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Produção e Manejo
Animal
S491c
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-86344-71-4
Dessa forma, será possível compreender as técnicas possíveis de serem adotadas para
que melhores resultados sejam alcançados com a criação das espécies animais, como
bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e aves.
Fonte: Shutterstock.
Assim, ao concluir seus estudos, você vai ter aprendido sobre a criação animal e terá
a habilidade de planejar os principais sistemas e formas de produzir a partir do conhe-
cimento de aspectos econômicos, zootécnicos e agroindustriais.
Capacidades técnicas
Ao fim desta Unidade, você desenvolverá as capacidades técni-
cas de gestão e os conhecimentos para conduzir a produção e o
manejo animal.
Com carga horária de 100 horas, a Unidade foi organizada em 12 temas, diversos tó-
picos e subtópicos relevantes para a sua formação profissional.
Tópico 2:
Tema 7: Instalações para
Instalações e 2.1 Instalações para novilhas e novilhos
animais na fase de
equipamentos recria
destinados
Tópico 3: 3.1 Sala de espera
ao manejo
Instalações 3.2 Sala de ordenha
de animais
para fêmeas em 3.3 Ordenhas mecânicas
ruminantes lactação 3.4 Recomendações para higienização
Tema 11:
Monitoramento Tópico 1: Sistema 1.1 Controle de atividades de manejo e
de produção de registro de ocorrências
e registros
animal: avicultura 1.2 Controle de índices de desempenho
zootécnicos de corte e postura produtivo
do sistema e suinocultura 1.3 Escrituração zootécnica
produtivo
Para fixar seu conhecimento, ao fim de alguns tópicos, você vai encontrar atividades para
colocar em prática o aprendizado imediatamente após passar pelos conceitos e teorias.
Comentários do autor
Todas as atividades buscam respeitar seu ritmo de aprendiza-
gem e são coerentes com o que você será capaz de fazer a par-
tir dos assuntos abordados.
Ao fim desta apostila, é disponibilizado um gabarito para que você verifique suas
respostas.
Bons estudos!
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos, você desenvolverá as se-
guintes capacidades:
De acordo com Rocha et al. (2020), a cadeia produtiva do leite é uma das principais
atividades econômicas do Brasil, gerando empregos e renda.
Em 2019, a produção de leite no país atingiu o valor de R$ 35 bilhões, valor que repre-
senta a sétima posição no ranking dos produtos agropecuários.
2º Paraná 4.638.685
4º Goiás 3.188.868
Comentários do autor
Na bovinocultura de corte, também já se observa a adoção de
tecnologias voltadas ao aprimoramento das práticas diárias com
o objetivo de alcançar melhores índices produtivos.
Informação extra
A área ocupada por pastagens no Brasil é de aproximadamen-
te 154 milhões de hectares e alcança todos os biomas brasi-
leiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e
Pantanal).
Para se iniciar uma atividade de exploração racional de animais, surgem algumas dú-
vidas. Entre elas, qual raça pode ser utilizada em função do objetivo da exploração.
Atenção
A raça Holandesa é a mais conhecida no Brasil, associada à
sua grande capacidade de produção de leite. Caracteriza-se por
animais de alta docilidade e de grande porte, pelagem preta e
branca ou vermelha e branca. Também apresentam alta longe-
vidade e fertilidade.
No Brasil, predominam as raças puras Holandesa, Jersey e Gir. Contudo, tem gran-
de importância a raça cruzada Girolando (Gir com Holandês), que nasceu no país e
representa a maior população de bovinos leiteiros. Cerca de 80% de toda a produção
de leite no Brasil provém de raças mestiças Holandês-Zebu.
Informação extra
A temperatura crítica, ou seja, acima da qual o consumo cai,
bem como a produção de leite, está entre 24 °C e 26 °C para
Holandesa; 27 ºC e 29 °C, para Jersey; e 29,5 °C, para Parda
Suíça. O conforto térmico para as raças europeias situa-se entre
-1 °C e 21 °C.
Assim como na produção de leite, o pecuarista que tem como objetivo produzir carne
também deve se atentar à escolha da raça a ser criada, que deve estar adaptada às
condições edafoclimáticas, e ao nível de tecnologia empregado, para optar por uma
que apresente maior produtividade.
De acordo com Ferraz e Eler (2000), são quatro grupos de raças bovinas com aptidão
para produção de carne. Veja na tabela a seguir:
1º Grupo
São as raças com origem indiana ou zebuínas, que apresentam alta rusticidade e
bastante resistência. Como exemplo de raças que se enquadram neste grupo es-
tão Nelore e Guzerá.
2º Grupo
Composto por animais adaptados aos trópicos, mas não zebuínos, que apresen-
tam boa fertilidade, com bom rendimento de carcaça e alta qualidade de carne.
Destacam-se, neste grupo, as raças Bonsmara, Braford, Brangus, Canchim, Cara-
cu e Senepol.
3º Grupo
Composto por raças britânicas, que têm boa precocidade sexual e excelente aca-
bamento de carcaça. São as principais representantes deste grupo as raças Angus
(muito utilizada, atualmente, em cruzamentos industriais), Devon e Hereford.
4º Grupo
Abaixo, algumas informações das principais raças bovinas (puras e cruzadas) com ap-
tidão para carne criadas no Brasil:
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Para cada espécie e raça, há normas específicas para que seja feito o registro genea-
lógico dos animais que as representam.
Segundo Leal (2012), as associações de criadores registram seus animais nos livros
Puros de Origem (PO) e Livro Aberto (LA), como é o caso da Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu (ABCZ).
Atenção
No caso de animais PO, é exigido que os ascendentes destes
animais tenham origem conhecida. Para os animais LA, são
aceitos animais puros por cruzamento, chamados de PC, desde
que atendam aos padrões da raça em questão.
Ainda de acordo com Leal (2012), terminologias alternativas podem ser utilizadas por
outras associações. Dentre elas, estão: Puros por Cruza Desconhecida (PCOD) e os
Puros Por Cruza Conhecida (PCOC).
O gado bovino de corte pode ser dividido em função da idade e do sexo nas seguintes
categorias: bezerros ou bezerras, novilhas ou novilhos, que, por sua vez, podem ser
castrados ou inteiros, além de, vacas ou touros de descarte (Machado et al., 2000).
Fonte: Shutterstock.
Para bovinos leiteiros, podemos ter composição de rebanho de acordo com a idade ao
primeiro parto. O ideal é que o primeiro ocorra aos 24 meses. Dessa forma, se descon-
siderarmos os machos, teremos 7 categorias no rebanho:
• vacas em lactação;
• vacas secas;
• bezerras de 0 a 2 meses;
• bezerras de 2 a 6 meses;
• bezerras de 6 a 12 meses;
• novilhas de 12 a 18 meses; e
• novilhas de 18 a 24 meses.
Agora que você conhece um pouco mais sobre as raças bovinas, responda à questão
proposta na sequência.
Regonato (2015) afirma que o búfalo (Bubalus bubalis) é considerado, em vários tra-
balhos, como um animal de dupla ou tripla aptidão. Pode ser explorado racionalmente
para a produção de carne, leite ou trabalho e começou a ser domesticado entre 2.500
e 1.400 a.C.
É um animal de fácil
adaptabilidade a diversos
climas e regiões do nosso
país, bem como aos locais
em que se encontram, com
bom desempenho de suas
características zootécnicas.
Os búfalos são animais dóceis, e do leite bubalino cria-se um dos queijos mais nobres
do mundo: a muçarela de búfala. O Brasil tem, hoje, o maior rebanho do Ocidente,
mas pouca gente sabe disso. São 3 milhões de cabeças. Um número impressionante.
Assim como na bovinocultura, há raças bubalinas com maior aptidão para a produção
de leite. No Brasil, as raças de bubalinos reconhecidas são: Carabao, Murrah, Mediter-
râneo e Jafarabadi.
Abaixo você vai conhecer as características das principais raças bubalinas criadas no
Brasil (ABCB, 2022).
Fonte: Shutterstock.
Como visto no item anterior, as quatro principais raças criadas no Brasil, são conside-
radas de dupla aptidão: conseguem apresentar bons desempenhos produtivos tanto
para a produção de leite como de carne.
Da mesma forma que para a produção de carne, os búfalos, após o abate, podem ter
sua pele destinada aos curtumes, que a processa. Não existem informações conclusi-
vas sobre qual raça, dentre as criadas no Brasil, é ideal para a produção de pele.
Veja abaixo os objetivos que o Serviço de Registro Genealógico (SRG) deve cumprir, de
acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB, 2022):
O gado bubalino pode também ser dividido em função da idade e do sexo nas seguin-
tes categorias: bezerros ou bezerras, novilhas ou novilhos, que, por sua vez, podem
ser castrados ou inteiros, além de vacas ou touros de descarte.
Fonte: Shutterstock.
Podem também ser classificados de acordo com a idade ao primeiro parto. O ideal é
que o primeiro ocorra aos 24 meses. Dessa forma, se desconsiderarmos os machos,
teremos 7 categorias no rebanho:
• vacas em lactação;
• vacas secas;
• bezerras de 0 a 2 meses;
• bezerras de 2 a 6 meses;
• bezerras de 6 a 12 meses;
• novilhas de 12 a 18 meses; e
• novilhas de 18 a 24 meses.
Atividade de aprendizagem
Dica
Como alternativa para pequenas propriedades, pode proporcio-
nar um aumento de renda para o produtor por meio dos produ-
tos gerados pelos animais (carne, leite e seus derivados, pele),
que têm alto valor agregado.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Em relação ao leite, vamos conhecer um pouco mais sobre sua composição, em diver-
sas espécies, na tabela a seguir:
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
• bodes (reprodutores);
• cabras (matrizes);
Após conhecer as principais características dos caprinos, faça a atividade a seguir para
fixar o que você aprendeu.
1. A seleção de cabras leiteiras por meio da morfologia tem sido utilizada por
vários criadores. Assinale a alternativa que descreve uma característica
morfológica considerada na seleção de cabras leiteiras.
b) Corpo compacto.
c) Membros curtos.
d) Corpo longilíneo.
e) Formas angulares.
As ovelhas se adaptam a
diferentes tipos de climas, relevos
e vegetações. A criação ovina está
destinada tanto à exploração
econômica quanto à subsistência
das famílias rurais.
Abaixo, confira uma síntese das características das principais raças de ovinos criadas
no Brasil, definidas pela Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO, 2022):
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Ainda sobre a raça ovina East Friesian, a produção média de leite, em 220 dias de
lactação, é de 380 a 520 kg. O leite contém de 6 a 7% de gordura, 4 a 4,5% de pro-
teína e cerca de 20% de sólidos. É um leite de alto rendimento para a produção de
queijos. Devido a sua precocidade e velocidade de crescimento, os cordeiros ganham
entre 340 e 400 gramas diárias do nascimento até o desmame. A produção anual de
lã das fêmeas é de 3,5 a 4 kg, e, a dos machos, de 5 a 6 kg.
Todavia, a raça Santa Inês se apresenta como boa produtora de leite, o que pode ser
levado em consideração para a exploração leiteira.
Para a produção de lã, as principais raças são: Crioula, Merino Australiano, Ideal e
Corriedale.
Fonte: Shutterstock.
De olho na lei
O Serviço de Registro Genealógico está de acordo com a Lei
n.º 4.716, de 29 de junho de 1965, e tem sua regulamentação
estabelecida pelo Decreto n.º 8.236, de 5 de maio de 2014,
pela Instrução Normativa n.º 36, de 9 de outubro de 2014, pela
Instrução Normativa n.º 47, de 22 de novembro de 2016, e será
regido por um Regulamento homologado pelo Mapa.
Saiba mais
Para saber mais sobre o Regulamento do Serviço de Registro
Genealógico de Ovinos no Brasil e o Regulamento de Julgamen-
to dos animais da raça Santa Inês, consulte o site da Associação
Brasileira de Criadores de Ovinos e da Associação Brasileira de
Santa Inês. Os links para os sites estão disponíveis no seu AVA.
Segundo Vaz (2007), os ovinos destinados ao corte são divididos em classes de acordo
com a idade e o sexo, bem como em tipos, de acordo com a conformação e a qualidade
da carne. Veja na tabela a seguir:
Macho adulto, não castrado, com idade superior a 2 anos, carne pouco
Carneiro:
atraente pelo aspecto, pela consistência e pelo sabor.
Agora, que tal fixar o conhecimento adquirido até aqui? Responda à questão proposta
a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Dado que uma raça é caracterizada pela semelhança transmitida por he-
reditariedade entre os indivíduos e que os caracteres transmitidos são
relacionados às características morfológicas (visíveis e palpáveis, como
conformação, pelagem etc.), fisiológicas (relativas a temperamento, ins-
tinto, prolificidade, precocidade etc.) e econômicas (aptidão leiteira, la-
neira, produção de carne ou pele), assinale a alternativa em que se encon-
tram raças ovinas com aptidão para produção predominantemente de lã.
b) Ile-de-France e Texel.
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Espécies ruminantes destinadas à produção animal. Nele,
você conheceu as espécies ruminantes mais utilizadas na produção animal e identificou
as principais raças de bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos, bem como as mais ade-
quadas ao tipo de produção escolhida (corte ou leite). No próximo tema, vamos falar
sobre as principais espécies de animais monogástricos de produção.
Capacidades técnicas
Ao fim deste tema, você terá desenvolvido as seguintes capa-
cidades:
• Alentejana;
• Transtagana;
• Galega;
• Bizarra;
• Beiroa;
• Macau;
• China;
• Pata Negra;
Entre os anos de 1500 e 1900, essas raças se acasalaram sem controle de padrão
racial e, assim, surgiram novas raças, como Piau, Tatu, Pereira, Nilo, Pirapetinga, Ca-
nastra, Canastrão, Caruncho e Moura, conhecidas como raças nacionais (TORRES &
JARDIM, 1975; VIANNA, 1985).
Informação extra
O Brasil tem uma das melhores tecnologias para a produção
de suínos. Tem, atualmente, 2.015.000 matrizes alojadas, que
produzem 4,701 milhões de toneladas de carne, o que repre-
senta o 4.º lugar nas exportações mundiais. O destino da pro-
dução é distribuído da seguinte forma: 75,81% para o mercado
interno e 24,19% para a exportação (ABPA, 2022).
Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos e saber mais sobre a evo-
lução econômica da suinocultura, consulte o link da Associação
Brasileira dos Criadores de Suínos, disponível no seu AVA.
Fonte: Shutterstock.
Comentários do autor
Os suínos são animais difiodontes, ou seja, têm a dentição de
leite e a permanente, e biungulados, isto é, cada membro tem
dois dedos providos de casco.
Saiba mais
Para saber mais e compreender melhor as raças, os cruzamen-
tos e as atuais linhagens produzidas, leia o texto Sistemas de
cruzamento entre raças para produção de suínos para o abate
disponível no seu AVA.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar seus conhecimentos? Faça a atividade
proposta a seguir.
Entretanto, foram necessários anos de evolução para que esses produtos deixassem
de serem produzidos de forma rudimentar e fossem alcançados patamares tecnológi-
cos e industriais que facilitassem a manutenção de fornecimento dos mercados interno
e externo.
Saiba mais
Acesse o AVA para conhecer mais sobre o histórico da avicultura
no Brasil.
Como todas as aves, as galinhas têm, naturalmente, a pele coberta por penas cuja
principal função é a proteção contra as intempéries climáticas: chuva, radiação solar,
calor e frio.
Atenção
Comumente, as galinhas têm penas por todo o corpo, com ex-
ceção da canela e dos pés. Um fato curioso é que, neste grupo,
há aves que podem apresentar o pescoço desprovido de penas,
e outras têm penas também na canela e nos pés.
Fonte: Shutterstock.
As atuais classes de aves podem ser divididas em quatro grupos conforme a região do
mundo onde se desenvolveram: classes americana, mediterrânea, inglesa e asiática.
Raça Leghorn.
Fonte: Shutterstock.
Raça Australorp.
Fonte: Shutterstock.
Raça Cochim.
Fonte: Shutterstock.
Atenção
Devido a características como tamanho e conformação corporal,
precocidade sexual e produção de ovos, as raças americanas
são destinadas à formação da linhagem materna do frango de
corte. Por apresentar boa musculatura e conformação corporal,
a raça inglesa Cornish é destinada a desenvolver a linhagem
paterna do frango de corte.
Atividade de aprendizagem
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Principais espécies de animais monogástricos de pro-
dução. Ao longo dos tópicos, você conheceu aspectos do histórico e da evolução
das espécies Gallus gallus domesticus e Sus scrofa domesticus, pertencentes ao
grupo de animais monogástricos de produção. Você também viu as principais raças e
linhagens, bem como as características gerais de cada espécie. Na sua atual profissão,
é importante saber identificar os pontos cruciais para o manejo e a produção de cada
espécie, pois isso vai contribuir para um melhor entendimento dos sistemas produtivos
e favorecer sua inserção no mercado de trabalho.
No próximo tema, você vai aprender noções básicas de anatomia e fisiologia dos ani-
mais ruminantes.
Capacidades técnicas
Ao fim deste tema, você terá desenvolvido as seguintes
capacidades:
Fonte: Shutterstock.
• pescoço;
• cauda e membros – pélvico e torácico (apresentam uma parte fixa, chamada raiz
do membro – cintura escapular, cintura pélvica, e uma parte livre – braço, ante-
braço e mão).
De acordo com Silva (2020), o esqueleto é a caixa de suporte do corpo ao qual os mús-
culos estão ligados. A caixa torácica protege alguns dos órgãos vitais, como o pulmão e
o coração, de impactos externos, e tem a capacidade de expansão e retração por meio
da aspiração e/ou expiração, próprias do processo respiratório.
Segundo Rangel-Figueiredo et al. (2021), espécies de animais diferentes têm tubos di-
gestivos diferentes, adaptados aos respectivos regimes alimentares. Essas diferenças
permitem que o animal obtenha mais energia a partir do alimento ingerido.
Rocha (2012) afirma que o trato gastrointestinal pode ser definido como a parte do
organismo necessária à ingestão dos alimentos (nutrientes), suas transformações, a
absorção e a eliminação daquilo que não pode ser absorvido na forma de fezes.
Comentários do autor
Se observarmos o trato digestivo, ele pode ser considerado um
canal que se inicia na cavidade oral e termina no orifício anal.
Dessa forma, qualquer elemento não absorvível que esteja den-
tro do trato digestivo, na realidade, está fora do corpo.
Rúmen
Omaso
Abomaso Retículo
Silva (2020) descreve que, para avaliar a capacidade reprodutiva dos machos, é pri-
mordial conhecer a anatomia e a fisiologia do aparelho reprodutor. Os órgãos genitais
incluem:
• testículos;
• epidídimos;
• canais deferentes;
• ampolas deferentes;
• uretra;
• pênis e prepúcio.
Glande do pênis
Ducto deferente
Epidídimo
Testículo
Prepúcio
Cauda do epidídimo
A avaliação dos dentes tem como objetivo principal aferir a idade de um animal. Em
animais ruminantes, a avaliação contribui para fazer uma estimativa da maturidade do
animal (Ribeiro, 1997). Vale salientar que vários fatores podem interferir na avaliação
(tipo de alimentação, por exemplo) e, por isso, a idade calculada é sempre aproximada.
Veja, na tabela a seguir, uma representação de avaliação dos dentes para avaliar sua
idade:
Número de dentes
Idade aproximada de erupção (meses)
permanentes
Zebuínos Taurinos
0 - -
2 (Pinças) 20 - 24 18 - 28
4 (Primeiros médios) 30 - 36 24 - 31
8 (Cantos) 52 - 60 36 -56
Idade de erupção dos dentes permanentes de acordo com a idade dos bovinos (em meses).
Fonte: Adaptado de autor (2022).
Morfologia é a ciência que estuda a forma e a estrutura dos organismos dada a anato-
mia, a histologia e a citologia do organismo, em qualquer fase do ciclo vital. Portanto,
é uma ferramenta para a identificação das espécies.
Além disso, favorece a seleção de animais, que permanecerão no rebanho e que serão
comercializados, e ajuda no incremento dos programas de melhoramento genético
(Ribeiro, 1997).
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
A avaliação do tipo para animais destinados ao abate também é uma ferramenta ele-
mentar para o selecionador. De acordo com Josahkian (2000), a avaliação das carac-
terísticas morfológicas dos animais permite uma leitura crítica de seu tipo biológico:
tardio, médio, precoce ou até mesmo ultraprecoce.
Atenção
O bom desempenho dos animais depende de uma condição fa-
vorável para uma faixa de temperatura ideal, que se denomina
Zona de Conforto Térmico (ZCT), que, para bovinos, está numa
faixa limite entre 10 °C e 27 °C (Ferreira et al., 2006).
No quadro a seguir, estão as informações fisiológicas dos bovinos, descritas por Neiva
(2000):
6 primeiras semanas: 40 ºC
Número de movimentos
10 a 30
respiratórios por minuto
Agora que você conheceu um pouco mais da anatomia e da fisiologia dos bovinos, res-
ponda à questão proposta na sequência.
Atividade de aprendizagem
Cada espécie animal, mesmo que da mesma família, apresenta características corpo-
rais distintas. Assim, búfalos, possuem características diferentes dos bovinos. O esque-
leto de um bubalino, assim como nos outros animais, é divido em axial e apendicular.
Ohashi et al. (2011) afirmam que o sistema genital dos búfalos se assemelha morfolo-
gicamente ao dos bovinos. Porém, todas as estruturas que constituem o referido siste-
ma (bainha prepucial, bolsa escrotal, testículos, pênis e glândulas sexuais acessórias)
são menores do que nos bovinos.
Búfalo fêmea.
Fonte: Shutterstock.
Marques (2000) aponta que a avaliação da idade dos bubalinos pode ser estimada pela
cronologia dentária, assim como ocorre nas outras espécies ruminantes.
Dessa forma, vamos ver, a seguir, as mudanças mais importantes da dentição dos
bubalinos, em média, nas idades indicadas:
Fonte: Shutterstock.
Apesar das espécies bovina (Bos taurus taurus e Bos taurus indicus) e bubalina
(Bubalus bubalis) apresentarem semelhanças fenotípicas e anatômicas, cada espé-
cie apresenta peculiaridades fisiológicas decorrentes do processo evolutivo.
Comentários do autor
As principais diferenças até então conhecidas, de âmbito fisioló-
gico, que exercem interferência direta sobre a produção bubali-
na, estão nos tratos reprodutivo, digestivo, termorregulatório e
no aparato mamário.
Sousa Júnior et al. (2008) afirmam que os búfalos são mais sensíveis ao calor e a am-
bientes com altas temperaturas do que os bovinos. Apesar da adaptabilidade às mais
1 38,5 29,0
2 38,3 26,0
3 38,2 25,0
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos adquiridos até aqui?
Faça a atividade proposta a seguir.
Atividade de aprendizagem
a) 38,2 °C
b) 35,3 °C
c) 38,3 °C
d) 40,2 °C
e) 39,5 °C
De acordo com Ribeiro (1997) e Granados et al. (2006), o aparelho reprodutivo mas-
culino de um caprino é constituído por 6 características. Veja a seguir:
Vesícula seminal
Ânus
Próstata
Ampola Glândula
bulbo-uretral
Bexiga Uretra
Pênis
Vaso deferente
Processo uretral
Cabeça do epídimo
Testículos
Cauda do epidímo
Escroto
Agora que você sabe como é constituído o aparelho reprodutor masculino dos capri-
nos, você vai conhecer o aparelho reprodutor feminino, de acordo com Ribeiro (1997)
e Granados et al. (2006):
São tubos sinuosos que unem o ovário ao útero. Uma vez libe-
rado pelo ovário, o óvulo desce pela tuba uterina e, na presença
2. Tubas uterinas de espermatozoides, ocorre a fecundação, passando, então, a
denominar-se ovo, que, por sua vez, desce para o útero, onde
se fixa e tem continuidade a gestação.
Reto
Útero
Ovário Cérvix Vagina
Hímen
Estimar a idade dos animais por meio da avaliação da dentição é uma prática relativa-
mente simples. Porém, é necessária uma certa habilidade, pois essa estimativa pode
estar errada, já que vários fatores influenciam a troca dos dentes de leite pelos defini-
tivos, entre eles a alimentação (Fernandes et al., 2011).
Mandíbula
Pinças 2
Primeiros médios 2
Incisivos
Segundos médio 2
Cantos 2
Pré-molares 6
Molares 6
Maxilar
Pré-molares 6
Molares 6
Total 32
Primeiros
Médios
Cantos Cantos
Pinças
Segundos
Médios
A escolha dos animais a serem criados passa por uma avaliação das características
morfológicas que considera sua aptidão produtiva. Porém, nem sempre se consegue
um animal “perfeito”. Todavia, o rebanho deve ser selecionado com o objetivo de ob-
ter animais com maior aproximação ao tipo ideal, em função da sua aptidão produtiva
(Ribeiro, 1997).
Atenção
Todo e qualquer animal deve ter um bom vigor, boa proporção
entre as regiões do corpo, cor e tipo de pelagem características
para a raça criada, boca ampla e boa dentição. Os aprumos de-
vem ter bons direcionamentos, de maneira que possa sustentar
o corpo dos animais (Ribeiro, 1997; Rolim, 2014).
Fonte: Shutterstock.
Os caprinos têm padrões fisiológicos específicos, que devem ser considerados para que
se possa agir de maneira eficiente e evitar problemas de saúde. No quadro abaixo, são
apresentados alguns valores de referência para esses padrões.
Frequência de movimentos
Mov/5 min 5 a 10
ruminais
Agora, antes de seguir seus estudos, que tal fazer as atividades propostas a seguir?
Atividades de aprendizagem
a) De 12 a 18 meses.
b) De 15 a 22 meses.
c) De 24 a 30 meses.
d) De 34 a 38 meses.
e) Aos 48 meses.
Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos são animais ruminantes. Porém, apresentam al-
gumas diferenças morfológicas e fisiológicas. Seu esqueleto é constituído por cabeça,
coluna vertebral, tórax e membros torácicos e pélvicos.
Ruminantes ovinos.
Fonte: Getty Images.
Abaixo, estão as principais diferenças entre essas duas espécies. Veja no quadro a
seguir:
A estimativa da idade dos ovinos, do nascimento até a idade adulta, também pode ser
aferida por meio da análise da erupção e da troca dos dentes de leite pelos definitivos.
A dentição dos ovinos segue a mesma estrutura e as mudanças na dentição dos ca-
prinos. Ou seja, a primeira dentição começa a surgir na primeira semana de vida dos
animais. Aos 12 meses, aproximadamente, ocorre a primeira mudança. A partir de
então, as trocas ocorrem basicamente nas mesmas idades dos caprinos.
Fonte: Shutterstock.
Para animais leiteiros, Vaz (2007) afirma que devem ter úberes volumosos, porém
não carnudos, com tetos bem inseridos, posicionados o mais verticalmente possível e
macios, de modo a facilitar a ordenha. A produção média de uma ovelha com aptidão
leiteira é em torno de 2,5 kg/dia. Veja um exemplo na imagem a seguir:
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
As características fisiológicas dos ovinos são próximas das dos caprinos. No quadro
abaixo, são apresentados alguns valores de referência desses padrões:
Frequência
MR/min 19
respiratória
Frequência
BC/min 90 a 100 70 a 110
cardíaca
Frequência de
movimentos Mov/5 min 15
ruminais
Agora que você entendeu mais sobre a anatomia e a fisiologia dos ovinos, que tal fazer
as atividades propostas a seguir?
a) Presença de barba.
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Noções de anatomia e fisiologia dos animais ruminantes.
Nele, foram abordados a anatomia e a fisiologia de bovinos, bubalinos, caprinos e ovi-
nos. Esse conhecimento é importante para que você aprenda a identificar as caracte-
rísticas anatômicas e fisiológicas dos ruminantes.
No próximo tema, vamos falar sobre as noções básicas de anatomia e fisiologia dos
animais monogástricos.
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos neste tema, você vai desen-
volver a seguinte capacidade:
Tópico 1: Suinocultura
Os suínos são animais de médio porte. Entretanto, o fator tamanho corporal pode ser
variável em função da raça ou da linhagem. Atualmente, nos sistemas industriais,
usam-se linhagens genéticas melhoradas em que o animal adulto, matrizes e reprodu-
tores, podem atingir até 400 kg de peso vivo, e o suíno terminado, de 90 kg a 120 kg
de peso vivo para o abate, com idade média de 150 dias de vida.
Fonte: Shutterstock.
Quando falamos em monogástricos, significa que o estômago tem somente uma ca-
vidade, e, quando falamos em sistema digestório, significa que inclui boca, língua,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto, anus, e órgãos anexos,
como fígado e pâncreas.
O sistema reprodutivo dos suínos se divide pelos sexos masculino e feminino. O mas-
culino é composto por testículos, pênis e glândulas anexas, como próstata, vesicular e
bulbouretral. A fêmea suína tem o útero composto por ovários, cornos uterinos, corpo
do útero, cérvix, vagina e vulva.
Artéria ovariana
Reto
Rim Artéria Vaginal
Mesovário
Artéria uterina Colo do útero
Ovário Vestíbula da vagina
Bolsa Ovariana Divertísculo suburetral
Ligamento largo Vulva
Corpo do útero Osso público
Cornos uterinos Vesícula urinária
Ligamento mediano
da vesícula urinária
Glândula vesicular
Próstata
Ureter Glândula bulbouretral
Ísquio
Vesícula urinária Ducto deferente
Cauda do epidídimo
Corpo cavernoso
Testículo
Corpo esponjoso
Flexura sigmoide
Divertículo prepucial
Glande do pênis
Prepúcio
Saiba mais
Para conhecer mais sobre esse assunto, leia o texto Aspectos do
manejo reprodutivo de suínos disponível no seu AVA.
Atenção
A pele é espessa, com duas camadas de tecido gorduroso e
duas camadas de tecido muscular, que formam uma barreira
térmica. Entretanto, nos animais jovens, leitões lactantes e
em fase inicial de crescimento, essa estrutura não se encontra
bem desenvolvida. Isso torna-os dependentes de um ambiente
mais aquecido para manter sua zona de conforto térmico.
Por outro lado, nos adultos, o acúmulo de gordura (toucinho) auxilia como barreira
contra o frio, mas pode ser um fator limitador no calor. Nesse caso, a espécie se utiliza
de um comportamento natural estratégico, o chafurdar na lama, para regular o con-
trole da temperatura corporal (BRIDI, 2006).
O sistema digestório das aves tem algumas características adaptativas diferentes dos
mamíferos. Veja a figura a seguir:
Moela
Esôfago
Coagulador
Intestino delgado
Intestino grosso
papo Ânus
Fígado Ceco
Pâncreas
Sem a presença de dentes o aparelho bucal é formado por bico queratinizado e lín-
gua enrijecida pouco móvel. O esôfago longo tem uma dilatação chamada de papo
cuja função é armazenamento e distribuição lenta de alimento para ser digerida, e,
mais adiante, o complexo para o ventrículo e moela. Como as aves não têm dentição,
a moela é um órgão de musculatura enrijecida cuja função é diminuir o tamanho de
partícula dos alimentos. Já o ventrículo atua na degradação química. Na sequência,
Vagina que
Infundíbulo que Istmo que forma as é a via de passagem
recebe o ovulo e membranas e do ovo para ser
o local da secreta albumina expelido pela
fecundação fluida cloaca
Útero que
Magno que realiza a
forma o infiltração de
albúmen denso água e forma a
casca do ovo
Haste do ovário
Ovário
Folículo vazio
Oócito maduro
Infundíbulo
Magnum
Istmo
Papila
Útero Intestino grosso
Rudimento do
oviduto direito
Vagina
Cloaca
Fonte: Shutterstock.
Para se proteger das intempéries climáticas do seu habitat natural, as galinhas, du-
rante sua evolução, desenvolveram penas, que recobrem o corpo e o protege. Basica-
mente, as aves controlam o calor pelo mecanismo de respiração e pelo comportamento
dos banhos de terra.
Saiba mais
Para conhecer mais sobre o sistema termorregulador das aves
leia o texto As perdas de calor das aves: entendendo as trocas
de calor com o meio disponível no seu AVA.
Antes de encerrar este tema, que tal fixar seus conhecimentos? Faça as atividades
propostas a seguir.
Encerramento de tema
Você encerrou o tema Noções básicas de anatomia e de fisiologia de animais
monogástricos de produção. Nele, foram abordadas as características e as princi-
pais estruturas anatômicas relacionadas à exploração comercial do animal. O estudo
deste conteúdo se faz necessário para que se possa fazer corretamente os manejos
necessários para um bom desempenho da produção.
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos neste tema, você desenvol-
verá as seguintes capacidades:
A preocupação com a vaca também deve existir, pois ela requer um ambiente tranquilo
e com qualidade sanitária para parir sem intercorrências. Nessas condições, a matriz
cuidará da sua cria lambendo-a, limpando-a e estimulando-a.
Comentários do autor
Outro ponto fundamental é o fornecimento de colostro, que tem
funções importantes na nutrição e na transferência de imunida-
de às crias.
Fonte: Shutterstock.
Glossário
Colostro: primeiro produto produzido pela glândula mamária
no início da lactação. Trata-se de uma rica fonte de anticorpos
produzidos nos dois últimos meses de gestação. Após o nasci-
mento, é imperativo que o bezerro ingira o colostro o quanto
antes para adquirir anticorpos.
O corte e a cura do cordão umbilical são outras práticas no manejo de bezerras. Devem
ser feitos com o auxílio de uma tesoura. O cordão deve ser seccionado, aproximada-
mente, a uma distância de “2 dedos” (4 cm) abaixo da sua inserção. Na sequência,
faz-se a desinfecção do coto umbilical mergulhando-o em um frasco de boca larga com
uma solução de álcool iodado a 5%. Esse procedimento deve ser repetido por, pelo
menos, três dias seguidos. A cicatrização do cordão umbilical da bezerra ocorre por
volta do quinto dia de vida do animal.
Leitura complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do AVA,
para entender melhor sobre o aleitamento de crias ruminantes.
O ideal é que os animais recém-nascidos recebam o colostro, duas a três horas após
o nascimento, para que ocorra uma maior absorção dos anticorpos. Com o avanço das
horas pós-nascimento, mesmo com o fornecimento de colostro, as crias ruminantes
(bezerros filhos de vacas leiteiras ou de corte, assim como borregos e cabritos), não
conseguem aproveitar com a mesma intensidade os anticorpos presentes no colostro
e, assim, esse alimento terá apenas função nutricional (ROLIM, 2014).
Atenção
Para garantir que não falte colostro para as crias, pode-se pre-
parar um “banco de colostro”, que nada mais é do que o arma-
zenamento do colostro produzido em excesso pelas fêmeas. O
ideal é que esse colostro seja aproveitado de fêmeas sadias e
logo após suas ordenhas.
Para fazer o desmame, devem ser observados alguns cuidados. Veja no infográfico a seguir:
Realizar o corte
e cura do
umbigo.
Recomenda-se a
formação de lotes por Conferir se a cria
sexo, evitando problemas consegue ingerir os
na puberdade e o risco de alimentos que necessita
coberturas indesejáveis. sem o leite, para evitar
Caso a comercialização ou perda de peso após o
abate ocorram antes da desmame, o que
manifestação da prejudicará seu
puberdade. desempenho.
Comentários do autor
Toda criação tem adaptações no manejo. Porém, sempre deve-se
respeitar os mesmos princípios, pois não existe uma única forma
de cuidar dos animais em cada fase da sua vida produtiva.
Atividade de aprendizagem
Uma vez confirmada a prenhez, inicia-se uma nova etapa na vida da novilha quanto ao
manejo dispensado a ela. Tal manejo tem por objetivo:
• um parto tranquilo;
• rápida recuperação para que esteja apta a ser emprenhada entre 60 e 90 dias após
o parto.
Nesta fase, a formação de lotes pode ser com outras novilhas ou como parte de um
lote de vacas secas, já que a alimentação será semelhante até o início do terceiro mês
de gestação.
Atenção
Porém, recomenda-se a separação das primíparas das demais
fêmeas com o objetivo de evitar a dominância no pasto ou no
cocho e, assim, garantir a continuidade do desenvolvimento
corporal das primíparas durante a gestação.
De acordo com a Embrapa (2000), no geral, a maioria dos produtores retém boa parte
das novilhas do próprio rebanho para repor as vacas descartadas. O manejo desses
animais, da desmama ao início da monta e do primeiro parto ao período de monta se-
guinte, é de extrema importância na produtividade futura do rebanho de cria.
Comentários do autor
Devido ao manejo inadequado ou à falta da atenção necessária,
o desenvolvimento desses animais fica prejudicado, o que re-
sulta em baixos índices de prenhez e de natalidade e inviabiliza
esse tipo de atividade.
Fonte: Shutterstock.
As novilhas devem ser selecionadas e manejadas para que atinjam a maturidade se-
xual mais cedo e que tanto a concepção como as parições ocorram no início do período
de monta e de nascimentos, respectivamente.
Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário que o produtor observe os
seguintes pontos:
Iniciar e terminar a estação de monta pelo menos quatro semanas antes da esta-
C
ção de monta das vacas. A duração dessa estação não deve ultrapassar 45 dias.
A restrição alimentar
durante o último trimestre
de gestação é prejudicial ao
desenvolvimento das novilhas
e do feto, pois reduz o peso do
bezerro ao nascimento bem
como os índices de concepção
após o parto.
Após o parto, as novilhas devem ser mantidas em pastos separados das vacas até a
desmama para que tenham suas necessidades nutricionais atendidas e possam con-
ceber na próxima estação de monta. Por estarem ainda em crescimento, apresentam
exigências nutricionais muito elevadas durante a fase de lactação e superiores às do
terço final da gestação.
Atenção
Outro aspecto importante é o fato de que os animais do sexo
masculino se desenvolvem mais rapidamente e aproveitam os
alimentos com mais eficiência que as fêmeas. Isso é regra para
todas as espécies domesticadas e mais que justifica o valor atri-
buído aos machos para engorda.
Para que isso aconteça, pode-se investir na suplementação para a produção de uma
arroba mais eficiente e econômica. Para isso, é fundamental o controle da suplemen-
tação, a fim de garantir o consumo na dosagem correta e a utilização do componente
adequado, de acordo com a recomendação de um profissional capacitado.
Por fim, uma recria eficiente de animais, sobretudo a pasto, demanda também contro-
le dos índices zootécnicos, manejo e adubação das pastagens para obtenção de alta
performance.
Leitura complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, para entender sobre a pecuária de ciclo curto.
Aproximadamente 60 dias antes do parto, a vaca deve ser separada do rebanho de pro-
dução e ser levada ao grupo de vacas em pré-parto e colocada em piquetes-maternidade,
com pastagens de boa qualidade, sombreadas, com água e sal mineralizado à vontade.
Atenção
Essa apartação permite que as fêmeas jovens sejam observa-
das com mais frequência. Isso favorece a identificação de sinais
de parto e proporciona a assistência necessária e os cuidados
com o recém-nascido.
Em bovinos, o feto tem seu maior desenvolvimento no terço final da gestação, quando
adquire cerca de 2/3 do seu peso de nascimento. Veja a seguir:
Comentários do autor
Um manejo com calma e tranquilidade, sem agitações, corre-
rias e gritos, e que proteja as fêmeas gestantes contra agen-
tes estressantes, como o ataque de outros animais: esse é
o cuidado mais produtivo que o criador deve proporcionar à
matriz gestante.
• mama desenvolvida;
• vulva inchada;
Esses sinais indicam que a fêmea deve ser retirada do lote de gestação e direcionada
ao lote, baia ou pasto-maternidade.
Antes de encerrar este tópico, teste seus conhecimentos com a atividade proposta a
seguir.
d) preparar a novilha para que esteja apta a reproduzir, no mínimo, 120 dias após o
parto.
Dessa forma, selecionar animais jovens, sadios, fortes, com ossatura robusta, bom de-
senvolvimento muscular e gordura o suficiente para dar sabor à carne e proporcionar
boa cobertura de carcaça é de extrema importância.
Para que ocorra um melhor controle do desempenho dos animais (confinados ou não),
é pertinente fazer a correta identificação dos animais que compõem cada grupo da fase
de terminação.
Fonte: Shutterstock.
Atenção
A utilização de identificação individual é uma prática importante
para qualquer sistema de produção animal. Com essa prática, é
possível fazer o registro de dados e também obter informações
pertinentes do rebanho. devidas informações pertinentes ao re-
banho. A identificação deve ser feita o quanto antes, de modo
a garantir o correto acompanhamento dos animais (Schmidek
et al. 2009).
Fonte: Shutterstock.
• facilitar o rastreamento;
• evitar fraudes;
• leitura de balança;
• controle de vacinação; e
• o embarque e o desembarque
dos animais devem ser feitos de
maneira tranquila;
Com os conhecimentos adquiridos até aqui, teste sua aprendizagem com a atividade
proposta a seguir.
De acordo com Rolim (2014), torna-se necessário favorecer um ganho de peso ade-
quado para que as fêmeas em lactação possam se recuperar do peso perdido durante
o final da gestação, até o início da lactação. Desta forma, se favorece tanto a produção
de leite, quanto a preparação da fêmea para uma próxima gestação, mantendo um
intervalo ideal entre os partos.
Comentários do autor
Entende-se por ordenha o momento da retirada do leite produ-
zido no úbere. Deve ser feita com máxima atenção e higiene em
todo o processo.
Dessa forma, obtém-se matéria-prima de qualidade (leite), que poderá ser comercia-
lizado ou transformado em derivados lácteos (leite pasteurizado, leite UHT, queijo, io-
gurte, requeijão, manteiga etc.) de elevado valor nutricional e bastante aceitação pelo
mercado consumidor (Zanela et al., 2011).
Dica
Segundo Rolim (2014), as fêmeas leiteiras gostam de rotinas,
que se manifestam em horários constantes para as atividades,
utilização das mesmas instalações, e, se possível, a manuten-
ção das mesmas pessoas na lida e a menor variação possível na
alimentação.
Assim, o ordenhador, que é a pessoa responsável por encaminhar os animais até a sala
de ordenha, deve ser paciente e cauteloso. As vacas devem ser encaminhadas com
tranquilidade, sem gritos ou agressões (SENAR, 2020).
Para ser ordenhador, é preciso cumprir uma série de responsabilidades. Rosa et al.
(2009) descreveram algumas delas:
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Destaca-se a importância da
higiene da ordenha e de manter
o ambiente livre de sujeiras que
possam vir a contaminar não só
os animais, mas também o leite
obtido na ordenha.
Nesse sentido, a qualidade da água a ser usada na higienização das mãos da pessoa
que fará a ordenha e dos equipamentos usados deve ser um ponto de atenção. Por
isso, sempre que possível, é desejável analisar a qualidade da água usada.
Atenção
A perda da qualidade do leite também pode ocorrer quando os
animais são portadores de doenças infecciosas, em especial as
transmissíveis ao homem, conhecidas como zoonoses. Por isso,
os rebanhos devem ser livres de animais portadores de bruce-
lose e tuberculose, duas das principais zoonoses que podem
acometer os bovinos leiteiros.
De acordo com Rosa et al. (2009), a linha de ordenha, ou seja, a ordem em que as va-
cas são ordenhadas deve ser estabelecida com base no diagnóstico de mastite. Assim,
a ordenha deve ser feita na seguinte sequência:
Esse é um esquema lógico que deve ser aplicado com a finalidade de evitar a transmis-
são da mastite contagiosa no momento da ordenha.
Outro ponto destacado por Rosa et al. (2009) é a necessidade de se respeitar a indivi-
dualidade das vacas: não devem ser misturadas num mesmo grupo de animais vacas
que não sejam companheiras.
Dica
A liberação do leite pode ter interferências de alguns fatores,
como barulho, maus-tratos, estresse, mudança no manejo, que
causam a liberação da adrenalina e, consequentemente, blo-
queio na liberação da ocitocina. Dessa forma, a sala de ordenha
deve ser a mais tranquila possível para evitar esse problema.
Carneiro Júnior et al. (2016) definiram controle leiteiro como uma prática na qual
se contabiliza a produção de leite total de uma vaca na lactação. Tem grande importân-
cia para produtores em regime de agricultura familiar e grandes produtores por favo-
recer, por meio de critérios técnicos, a possibilidade de tomada de decisão relacionada
ao melhoramento animal e à nutrição de vacas em lactação.
Comentários do autor
Esta prática consiste na anotação dos registros individual e total
do leite produzido pelas fêmeas em lactação. Para isso, é neces-
sário que sejam considerados o número e/ou nome da fêmea,
a produção em todas as ordenhas, o lote, data do parto e dias
em lactação (DEL).
Além do que foi destacado, esses dados registrados favorecem a avaliação do rebanho
e geram diversas informações, como produção individual dos animais (kg/vaca/dia),
produção por lactação (kg/vaca/lactação), produtividade do rebanho (kg/ha/ano) e
produção anual do rebanho (Souza, 2021).
Antes de encerrar este tópico, que tal fixar seus conhecimentos? Faça a atividade pro-
posta a seguir.
Atividade de aprendizagem
Após o parto, as búfalas ficam com suas crias entre 24 horas e 36 horas sem serem
importunadas. Depois de parir na manhã de um dia, virão para o curral na manhã do
outro dia. Dessa forma, a cria consegue ingerir aproximadamente 10% do seu peso
vivo, em colostro.
Leitura complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, para entender melhor sobre a importância e a qualidade
do colostro, no manejo de crias de animais ruminantes.
Comentários do autor
Nesta fase, a prioridade é promover um desempenho satisfató-
rio para que os animais atinjam a puberdade.
Atenção
Recomenda-se separar as novilhas dos machos de mesma idade
logo aos 12 meses de idade, para que não ocorram cobrições
não programadas.
Fonte: Shutterstock.
Couto e Jorge (2008) descrevem que o deslocamento das búfalas do pasto para o cur-
ral deve ser feito com muito cuidado para evitar estresse aos animais.
Atenção
De preferência, os tratadores devem fazer com que eles se des-
loquem sem o uso de outros animais, como cachorros.
Antes de iniciar a ordenha, algumas práticas são indispensáveis, veja na tabela a seguir:
O sanitizante usado nos tetos das búfalas deve ser aplicado por tempo
Sanitização suficiente para matar as bactérias ali existentes (mínimo de 30 segun-
dos). Posteriormente, deve-se enxugar bem os tetos com papel toalha.
Glossário
Pré-dipping: procedimento de desinfecção antes da ordenha
por meio da aplicação de produto antisséptico, geralmente por
imersão dos tetos.
De preferência, usar uma folha de papel-toalha para cada teto e nunca esfregá-los de
baixo para cima. Terminados esses procedimentos, coloca-se o conjunto de teteiras
(Couto e Jorge, 2008).
Agora que você está a par do manejo na bubalinocultura, que tal testar seus conheci-
mentos? Faça a atividade proposta a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Na bubalinocultura, a fase de recria começa após o desmame e se estende
até a primeira cobertura. As búfalas atingem a puberdade e a maturidade
sexual mais tardiamente que os bovinos, com variações em função da raça.
Esses eventos fisiológicos, em búfalas Murrah e seus mestiços, ocorre:
b) após os 36 meses.
c) entre 12 e 18 meses.
e) entre 24 e 30 meses.
Fonte: Shutterstock.
• fornecimento de volumoso, junto com o concentrado, que pode ser feito a partir da
segunda semana de vida (400 a 500g por dia); e
Os machos que vão se tornar reprodutores são escolhidos conforme a produção de ca-
racterísticas dos seus ascendentes, seu desempenho na fase de cria e características
de tipo (Olivindo, 2006).
A duração da gestação da cabra varia de 146 a 150 dias, a depender da raça e da ali-
mentação (Maia e Nogueira, 2019).
• ausência do cio;
• tranquilidade;
• facilidade de engorda; e
Próximo ao parto, nota-se aumento do volume do úbere e dilatação das tetas. A garu-
pa apresenta-se descarnada e caída.
Atenção
É preciso ter atenção especial no último mês de gestação aos
possíveis sinais de parto, bem como acompanhar o parto para
verificar qualquer necessidade de intervenção. Os principais si-
nais de parto são: vulva e cauda úmidas, comportamento ofe-
gante e redução da movimentação; à medida que surgem as
contrações, o animal passa a balir, agitar a cauda com mais
frequência e olhar em direção aos flancos.
Chapaval et al. (2006), apontou que, nesta fase, um grande problema é a alta inci-
dência de mastite, que pode provocar até 20% de perdas na produção diária de leite.
Desta forma, para que o leite tenha qualidade, é necessária uma série de cuidados
tanto com os animais quanto com os equipamentos.
A ordenha é uma operação que não deve sofrer atrasos e pode ser manual ou mecâni-
ca. Veja a seguir os exemplos de ordenha mecânica e manual.
A escolha por uma ordenha manual ou mecânica está vinculada à quantidade de ani-
mais na propriedade, a disponibilidade de mão de obra e o objetivo do produtor.
Você vai conhecer, agora, exemplos simples de uma rotina de ordenha manual:
1) retirada dos primeiros jatos de leite para fazer o teste da caneca de fundo preto;
3) imersão dos tetos em solução desinfetante por, no mínimo, 30 segundos para sua
ação (pré-dipping);
5) fazer a ordenha com cuidado para não machucar os tetos dos animais.
Caso seja uma ordenha mecânica, é necessário ter atenção aos seguintes pontos:
Informação extra
Assim como as vacas em lactação, as cabras são animais que
gostam de rotina e sofrem com mudanças bruscas ou inespera-
das no manejo diário.
Todos os animais apresentam uma vida útil produtiva, e esse tempo varia de acordo
com o manejo adotado na criação.
Comentários do autor
Em caprinos, de maneira geral, os reprodutores são descarta-
dos com dois anos de atividade reprodutiva ou separados para
serem utilizados na monta controlada. Com o descarte, evita-se
o acasalamento com as filhas.
Atenção
As fêmeas e os animais jovens são mais produtivos e mais re-
sistentes. Por isso, descartam-se as matrizes com mais de 5
anos e atinge-se a taxa de descarte anual de 20%.
Pode-se, ainda, estabelecer outros critérios de descarte para animais que apresentem
algumas enfermidades, como linfadenite caseosa, ectima contagioso, verminoses, ar-
trite encefalite caprina (CAE), entre outras.
Os animais podem ser identificados por meio de brincos, tatuagens, placas metálicas
fixadas em colares de arame revestidos com cordões plásticos ou até mesmo por mo-
dernos métodos com chips eletrônicos.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Para refletir
Não existe sistema de identificação com total eficiência. Cabe ao
responsável pela criação adotar o mais adequado às condições
do rebanho, da propriedade e do criador.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar seus conhecimentos? Resolva a ativida-
de proposta a seguir.
1. Diversos são os tipos de identificação que podem ser utilizados para ca-
prinos. Porém, não existe um sistema com total eficiência. Dentre os sis-
temas, temos o uso de chips. Qual(is) a(s) vantagens do uso de chips
eletrônicos na identificação dos animais?
Comentários do autor
Da mesma forma que para outros animais, para os ruminantes
recém-nascidos, o fornecimento de colostro nas primeiras horas
de vida do animal também é fundamental para a nutrição e a
absorção de imunidade passiva.
Mamar o colostro é muito importante para a saúde dos cordeiros, pois garante a eles
uma proteção segura contra várias doenças. O colostro é rico em minerais, vitaminas,
proteínas e outras substâncias que limpam os intestinos (efeito laxativo) e os prote-
gem contra intoxicações.
Outras práticas são citadas por Guimarães Filho (2009). Confira a seguir:
Marcação
Serve para a identificação dos animais, por meio de brincos, placas e coleiras de
plástico, couro ou metal e tatuagem nas orelhas.
Pesagem
Desmame
1) observar se o cordeiro está tentando mamar. Se não, será preciso segurar a ovelha
e estimular a mamada, colocando o cordeiro próximo ao teto;
Informação extra
A utilização de alimentação em cocho privativo é uma alternati-
va que permite somente o acesso das crias a uma alimentação
preparada para essa categoria animal.
A recria é a fase do sistema de produção iniciada após o desmame das crias (Marques,
2000). O objetivo, nesta fase, é preparar os animais para atingirem a puberdade mais
cedo e/ou reduzir o tempo para alcançarem o peso ideal de abate.
Comentários do autor
Todavia, para animais desmamados mais leves, o manejo nesta
fase se torna mais importante e recomenda-se maior atenção à
alimentação dos animais.
Oliveira et al. (2011) destacaram que o manejo alimentar e nutricional adequado das
fêmeas na fase de recria é crítico, pois afeta fortemente a idade à puberdade e, con-
sequentemente, a idade para fazer a primeira cobertura.
Atenção
Deve-se evitar ganho de peso excessivo, pois pode ocasionar
maior deposição de gordura nas glândulas mamárias e redução
da futura produção de leite. É importante adotar como critério
para primeira monta o peso corporal e não a idade.
O período de gestação das ovelhas é, em média, de 150 dias, e são necessários cuida-
dos especiais (Oliveira et al., 2011). Portanto, é importante observar as ovelhas com
menos de 30 dias para parir e adotar cuidados extras, como:
• fazer o casqueamento;
• examinar o úbere;
Fonte: Shutterstock.
Vários são os critérios que podem ser usados para esta prática. A fundamentação é
o efeito na produção, o que se reflete na potencialidade de cada indivíduo dentro do
rebanho. Entre esses critérios, destacam-se:
A terminação dos cordeiros é a fase na qual os animais são levados para o confinamen-
to com uma dieta balanceada para o máximo ganho de peso e desejável deposição de
gordura para chegarem o quanto antes ao peso de abate.
Antes de encerrar este tema, fixe seu aprendizado com a atividade proposta.
Atividade de aprendizagem
a) cor da pelagem.
b) tamanho corporal.
c) aprumos íntegros.
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos, você desenvolverá as se-
guintes capacidades:
Tópico 1: Suinocultura
Embora a carne suína não seja a preferência dos consumidores brasileiros, é a proteína
de origem animal mais consumida em todo o mundo. Em muitas nações, esse animal
é consumido na forma de cortes de carne “in natura”, pele, gordura e vísceras comes-
tíveis, como fígado, coração e rins. No continente asiático, além da carne, aproveita-se
quase todo o animal, incluídas todas as vísceras e partes da cabeça.
Comentários do autor
A fim de obter um melhor entendimento, é importante saber
que o manejo reprodutivo se subdivide em técnicas que devem
ser executadas entre as fêmeas e outras, entre os machos.
Normalmente, opta-se por se cobrir a fêmea a partir do terceiro cio fértil, pois, de
acordo com a literatura, entre o primeiro e segundo ciclo estral, os ovários não estão
completamente desenvolvidos. Assim, será menor o número de óvulos e, consequen-
temente, de leitões (ROTAVA, 2014; BORTOLOZZO et al., 2018).
Atenção
Além disso, é importante ressaltar que as matrizes suínas esta-
bilizam a média de produção de ovos a partir da terceira ordem
de parto.
• micção frequente;
• agitação;
Fonte: Shutterstock.
Saiba mais
Para conhecer as boas práticas sobre o manejo reprodutivo de
suínos leia o texto Boas Práticas de Produção de Suínos que está
disponível no AVA.
O manejo das leitoas se inicia com a seleção para compor o lote de reposição.
Fonte: Shutterstock.
Após essa fase, os cuidados com seleção de leitoas ocorrem a partir de 140 a 150
dias de vida. Deve-se observar: possíveis defeitos hereditários, aprumos, aparelho
mamário, tamanho e características da vulva, peso corporal, espessura de toucinho e
ausência de cio aos 7 meses de idade.
Saiba mais
Acesse o link do site suinocultura industrial disponível no AVA
para entender melhor a seleção e os cuidados com as marrãs.
Após a identificação do cio, deve-se fazer a cobrição, por meio de monta natural ou por
inseminação artificial em até 12 horas. Veja nas imagens a seguir:
Caso seja feita inseminação artificial, é necessário repeti-la até três vezes com inter-
valos de 12 horas entre uma cobertura e outra. O período após a cobertura é crucial
para a manutenção da prenhez. Logo, fêmeas recém-cobertas devem ser mantidas em
ambiente tranquilo e sem estresse.
Atenção
A identificação da prenhez é feita pelo retorno ou não a cio entre
17 e 35 dias.
Além de todos esses cuidados, deve-se transferir a leitoa para o ambiente de materni-
dade no mínimo 7 dias antes da data provável de parto. Nesse momento, é importante
fazer banho e pulverização contra ectoparasitas.
Fonte: Shutterstock.
Após a saída de um lote de matrizes e a chegada de um novo lote, alguns passos são
importantes:
• manter o ambiente tranquilo, sem gritos ou gestos bruscos após o alojamento das
fêmeas;
Geralmente, o trabalho de parto tem duração média de 4 a 6 horas, com intervalo en-
tre nascimentos de 15 a 20 minutos. O sinal de que o parto se encerrou é a expulsão
de toda a placenta. Ao fim do parto, é importante fazer a remoção dos restos placen-
tários e a limpeza da baia.
Leitura complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, para entender como é feito o manejo das leitoas de repo-
sição desde o trabalho de parto até a seleção de descarte.
Ao fim do período de lactação, faz-se a pesagem dos leitões para obter os dados de
desempenho e a formação de lotes para creche. O peso de desmame pode variar de
6 a 8 kg na idade de 21 dias de vida. Lembre-se: quanto mais leve for o leitão, mais
desafiador será a fase de creche.
Leitões na creche.
Fonte: Getty Images.
Além disso, é imprescindível manter o ambiente limpo e confortável, com o mínimo es-
tresse. Nesta fase, o fornecimento de dieta deve ser à vontade e o consumo voluntário
de alimento, acompanhado periodicamente.
Atenção
A idade e o peso médio de entrada na fase de creche estão de
acordo com a idade de desmame estabelecida pelo sistema produ-
tivo, na prática existe três formas de desmame conhecida que são,
o desmame super precoce que ocorre entre os 15 a 21 dias com
médio entre 5 e 6 kg, o desmame precoce de 21 a 28 dias com
peso médio entre 6 a 8 kg e o tardio que é de 28 a 35 dias de vida
com peso médio variando entre 8 a 10 kg (LYNCH et al., 2006).
Neste sentido, o desempenho dos leitões durante a creche será variável em função da
idade e do peso médio do desmame que refletirá na idade que pode ser de 56 a 63
dias e no peso médio entre 25 e 28 kg na saída da creche (DALLANORA et al., 2010).
Saiba mais
Para saber mais sobre os cuidados importantes com esses ani-
mais, leia o texto Manejo de Leitões na Maternidade e Creche
disponível no AVA.
A maior preocupação com esta fase é a otimização do ganho de peso. Para isso, não
basta fornecer aos animais uma ração de qualidade e que atenda minuciosamente às
exigências nutricionais da categoria.
Atenção
É necessário atentar-se a fatores como: temperatura ambien-
tal, umidade relativa do ar, ventilação e densidade populacional.
Ajustados de forma errada, podem aumentar brigas e disputas
por espaço, reduzir o consumo de alimento e água e comprome-
ter o ganho de peso e a conversão alimentar.
Formação
Peso
Limpeza
Transferência
Observação
Nos primeiros dias após o alojamento, observar a intensidade e a duração das bri-
gas, as lesões e, se necessário, fazer reagrupamento.
Como o crescimento é uma fase subsequente a creche, o peso e a idade inicial desta
fase correspondem ao peso e a idade de saída fase de creche. O peso de saída pode
variar entre 55 e 65 kg com 100 dias de idade.
Saiba mais
Para saber mais informações sobre o manejo dos suínos, con-
sulte o material preparado para você no seu ambiente virtual de
aprendizagem.
Atividades de aprendizagem
a) I apenas.
b) II apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) III e IV apenas.
Tópico 2: Avicultura
No que se refere à avicultura, o Brasil se destaca como o segundo maior produtor e ex-
portador de carne de frango e o quinto maior produtor de ovos para o consumo huma-
no (ABPA, 2022). Os fatores que cooperam para essa colocação são o curto intervalo
de gerações aliado ao tempo necessário para completar um ciclo reprodutivo e o curto
intervalo de tempo para a criação e a obtenção do produto.
Dentre os manejos que devem ser realizados durante a criação de matrizes e reprodu-
tores para a produção de ovos férteis, podemos citar o cuidado referente ao ambiente
do alojamento das aves que deve ser realizado no período de maturidade sexual, entre
18 a 20 semanas de idade. Além disso, outros cuidados devem ser tomados como:
• forma de fornecimento de água e ração que pode ser por bebedouros pendulares
manuais tipo rosca, pendulares automáticos e niple;
• o programa de luz deve ser de 14 horas de luz constante a partir do dia do aloja-
mento e durante toda a fase de produção.
Para ter controle da qualidade do processo de incubação, pode-se fazer testes de ovosco-
pia ou quebrar amostras de ovos para avaliação interna.
Leitura complementar
Acesse o material complementar, disponível na biblioteca do
AVA, para entender como são as características gerais de es-
trutura e composição dos ovos, e como eles podem ser férteis.
O descarte total do plantel de reprodutores pode ser motivado por alguns fatores, como:
Comentários do autor
O descarte aleatório de galinhas e galos do plantel pode ser em
decorrência de fatores de improdutividade. Entretanto, esses
fatores precisam ser avaliados e devem ser levados em conside-
ração alguns critérios de seleção, que podem estar associados à
galinha ou ao galo.
Atenção
Vale ressaltar que, antes de fazer qualquer procedimento de
descarte, deve-se avaliar a possibilidade de as respostas que as
aves estão fornecendo serem reflexo de um manejo inadequado
de alimentação, aclimatação ou, ainda, de um desafio sanitário.
Dica
• São critérios de qualidade do ovo fértil: peso do ovo, casca
sem rachaduras, trincas, sem fezes ou sangue e com boa
espessura.
Fonte: Shutterstock.
Atenção
A umidade relativa do ar deve ser no mínimo 50%, na altura do
animal, o sistema de iluminação deve se iniciar com 23 horas de
luz e 1 hora de escuro e o sistema de ventilação para renovação
do ar e a redução do gás carbônico.
Fonte: Shutterstock.
Além disso, por segurança sanitária, as caixas vazias devem ser incineradas, e possí-
veis animais mortos, encaminhados para compostagem ou incinerados.
Dica
A temperatura de conforto térmico dos pintinhos no dia do alo-
jamento é de 32 °C. Temperaturas abaixo ou acima da zona de
conforto térmico estressam o animal e limitam a ingestão de
alimento, o que causa prejuízos em seu desempenho futuro ou
mesmo mortalidade.
O círculo de proteção deve ser aberto diariamente a partir do terceiro dia de vida, até a
retirada total com idade máxima de 15 dias de vida no verão, e 20 dias de vida no período
do inverno. É importante lembrar que a demanda por temperaturas, mais elevadas vão
reduzindo com o passar dos dias de alojamento e com o crescimento e empenamento das
aves. Com a finalização do uso do círculo de proteção, também é retirado o sistema de
aquecimento e a substituição de comedouros e bebedouros infantis para comedouros e be-
bedouros adultos que podem ser de fornecimento manual ou automatizados (LANA, 2000).
Na criação de frango de corte, é certo que o animal seja alojado com 1 dia de idade,
mas o tempo de permanência de cada fase de criação depende do modelo de sistema
de criação utilizado, da linhagem genética e do manejo alimentar adotado.
Além disso, também é importante controlar a quantidade de ração fornecida por perí-
odo e pesar regularmente as aves para acompanhar as variáveis de desempenho pro-
dutivo, como o consumo de alimento, ganho de peso e conversão alimentar (ALBINO
e TAVERNARI, 2008).
Comentários do autor
Além disso, é importante verificar periodicamente o nivelamen-
to da cama e fazer ajustes na altura dos comedouros e dos be-
bedouros cerca de 7 dias antes da retirada do lote. Os comedou-
ros devem ser mantidos baixos, e o fluxo de saída de alimento,
regulado, de forma a evitar o desperdício.
Ao fim do período de terminação, o manejo de retirada do lote deve ser feito nas horas
mais frescas do dia e com luminosidade reduzida para diminuir a atividade das aves.
Neste caso, os manejos para essa categoria animal são praticamente semelhantes ao
que se faz na produção de frango de corte, os pontos diferentes são:
Este fato está ligado a fisiologia de crescimento que é mais acelerado no frango em
função das características trabalhadas no melhoramento genético.
Durante a fase de cria de poedeiras, deve-se realizar o controle dos fatores ambientais
como temperatura, que no período de 1 a 7 dias de idade é em torno de 32 °C, de 8
a 14 dias é de 29 °C e entre os 15 a 21 dias é de 26 °C. Além disso, a umidade deve
estar em torno de 50 a 70%, ventilação e luminosidade que na primeira semana de
alojamento é de 24 horas de luz, de 2 a 17 semanas é luz natural e 17 horas de luz
contínua a partir de 18 a 22 semanas de idade e durante todo o ciclo de reprodução.
Dica
A primeira debicagem é realizada dos 7 a 10 dias de idade e o
repasse é realizado em torno de 6 a 10 semanas de idade, essa
prática consiste em cortar e cauterizar com uma lâmina quente
2/3 da parte superior e 1/3 da parte inferior do bico da ave.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre os manejos de alojamento e da
fase de cria, recria e produção de ovos das poedeiras comerciais
lendo o Manual de Segurança e Qualidade para a Avicultura de
Postura no seu ambiente virtual de aprendizagem.
Esta fase inclui os manejos que são feitos com as aves e com o controle de qualidade
dos ovos.
Além disso é importante ressaltar, que a falta de ajuste no manejo ambiental, nutri-
cional e sanitário podem comprometer severamente o ciclo de produção de ovos, pro-
grama de luz e controle dos fatores ambientais (temperatura, umidade e ventilação).
Antes de encerrar este tema, fixe seu aprendizado com as atividades propostas.
Atividades de aprendizagem
1. Ao contrário da produção de frango de corte, que é feita em torno de 42
dias, a produção de ovos demanda um ciclo produtivo longo, que se inicia
com o alojamento das pintinhas com 1 dia de vida, e estão aptas a produ-
zir ovos em torno de 20 semanas de idade. De acordo com essas informa-
ções, julgue as afirmativas a seguir.
II. Nos sistemas cage-free e free-range, as aves são criadas totalmente em piso.
III. A iluminação é o único fator que deve ser controlado durante a fase de pro-
dução de ovos.
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I,II e IV
e) I,III e IV
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Manejo geral e boas práticas de manejo para sistemas de
produção de animais monogástricos. Nele, foram abordados os manejos essen-
ciais e necessários para se conduzir a produção de suínos, frango de corte e ovos com
máxima eficiência e a mínima possibilidade de prejuízos tanto para a qualidade de vida
do animal quanto para a lucratividade do produtor.
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos, você desenvolverá as se-
guintes capacidades:
Fonte: Shutterstock.
Dica
É importante que as instalações estejam próximas às residên-
cias dos colaboradores ou dentro dos centros de manejo de ani-
mais. Assim, é mais simples conduzir as observações necessá-
rias e as práticas de higienização.
Logo após o nascimento, a cria precisa estar próxima à mãe para facilitar, entre outros
manejos, o fornecimento de colostro e a ordenha, no caso de espécies que deman-
dem bezerro ao pé.
Fonte: Shutterstock.
Chapaval e Olvindo (2006) destacam que a higiene das instalações é uma prática de ex-
trema importância na produção animal. Tal prática envolve dois processos básicos e bem
definidos: a limpeza e a desinfecção. A limpeza, por sua vez, é feita de duas formas:
Atenção
Sempre que um lote de animal for retirado, as baias devem
ser higienizadas com solução desinfetante e vassoura de fogo.
A cama deve ser totalmente descartada na esterqueira ou em
um local que os animais não tenham acesso, para evitar a
contaminação.
Para estruturar as instalações dos animais em fase de recria, é preciso considerar o ta-
manho deles. No entanto, vale dizer que não existe um modelo padrão a ser adotado.
De acordo com Guimarães (2008):
O local onde as fêmeas em lactação aguardam a ordenha deve garantir a elas boa aco-
modação e tranquilidade, além de segurança ao ordenhador.
Fonte: Shutterstock.
Bebedouros
Tamanho
Piso
Considerada uma das principais instalações para rebanhos leiteiros, a sala de ordenha
é o local onde as fêmeas leiteiras serão manejadas para a obtenção do leite. Esse
local precisa estar nas proximidades das outras instalações onde se alojam as fêmeas
em lactação e deve contar com um sistema de contenção que facilite a limpeza (NEIVA,
2000; OLIVEIRA et al., 2011).
Nesse tipo de ordenha, é necessário implantar uma rampa para os animais subirem e
descerem da plataforma (OLIVEIRA et al., 2011).
Por fim, de acordo com Neiva (2000), o piso da sala de ordenha deve ser impermeável,
de concreto áspero, com declive de 3 a 5% em relação ao fundo da sala de espera.
Para auxiliar a colocação das cabras na linha de ordenha, uma opção é construir uma
rampa de acesso que se estenda do fim da sala de ordenha até a sala de espera.
Você deve saber que existem dois tipos de ordenha: o manual e o mecânico. Para es-
colher qual usar, é importante considerar (ROSA et al., 2009):
O uso do equipamento de ordenha exige cuidado especial para a obtenção de um leite de qualidade.
Fonte: Shutterstock.
Contudo, a ordenha manual ainda é o método mais usado no Brasil. Da mesma forma
que a ordenha mecânica, são necessários cuidados na obtenção do leite, para garantir
a qualidade do produto (SENAR, 2016).
Atenção
A qualidade do leite não está relacionada ao fato de a ordenha
ser manual ou mecânica, mas aos cuidados adotados durante a
extração e o armazenamento do leite (SENAR, 2016).
No caso da ordenha mecânica, podem ser adotados diferentes tipos, segundo Rosa et
al. (2009).
Outros tipos de ordenha mecanizada que merecem destaque são (ROSA et al., 2009):
FOSSO
que diminui o espaço por vaca na
ordenha. Porém, como ficam de cos-
tas para o fosso, é mais difícil a vi-
sualização completa do úbere e dos
tetos pelo ordenhador.
Informação extra
Você sabia que os primeiros sistemas de ordenha mecânica sur-
giram ainda no século 19? Foi a partir da inserção de tubos me-
tálicos nos tetos dos animais, que favoreciam o relaxamento do
esfíncter e permitiam a saída do leite (SILVI et al., 2018).
Atualmente, os sistemas de ordenha robotizada (SOR) estão cada vez mais difun-
didos mundialmente, com a inserção da automação nos processos produtivos do leite.
Esse tipo de ordenha, assim como as ordenhas em sistema carrossel, se destaca em
propriedades que apresentam alta produção e produtividade, com galpões bem proje-
tados e gerenciados.
De acordo com Rosa et al. (2009), a limpeza do conjunto de ordenha e das instalações
deve ser feita com muito cuidado. Os autores sugerem evitar empurrar as fezes com
água e não usar água quando as fêmeas estiverem na sala de ordenha, a fim de mini-
mizar o risco de contaminações.
Dica
Use um rodo ou uma pá para empurrar ou puxar as fezes para
a calha de drenagem. A água deve ser usada para lavar o local
apenas no intervalo entre uma bateria de ordenha e outra.
Para evitar problemas no sistema de ordenha, e garantir, além da qualidade do leite, a du-
rabilidade do equipamento, atente-se para as orientações dos fabricantes sobre o uso de
detergentes e sanitizantes, assim como da temperatura da água a ser usada na lavagem.
Atividade de aprendizagem
• galpão para preparo dos alimentos, com triturador, misturador, balança, picadeira
etc.);
• currais de engorda;
• esterqueiras; e
Dica
Instalações existentes na propriedade podem e devem ser apro-
veitadas, desde que apresentem localização adequada.
Na produção de gado de corte, uma das práticas de manejo fundamental para avaliar
o desempenho animal é a execução de pesagens periódicas, que permitem monitorar o
ganho de peso dos animais e estabelecer um planejamento relacionado à cria, à recria
ou à engorda (COSTA JÚNIOR et al., 2019). Nesse cenário, a balança é, portanto, um
equipamento imprescindível.
Antes de encerrar este tema, teste seu conhecimento com a atividade proposta na
sequência.
Atividade de aprendizagem
a) a sala de espera.
b) o centro de manejo.
c) os bezerreiros móveis.
d) a ordenha mecânica.
e) o tanque de resfriamento.
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Instalações e equipamentos destinados ao manejo de
animais ruminantes, em que conheceu as melhores opções de instalações e de equi-
pamentos para o manejo dos ruminantes. Com isso, você poderá sugerir melhorias nas
estruturas de produção, a fim de potencializar os resultados, bem como sanar eventu-
ais problemas decorrentes de uma infraestrutura inadequada.
No próximo tema, vamos falar, ainda, das instalações para os animais, mas dessa vez
o foco serão os monogástricos.
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos, você desenvolverá a seguin-
te capacidade:
• o tamanho do rebanho;
• a localidade;
• as características climáticas;
• as perspectivas de crescimen-
to do rebanho com vistas a au-
mentar a produção.
Fonte: Getty Images.
A partir de agora, você vai conhecer o que é preciso para cada caso.
• ter piso de concreto totalmente compacto, ripado ou compacto com 1/3 ripado;
Fonte: Shutterstock.
Também é importante que você saiba que há dois modelos de alojamento de matriz
na maternidade:
Assim como nos outros setores, a creche também tem diferentes modelos de ade-
quação e precisam de atenção quanto às características construtivas para atender às
demandas climáticas da categoria animal.
• ventiladores;
• exaustores; e
• nebulizadores.
Nesta fase, os animais já possuem peso elevado e quanto mais próximo da idade de
abate, menor se torna o espaço disponível por animal . Logo, o alojamento em grupo
e a redução de espaço por animal possibilitam a geração de calor, o que torna o am-
biente térmico mais desafiador. Assim, o galpão deve ser totalmente aberto, com pé
direito elevado, cobertura em duas águas, com ou sem lanternim. Os comedouros e
bebedouros podem ser de abastecimento manual ou automatizado, de acordo com a
quantidade de animais estabelecida por espaço e pela capacidade do equipamento.
Fonte: Shutterstock.
Para auxiliar a manter a zona de conforto térmico, pode-se fazer uso de equipamentos,
como:
• ventiladores;
• exaustores; e
• nebulizadores.
Agora, que tal fixar o conhecimento adquirido até aqui? Responda à questão proposta
a seguir.
Atividade de aprendizagem
a) Norte-sul.
b) Nordeste-oeste.
c) Leste-oeste.
d) Oeste-norte.
e) Norte-leste
• construídos em alvenaria, com piso de chão batido revestido por cama que podem
se feitas de palha de culturas em geral, serragem ou maravalha de madeira;
• pode haver ou não subdivisões (baias) para cada lote de matrizes e reprodutores.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
O setor de incubação, ou incubatório, deve ser todo fechado, com controle sanitário de
fluxo de entrada e saída de pessoas, veículos e objetos. Também deve ser controlada
a entrada e a saída de ar.
Fonte: Shutterstock.
• higienizador de equipamentos;
• sala de recebimento;
Ovoscópio
Fonte: Shutterstock.
Vacinadora
Fonte: Shutterstock.
Incubadora
Nascedouro
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Shutterstock.
Embalagem
Retirada
Fonte: Shutterstock.
• totalmente confinado;
• semiconfinado; e
• caipira
• manejo de cortina;
Fonte: Shutterstock.
• aquecedores;
• termômetro;
Fonte: Shutterstock.
• semiconfinamento;
Fonte: Shutterstock.
Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos e saber mais sobre esse-
tema, consulte os textos Produção de Frangos de Corte e Insta-
lações para Aves disponíveis no AVA.
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Instalações e equipamentos destinados ao manejo de
animais monogástricos. No decorrer dele, você conheceu os modelos de criação e
as características das instalações adequadas para suínos e aves, assim como os equi-
pamentos necessários e seus devidos ajustes por espécie e por categoria animal a ser
produzida.
Capacidades técnicas
Ao fim deste tema, você terá desenvolvido as seguintes
capacidades:
Atenção
Paranhos da Costa et al. (2013) propuseram a necessidade de
verificar se todos os insumos utilizados no manejo das crias logo
após o nascimento estão disponíveis. Esses materiais são im-
portantes para identificação e pesagens dos animais, bem como
o corte e a cura do umbigo.
Todavia, os autores citados acima recomendam que essas práticas não sejam execu-
tadas imediatamente após o parto, mas em torno de 6 horas após o nascimento para
evitar problemas com o estabelecimento da relação materno-infantil.
Nesta fase, é importante definir previamente o responsável pela supervisão dos partos
e pelos cuidados com os recém-nascidos. Deve-se também zelar para que o ambiente
seja saudável, limpo, com boas condições de higienização e boas condições nutricio-
nais. Esses fatores são de extrema importância para manter o bem-estar dos animais.
A fase de recria tem seu início no momento da desmama e vai até a primeira cobertura
em animais leiteiros ou até que atinjam o peso ideal para chegar a fase de terminação.
Sendo algumas vezes negligenciado, esse período deve ser considerado importante as-
sim como os demais. Por isso, o bem-estar na produção animal oferece melhorias no
crescimento e na reprodução, diminuindo a incidência de comportamentos anormais.
Trettel e Yamaguchi (2018), descreveram cinco estratégias para evitar uma diminuição
no desempenho das crias após o início da recria. Veja abaixo quais são elas:
• manejo de pastagem;
Fonte: Shutterstock.
Para os animais destinados ao abate, a fase de terminação tem por objetivo proporcio-
nar ganho em peso elevado e bom acabamento de carcaça para que ocorra agregação
de valor aos produtos gerados e, consequentemente, um retorno positivo em relação
ao trabalho desenvolvido nas fases de cria e recria (SENAR, 2018).
Atenção
Nesta fase, a atenção deve estar voltada à chegada ao confina-
mento, pois os animais precisam se adaptar a várias condições
adversas e incomuns à sua rotina diária. A alteração da dieta
surge como um dos principais desafios ao animal.
Benez e Cabral (2015), afirmaram que o sombreamento natural aparenta ser mais viá-
vel economicamente, pois, além de minimizar o calor dos animais, proporciona ganhos
ambientais. No entanto, a disponibilização de sombra pode ser um processo lento, já
que depende do crescimento de árvores. Assim, alguns produtores optam pelo empre-
go de sombreamento artificial.
A ordenha é uma das tarefas mais importantes em uma propriedade leiteira. Logo, o
manejo correto neste momento é importante para a manutenção da qualidade do leite
e evitar o aparecimento de mastite.
Ordenha.
Fonte: Getty Images.
Uma boa ordenha é essencial para se obter leite de maneira rápida, higiênica e sem
causar lesões nos tetos ou espalhar doenças entre as fêmeas lactantes.
Atenção
O ordenhador deve estar com boa saúde, manter as unhas cor-
tadas e limpas, usar roupas limpas, avental, botas, boné ou
touca. Deve também se preocupar com a desinfecção dos tetos
antes e depois da ordenha (Guimarães, 2008).
Saiba mais
Para saber mais sobre práticas de ordenha, acesse o ambiente
virtual de aprendizagem (AVA) e conheça o manual de boas prá-
ticas no manejo de ordenha.
A qualidade de um animal não deve ser avaliada de forma subjetiva quando se preten-
de ter uma criação racional e tecnicamente desenvolvida.
Atenção
Características como peso ao nascimento, peso nas diferentes
categorias e a mensuração da altura dos animais (altura da
cernelha e da garupa) nas diferentes categorias, considerando
as diferenças morfológicas entre bovinos, bubalinos, caprinos
e ovinos, são informações fundamentais para estabelecer um
programa de melhoramento animal.
Atividade de aprendizagem
Encerramento do tema
Você encerrou o tema Boa práticas de manejo animal. Em seus estudos, você en-
tendeu como verificar as condições ambientais e adequá-las às normas sanitárias e
conheceu as práticas pertinentes ao sistema de pecuária adotado. Viu como é a infra-
estrutura na busca de otimização homem/animal/ambiente, aprendeu como higienizar
as instalações, de acordo com as normas sanitárias, e conheceu os diferentes tipos de
laudos e relatórios técnicos que podem ser utilizados.
Capacidades técnicas
Ao fim deste tema, você terá desenvolvido as seguintes
capacidades:
• monitorar receitas.
Atenção
Dado que a pecuária para produção de carne ou leite é a arte de
criar e tratar do rebanho, pode-se afirmar que essas atividades
são destaques no agronegócio brasileiro. Nenhuma outra ativi-
dade no campo apresenta hoje potencial de crescimento e de
geração de renda e divisas como a produção de carne bovina.
Assim, a produção de gado de corte abrange um conjunto de
tecnologias e práticas de manejo, de tipo de animal, de propó-
sito da criação, raça ou grupamento racial e ecorregião onde a
atividade é desenvolvida (Motta et al., 2015).
Sistema de pasto.
Fonte: Getty Images.
Assim, a preocupação com o manejo das plantas forrageiras, que serão usadas por
bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos, deve estar sempre na mente do produtor e do
profissional que atua nessas atividades.
No manejo alimentar e
nutricional, deve-se sempre
buscar alimentos com qualidade
para atender às necessidades
nutricionais dos animais, sejam
concentrados ou volumosos.
Além disso, tão importante quanto, o manejo da higiene é outro ponto que requer
muita atenção. Práticas de manejo preventivo de higiene ajudam a fortalecer a cadeia
produtiva de ruminantes e garantem a participação do Brasil na produção mundial de
alimentos.
Souza (2013) destaca que o estado sanitário dos animais pode afetar direta ou indire-
tamente diferentes indicadores técnicos zootécnicos, como:
• mortalidade;
• natalidade;
• viabilidade;
• desmame;
• ganho de peso; e
Fonte: Shutterstock.
• redução da inadimplência;
Externos
São fatores sobre os quais o produtor tem pouca ação, mas que podem ter impac-
tos sobre a rentabilidade da produção:
• transporte; e
Internos
• tamanho da empresa/propriedade;
• equipamentos necessários;
• estruturas da propriedade;
• tamanho do rebanho; e
Dado o conceito acima, verifica-se que a rastreabilidade pode ser entendida como um
aprimoramento dos conceitos de escrituração zootécnica.
Atenção
A escrituração zootécnica é uma ferramenta importante no
sistema de produção animal, pois proporciona a possibilidade
de se obter um perfil adequado do rebanho e da atividade. Com
a adoção dessa prática, é possível fazer a coleta de dados refe-
rentes aos índices zootécnicos produtivos, reprodutivos e eco-
nômicos da atividade desenvolvida.
De acordo com Cavalcante et al. (2015), a identificação individual dos animais na pro-
priedade é considerada a primeira etapa da rastreabilidade. Ela deve ser única, inequí-
voca, inviolável e permanente, não permitir o risco de perda ou estrago de qualquer
natureza, estar sempre legível e acompanhar o animal em todo o seu ciclo.
De olho na lei
Atualmente, a Instrução Normativa Mapa n.º 51, de 1 de ou-
tubro de 2018, aprova, na forma de seu Anexo III, a norma
operacional que é usada para embasar a certificação oficial bra-
sileira para países que exigem a rastreabilidade individual de
bovinos e búfalos, até que haja a homologação pelo Mapa e a
implementação de protocolo de rastreabilidade de adesão vo-
luntária de que trata o art. 7º do Decreto n.º 7.623, de 22 de
novembro de 2011 (BRASIL, 2017).
Informação extra
Todo bovino brasileiro rastreado terá um código que começa
com o número 076 seguido de 12 dígitos. O código 076 identi-
fica os animais procedentes do Brasil – semelhante ao +55 do
sistema de telefonia internacional. O número é registrado em
microchips implantáveis, brincos eletrônicos, bolus intrarrumi-
nal ou bottoms. Esses dispositivos têm um microchip que per-
mite a leitura por radiofrequência a fim de otimizar o processo
de manejo de campo (Brasil, 2017).
O uso de técnicas de precisão na produção animal é cada vez mais abordado no agro-
negócio. Essas técnicas, informações e tecnologias, usadas de maneira adequada, po-
tencializam os indicadores de produtividade.
Atenção
Um dos pontos a serem considerados ao adotar técnicas de pre-
cisão, também chamada zootecnia de precisão, é a garan-
tia do controle e do monitoramento de processos importantes
para a produção, visto que permite a redução de perdas e, con-
sequentemente, a otimização desses processos (NÄÄS, 2011;
MARTELLO, 2017).
Isso se explica pela observação da redução otimizada das perdas, bem como do au-
mento na aplicação e da gestão da qualidade do produto e na gestão global do pro-
cesso com a adoção dessas tecnologias. Tentamos adicionar precisão às ações relacio-
nadas à produção animal por meio de técnicas matemáticas e sensores que permitem
processar uma série de informações sobre o processo produtivo (NÄÄS, 2011; MAR-
TELLO, 2017).
Fonte: Shutterstock.
Atividade de aprendizagem
a) brincos eletrônicos.
b) tatuagem.
d) resenha.
e) exame de DNA.
Encerramento do tema
No tema Monitoramento da produção, você teve a oportunidade de obter informa-
ções sobre questões relacionadas ao monitoramento da produção de animais ruminan-
tes. Essa é uma ferramenta importante para que o gerenciamento das atividades den-
tro dos sistemas produtivos de bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos seja conduzido de
maneira adequada, a fim de favorecer a obtenção de bons resultados das atividades,
não só no tocante à produção e ao retorno econômico, mas também quanto à adoção
de tecnologias modernas na produção animal.
Capacidades técnicas
Com os conhecimentos adquiridos, você desenvolverá as se-
guintes capacidades:
• taxa de produção de ovos (%) que pode ser variável em função da linhagem ge-
nética, do modelo de criação ou da idade da ave. Em geral a produção máxima
esperada está entre os 90 a 95% na idade de 30 a 40 semanas de produção;
• taxa de eclodibilidade (%) que é em torno dos 89% e pode ser influenciada por
diversos fatores que vão desde o estado nutricional, de saúde das matrizes e re-
produtores, condições físicas da coleta, armazenamento e transporte dos ovos e
ainda condições físicas e de manejo no incubatório;
• mortalidade (%);
• viabilidade (%); e
Glossário
Eclodibilidade: é a quantidade de ovos que eclodiu do total de
ovos que foram incubados, ou ainda, refere-se ao número de
pintinhos nascidos do total de ovos incubados (HULET, 2007).
Para suínos, podemos incluir variáveis de consumo, ganho de peso e conversão ali-
mentar somadas a índices reprodutivos como taxa de concepção, taxa de retorno ao
cio, número de nascidos totais, número de nascidos vivos e natimortos, peso dos lei-
tões, ganho de peso por período de vida, espessura de toucinho, dentre outras.
Saiba mais
Para saber mais sobre controle zootécnico da propriedade, aces-
se o texto Planejamento de aviários para criação de frangos de
corte disponibilizado no AVA.
Atividades de aprendizagem
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.
No próximo tema, vamos falar sobre aspectos gerais da reprodução e como eles po-
dem ser relevantes para você.
Atentar-se às boas práticas e aos métodos de reprodução assegura maior vida útil dos
animais e de seus filhotes.
Capacidades técnicas
Ao fim deste tema, você terá desenvolvido as seguintes capa-
cidades:
Dentre os métodos mais comumente utilizados está a inseminação artificial (IA). Porém,
cada espécie apresenta particularidades fisiológicas e anatômicas que devem ser conhe-
cidas para que seja identificado o momento ideal para a execução dessas práticas.
Este método se caracteriza pelo fato de que machos e fêmeas permanecem juntos por
um determinado período. Pode ser associada à monta natural controlada ou à insemi-
nação artificial.
Fonte: Shutterstock.
A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é uma técnica que promove a sincroniza-
ção da ovulação das fêmeas bovinas após a administração de medicamentos em dias
predeterminados.
1.6 Clonagem
Pasa (2008) e Pazzim (2021) definem transferência de embriões (TE) como uma
biotecnologia que permite recolher embriões de uma fêmea doadora e transferi-los
para fêmeas receptoras com a finalidade de completarem o período de gestação.
Atenção
No entanto, a autora ressalta que procedimentos de avaliação
cuidadosa do material genético são necessários, e que técnicas
para evitar o aumento das taxas de endogamia são fundamen-
tais para decidir qual material genético disseminar na população
e o quanto usar.
Na produção animal, alguns parâmetros de desempenho dos animais devem ser consi-
derados. No que diz respeito às medidas de desempenho reprodutivo, geralmente, indi-
cam a quantidade ou a frequência de reprodução no tempo. Entre outros, destacam-se:
• intervalo de partos;
• idade ao primeiro cio;
• idade à primeira cobertura;
• facilidade de parto;
• período de serviço;
• volume do ejaculado;
• concentração do ejaculado; e
• viabilidade espermática.
Agora que você conhece as técnicas de reprodução animal, responda à questão pro-
posta a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Dentre as várias ferramentas da biotecnologia que podem ser usadas na
reprodução animal, a técnica que consiste em produzir organismos idên-
ticos por manipulação laboratorial, a partir de um animal já existente,
iniciada por uma célula não reprodutiva, é chamada de:
a) clonagem.
b) IATF.
c) FIV.
d) IA.
e) TE.
Aqui, foram abordados assuntos fundamentais para você obter conhecimentos sobre
produção e manejo dos animais de interesse zootécnico, tanto monogástricos quanto
ruminantes. Desta forma, você está capacitado para auxiliar nos processos produtivos
destas espécies animais, pois ao longo da unidade aprendeu sobre as características
dos animais, relacionadas às cadeias produtivas e características gerais (anatômicas e
fisiológicas).
Sendo assim, a partir de agora você tem competência e habilidade para exercer suas
atividades como técnico de nível médio em zootecnia.
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Tópico 2
Tópico 3
Tópico 4
Tópico 2
Tópico 2
Tópico 3
2) Devem ter corpo amplo, aparência mais compacta, pescoço curto e grosso, e
apresentarem maior cobertura muscular nas paletas, na garupa, no lombo e nas
costelas
Tópico 4
2) Animais com capacidade/aptidão para produção de carne, devem possuir uma ca-
racterização mais compacta, com bons acúmulos de massa muscular distribuídos
em todo o corpo. Os animais devem ser compridos, profundos e largos (na região
do lombo e posterior). Com bom desenvolvimento de pernil (massas musculares
proeminentes).
2) Por não haver órgão penetrante (pênis), no momento da monta, a cópula ocorre
pelo contato rápido entre a cloaca do galo e a cloaca da galinha. O sêmen é trans-
ferido por gravidade.
Tópico 2
Tópico 3
Tópico 4
Tópico 5
Tópico 6
1) A utilização de chips eletrônicos é o método mais eficiente, por ser preciso e flexí-
vel. Entretanto, seus custos ainda são muito elevados, e essa é a principal desvan-
tagem do uso de chips para caprinos.
Tópico 7
Tópico 2
Tópico 4
Tópico 2
2) Peso vivo inicial, peso vivo final, ganho de peso médio diário, dias de alojamento,
idade de abate, consumo alimentar diário, conversão alimentar, viabilidade do lote
e índice de eficiência produtiva.
ETEC.SENAR.ORG.BR
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