se entender, por
exemplo, que um lustre suspenso, balançando num movimento de vaivém, permite-nos
determinar a duração aproximada de um intervalo de tempo. Para isso, basta que se conheça
o comprimento do lustre, o valor da aceleração da gravidade local e o número de vaivéns que
o lustre realiza nesse intervalo de tempo.
2. MOVIMENTO PERIÓDICO
Um movimento é periódico quando a posição, a velocidade e a aceleração do móvel
(estado cinemático) repetem-se em intervalos de tempo iguais. O movimento elíptico de
translação de um planeta em relação ao Sol é um exemplo de movimento periódico. O
intervalo de tempo necessário para que ocorra na repetição do movimento é denominado
período movimento (T). Assim, se ocorrerem n repetições, o movimento num intervalo de
tempo Δt, seu período será:
Outra grandeza a ser destacada num movimento periódico é sua frequência (f), que
corresponde ao número de vezes que esse movimento se repete na idade de tempo. Assim,
ocorrendo n repetições, o movimento no intervalo de tempo sua frequência é:
A unidade de frequência, no SI, é o hertz (Hz). A frequência de 1Hz significa que o

movimento repete-se uma vez por segundo. 1 Hz = 1s-1
3. MOVIMENTO OSCILATÓRIO
Um movimento é oscilatório quando ocorre com alternâncias de sentido, porém na
mesma trajetória para os dois sentidos. É o caso, por exemplo, do movimento do pêndulo de
um relógio de parede.
A figura abaixo representa o movimento de um bloco que oscila periodicamente entre os
pontos A e B. É o caso, por exemplo, do movimento do pêndulo de um relógio de parede. A
figura abaixo representa o movimento de um bloco que oscila periodicamente entre os pontos
A e B.
Quando o bloco repete uma situação inicial, dizemos que completou um ciclo, uma
vibração ou uma oscilação.
MUDE SUA VIDA!

2
4. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

Certos movimentos oscilatórios e periódicos, descritos por funções horárias harmônicas
(funções seno ou cosseno), são denominados movimentos harmônicos simples (MHS).
Para simplificar o estudo desses movimentos, podemos partir do movimento circular e
uniforme (MCU). Observe a figura a seguir, que representa uma partícula em movimento
circular e uniforme numa circunferência de raio A.
Agora, vamos fazer a projeção desse MCU sobre um eixo 0x, paralelo ao diâmetro 00' da
circunferência e contido no plano dela:
Esse movimento retilíneo da projeção também é periódico e oscilatório. Além disso, o

período desse movimento da projeção é igual ao período do movimento circular e uniforme. O
movimento da projeção do MCU sobre o eixo 0x é um movimento harmônico simples (MHS).
5. FUNÇÃO HORÁRIA DA ELONGAÇÃO NO MHS
Seja ω a velocidade angular da partícula em MCU. O ângulo φ, denominado fase do

movimento, estabelece a posição da partícula em relação ao ponto O circunferência e é dado
por:
A ilustração a seguir mostra como poderia ser obtida da uma representação gráfica da
elongação x em relação do tempo t.
MUDE SUA VIDA!

3
6. FUNÇÃO HORÁRIA DA VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA

A velocidade instantânea no MHS também é determinada pela projeção da velocidade no
MCU sobre a trajetória em que se dá o MHS. Essa projeção está ilustrada na figura a seguir.
No triângulo retângulo destacado, temos:
Como o MHS tem sentido contrário ao do eixo Ox (movimento retrógrado) no instante t,

obtemos a seguinte expressão da velocidade escalar instantânea v:
Essa é a função horária da velocidade escalar instantânea em um MHS.
7. FUNÇÃO HORÁRIA DA ACELERAÇÃO ESCALAR INSTANTÂNEA

A aceleração instantânea no MHS é determinada também pela projeção da aceleração no
MCU, que é centrípeta, sobre a trajetória em que ocorre o MHS. Essa projeção está
representada na figura a seguir:
Observando que o MHS é acelerado no instante t., concluímos que nesse instante a
velocidade escalar e a aceleração escalar devem ter o mesmo sinal. Sendo negativa a
velocidade escalar, deduzimos que a aceleração escalar também é negativa. Obtemos, então, a
função horária da aceleração escalar instantânea a, como segue:
MUDE SUA VIDA!

4
8. VELOCIDADE ESCALAR NO MHS EM FUNÇÃO DA ELONGAÇÃO

Observe que, nessa expressão, a velocidade escalar é dada em função da elongação (x) e
não em função do tempo (t).
a) Nos pontos de inversão

x=+A
x=-A
b) No Ponto Central
x=0
Observe, então, que:

A velocidade escalar máxima no MHS é dada pelo produto da pulsação pela amplitude,
ocorrendo no ponto central da trajetória:
9. Aceleração escalar no MHS em função da elongação
a) Nos pontos de inversão

x = + A (Valor Mínimo da aceleração)
x = - A (Valor Máximo da aceleração)
b) No Ponto Central x = 0
α=0
EXERCÍCIOS
1. Um ponto material realiza um movimento harmônico simples (MHS) sobre um eixo 0x,
sendo a função horária dada por:
π 
x=
0,08 ⋅ cos  t + π  , para x em metros e t em segundos.
 4 
A pulsação, a fase inicial e o período do movimento são, respectivamente,

π
rad s, 2π rad, 6 s.
a) 4
π
2π rad, rad s, 8 s.
b) 4
π
rad s, π rad, 4 s.
c) 4
d) π rad s, 2π rad, 6 s.
π
rad s, π rad, 8 s.
e) 4
MUDE SUA VIDA!

5
Resposta: [E]
=
Comparando a função horária dada com x A cos ( ωt + φ0 ) , obtemos:
π
ω= rad s (pulsação)
4
φ0 = π rad (fase inicial)
2π 2π
T= = ⇒ T = 8 s (período)
ω π4
2. Duas partículas descrevem movimentos harmônicos simples representados nos

gráficos (I) e (II) a seguir.
É CORRETO afirmar que os dois movimentos têm:

a) mesma frequência, amplitudes iguais e fases diferentes.
b) frequências diferentes, amplitudes iguais e fases diferentes.
c) mesma frequência, amplitudes diferentes e mesma fase.
d) mesma frequência, amplitudes iguais e mesma fase.
e) frequências diferentes, amplitudes iguais e mesma fase.
Resposta: [B]
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
FORÇA NO MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES .............................................................................................. 2
1.PERÍODO DO MHS ...................................................................................................................................... 2
2.OSCILADOR MASSA-MOLA HORIZONTAL ................................................................................................... 2
3. PÊNDULO SIMPLES..................................................................................................................................... 3
4. PERÍODO DE OSCILAÇÃO DO PÊNDULO SIMPLES ...................................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
MUDE SUA VIDA!

1
FORÇA NO MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

Vamos buscar aqui um critério que permita decidir se um corpo realiza ou não um MHS,
a partir do conhecimento das forças que nele atuam.
1.PERÍODO DO MHS
Na maioria dos casos, a importância prática do MHS está no conhecimento de seu
período (T), porque a partir dele podemos determinar outras grandezas. Vamos, então,
deduzir a expressão do período do MHS. No item anterior, definimos a constante de força do
MHS como sendo
Obtemos, daí, uma expressão para a pulsação do MHS:
Lembrando que, temos:
Observe que o período (T) do MHS não depende da amplitude das oscilações, mas
apenas da massa (m) oscilante e da constante de força (K). Como a frequência (f) é igual ao
inverso do período, temos:
2.OSCILADOR MASSA-MOLA HORIZONTAL

Considere um bloco de massa m, em repouso num plano horizontal suposto
perfeitamente liso, preso a uma mola, como mostra a figura a seguir. A mola é supostamente
de massa desprezível, sua constante elástica é K.
Quando o bloco repete uma situação inicial, dizemos que completou um ciclo, uma
vibração ou uma oscilação. Observe que a posição do bloco é de equilíbrio, pois a mola não
está deformada. Assim, a força resultante nele 6 nula. Um eixo Ox está associado ao plano
horizontal, com a origem na posição de equilíbrio e na mesma direção do eixo da mola. Vamos
afastar o bloco da posição de equilíbrio, deslocando-o, por exemplo, para a direita até a
posição x = A, e deixá-lo aí, como mostra a figura a seguir:
MUDE SUA VIDA!

2
Supondo que a mola opere em regime de elasticidade perfeita e desprezando qualquer

influência do ar, concluímos que o bloco executar, e solto, um movimento oscilatório e
periódico entre x = A e x = -A (sistema conservativo).
Nesse movimento, a elongação é a própria de formação da mola. Além disso, a força

elástica da mola é a força resultante sobre o bloco. Lembrando que a força elástica é
proporcional de formação da mola, obtemos a seguinte expressão para o valor algébrico da
força resultante:
Isso prova que o movimento em questão é um movimento harmônico simples. Sendo

assim, o período de oscilação é dado por:
Podemos resumir as principais informações sobre o oscilador massa-mola em plano

horizontal e em condições ideais da seguinte forma:
 O corpo preso da mola executa MHS.
 A elongação no MHS é em módulo, a própria deformação (distensão ou contração)
da mola.
 A força resultante no corpo é a própria força elástica aplicada pela mola.
 No ponto de equilíbrio, a força elástica (força resultante) é nula, e a mola não está
deformada.
3. PÊNDULO SIMPLES
Vamos acompanhar a análise do movimento oscilatório de um corpo preso na
extremidade de um fio. Veremos que o movimento desse corpo não é, a rigor, harmônico
simples, mas que, sob certas condições, muito se aproxima de um MHS. Chamamos de pêndulo
simples o sistema ideal constituído de uma partícula suspensa a um fio flexível, inextensível e
de massa desprezível.
A figura ao lado ilustra um pêndulo simples de comprimento f, e massa m, em sua

posição de equilíbrio. Quando afastamos o pêndulo da posição de equilíbrio e o soltamos, ele
realiza oscilações.
MUDE SUA VIDA!

3
As forças que atuam na massa pendular, desprezando-se influências do ar, são a tração
T, exercida pelo fio, e o peso P, que pode ser decomposto segundo as direções da tangente e da
normal à trajetória.
4. PERÍODO DE OSCILAÇÃO DO PÊNDULO SIMPLES

Em qualquer MHS, o período é dado por:
Sobre o período de oscilação do pêndulo simples, é importante destacar que:

• independe da massa pendular;
• é proporcional a raiz quadrada do seu comprimento;
• é inversamente proporcional a raiz quadrada da intensidade do campo
gravitacional.
EXERCÍCIOS
1. Uma criança de massa 25 kg brinca em um balanço cuja haste rígida não deformável e
de massa desprezível, presa ao teto, tem 1,60 m de comprimento. Ela executa um
movimento harmônico simples que atinge uma altura máxima de 80 cm em relação ao
solo, conforme representado no desenho abaixo, de forma que o sistema criança mais
balanço passa a ser considerado como um pêndulo simples com centro de massa na
extremidade P da haste. Pode-se afirmar, com relação à situação exposta, que
Dados: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m / s2
MUDE SUA VIDA!

4
considere o ângulo de abertura não superior a 10°.

a) a amplitude do movimento é 80 cm.
b) a frequência de oscilação do movimento é 1,25 Hz.
c) o intervalo de tempo para executar uma oscilação completa é de 0,8π s.
d) a frequência de oscilação depende da altura atingida pela criança.
e) o período do movimento depende da massa da criança.
Resposta: [C]
O período de um pêndulo simples, quando oscilando com pequenas amplitudes não depende da massa. Calculando
o período de oscilação:
L 1,6
T = 2π ⇒ T = 2π = 2 π 0,16 = 2 π × 0,4 ⇒
g 10
T = 0,8 π s.
2. Um corpo C, de massa 1,00.10-1 kg, está preso a uma mola helicoidal de massa
desprezível e que obedece à Lei de Hooke. Num determinado instante, o conjunto se
encontra em repouso, conforme ilustra a figura 1, quando então é abandonado e, sem
atrito, o corpo passa a oscilar periodicamente em torno do ponto O. No mesmo intervalo
de tempo em que esse corpo vai de A até B, o pêndulo simples ilustrado na figura 2
realiza uma oscilação completa. Sendo g = 10 m/s2, a constante elástica da mola é:
a) 0,25 N/m
b) 0,50 N/m
c) 1,0 N/m
d) 2,0 N/m
e) 4,0 N/m
Resposta: [B]
3. Um pêndulo simples, de comprimento de 100 cm, executa uma oscilação completa em
6 s, num determinado local. Para que esse mesmo pêndulo, no mesmo local, execute
uma oscilação completa em 3 s, seu comprimento deverá ser alterado para:
a) 200 cm.
b) 150 cm.
c) 75 cm.
d) 50 cm.
e) 25 cm.
MUDE SUA VIDA!

5
Resposta: [E]
Para o pêndulo simples, a expressão que relaciona seu período de oscilação T com o seu comprimento L é:
L
T = 2π
g
Usando os dados fornecidos e fazendo a razão entre as expressões, temos:
L1
2π
T1 g T1 L1 T2 L1 T22L1 ( 3 s )2 ⋅ 100 cm
= ⇒ = ⇒ L2 = ⇒ L2= ⇒ L2= ∴ L2= 25 cm
T2 L T2 L2 T1 T12 ( 6 s )2
2π 2
g
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
ENERGIA NO MHS .............................................................................................................................................. 2
01. ENERGIA MECÂNICA NO MHS ................................................................................................................. 2
2. ANÁLISE GRÁFICA DA ENERGIA ................................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
MUDE SUA VIDA!

1
ENERGIA NO MHS
01. ENERGIA MECÂNICA NO MHS
A energia mecânica pode ser dividida em duas partes: a energia cinética E; (associada à
velocidade do ponto material), e a energia potencial Ep (do tipo elástica, associada à posição
x do ponto material), dadas por:
A soma dessas energias é a energia mecânica Emec.:
No MHS as energias cinética e potencial variam, pois variam a velocidade v e a posição x

do ponto material. Entretanto, a energia mecânica permanece constante, uma vez que
supomos inexistentes as forças dissipavas ao analisarmos o MHS. Na figura 5 reconsideramos
o oscilador harmônico a partir da posição de máxima abscissa (amplitude). Nas figuras 5A e
5E a energia total se reduz à energia potencial elástica , em que x = ± a (sendo a a

amplitude).
Assim, para essas posições: ; em que x = ±a. Portanto:

Essa fórmula permite determinar a amplitude do MHS por meio da energia:
A amplitude do MHS depende da energia mecânica total cedida ao sistema.
MUDE SUA VIDA!

2
Desse modo, com a mola distendida de x = +a (fig. A, a energia potencial elástica equivale
à energia mecânica total cedida ao sistema, a qual define a amplitude do MHS. Durante o
movimento, a energia potencial se transforma em cinética e vice-versa, mas a energia
mecânica total permanece constante, pois não estamos considerando as forças dissipavas.
Observe também que, se a mola tivesse sido mais (ou menos) distendida, teríamos cedido
mais (ou menos) energia ao sistema, alterando assim a amplitude de oscilação. No entanto,
qualquer que fosse a deformação inicial da mola, o período de oscilação já estaria definido,
pois este não depende da amplitude

Em resumo, temos:
2. ANÁLISE GRÁFICA DA ENERGIA

Assim, é a expressão geral da energia mecânica total do sistema. Observe o
diagrama das energias do oscilador harmônico em função da elongação x, em que E = Ec + EPel.
EXERCÍCIOS
1. A figura ilustra um objeto de massa m = 0,5 kg oscilando em MHS em torno da posição
O.
Desprezando as forças dissipavas e sendo k = 200 N/m a constante elástica da mola,

determine:
a) a energia mecânica total do sistema;
b) a velocidade do objeto, ao passar pela posição de equilíbrio;
c) a velocidade do objeto, no instante em que ele passa pela posição x = +10 cm.
MUDE SUA VIDA!

3
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
ONDULATÓRIA ................................................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 2
2. CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................................................... 2
2.1) DE ACORDO COM A SUA NATUREZA .................................................................................................. 2
2.2) DE ACORDO COM A SUA VIBRAÇÃO................................................................................................... 2
2.3) DE ACORDO COM A SUA PROPAGAÇÃO ............................................................................................ 3
3. GRANDEZAS ASSOCIADAS ÀS ONDAS ........................................................................................................ 3
4. VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE UMA ONDA PERIÓDICA ..................................................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
MUDE SUA VIDA!

1
ONDULATÓRIA
1. INTRODUÇÃO
Ondas de vários tipos estão presentes em nossa vida. Quando vemos objetos, por
exemplo, nossos órgãos visuais estão sendo sensibilizados por ondas luminosas. Devido às
limitações do nosso sistema visual, outras ondas do mesmo tipo da luz não podem ser vistas -
como as ondas utilizadas as telecomunicações (ondas de rádio, ondas de televisão e micro-
ondas para comunicação via satélite). Todas essas ondas, e as que você estudará adiante,
possuem algo em comum: são energias que se propagam através de um meio. Atenção: a
energia se propaga, porém, o meio não acompanha essa propagação, qualquer que seja a onda
em estudo.
2. CLASSIFICAÇÃO
2.1) DE ACORDO COM A SUA NATUREZA
 Onda mecânica é a propagação de energia através de partículas de um meio
material, sem que essas partículas sejam transportadas. Uma onda mecânica nunca
se propaga no vácuo.
Ex.: ondas que se propagam em cordas ou molas esticadas, as que se propagam em superfícies
de líquidos e os sons.
 Ondas eletromagnéticas constituem um conjunto de dois campos, um elétrico e

outro magnético, que se propagam no vácuo com velocidade aproximada de 300
000 km/s. Em meios materiais, quando ocorre propagação, a velocidade é menor
que 300 000 km/s.
NOTA! (1)
Raios alfa, beta, gama, x e catódicos.
Os raios alfa são partículas formadas por 2 prótons e 2 nêutrons. Os raios β e os raios
catódicos são constituídos de elétrons.
Apenas os raios gama e raios x são ondas eletromagnéticas.
2.2) DE ACORDO COM A SUA VIBRAÇÃO
 Ondas Longitudinais são ondas mecânicas que produzem perturbações nas
partículas do meio material na mesma direção em que se propagam.
MUDE SUA VIDA!

2
Ex.: Os sons, quando se propagam em meios fluidos (líquidos, gases e vapores), são ondas
longitudinais.
 Ondas transversais são ondas em que as vibrações ocorrem perpendicularmente
à direção de propagação.
As perturbações eletromagnéticas que atingem os pontos de um meio, seja ele vácuo ou

não, são sempre perturbações transversais.
2.3) DE ACORDO COM A SUA PROPAGAÇÃO
 Unidimensionais: propagam-se em uma única dimensão. Por exemplo, ondas em
cordas.
 Bidimensionais: propagam-se em duas dimensões, isto é, num plano. Por
exemplo, ondas em superfície de líquidos.
 Tridimensionais: propagam-se em três dimensões, isto é, no espaço. Por exemplo,
ondas luminosas e ondas sonoras no ar.
NOTA! (2)
Frente de onda é a fronteira entre a região já atingida pela onda e a região ainda não atingida.
Raio de onda é uma linha orientada que tem origem na fonte de ondas e é perpendicular às
frentes de onda. Os raios de onda indicam a direção e o sentido de propagação das ondas
num meio.
3. GRANDEZAS ASSOCIADAS ÀS ONDAS

As principais grandezas associadas a uma onda são:
 Amplitude (A) permanece constante ao longo da corda quando a propagação é
conservativa (não há dissipação de energia) e diminui ao longo da corda quando a
propagação é dissipativa.
 Período (T) é o intervalo de tempo gasto à repetição de um mesmo fenômeno.
 Frequência (f) é número de oscilações executadas pelo ponto na unidade de
tempo.
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3
 Comprimento de Onda (λ) é a distância entre duas cristas consecutivas ou dois

vales consecutivos.
Utilizando um sistema que nos permita ver as ondas, podemos observar o significado de
cada grandeza.
Os pontos A, B e C são denominadas cristas da onda, enquanto os pontos D e E são
chamados vales ou depressões da onda. Observe que a distância entre duas cristas
consecutivas ou entre dois vales consecutivos também é igual a λ.
4. VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE UMA ONDA PERIÓDICA

Num meio homogêneo, a velocidade de propagação
(v) de uma onda é constante, seja ela mecânica, seja ela eletromagnética, valendo a relação:
Essa relação é fundamental e se aplica à propagação de todas as ondas.
EXERCÍCIOS
1. Um bloco de massa m = 4 kg é mantido em repouso, preso a uma corda de densidade
linear de massa μ= 4 × 10−3 kg m, que tem sua outra extremidade fixa no ponto A de
uma parede vertical. Essa corda passa por uma roldana ideal presa em uma barra fixa
na parede, formando um ângulo de 60° com a barra. Considere que um diapasão seja
colocado para vibrar próximo desse sistema e que ondas estacionárias se estabeleçam
no trecho AB da corda.
MUDE SUA VIDA!

4
Sabendo que a velocidade de propagação de uma onda por uma corda de densidade
T
linear de massa μ, submetida a uma força de tração T, é dada por v = , que g = 10 m s2 , que
μ
cos=
60° sen=
30° 0,5 e considerando as informações da figura, pode-se afirmar que a
frequência fundamental de ondas estacionárias no trecho AB da corda é
a) 56 Hz.
b) 50 Hz.
c) 35 Hz.
d) 48 Hz.
e) 40 Hz.
Resposta: [B]
A tração na corda é igual ao peso do corpo pendurado.
T= 4 kg ⋅ 10 m s2 ∴ T= 40 N
O comprimento da corda AB é:
0,5 m 0,5 m
L AB = = ∴ L AB = 1,0 m
cos 60° 0,5
Usando a expressão da velocidade com a frequência e igualando à equação fornecida, temos:
T 1 T 1 40 N
v = λf = ⇒f= = ∴ f = 50 Hz
μ λ μ 2 m 4 × 10−3 kg m
2. O som do rádio chega até nós codificado nas ondas eletromagnéticas emitidas pelas
antenas das emissoras. Sabendo que 1MHz é igual a 106 Hz e considerando a velocidade
de propagação das ondas eletromagnéticas no ar igual a 3,0 × 108 m s, o comprimento de
onda e o período das ondas emitidas por uma emissora de rádio que opera com
frequência de 100 MHz são, respectivamente,
−8
a) 1,0 m e 1,0 × 10 s.
−8
b) 1,0 m e 3,0 × 10 s.
−6
c) 3,0 m e 1,0 × 10 s.
−6
d) 3,0 m e 3,0 × 10 s.
−8
e) 3,0 m e 1,0 × 10 s.
Resposta: [E]
Pela equação fundamental da ondulatória, temos:
v = λf
3 ⋅ 108 =⋅
λ 100 ⋅ 106
∴λ = 3m
O período é dado por:
1 1
T= =
f 100 ⋅ 106
10−8 s
∴T =
MUDE SUA VIDA!

5
3. O osciloscópio é um instrumento que permite observar uma diferença de potencial

(ddp) em um circuito elétrico em função de tempo ou em função de outra ddp. A leitura
do sinal é feita em uma tela sob a forma de um gráfico tensão × tempo.
A frequência de oscilação do circuito elétrico estudado é mais próxima de

a) 300 Hz.
b) 250 Hz.
c) 200 Hz.
d) 150 Hz.
e) 125 Hz.
Resposta: [E]
Se medirmos a distância horizontal entre um mínimo (3 ms) e um máximo (7 ms) no gráfico, teremos metade do
período. Sendo assim:
T
= 7 − 3 ⇒ T = 8 ms
2
Portanto, a frequência de oscilação do circuito é de:
1 1
f =
=
T 8 ⋅ 10−3
∴f = 125 Hz
4. Uma corda elástica está inicialmente esticada e em repouso, com uma de suas
extremidades fixa em uma parede e a outra presa a um oscilador capaz de gerar ondas
transversais nessa corda. A figura representa o perfil de um trecho da corda em
determinado instante posterior ao acionamento do oscilador e um ponto P que
descreve um movimento harmônico vertical, indo desde um ponto mais baixo (vale da
onda) até um mais alto (crista da onda).
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6
Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com velocidade constante de 10 m / s e

que a frequência do oscilador também é constante, a velocidade escalar média do ponto P, em
m / s, quando ele vai de um vale até uma crista da onda no menor intervalo de tempo possível,
é igual a
a) 4.
b) 8.
c) 6.
d) 10.
e) 12.
Resposta: [B]
Na figura nota-se que a distância dada, 3m, corresponde a 1,5 comprimento de onda. Assim:
1,5 λ = 3 ⇒ λ = 2m.
Aplicando a equação fundamental da ondulatória:
v 10
v =λ f ⇒ f = = ⇒ f =5 Hz.
λ 2
O intervalo de tempo (Δt) para o ponto P ir de um vale a uma crista é meio período e a distância percorrida nesse
tempo (d) é 0,8m. Então:
 T 1 1
Δt = = = ⇒ Δt =0,1 s. d 0,8
 2 2 f 2 × 5 ⇒ vm = = ⇒ vm =8m/s.
d = 0,8m. Δt 0,1

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SUMÁRIO
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS .......................................................................................................................... 2
1. REFLEXÃO .................................................................................................................................................. 2
2. REFLEXÃO DE ONDAS TRANSVERSAIS EM CORDAS ................................................................................... 2
1ª) EM EXTREMIDADE FIXA: ...................................................................................................................... 2
2ª) EM EXTREMIDADE LIVRE: .................................................................................................................... 2
3. REFLEXÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS (LUZ) .................................................................................... 2
1ª LEI DA REFLEXÃO ................................................................................................................................... 3
2ª LEI DA REFLEXÃO ................................................................................................................................... 3
4. REFRAÇÃO.................................................................................................................................................. 3
1ª LEI DA REFRAÇÃO .................................................................................................................................. 3
2ª LEI DA REFRAÇÃO .................................................................................................................................. 3
5. REFRAÇÃO E REFLEXÃO DE ONDAS TRANSVERSAIS EM CORDAS ............................................................. 3
B.1) SUPONHA QUE A DENSIDADE LINEAR DA CORDA B SEJA MAIOR QUE A DA CORDA A. .................... 3
B.2) SUPONHA QUE A CORDA B TENHA MENOR DENSIDADE LINEAR QUE A CORDA A. ASSIM,
OBTEMOS: ................................................................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
MUDE SUA VIDA!

1
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
1. REFLEXÃO
Uma onda que se propaga em um meio sofre reflexão quando, após incidir num segundo
meio de características diferentes, volta a se propagar no meio original. Qualquer que seja o
tipo de onda, o módulo de sua velocidade de propagação não se altera na reflexão, pois ela
continua a propagar-se no mesmo meio em que estava. Como a frequência, característica da
onda que se mantém sempre constante, o comprimento de onda também não varia na
reflexão.
2. REFLEXÃO DE ONDAS TRANSVERSAIS EM CORDAS

1ª) EM EXTREMIDADE FIXA:
Quando esse pulso atinge uma extremidade fixa (uma parede, por exemplo) e tenta
movê-la, esta, pela 3ª Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação), reage sobre a corda,
gerando um pulso refletido invertido em relação ao pulso incidente. Diz-se, então, que o pulso
refletido está em oposição de fase em relação ao pulso incidente.
2ª) EM EXTREMIDADE LIVRE:
Quando o pulso atinge o anel, ele sobe e desce, o pulso é refletido sem inversão.
Dizemos, então, que o pulso refletido está em fase com o pulso incidente.
3. REFLEXÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS (LUZ)
MUDE SUA VIDA!

2
1ª LEI DA REFLEXÃO
O raio incidente, o raio refletido e a reta normal à superfície refletora no ponto de
incidência estão contidos sempre em um mesmo plano (são coplanares).
2ª LEI DA REFLEXÃO
4. REFRAÇÃO
Chama-se refração de uma onda a passagem dessa onda de um meio para outro, de
características diferentes. Qualquer que seja o tipo de onda, sua frequência não se altera na
refração. No entanto, devido à mudança de meio, a velocidade se modifica, o mesmo
ocorrendo com o comprimento de onda. A refração de ondas obedece a duas leis,
apresentadas seguir.
1ª LEI DA REFRAÇÃO
O raio incidente, a normal à fronteira no ponto de incidência e o raio refratado estão
contidos no mesmo plano (são coplanares).
2ª LEI DA REFRAÇÃO
Também denominada Lei de Snell, a 2ª Lei da Refração é expressa pela relação:
5. REFRAÇÃO E REFLEXÃO DE ONDAS TRANSVERSAIS EM

CORDAS
Considere duas cordas de densidades lineares diferentes emendadas.
B.1) SUPONHA QUE A DENSIDADE LINEAR DA CORDA B SEJA MAIOR
QUE A DA CORDA A.
B.2) SUPONHA QUE A CORDA B TENHA MENOR DENSIDADE LINEAR

QUE A CORDA A. ASSIM, OBTEMOS:
MUDE SUA VIDA!

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Ondas de vários tipos estão presentes em nossa vida. Quando vemos objetos, por
exemplo, nossos órgãos visuais estão sendo sensibilizados por ondas luminosas. Devido às
limitações do nosso sistema visual, outras ondas do mesmo tipo da luz não podem ser vistas -
como as ondas utilizadas as telecomunicações (ondas de rádio, ondas de televisão e micro-
ondas para comunicação via satélite). Todas essas ondas, e as que você estudará adiante,
possuem algo em comum: são energias que se propagam através de um meio. Atenção: a
energia se propaga, porém, o meio não acompanha essa propagação, qualquer que seja a onda
em estudo.
EXERCÍCIOS
1. O comprimento de onda da luz emitida por um laser é de 675 nm no ar, onde a
8
velocidade de propagação de ondas eletromagnéticas é de 3,0 × 10 m s. Com base
nessas informações, pode-se afirmar que a velocidade de propagação e a frequência da
luz emitida por esse laser, em um meio onde o comprimento de onda é 450 nm, são,
respectivamente
8 8
a) 2,0 × 10 m s e 4,0 × 10 Hz
8 14
b) 2,5 × 10 m s e 4,4 × 10 Hz
c) 2,0 × 108 m s e 4,4 × 108 Hz
8 14
d) 2,0 × 10 m s e 4,4 × 10 Hz
8 8
e) 2,5 × 10 m s e 4,0 × 10 Hz
Resposta: [D]
Pela equação fundamental da ondulatória, obtemos:

v=
1 λ1 ⋅ f
3 ⋅ 108 = 675 ⋅ 10−9 ⋅ f
∴ f ≅ 4,4 ⋅ 1014 Hz
A frequência não se altera com a mudança entre os meios, logo:

v1 v 2
f =
=
λ1 λ 2
3 ⋅ 108 v2
=
−9
675 ⋅ 10 450 ⋅ 10−9
∴ v 2 =2 ⋅ 108 m s
MUDE SUA VIDA!

4
2. Próxima à superfície de um lago, uma fonte emite onda sonora de frequência 500Hz e
sofre refração na água. Admita que a velocidade de propagação da onda no ar seja igual
a 300m s, e, ao se propagar na água, sua velocidade é igual a 1500m s. A razão entre os
comprimentos de onda no ar e na água vale aproximadamente
a) 1 3
b) 3 5
c) 3
d) 1 5
e) 1
Resposta: [D]
Quanto uma onda sofre refração, a frequência não se altera.

Então, da equação fundamental da ondulatória:
v ar λ ⋅f λ ar v λ ar 300
v= λf ⇒ =ar ⇒ =ar ⇒ = ⇒
v água λ água ⋅ f λ água v água λ água 1500
λ ar 1
= .
λ água 5
3. Numa aula no Laboratório de Física, o professor faz, para seus alunos, a experiência que
se descreve a seguir. Inicialmente, ele enche de água um recipiente retangular, em que
há duas regiões - I e II -, de profundidades diferentes.
Esse recipiente, visto de cima, está representado nesta figura:
No lado esquerdo da região I, o professor coloca uma régua a oscilar verticalmente, com
frequência constante, de modo a produzir um trem de ondas. As ondas atravessam a região I e
propagam-se pela região II, até atingirem o lado direito do recipiente.
Na figura, as linhas representam as cristas de onda dessas ondas. Dois dos alunos que
assistem ao experimento fazem, então, estas observações:
Bernardo: “A frequência das ondas na região • I é menor que na região II.”
Rodrigo: “A velocidade das ondas na região • I é maior que na região II.”
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que:
a) Apenas a observação do Bernardo está certa.
b) Apenas a observação do Rodrigo está certa.
c) Ambas as observações estão certas.
MUDE SUA VIDA!

5
d) Nenhuma das duas observações está certa.
Resposta: [B]
A frequência não é alterada pela mudança de meio (refração).
Assim, a afirmação de Bernardo é falsa.
Sabemos que v = λ ⋅ f . Como f é constante, v e λ são diretamente proporcionais.
No meio II, as distâncias entre as cristas são menores, ou seja, menor comprimento de onda, λ , quando em
comparação com o meio I. Se houve redução no comprimento de onda, então houve redução na velocidade.
Assim, o comentário do aluno Rodrigo está correto.
4. A figura mostra um pulso que se aproxima de uma parede rígida onde está fixada a
corda. Supondo que a superfície reflita perfeitamente o pulso, deve-se esperar que no
retorno, após uma reflexão, o pulso assuma a configuração indicada em
a)
b)
c)
d)
e)
Resposta: [D]
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
1. RESSONÂNCIA ............................................................................................................................................ 2
2. DIFRAÇÃO .................................................................................................................................................. 2
3. POLARIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
MUDE SUA VIDA!

1
1. RESSONÂNCIA
Todo sistema físico capaz de vibrar, se for excitado, vibrará numa frequência que lhe é
característica, que lhe é natural. Um sistema físico é dito em ressonância com um agente
excitador quando recebe excitações periódicas numa frequência igual a uma de suas
frequências naturais de vibração. O fenômeno da ressonância ocorre quando um sistema
físico recebe energia por meio de excitações de frequência igual a uma, de suas frequências
naturais de vibração. Com essa energia, o sistema físico passa a vibrar com amplitudes cada
vez maiores.
A fotografia mostra o instante em que a ponte pênsil Tacoma Narrows caía,

provavelmente devido ao fenômeno da ressonância. Acredita-se que o responsável por esse
desastre tenha sido o vento, que excitava a ponte fornecendo energia para a vibração de sua
estrutura.
2. DIFRAÇÃO
Chama-se difração de uma onda o encurvamento sofrido por seus raios quando a onda
encontra obstáculos à sua propagação. O fenômeno da difração prova ser incorreta a
generalização de que os raios de onda são retilíneos (ainda que em meios homogêneos e
isótopos).
Note que a parte da frente de onda que incide na barreira é refletida, mas a parte que
atinge a fenda passa por ela. A rigor, a difração de uma onda em fendas sempre ocorre.
Entretanto, o desvio torna-se tanto mais acentuado quanto menor é a largura da fenda.
Uma onda que se propaga em um meio sofre reflexão quando, após incidir num segundo
meio de características diferentes, volta a se propagar no meio original. Qualquer que seja o
tipo de onda, o módulo de sua velocidade de propagação não se altera na reflexão, pois ela
continua a propagar-se no mesmo meio em que estava. Como a frequência, característica da
onda que se mantém sempre constante, o comprimento de onda também não varia na
reflexão.
MUDE SUA VIDA!

2
3. POLARIZAÇÃO
Uma onda natural (ou não polarizada) é aquela que possui várias direções transversais
de vibração, relativamente à direção da propagação. Polarizar essa onda é fazê-la vibrar em
apenas uma direção por meio de um polarizador. A corda da figura está vibrando
transversalmente em vários planos, mas, ao atravessar uma abertura conveniente da placa
rígida (polarizador), a corda passa a vibrar apenas num plano. A polarização é exclusiva das
ondas transversais, não ocorrendo esse fenômeno com as ondas longitudinais.
EXERCÍCIOS
1. Considere as afirmações abaixo, sobre o fenômeno da difração.
I. A difração é um fenômeno ondulatório que ocorre apenas com ondas sonoras.
II. A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto mais acentuada
quanto menor for a largura da fenda.
III. A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto mais acentuada
quanto maior for o comprimento de onda da onda.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Resposta: [D]
Análise das afirmativas:
[I] Falsa. A difração também ocorre em ondas eletromagnéticas.
[II] Verdadeira. Para ocorrência do fenômeno de difração é necessário que a fenda tenha tamanho da ordem
do comprimento de onda ou menor e seu efeito é mais acentuado a medida que a fenda ficar menor.
[III] Verdadeira. O efeito é maior para fendas menores que o cumprimento de onda ou comprimentos de ondas
maiores que a fenda.
MUDE SUA VIDA!

3
2. Considerando o estudo sobre Ondas e os fenômenos ondulatórios, analise as afirmações

abaixo.
I. No fenômeno da reflexão das ondas, o ângulo formado entre o raio de onda incidente e
a reta normal à superfície, é sempre igual ao ângulo formado entre o raio de onda refletido
e a reta normal à superfície.
II. No fenômeno da refração, a onda passa de um meio para outro, mas a sua velocidade
não se altera, o que faz com que o seu comprimento de onda permaneça o mesmo.
III. No fenômeno da difração, as ondas têm a capacidade de contornar obstáculos ou
fendas.
IV. No fenômeno da polarização das ondas, a direção de vibração é perpendicular à
direção de propagação e ocorre com ondas longitudinais.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) I e III.
d) I, II e IV.
Resposta: [C]
[I] Verdadeira.
[II] Falsa. Na refração o que é mantido é a frequência da onda.
[III] Verdadeira.
[IV] Falsa. As ondas longitudinais, como o som, não podem ser polarizadas.
3. Nas rodovias, é comum motoristas terem a visão ofuscada ao receberem a luz refletida
na água empoçada no asfalto. Sabe-se que essa luz adquire polarização horizontal. Para
solucionar esse problema, há a possibilidade de o motorista utilizar óculos de lentes
constituídas por filtros polarizadores. As linhas nas lentes dos óculos representam o
eixo de polarização dessas lentes.
Quais são as lentes que solucionam o problema descrito?
a)
b)
c)
MUDE SUA VIDA!

4
d)
e)
Resposta: [A]
Os filtros polarizadores verticais barram a luz de polarização horizontal.
4. Ao assistir a uma apresentação musical, um músico que estava na plateia percebeu que
conseguia ouvir quase perfeitamente o som da banda, perdendo um pouco de nitidez
nas notas mais agudas. Ele verificou que havia muitas pessoas bem mais altas à sua
frente, bloqueando a visão direta do palco e o acesso aos alto-falantes. Sabe-se que a
velocidade do som no ar é 340m s e que a região de frequências das notas emitidas é de,
aproximadamente, 20Hz a 4000Hz.
Qual fenômeno ondulatório é o principal responsável para que o músico percebesse essa
diferenciação do som?
a) Difração.
b) Reflexão.
c) Refração.
d) Atenuação.
e) Interferência.
Resposta: [A]
Calculando o comprimento de onda do som mais agudo:
v 340
λ= = = 0,085 m= 8,5 cm.
f 4.000
Como os corpos e as cabeças das pessoas à frente do músico têm dimensões maiores que o comprimento de onda
dos sons mais agudos, a difração é dificultada por esses obstáculos, causando diferenciação na percepção desses
sons.
5. Em 2014, o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol. Em virtude das possíveis

manifestações das torcidas, os estádios de futebol foram construídos de modo a
suportar as “vibrações” produzidas. Se todos os torcedores, ao mesmo tempo,
começarem, por exemplo, a pular e a bater os pés no chão, as estruturas das
arquibancadas podem desabar, provocando uma tragédia. O fenômeno físico que
melhor descreve a situação trágica mencionada é:
a) Reflexão.
b) Refração.
c) Ressonância.
d) Difração.
e) Convecção.
MUDE SUA VIDA!

5
Resposta: [C]
Quando pulsos de uma certa frequência atingem um sistema que tem vibração natural de mesma frequência, o
sistema absorve energia desses pulsos, aumentando a amplitude de vibração, podendo atingir o colapso. A esse
fenômeno, dá-se o nome de ressonância.
MUDE SUA VIDA!

6
SUMÁRIO
01. SUPERPOSIÇÃO DE PULSOS EM CORDAS ................................................................................................ 2
1ª SITUAÇÃO: PULSOS EM FASE ................................................................................................................ 2
2ª SITUAÇÃO: PULSOS EM OPOSIÇÃO DE FASE ......................................................................................... 2
CASO PARTICULAR ..................................................................................................................................... 3
02. SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS PERIÓDICAS ................................................................................................. 3
ONDAS ESTACIONÁRIAS ............................................................................................................................ 4
03. INTERFERÊNCIA DE ONDAS BIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS ....................................................... 4
LEITURA: (BARULHO + BARULHO = SILÊNCIO) ........................................................................................... 4
04. PRINCÍPIO DE HUYGENS .......................................................................................................................... 4
05. EXPERIÊNCIA DE YOUNG ......................................................................................................................... 5
06. INTERFERÊNCIA EM PELÍCULAS DELGADAS ............................................................................................. 5
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
MUDE SUA VIDA!

1
01. SUPERPOSIÇÃO DE PULSOS EM CORDAS
A superposição de duas ou mais ondas de mesma natureza provoca no local da superposição
uma perturbação resultante igual à "soma algébrica" das perturbações individuais de cada
onda. Devemos, então, considerar duas situações:
1ª SITUAÇÃO: PULSOS EM FASE
A esse tipo de superposição de pulsos (em fase) dá-se o nome de interferência construtiva.
2ª SITUAÇÃO: PULSOS EM OPOSIÇÃO DE FASE
MUDE SUA VIDA!

2
A esse tipo de superposição de pulsos (em oposição de fase) dá-se o nome de interferência
destrutiva.
Obs.: É importante observar que após a superposição os pulsos

continuam suas propagações normalmente, como se nada tivesse
acontecido. Esse fato justificasse pelo Princípio da Independência
da Propagação Ondulatória.
CASO PARTICULAR
Devemos fazer um estudo do caso particular em que os dois pulsos que se propagam na corda,
em oposição de fase, possuem amplitudes iguais (A1 =A2 =A).
Interferência destrutiva: as amplitudes se subtraem. No caso, a amplitude do pulso resultante

é nula.
Após a superposição, as ondas continuam com suas características iniciais.
02. SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS PERIÓDICAS

Este é um exemplo de interferência construtiva. As ondas A e B, de mesma frequência e em
concordância de fase, superpõem-se, resultando a onda C.
MUDE SUA VIDA!

3
Este é um exemplo de interferência destrutiva. As ondas A e B, de mesma frequência, mesma

amplitude e em posição de fase, superpõem-se, resultando a onda C, de amplitude nula.
Essa superposição de ondas periódicas pode apresentar dois efeitos de particular interesse: o
batimento e as ondas estacionárias.
ONDAS ESTACIONÁRIAS
O fenômeno ondulatório denominado ondas estacionárias é a configuração resultante da
superposição de duas ondas idênticas que se propagam na mesma direção e em sentidos
opostos.
03. INTERFERÊNCIA DE ONDAS BIDIMENSIONAIS E

TRIDIMENSIONAIS
Vamos considerar dois estiletes que vibram verticalmente, produzindo na superfície da água ondas
idênticas e em fase, ou seja, quando um estilete produz uma crista, o outro faz o mesmo.
Na figura, as circunferências cinzas representam as cristas das ondas, enquanto as circunferências

pontilhadas representam os vales das ondas.
LEITURA: (BARULHO + BARULHO = SILÊNCIO)

O título acima pode parecer estranho para uma pessoa que nunca tenha estudado o fenômeno
da interferência. No entanto, sabemos que duas ondas podem interferir destrutivamente,
proporcionando o anulamento de seus efeitos. Na cabine de um avião, por exemplo, é possível
que haja um som de fundo, devido aos motores. Os tripulantes, ficando expostos a esses sons
durante uma longa viagem, podem se sentir incomodados. Para resolver esse problema, um
computador instalado na cabine irá receber o som de fundo, por meio de um microfone, e
analisá-la. Em seguida, emitirá, por meio de alto-falantes, uma onda sonora idêntica à recebida,
com exceção da fase, que será invertida. A superposição dessas duas ondas idênticas, porém em
oposição de fase, irá proporcionar um "silêncio" no interior da cabine.
04. PRINCÍPIO DE HUYGENS
MUDE SUA VIDA!

4
Cada ponto de uma frente de onda comporta-se como uma nova fonte de ondas elementares, que se
propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma frequência que ela.
Num instante considerado, cada ponto da frente de onda, representado por uma bolinha preta,
comporta-se como fonte das ondas elementares de Huygens.
05. EXPERIÊNCIA DE YOUNG
Em 1801, Thomas Young demonstrou, baseado em sólidos resultados experimentais, a

existência do fenômeno da interferência luminosa.
No último anteparo, eram projetadas as "manchas" de interferência e podiam ser observados

os máximos (regiões mais bem iluminadas) e os mínimos (regiões mal iluminadas) de
intensidade.
O esquema acima mostra a variação da intensidade da luz projetada no anteparo III. A "franja"
central é o máximo de maior intensidade. Observe que para a direita e para a esquerda do
máximo central temos, de forma intercalada, mínimos e máximos, sendo que os máximos
apresentam intensidades decrescentes.
06. INTERFERÊNCIA EM PELÍCULAS DELGADAS
MUDE SUA VIDA!

5
As cores que observamos em bolhas de sabão ou em finas manchas de óleo no chão aparecem
devido à interferência de raios de luz que refletem na sua superfície externa e interna. A
diferença do caminho percorrido por esses dois raios e a inversão de fase na reflexão da
superfície externa podem proporcionar interferências construtivas ou destrutivas entre eles.
EXERCÍCIOS
1. A fim de investigar os níveis de poluição sonora, causados por dois bares que funcionam próximos a um conjunto
residencial, um pequeno modelo foi esquematizado na figura a seguir.
Cada círculo representa uma instalação com uma numeração de 1 a 16. Os bares funcionam nos números 1 e 3, e as
residências, nos demais números. Supondo que os bares sejam duas fontes sonoras de mesma potência, que
produzem ondas de mesma fase e comprimento de onda igual a L, assinale a alternativa CORRETA.
a) 6 é um ponto de interferência destrutiva.
b) 3 é um ponto de interferência destrutiva.
c) 2, 5 e 7 recebem a mesma intensidade sonora.
d) 2 e 4 são pontos de interferência construtiva.
e) 9 e 11 são pontos de interferência construtiva.
Resposta: [D] Dado: λ = L.
Sendo d a diferença de distâncias de cada fonte ao ponto considerado, sabe-se que, se essa diferença é um
número par (p) de semiondas, nesse ponto ocorre interferência construtiva (IC); se for ímpar (i), ocorre
interferência destrutiva (DC). Ou seja:
 λ
d = p 2 (IC)

d = i λ (DC)
 2
- Os pontos 2, 6, 10 e 14 equidistam das fontes, então:
MUDE SUA VIDA!

6
λ
d=0 (IC) .
2
- No ponto 4:
λ
d = 3L − L = 2L = 2 λ  d = 4 (IC).
2
par
Portanto, os pontos 2 e 4 são de interferência construtiva.
2. Um brinquedo conhecido pela maioria das crianças, é aquele, que com a adição de um pouco de sabão em pó ou
líquido, permite a produção de bolhas de sabão. Um fenômeno físico que chama a atenção é a mudança de coloração
que ocorre nestas bolhas, quando vistas de posições diferentes. Esse mesmo fenômeno também e visível em dias de
chuva quando uma fina camada de óleo fica sobre a pista.
A respeito do descrito, análise as proposições abaixo:
I. Esse efeito visual é causado predominantemente por fenômenos térmicos.

II. O fenômeno que explica essa situação é conhecido como interferência (superposição) ondulatória.
III. É o nosso olho que se altera para poder ver as cores de forma diferente.
IV. O fenômeno ondulatório que explica a mudança da coloração da bolha, em que as cores vistas podem ser
classificadas com ondas eletromagnéticas, também pode ocorrer para ondas mecânicas.
Marque a alternativa que contém a(s) proposição(ões) CORRETA(S):

a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a II está correta.
c) Apenas a alternativa IV está correta.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Apenas II e IV estão corretas.
Resposta:
[E]
[I] Incorreta. Esse efeito visual é causado predominantemente por um fenômeno chamado inteferência
(superposição) ondulatória.
[II] Correta.
[III] Incorreta.
[IV] Correta. O fenômeno ondulatório que explica a mudança da coloração da bolha, em que as cores vistas
podem ser classificadas com ondas eletromagnéticas, também pode ocorrer para ondas mecânicas.
4. A radiação eletromagnética tem uma natureza bastante complexa. Em fenômenos de interferência, por exemplo,
ela apresenta um comportamento __________. Já em processo de emissão e de absorção ela pode apresentar um
comportamento __________. Pode também ser descrita por “pacotes de energia” (fótons) que se movem no vácuo
com velocidade de aproximadamente 300.000 km s e têm massa __________.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

a) ondulatório – ondulatório – nula.
b) ondulatório – corpuscular – nula.
c) ondulatório – corpuscular – diferente de zero.
d) corpuscular – ondulatório – diferente de zero.
e) ondulatório – ondulatório – diferente de zero.
MUDE SUA VIDA!

7
Resposta: [B]
A interferência está associada ao comportamento ondulatório da radiação eletromagnética enquanto que o

efeito fotoelétrico está associado ao comportamento corpuscular. O fóton que é tido com a partícula
fundamental da luz não possui massa.
MUDE SUA VIDA!

8
SUMÁRIO
MODELO ONDULATÓRIO PARA AS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS ......................................................... 2
MODELO QUÂNTICO PARA AS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS ................................................................ 2
LUZ E RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA........................................................................................................... 2
MUDE SUA VIDA!

1
MODELO ONDULATÓRIO PARA AS RADIAÇÕES

ELETROMAGNÉTICAS
O físico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) estabeleceu, por volta de 1860, quatro
equações que sintetizaram as grandes leis que regem os fenômenos elétricos e magnéticos.
De fato, a partir delas pode-se concluir que:
Um campo elétrico E, variável com o tempo, induz o surgimento de um campo magnético B;
Um campo magnético B, variável com o tempo, induz o surgimento de um campo elétrico E.
Esses dois campos, ao se propagarem, constituem as chamadas radiações
eletromagnéticas, como as ondas de rádio, a luz visível, as microondas, os raios X, os raios γ etc.
Segundo a teoria eletromagnética de Maxwell, as ondas eletromagnéticas são geradas por
cargas elétricas dotadas de aceleração de qualquer tipo. Ondas eletromagnéticas são geradas,
por exemplo, por elétrons oscilantes.
Note que os campos elétrico e magnético são variáveis com o tempo e a

posição. Observe também que esses campos são perpendiculares entre si e, além
disso, à direção de propagação.
MODELO QUÂNTICO PARA AS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS

Em dezembro de 1900, o fisico alemão Max Planck (1858-1947) apresentou uma teoria
que conflitava drasticamente com a teoria clássica. Nela, Planck considerou que, na superfície
do corpo negro, existem osciladores harmônicos simples (cargas elétricas oscilantes) que só
podem ter determinados valores E de energia, dados pela expressão:
Nessa expressão, o número inteiro n é denominado número quântico, h é uma constante

que recebeu o nome de constante de Planck e f é a frequência do oscilador.
LUZ E RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

A origem da luz é semelhante à origem do som. Enquanto o som é produzido a partir de
oscilações mecânicas, pode-se dizer que a luz se origina de oscilações eletromagnéticas. Mas
essa não é a única semelhança. Assim como nossos ouvidos só conseguem detectar uma
pequena faixa do espectro das ondas sonoras, o que os nossos olhos detectam como luz é
também uma estreita faixa do espectro das ondas eletromagnéticas. Veja a figura:
MUDE SUA VIDA!

2
A luz, como o som, é um conceito humano é o nome que damos à forma como o nosso
cérebro interpreta os sinais que ele recebe da retina quando nela incidem radiações
eletromagnéticas de determinada faixa de frequências. Para a Física, no entanto, a luz é apenas
a radiação eletromagnética contida na estreita faixa de frequências (ou de comprimento de
onda) da figura acima — além dessa faixa de frequências, no entanto, há outras, como as das
ondas de rádio, micro-ondas, calor ou radiações de infravermelho, radiações ultravioleta e raios
X, que se diferenciam tanto em relação aos efeitos que causam em diferentes materiais ou em
seres vivos quanto em relação às suas fontes.
MUDE SUA VIDA!

3
SUMÁRIO
ACÚSTICA - ONDAS SONORAS ........................................................................................................................... 2
01. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 2
02. O SOM E SUA PROPAGAÇÃO ................................................................................................................... 2
03. VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO ............................................................................................................... 2
04. VIBRAÇÕES MECÂNICAS AUDÍVEIS .......................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
MUDE SUA VIDA!

1
ACÚSTICA - ONDAS SONORAS

01. INTRODUÇÃO
Ondas sonoras são ondas de natureza mecânica, pois necessitam de meio material para
se propagarem. São longitudinais e tridimensionais, ou seja, a direção de vibração das
partículas do meio material coincide com a direção de propagação, e a frente de onda é
uma superfície esférica. Sendo mecânicas, as ondas sonoras não se propagam no vácuo,
sendo este, portanto, o melhor isolante acústico. Se você quiser construir um ambiente à
prova de qualquer ruído, deve fazê-lo com duas paredes, uma separada da outra, reduzindo
ao mínimo possível o ar entre elas.
02. O SOM E SUA PROPAGAÇÃO

O som é uma propagação de vibrações longitudinais através de meios materiais,
compreendendo compressões e rarefações que se propagam.
Quando a onda passa, ela não arrasta a partícula de ar. O que ocorre é que a partícula de
ar vibra em torno de sua posição de equilíbrio. Um alto-falante é um exemplo interessante de
fonte sonora. Nesse dispositivo, um diafragma (cone) é posto a vibrar e produz compressões e
rarefações que se propagam, constituindo as ondas sonoras que ouvimos.
03. VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO

A velocidade de propagação do som tem as mesmas características da velocidade de
qualquer propagação ondulatória; ela depende das propriedades do meio em que o som se
propaga. A expressão matemática da velocidade de propagação do som, em determinado meio,
é obtida a partir da generalização da expressão da velocidade de propagação de ondas em
cordas:
Para o ar e os gases em geral, essa expressão assume a forma:
MUDE SUA VIDA!

2
em que ρ é a densidade do ar e B é o valor de uma grandeza conhecida como módulo de

elasticidade volumar do meio. Ela é medida em unidades de pressão (Pa). Essas grandezas
dependem das condições de temperatura e da pressão em que o meio se encontra, condições
que determinam, portanto, a velocidade do som.
04. VIBRAÇÕES MECÂNICAS AUDÍVEIS

O som é uma onda mecânica que, ao atingir nossa orelha, causa a sensação da audição.
Para que a sensação dessas ondas mecânicas seja percebida, é necessário que a frequência
dessas ondas mecânicas esteja dentro de certas faixas de valores. De modo geral, são audíveis
as ondas mecânicas com frequências compreendidas entre 20 Hz e 20000 Hz.
EXERCÍCIOS
01. O som de um apito é analisado com o uso de um medidor que, em sua tela, visualiza o
padrão apresentado na figura a seguir. O gráfico representa a variação da pressão que a onda
sonora exerce sobre o medidor, em função do tempo, em μs (1 μs = 10-6 s). Analisando a tabela
de intervalos de frequências audíveis, por diferentes seres vivos, conclui-se que esse apito pode
ser ouvido apenas por
MUDE SUA VIDA!

3
a) seres humanos e cachorros

b) seres humanos e sapos
c) sapos, gatos e morcegos
d) gatos e morcegos
e) morcegos
Resposta: [D]
02. O ultrassom possui frequência acima do limite audível para o ser humano, ou seja,
acima de 20 kHz, podendo alcançar vários giga-hertz. Pesquisadores em um submarino estão
utilizando ultrassom para detectar a localização de um antigo navio preso em uma geleira, no
polo sul. As ondas ultrassônicas propagam-se primeiramente no mar, onde se encontra o
gerador de ultrassom, e seguem em direção à geleira. Sabemos que o ultrassom usado pelos
pesquisadores tem velocidades de 1440 m s, na água, e de 3840 m s, no gelo, com um
comprimento de onda na água de 36 mm. Podemos afirmar que o comprimento de onda, quando
se propaga na geleira, em milímetros, é de:
a) 96
b) 36
c) 192
d) 144
e) 14,4
Resposta: [A]
Pela equação fundamental da ondulatória, vem:

v
v = λf  f =
λ
Como a frequência não se altera com a refração das ondas, temos que:
MUDE SUA VIDA!

4
v água v gelo 1440 3840

=  =
λ água λ gelo 36 λ gelo
 λ gelo = 96 mm
03. Definimos o intervalo (i) entre dois sons, como sendo o quociente entre suas
frequências, i = f2 f1. Quando i = 1, dizemos que os sons estão em uníssono; quando i = 2,
dizemos que o intervalo corresponde a uma oitava acima; quando i = 0,5, temos um intervalo
correspondente a uma oitava abaixo. Considere uma onda sonora de comprimento de onda
igual a 5 cm, propagando-se no ar com velocidade de 340 m s. Determine a frequência do som,
em hertz, que corresponde a uma oitava abaixo da frequência dessa onda.
a) 340
b) 3.400
c) 6.800
d) 13.600
Resposta: [B]
A frequência da onda é dada por:

v 340 m s
f = f =  f = 6800 Hz
λ 0,05 m
Então, usando a informação do texto referente ao intervalo de dois sons:

i = f2 f1  0,5 = f2 6800 Hz f2 = 0,5  6800 Hz = 3400 Hz
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
01. QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM ...................................................................................................... 2
1.1 ALTURA DO SOM ................................................................................................................................. 2
1.2 INTENSIDADE SONORA ........................................................................................................................ 2
1.3 TIMBRE DE UM SOM............................................................................................................................ 2
02. REFLEXÃO DO SOM .................................................................................................................................. 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
MUDE SUA VIDA!

1

01. QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
1.1 ALTURA DO SOM
A altura de um som é a sensação de grave ou agudo que ele provoca. Costuma-se dizer que
um som de frequência f1é mais alto (ou mais agudo) que outro de frequência f2 se f1 é maior que
f2; e mais baixo (ou mais grave) se f1 é menor que f2. Pense, por exemplo, nos sons produzidos
por um boi mugindo e por um gato miando. O som emitido pelo boi é mais baixo (mais grave,
de menor frequência) que o emitido pelo gato, embora o som do boi normalmente seja muito
mais forte (mais intenso) que o do felino.
1.2 INTENSIDADE SONORA

A qualidade fisiológica pela qual diferenciamos os sons fracos dos sons fortes é
denominada intensidade auditiva ou sonoridade, ou ainda nível sonoro do som. Depende da
energia transportada pela onda sonora e, portanto, de sua intensidade física.
1.3 TIMBRE DE UM SOM
É a sensação característica causada pela presença de harmônicos acompanhando o som
fundamental. É o timbre que nos permite distinguir a mesma nota (mesmo som fundamental)
emitida por instrumentos diferentes, ainda que essa nota tenha a mesma intensidade nas suas
emissões.
02. REFLEXÃO DO SOM

Quando as ondas sonoras atingem um obstáculo fixo, como uma parede, elas sofrem
reflexão com inversão de fase. Como acontece com qualquer onda, o som refletido também tem
a mesma velocidade de propagação (em módulo), a mesma frequência e o mesmo comprimento
de onda que o som incidente. A reflexão do som envolve os fenômenos do eco e da reverberação.
Quando recebemos um som, a sensação sonora causada por ele persiste em nós por
aproximadamente um décimo de segundo (0,1 s). A esse intervalo de tempo dá-se o nome de
persistência acústica. Se uma pessoa emite um som que atinge um paredão e reflete, ela ouve
dois sons: o som direto, no momento que ele é emitido, e, algum tempo depois, o som refletido
pelo paredão.
Sendo v o módulo da velocidade de propagação do som no ar, o som refletido chegará à

pessoa após um intervalo de tempo Δt, tal que:
MUDE SUA VIDA!

2
Se esse intervalo de tempo for inferior a 0,1 s, o som refletido chegará à pessoa quando
ela ainda estiver com a sensação do som direto. A pessoa percebe, então, um prolongamento do
som direto, que é denominado reverberação. Entretanto, se o intervalo de tempo for superior a
0,1 s, o som refletido chegará depois de cessada a sensação do som direto. Assim, o som refletido
será percebido separado do som direto, fenômeno que recebe o nome de eco.
EXERCÍCIOS
01. O sonar é um equipamento eletrônico que permite a localização de objetos e a medida

de distâncias no fundo do mar, pela emissão de sinais sônicos e ultrassônicos e a recepção dos
respectivos ecos. O fenômeno do eco corresponde à reflexão de uma onda sonora por um objeto,
a qual volta ao receptor pouco tempo depois de o som ser emitido. No caso do ser humano, o
ouvido é capaz de distinguir sons separados por, no mínimo, 0,1 segundo.
Considerando uma condição em que a velocidade do som no ar é 340m s, qual é a distância
mínima a que uma pessoa deve estar de um anteparo refletor para que se possa distinguir o eco
do som emitido?
a) 17m
b) 34m
c) 68m
d) 1700m
e) 3400m
Resposta: [A]
Entre a emissão e a recepção do eco, a onda sonora percorre a distância 2d.

v Δt 340  0,1
2 d = v Δt  d =  d=  d = 17 m.
2 2
02. O aparelho auditivo humano distingue no som 3 qualidades, que são: altura,
intensidade e timbre. A altura é a qualidade que permite a esta estrutura diferenciar sons graves
de agudos, dependendo apenas da frequência do som. Assim sendo, podemos afirmar que:
a) o som será mais grave quanto menor for sua frequência.
b) o som será mais grave quanto maior for sua frequência.
c) o som será mais agudo quanto menor for sua frequência.
d) o som será mais alto quanto maior for sua intensidade.
e) o som será mais alto quanto menor for sua frequência.
Resposta: A
O som será mais grave quanto menor for sua frequência.
03. Os morcegos são mamíferos voadores que dispõem de um mecanismo denominado

bio-sonar ou ecolocalizador, que permite ações de captura de insetos ou o desvio de obstáculos.
Para isso, ele emite um ultrassom a uma distância de 5 m do objeto com uma frequência de 100
MUDE SUA VIDA!

3
kHz e comprimento de onda de 3,5 × 10-3 m. Dessa forma, o tempo de persistência acústica
(permanência da sensação auditiva) desses mamíferos voadores é, aproximadamente,
a) 0,01 s.
b) 0,02 s.
c) 0,03 s.
d) 0,10 s.
e) 0,30 s.
Resposta: [C]
A velocidade do ultrassom é:
v = λ.f = 3,5 × 103.100000 = 350 m/s
Para um objeto afastado de 5 m o ultrassom precisa viajar, para ir e voltar, 10 m.
v = ∆S/∆t
350 = 10/∆t
∆t = 10/350 = 0,03 s
MUDE SUA VIDA!

4
SUMÁRIO
01. INTENSIDADE SONORA ............................................................................................................................ 2
02. SONORIDADE ........................................................................................................................................... 2
2.1. NÍVEL RELATIVO DE INTENSIDADE SONORA .......................................................................................... 2
NOTA:......................................................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 3
MUDE SUA VIDA!

1

01. INTENSIDADE SONORA
A intensidade sonora é a quantidade de energia sonora que atravessa a unidade de área
de uma superfície disposta perpendicularmente à direção de propagação, na unidade de tempo.
Em outras palavras, a potência sonora recebida por unidade de área da superfície. No SI,
a unidade de medida da intensidade Sonora é J/m2.s ou W/ m2.
em que I é a intensidade do som.
02. SONORIDADE
Entretanto, quando uma mesma onda sonora atinge duas pessoas, as sensações sonoras
podem ser diferentes. É possível, até, que uma das pessoas ouça em e a outra não perceba
nenhuma sensação sonora. Estamos nos referindo, agora, à sensação sonora ou sonoridade. A
sonoridade ou sensação sonora depende da intensidade sonora, do ouvinte e da frequência do
som considerado.
2.1. NÍVEL RELATIVO DE INTENSIDADE SONORA

Suponha que uma pessoa receba um som de frequência constante, cuja intensidade é
aumentada gradativamente a partir de zero. Enquanto não atingir uma intensidade mínima,
esse som não será percebido, ainda que o ouvinte escute normalmente. A intensidade mínima
que um som precisa ter, para ser ouvido, denomina-se limiar de sensação auditiva ou limiar de
audibilidade. Esse limiar depende da frequência do som. Aumentando-se a intensidade sonora
a partir desse limiar, o som é percebido cada vez mais fortemente, até que, a partir de certo
valor da intensidade, à sensação sonora acrescenta-se uma sensação de desconforto ou de dor.
A esse valor dá-se o nome de limiar de sensação dolorosa ou limiar de dor, que também
depende, mas apenas ligeiramente, da frequência.
MUDE SUA VIDA!

2
Considerando I0 a menor intensidade física de som audível (geralmente adota-se 10-12

W/m2) e I a intensidade física do som que se quer medir, define-se intensidade auditiva ou nível
sonoro β de um som. Na prática geralmente medimos β (Nível Sonoro) em uma unidade menor
que o Bel, o decibel (dB), sendo 1 dB = (1/ 10) B. Nesse caso, temos:
NOTA:
O som do tráfego na cidade é de 90 dB; um conjunto de rock, usando amplificador, produz
intensidades audíveis de 125 dB, e o som de um avião a jato aterrissando é de aproximadamente
140 dB. Já está provado que uma exposição prolongada a níveis sonoros acima de 85 dB
geralmente ocasiona um dano permanente às estruturas auditivas do ouvinte.
EXERCÍCIOS
01. O "nível de intensidade sonora" N é medido numa escala logarítmica, e está

relacionada com a intensidade física I da onda pela expressão:
N = 10 log I/I0 em que I0 é a intensidade do mais fraco som audível.

Se I = 10 I0, tem-se N = 10 log 10
N = 10 db (dB = decibel)
Um cachorro ao ladrar emite um som cujo nível de intensidade é 65 dB. Se forem dois
cachorros latindo ao mesmo tempo, em uníssono, o nível de intensidade será: (use log 2 = 0,30)
a) 65 dB
b) 68 dB
c) 85 dB
d) 130 dB
MUDE SUA VIDA!

3
Resposta: [B]
Para 1 cachorro:
65=10.log (I1/10⁻¹²),
6,5=logI1-log10⁻¹²
6,5=logI1+12
log I1=-5,5
I1= 10 -5,5
Para 2 cachorros (a I será o dobro):
I2= 2.10-5,5
Assim, teremos:
B = 10.log (2.10-5,5/10⁻¹²)
B= 10.log (2.106,5) usando propriedades logarítimicas:
B = 10.(log2 + log 106,5)
B = 10.(0,3+6,5)
B = 68dB
02. O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) recentemente alterou a resolução que

regulamentava o valor do nível sonoro permitido que poderia ser emitido por um veículo
automotor. A norma antiga, no seu artigo primeiro, diz o seguinte:
“A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produza som só será

permitida, nas vias terrestres abertas à circulação, em nível sonoro não superior a 80 decibéis,
medido a 7 metros de distância do veículo” (BRASIL, 2006).
Considerando-se um alto-falante como uma fonte pontual e isotrópica de som, que emite
ondas sonoras esféricas, assinale a alternativa CORRETA que indica a potência mínima que ele
deve possuir para produzir um nível sonoro de 80 decibéis a 7 metros de distância.
Dados: Limiar de audibilidade I0 = 10−12 W m2 e π = 3.

Fonte: BRASIL, Min. das Cidades. CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito. Resolução
nº 204, de 20-10-2006 regulamenta o volume e a frequência dos sons produzidos por
equipamentos utilizados em veículos. p. 1-4, out. 2006.
a) 5,88  10−2 W.
b) 11,76  10−2 W.
c) 2,94  10−2 W.
d) 3,14  10−2 W.
e) 5,60  10−2 W.
MUDE SUA VIDA!

4
Resposta: [A]
Com a expressão para o nível sonoro (β ) , em decibéis, calculamos a intensidade da fonte

sonora:
 I 
β = 10  log   , onde:
 I0 
β = nível sonoro em decibéis;

I = intensidade da fonte em W m2 ;
 I   I   I  8 I −4 2
β = 10  log    80 = 10  log    8 = log  −12   10 = −12  I = 10 W m
−12
I
0  10   10  10
Agora, sabendo que a intensidade é a razão entre a potência e a área, calculamos a potência
da fonte sonora à 7 metros de distância.
P
I =  P = I A
A
P = 10−4 W m2  4 π  ( 7 m )  P = 5,88  10 −2 W
2
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
01. CORDAS SONORAS (CORDAS VIBRANTES) ............................................................................................... 2
02. TUBOS SONOROS ..................................................................................................................................... 2
2.1 TUBOS ABERTOS .................................................................................................................................. 3
2.2. TUBOS FECHADOS .............................................................................................................................. 3
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4
Excluído: ACÚSTICA - Ondas Sonoras 2¶
01. Cordas sonoras (cordas vibrantes) 2¶
02. Tubos sonoros 2¶
2.1 Tubos abertos 3¶
2.2. Tubos Fechados 3¶
Exercícios 4¶
Formatado: Fonte parág. padrão
MUDE SUA VIDA!

1

01. CORDAS SONORAS (CORDAS VIBRANTES)
Uma corda elástica apresenta várias frequências naturais de vibração, denominadas Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), À esquerda,
modos de vibração, que podem ser obtidos sacudindo-se uma das extremidades da corda em Tabulações: Não em 0,32 cm + 5 cm
uma de suas frequências naturais. Dessa maneira, a corda entra em ressonância com o agente
que a sacode. A figura a seguir mostra os quatro primeiros modos de vibração de uma corda de
comprimento L, presa pelas extremidades.
Veja que só poderemos gerar ondas estacionárias numa corda presa pelas extremidades Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), À esquerda,
se a fizermos vibrar em determinadas frequências, de modo que entre as extremidades "caiba" Tabulações: Não em 0,32 cm + 5 cm
um número inteiro de λ/2. Excluído: freqüências
Quando uma corda (de violão, por exemplo) é tangida, ela vibra no modo fundamental e,
simultaneamente, em vários harmônicos.
Nota: Formatado: Recuo: Primeira linha: 1 cm
Supondo fixas as demais variáveis, a frequência do som fundamental emitido é Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), À esquerda,
inversamente proporcional ao comprimento da corda. Tabulações: Não em 0,32 cm + 5 cm
02. TUBOS SONOROS

Uma coluna gasosa também possui suas frequências naturais de vibração (longitudinal). Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), À esquerda,
Assim, quando uma dessas colunas é excitada em uma ou mais de suas frequências naturais, Tabulações: Não em 0,32 cm + 5 cm
ocorre ressonância e o som amplifica-se. Essas colunas gasosas, normalmente de ar, estão
confinadas em tubos sólidos e ocos denominados tubos sonoros. Muitos instrumentos musicais
utilizam tubos sonoros como ressoadores (por exemplo, a flauta, saxofone, o órgão de foles).
Nesse tipo de instrumento, os sons são produzidos por fluxos de ar numa das extremidades.
Os tubos são classificados em abertos e fechados.
MUDE SUA VIDA!

2
Na formação de ondas estacionárias em tubos, devem ser obedecidas as seguintes Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
condições, que determinam as frequências possíveis de vibração: em 0,32 cm + 5 cm
Em extremidade aberta, sempre existe um ventre de deslocamento (ou nó de pressão).
Em extremidade fechada, sempre existe um nó de deslocamento (ou ventre de pressão).
2.1 TUBOS ABERTOS

Observe, nas três situações, ventres de deslocamento nas extremidades abertas. Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
em 0,32 cm + 5 cm
Generalizando para um harmônico de ordem N qualquer, obtemos: Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
em 0,32 cm + 5 cm
O número N é a ordem do harmônico e corresponde à quantidade de meios comprimentos Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
de onda em cada configuração de onda estacionária. em 0,32 cm + 5 cm
2.2. TUBOS FECHADOS

Observe, nas três situações, ventres de deslocamento nas extremidades abertas e nós de Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
deslocamento nas extremidades fechadas. em 0,32 cm + 5 cm
MUDE SUA VIDA!

3
Assim, generalizando para um harmônico qualquer de ordem ímpar, temos: Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
em 0,32 cm + 5 cm
Nesse caso, o número N continua sendo a ordem do harmônico, porém corresponde à Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), Tabulações: Não
quantidade de quartos de comprimento de onda. em 0,32 cm + 5 cm
EXERCÍCIOS
01. Na geração da voz humana, a garganta e a cavidade oral agem como um tubo, com uma Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), À esquerda,
extremidade aproximadamente fechada na base da laringe, onde estão as cordas vocais, e uma Adicionar espaço entre parágrafos do mesmo estilo,
extremidade aberta na boca. Nessas condições, sons são emitidos com maior intensidade nas Não manter com o próximo, Não manter linhas juntas,
Ajustar espaçamento entre texto latino e asiático,
frequências e comprimentos de ondas para as quais há um nó (N) na extremidade fechada e um
Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
ventre (V) na extremidade aberta, como ilustra a figura. As frequências geradas são chamadas
harmônicos ou modos normais de vibração. Em um adulto, este tubo do trato vocal tem
aproximadamente 17 cm. A voz normal de um adulto ocorre em frequências situadas
aproximadamente entre o primeiro e o terceiro harmônicos.
Considerando que a velocidade do som no ar é 340 m/s, os valores aproximados, em hertz, Formatado: 2 - Texto Padrão (Alt+4), À esquerda,
das frequências dos três primeiros harmônicos da voz normal de um adulto são Adicionar espaço entre parágrafos do mesmo estilo,
a) 50, 150, 250. Não manter com o próximo, Não manter linhas juntas,
Ajustar espaçamento entre texto latino e asiático,
b) 100, 300, 500.
Ajustar espaçamento entre texto e números asiáticos
c) 170, 510, 850.
d) 340, 1 020, 1 700.
e) 500, 1 500, 2 500.
MUDE SUA VIDA!

4
Resposta: [E] Excluído: ¶

¶
A figura mostra o quinto harmônico. ¶
Formatado: Fonte: Verdana

λ 4L 4x0,17 Formatado: Fonte: Verdana
Observe que L = 5. → → λ = = = 0,136m
4 5 5 Formatado: Fonte: Verdana
V 340
Como V = λf → f = → f5 = = 2500 Hz Formatado: Fonte: Verdana
λ 0,136
f 2500
f1 = 5 = = 500Hz
5 5 Formatado: Fonte: Verdana
f3 = 3f1 = 3x500 = 1500Hz Formatado: Fonte: Verdana
f5 = 2500 Hz Formatado: Fonte: Verdana
02. O comprimento de uma corda de guitarra é 64,0 cm. Esta corda é afinada para Formatado ...
produzir uma nota com frequência igual a 246 Hz quando estiver vibrando no modo
fundamental. Se o comprimento da corda for reduzido à metade, a nova frequência fundamental
do som emitido será: Formatado: Fonte: Verdana
a) 123 Hz Formatado: Fonte: Verdana
b) 246 Hz Formatado: Fonte: Verdana
c) 310 Hz
d) 369 Hz
e) 492 Hz Formatado: Fonte: Verdana
Resposta: [E] Formatado: Fonte: Verdana

Se a intensidade da tração (F) na corda não se altera, a velocidade de propagação da onda
também não se altera, pois, de acordo com a equação de Taylor: Formatado: Fonte: Verdana
F Formatado: Fonte: Verdana
v= , sendo  a densidade linear da corda.
 Formatado: Fonte: Verdana
No primeiro harmônico de uma corda, forma-se nela um único fuso, ou seja:

= L   = 2 L. Formatado: Fonte: Verdana
2
Então: Formatado: Fonte: Verdana
L
1 f1 = 2 f2  2 L f1 = 2 f2  f2 = 2 f1 = 2 (246)  f2 = 492 Hz. Formatado: Fonte: Verdana
2
MUDE SUA VIDA!

5
SUMÁRIO
EFEITO DOPPLER ................................................................................................................................................ 2
01. EFEITO DOPPLER ...................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
MUDE SUA VIDA!

1
EFEITO DOPPLER
01. EFEITO DOPPLER
Efeito Doppler é a alteração da frequência percebida pelo observador em virtude do
movimento relativo de aproximação ou de afastamento entre fonte e observador.
De modo geral, podemos concluir a seguinte relação entre a frequência aparente f ’ do som
que atinge o observador e a frequência real f do som emitido pela fonte:
em que v é a velocidade do som, vF é a velocidade da fonte e vo a velocidade do observador.
Embora se trate de um fenômeno característico de qualquer propagação ondulatória,

o efeito Doppler sonoro é mais comumente percebido. Quando um automóvel se aproxima
de nós buzinando, percebemos o som da buzina mais agudo (maior frequência) do que
perceberíamos se o veículo estivesse em repouso. Contudo, quando o automóvel se afasta
buzinando, percebemos um som mais grave (menor frequência) do que perceberíamos se
o veículo estivesse em repouso. Nos dois casos, o efeito fica mais evidente quando o
automóvel está em alta velocidade. Isso também é frequentemente notado com relação ao
barulho do motor dos automóveis, como é possível perceber ao se assistir a uma corrida
de Fórmula 1. Sirenes de ambulâncias também permitem perceber o efeito Doppler de
forma bastante clara.
EXERCÍCIOS
01. O barulho emitido pelo motor de um carro de corrida que se desloca a 244,8km / h é
percebido por um torcedor na arquibancada com frequência de 1.200Hz. A frequência real
emitida pela fonte sonora considerando que a mesma se aproxima do torcedor é de
(Considere a velocidade do som = 340m / s. )

a) 960Hz.
b) 1.040Hz.
c) 1.280Hz.
1.320Hz.
d)
MUDE SUA VIDA!

2
Resposta: [A]
Sabendo que o a fonte está aproximando-se do observador, temos que a relação entre
frequência observada (fo ) e frequência emitida pela fonte (ff ) é dada por:
v
fo =  ff
v − vf
Então:
340
1200 =  ff
340 − 68
ff = 960 Hz
Notar que a velocidade do carro (v f ) em m/s é igual a 68.
02. Duas fontes sonoras 1 e 2, de massas desprezíveis, que emitem sons, respectivamente,
de frequências f1 = 570 Hz e f2 = 390 Hz , são colocadas em um sistema, em repouso, constituído
por dois blocos, A e B, unidos por um fio ideal e inextensível, de tal forma que uma mola ideal
se encontra comprimida entre eles, como mostra a figura abaixo.
A fonte sonora 1 está acoplada ao bloco A, de massa 2 m, e a fonte sonora 2 ao bloco B,

de massa m.
Um observador O, estacionário em relação ao solo, dispara um mecanismo que rompe o

fio. Os blocos passam, então, a se mover, separados da mola, com velocidades constantes em
relação ao solo, sendo que a velocidade do bloco B é de 80 m s.
Considere que não existam forças dissipativas, que a velocidade do som no local é
constante e igual a 340 m s, que o ar se encontra em repouso em relação ao solo.
Nessas condições, a razão entre as frequências sonoras percebidas pelo observador,

devido ao movimento das fontes 2 e 1, respectivamente, é
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
MUDE SUA VIDA!

3
Resposta: [A]
Sejam f '1 e f '2 as frequências detectadas pelo observador e v a velocidade do som no ar.
Aplicando a expressão do efeito Doppler às duas situações, vem:
 v
f '2 = v − v f1
 B f '2 f1 v + v A ( 340 + 40 )  390 f '1
 =  =  =1
f ' = v
f
f '1 v − vB f2 ( 340 − 80 )  570 f '2
 1 v + v A 2
MUDE SUA VIDA!

4

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